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31/01/2011
O que você faria?


Artigos - O que você faria?
31/1/2011 15:40:42

Artigos - O que você faria?


 O QUE VOCÊ FARIA?
 
Está escrito assim no Salmo 26, 1 O Senhor é minha luz e minha salvação, a quem temerei? O Senhor é o protetor de minha vida, de quem terei medo? 2 Quando os malvados me atacam para me devorar vivo, são eles, meus adversários e inimigos, que resvalam e caem. 3 Se todo um exército se acampar contra mim, não temerá meu coração. Se se travar contra mim uma batalha, mesmo assim terei confiança. 4 Uma só coisa peço ao Senhor e a peço incessantemente: é habitar na casa do Senhor todos os dias de minha vida. É confiado nestas palavras que vou hoje escrever diferente e gostaria que escutassem meu coração.
 
Como os leitores, amigos e divulgadores viram, neste fim de semana lancei novamente um pedido de socorro financeiro e como somos uma equipe de divulgadores, penso que devemos abrir o jogo, para que todos tenham uma ideia das coisas terríveis pelas quais temos passado. Sem vossas ajudas e orações, já teríamos desistido! E é uma longa história. Gostaria, porém, que ela fosse lida com calma, e que ninguém fizesse alarde disso: é como uma confissão, um segredo que vou abrir a todos. Devem prometer isso: nada de alarde, apenas deixem seu coração sentir e agir. Tenho horror a pedinchar, e gostaria que todos entendessem o bom sentido de tudo isso.
 
Acima de tudo, gostaria que todos os meus amigos e leitores encarassem isso não como um lamento, jamais como um atestado de derrota, antes como um cântico de vitória porque depois da tribulação, virá a bonança. E gostaria que ninguém encarasse isso como reclamação, jamais revolta contra Deus, ou que eu me estivesse fazendo de vítima! E jamais – o que me deixaria muito triste – que alguém pudesse pensar mal, achando que me aproveito destas situações extremas, em benefício particular ou de minha família. Tudo o que possuo, e que é do Pai, construí antes de mudar de vida e abraçar esta causa. Faço-o, acima de tudo, no sentido de mostrar a todos o que aconteceu de fato, como parceiros nesta batalha insana. Afinal, somos uma equipe, e juntos somos mais fortes, porque sozinhos somos formiguinhas diante de um exército poderoso.
 
Toda obra, todo Movimento, precisa de “carregadores de pedras”. Precisa de pessoas que estejam na frente, para incentivarem os outros, entretanto sem uma equipe, um grupo ativo de pessoas valentes, nada vai para frente. Não existe obra de uma pessoa só, e as coisas de Deus jamais caminham neste sentido. E como é realmente para Deus, ele quer que as coisas sigam como o caminho da cruz, pesado, difícil, mas NUNCA impossível, nem acima do esforço de cada uma. E não falo somente da equipe central, mas isso se dá em cada cidade, na formação dos grupos e organização de cenáculos e caminhadas.
 
Quando as pessoas chegam à capelinha e encontram a Norma levantando paredes como pedreiro, e o Cláudio carregando tijolos e traço, encharcados de suor, acham que não deveriam ser assim, mas é isso mesmo. Da mesma forma, durante muitos anos eu fui muito egoísta e soberbo, guardando tudo o que acontecia aqui em meu coração e com a minha família, e só recentemente percebi que não deveria ser assim. Afinal, houve vida mais dura e difícil do que a de Jesus, mas sofrida que a de José e Maria? Eu não nasci numa manjedoura, nem durmo numa taipa de varas como eles. Mas vamos aos fatos! E pergunto: o que você faria, estando em meu lugar?
 
Quando comecei a divulgação dos livros do Movimento Salvai Almas, fiquei num dilema quanto ao modo de remeter. Começamos enviando para pagar na retirada do correio, depois somente com o frete a pagar, mas o resultado foi pilhas imensas de pacotes voltando, e isso por diversos motivos. Mandamos pela transportadora e só de uma feita, eles me consumiram 400 livros que sumiram. Eu sentia, desde o começo, que tínhamos de agir diferente, mas por outro lado, sem ter recursos de sobra, pois só ganho para tocar a vida, e na medida em que aumentavam os livros e as edições, as coisas
começaram a apertar muito. E eu tinha que decidir. Afinal, outros profetas tinham caído quando entrou a questão do muito dinheiro.
 
Numa noite sonhei que tinha que descer um penhasco de rapel. Tinha nas mãos uma corda bem grossa, mas daquelas antigas de sisal, e tendo amarrado bem em duas árvores grossas, fui à beira do penhasco, joguei o rolo de cordas para baixo e me certifiquei bem de que ela tinha chegado ao fundo. Comecei a descida e percebi estarrecido, que na metade da descida, a corda havia acabado. Não podia me soltar senão me mataria na queda altíssima, e não podia balançar a corda porque pensei: esta corda vai sovar na beira do penhasco e arrebentar. Que fazer naquela aflição? Ao meu lado, vi que descia um senhor conhecido, e vi a corda arrebentar e ele precipitar-se daquela altura. Este homem faliu literalmente em sua família e seus negócios.
 
Não tendo, porém, alternativa, percebi que se eu me balançasse, a alguns metros à esquerda havia uma saliência de rocha e que se eu me agarrasse nela conseguiria descer. Eu tinha que tentar e foi o que fiz: comecei a balançar, até que o impulso me levou até aquela pedra. Desci então mais abaixo estava agora sobre uma grande rocha, e olhando para cima e percebi que aquela corda havia se transformado numa corda moderna, muito branca, daquelas que resiste até toneladas de peso. E mais que isso, a ponta dela havia descido o vale abaixo, entrado no riacho, e por uma distância enorme era levada pela correnteza, até perder o alcance de minha vista.
 
Ao acordar senti imediata e intuitivamente que aquele sonho se referia ao meu financeiro: eu tinha que confiar em Deus! Mandei o e-mail ao Cláudio, e sim, a Mãezinha disse que eu deveria confiar. Então, junto com a família, consagrei o escritório ao Pai Eterno, entregamos a Ele todos os nossos bens e fui trabalhar para o céu. Ela disse: entrega o Escritório ao cuidado de seus filhos e funcionários e vem trabalhar comigo. E fui o que fiz, até porque Ela havia dito ao Cláudio: o Arnaldo já ganhou bastante, então pode ajudar. Sim, com imensa alegria.
 
Mas as coisas iam muito difíceis, porque, no fundo a gente sempre imagina: com deus é fácil! Mas começou a pressão da família para eu desistir do sistema: entregar os pedidos, pagando o correio aqui, sem pedir pagamento adiantado, e sem conferir nenhum pagamento. Deixando sempre nas mãos de Deus. Sempre na penúria, usando o cheque especial e pagando juros. Mas sempre percebendo a mão do Pai agindo, porque as contas sempre fechavam de um modo ou outro, nós íamos pagando as duplicatas de livros, terços e escapulários, também este caríssimo e horrível correio. Se eu mandasse com boleto, gastaria mais um mil reais, mais um funcionário e outros um mil, e além disso tardaria em média no mínimo 15 dias na entrega, com gastos de internet, telefone, fax e outras coisas. Como mandar livros baratos assim, para nosso povo simples, uma vez que os ricos não os leem, porque não precisam de Deus?
 
Numa noite destas, em tempo de muito aperto, sonhei novamente com o financeiro. Eu via agora, pregado ao meu escritório, uma fina teia de aranha, bem brilhante. Esta teia esticava-se pela rua acima, e eu a fui seguindo, por quilômetros serra acima. Na medida em que me distanciava, a teia ficava cada vez mais grossa, e subindo montanha acima ela tinha já o diâmetro de uma corda destas bem modernas e fortes. Novamente senti, tinha que confiar e seguir, lutar, dia a dia, fechando as contas sempre em dificuldade. Eu senti uma coisa interessante: não estava preparado para levar adiante na facilidade. Tinha que ser na dureza, ainda por um tempo. Paizinho, dai-me forças!
 
Numa mensagem ao Cláudio Nossa Senhora falou que pedíamos pouco, que deveríamos confiar e pedir mais forte. Ousei então e bolei um projeto de material, formando um Kit muito necessário, que eu fiz a conta me custaria R$ 4,00 cada. Para enviar 100 mil kits, ou seja, eu precisaria de 400 mil reais. E rezei para
que isso acontecesse. Dias depois, recebi um e-mail de uma senhora do estrangeiro, encantada com nosso site e tocada por aquela pequena imagem de Nossa Senhora que está na abertura, e ela me ofereceu os recursos para cumprir aquele projeto, sem eu pedir. Era o ano de 2003, ao final.
 
Iniciou-se um processo demorado, que começou a melar, com a morte dela, inventário, família, parentes, governos... Resultado: temos um cheque retido já há 14 meses para pagamento na Europa, e não tem quem faça aquele governo pagar. Juro para vocês: se eu não fosse temente a Deus, minha cabeça pensaria que em termos de dinheiro o diabo é mais forte, tamanha a fúria e descomunal com que a fera luta contra isso. Sei, porém, que nossos planos não são os de Deus, nem nosso tempo o Dele, mas tenho também a certeza de que Ele conduz tudo, porque sabe o momento exato de cada solução. Curvo-me humildemente então, para que se faça a Sua vontade! Porque o Pai nos prometeu não nos deixar órfãos. E aquela ajuda resolveria tudo o que vem a seguir, com facilidade!
 
Entrementes a vida continuava. E os problemas financeiros também. Desde o ano 2000, até março de 2008, raras vezes saímos do cheque especial, mas era de tal forma que, nunca voltava um cheque, nem pagávamos juros em excesso, no máximo 200 reais num mês. Mas as dívidas maiores nós íamos tocando adiante, empurrando com a barriga. Nesta época, entrou em contato conosco uma senhora de coração maravilhoso. Eu tinha que pagar uma conta de 34 mil reais de um empréstimo, e a pessoa me pressionava. Eu falei a ela que estava em dificuldade, mas sem dizer o motivo! Horas depois ela me pediu para ver a conta no banco, e vi que tinha me depositado 32 mil reais, para que eu fizesse uma viagem de lazer com minha família. Lazer? Paguei o empréstimo rapidinho! E até hoje não cumpri a promessa feita a ela!
 
Meses depois, fomos visitar esta pessoa para agradecer pelo grande benefício que ela nos tinha feito, e quando chegamos a nossa casa, dentro da bolsa da Dulce havia um cheque de 20 mil reais, com um bilhete: para fazer o seu tratamento de saúde! Saúde? Ficou o dinheiro na conta, e passamos o resto de 2008 com saldo positivo no banco, e não mais me preocupei com contas. Foi nosso ano mais fácil. Sem dúvida era Deus agindo, porque sempre, na dificuldade alguém me socorria. E vou dar um exemplo:
 
Tempos depois, mais uma vez as coisas apertavam, mas sem eu me dar conta. Num sábado qualquer eu estava aqui respondendo e-mail, quando chegou um pedindo meu telefone, que alguém queria me falar. Mandei sem problema. No Domingo, quando eu subia para rezar com Dulce em nossa capelinha, o telefone tocou e eu atendi. Do outro lado um senhor se identificou como médico, e me pediu 100 kits de material simples que não me custou mais do que 120 reais e disse: se o senhor me mandar isso, amanhã eu deposito 10 mil em sua conta. Como? Você deposita 10 mil? Sim, manhã mesmo eu faço o depósito.
 
No dia seguinte, assim que abrimos o escritório, meu filho Gustavo que cuida das nossas finanças chegou apavorado e disse: pai do céu, hoje vence quase 10 mil em duplicatas, e não temos nem um tostão. O pai é louco mandar estes livros sem pedir pagamento antes. E me xingou, mais uma vez, porque toda minha família me xinga, devido a esta confiança, quem sabe excessiva. Mas eu lhe disse: confie em Deus, filho! Tantas vezes Ele veio em nosso socorro, e nunca nos abandonou! Mas ele disse: que confiar nada pai, as dívidas se pagam com dinheiro e não com confiança. Eram 9 horas da manhã!
 
Quando deu 10 horas, fui conferir o extrato e estavam lá os 10 mil depositados. Então fui ao meu filho e disse: olha o extrato do banco! Ele verificou e lá estava o dinheiro! E disse: mas pai, que é este louco? Eu disse: Deus provê filho, como sempre tenho dito. Mas ó mais tarde lhe contei toda a história. Também que o médico me telefonou agradecendo dias depois, dize
ndo que o lencinho havia curado se filho adotivo. Ele foi rejeitado pela mãe no hospital, e ele o adotou, a criança tinha pânico do escuro, não pregava o olho à noite e chorava muito. E ele me disse: foi botar o lencinho embaixo da cabecinha dele, e a primeira vez em um ano e meio que ele dormiu e nos deixou descansar.
 
Entrementes a pressão financeira continuava. Um pouco antes de minha mudança de vida, eu tive que pagar um aval de uma pessoa que me enganou, e levei um golpe de um cliente, que me colocou quase a nocaute. A dívida dele cresceu de forma assustadora, e terminou num processo bancário. Quando me vi perdido, processei o banco por causa dos juros excessivos, mas não tinha esperança de ganhar a questão. Os amigos meus, que estavam na mesma situação, perderam logo suas causas, e quase faliram de tanto pagar juros ao maldito banco. Meu processo rolava já há mais de 10 anos, sem acordo, e isso me transtornava a cabeça, pois de quando em vez vinha chamado do juiz. O banco no fim entrou com processo contra mim, e queriam me cobrar 250 mil reais, um absurdo.
 
Como eu tinha entregado tudo nas mãos do Pai, conversei com o Cláudio e a Mãezinha me disse que Deus cuidaria do caso, o que me deu tranquilidade. Na última audiência o advogado do banco tentou me intimidar, dizendo que aquela causa era liquida e certa, que eles ganhariam, e me propôs um acordo. Instruído pela Mãe, eu não aceitei, embora o meu advogado tivesse ficado furioso comigo, porque achava uma “boa” proposta. Mas que me levaria à falência. Resultado: no início do ano 2009 veio a decisão do Juiz, e ganhei a causa, de forma inexplicável. E o banco foi condenado inclusive a pagar meu advogado. Por que falo isso? Para que os amigos sintam a pressão que havia. Mas que percebam também a mão de Deus agindo em nosso favor.
 
Mas nos meses que seguiram, passei a receber grandes pedidos de livros, terços, também escapulários, e quantidades enormes de santinhos, vindos de sacerdotes do Nordeste. Eu tenho um zelo especial por eles, e procuro na medida do possível mandar tudo de graça. Como, porém, os pedidos eram enormes eu não tinha condições de bancar tudo, e os alertei quanto a isso. Mas recebia sempre a resposta afirmativa, que receberia em tempo, e fui mandando. Mandei uns 30 mil terços, 20 mil escapulários, tudo para três padres, para uma senhora que há muitos anos me pedia livros, e mais umas pessoas novas com pedidos menores. Tudo para a mesma região, e creio que o total deve dar uns 30 mil.
 
Como eu mando sempre sem conferir pagamento, e na medida em que lentamente meus recursos de 2008 se esvaíram, e rapidamente, eu passei a desconfiar que algo estava errado por lá. E descobri que por trás de tudo estava um jovem, de apenas 18 anos, que havia inventado tudo aquilo. Ele forjava os endereços de e-mails, escrevia tudo usando o nome de Associações religiosas falsas, mas de padres verdadeiros – falei com os padres pessoalmente, menos um – entretanto pouco material ia para os padres. O mais era vendido por ele nas muitas lojinhas de artigos religiosos da região do Juazeiro do Norte, onde a procura por estas coisas é grande. Além disso, ele comprava nas lojas e não pagava, além de coisas mais que prefiro não falar.
 
E sempre recebia respostas mentirosas do jovem, é um gênio da mentira. Ora a secretária tinha roubado o dinheiro da Paróquia, o padre tinha viajado, uma senhora estava na UTI e a família não queria nem saber dos pedidos da mãe, de 8 mil reais, e coisas assim! E foi até que no final do ano passado, entrei em contato com um dos padres e ele começou a pegar o fio da meada, até porque o bandido do menino havia feito pedidos diretamente da gráfica que edita nossos livros, usando o nome da Cúria e das paróquias, e a gráfica tinha protestado os títulos pondo a Igreja no cartório. E foi quando tudo estourou. Está agora na justiça, o jovem ameaça se matar, mas eu lhe disse: se você foi corajoso para enganar a tanta gente e rir da nossa cara, não seja covarde
agora de fugir te matando, porque isso te levará para o inferno
.
 
Enfim, desde metade do ano passado, cancelei mais dois pedidos dele, que agia assim: Ele arrumava um testa de ferro numa cidade qualquer do Ceará, criava uma Associação fictícia, uma falsa Comunidade religiosa, e usava de tais pessoas como: Irmão Miguel, irmão Francisco, e pedia o material. O testa de ferro dele segurava o material e ele viajava para buscar, cinicamente, sendo que não tinha o mínimo interesse de pagar. Quando comecei a pedir pagamento adiantado, os outros pedidos grandes que o bandido fez não foram mandados até porque tinha percebido que os números de telefone eram falsos, e os endereços de e-mail ele cancelava. Como viram satanás faz seus servos, e nem sempre são velhos ladinos e escroques, mas podem ser jovens como este, que ainda tinha a cara de pau de dizer que queria ser padre. Imaginem o escândalo! O fato é que não tenho esperança alguma de receber algo dali. Mas não era tudo, em outras frentes agia o vil inimigo.
 
E chegou início de dezembro de 2009. Eu havia ido uns dias antes na gráfica, e fiquei apavorado com a quantidade de livros lá estocados, e pedi nas orações que a Mãezinha desse um jeito naquilo. Precisávamos baixar o estoque porque a gráfica, que me ajuda de uma forma extraordinária, quase impossível, não podia esperar tanto pelo pagamento. E não deu outra: lá pelo dia 15 de dezembro, de uma forma inexplicável, me chegaram do Rio de Janeiro, de quatro fontes diferentes, pedidos de livros que somavam uma pequena fortuna coisa que nunca tinha acontecido. Todos os pedidos foram feitos de forma diferente do usual, e nenhuma das pessoas conhecia a outra que fez os pedidos. Era um mistério! Eu fiquei na maior alegria!
 
Mas também pensativo, estranhei tudo aquilo, e como confirmei com todas as fontes, e todas me juraram pagar assim que chegasse a mercadoria, telefonei ao Cláudio e ele tendo colocado em oração, recebeu a resposta que SIM, eu deveria mandar, porque elas queriam dar os livros de presente de Natal. Mas, vejam que eu não tinha dito a ele que as senhoras queriam exatamente dar os livros de presente de natal. Uma delas, inclusive, disse que já tinha comprado 2 mil reais em embalagens, e arrumado pessoas para fazer os pacotes tão logo os livros chegassem.
 
Que fiz então? Fui eu mesmo, e junto com o dono da Gráfica, trabalhamos um dia inteiro separando os pedidos, e arrumado os peletes e deu quase um caminhão de livros. Tudo foi então acertado, e enviamos o material pela transportadora. A última parte da carga saiu daqui uns dias antes do Natal. Deste momento em diante, preciso separar cada um dos casos, para que os amigos parceiros nesta tremenda guerra possam tentar entender – se humanamente for possível de entender – tudo aquilo que então aconteceu. Porque, em princípio, todas elas me abandonaram.
 
CASO UM – Pedido de 4 mil reais, a pessoa queria pagar os livros com seu 13º salário, mas alegou que foi despedida tão logo fizera o pedido, sem pagamento de nada, nem do salário normal, porque a empresa alegou falência. Como ela fazia tudo sem o marido saber, mandou um e-mail me avisando, implorando que eu não escrevesse nada e me jurou que pagaria tudo, mas nunca mais me falou nada. Até hoje não deu mais recado, nem sei se divulgou os livros ou se jogou fora. Ela morria de medo do esposo, e soube pelo Cláudio que ela tem problema sério na família. Não digo que seja má pessoa! Só que sempre haveria um meio de me avisar, não acham?
 
CASO DOIS – Esta senhora me pediu 18 mil reais em livros. Nos dias que seguiram entre o pedido e a chegada do material, disse ela que sua mãe teve um problema cardíaco grave, e tendo sido levada a São Paulo, consumiu todo o dinheiro que ela tinha para me pagar. Mas ela disse que tinha uma amiga rica, nos EUA, e que estava vindo ao Brasil e me pagaria sem problemas. Bem, no aeroporto, vindo para o Brasil, ela teve um AVC, e está até hoje na UTI. Eu soube disso apenas no mês passado, quando e
la, com muita vergonha entrou em contato depois de uma dezena de e-mail que lhe mandei durante todo o ano de 2010. Vá somando: são 30 + 4 + 18 = 52 mil reais...
 
CASO TRES – Em final de 2008, pouco antes do Natal, esta senhora do Rio, me pediu mais de 2 mil reais de material. Eu mandei tudo certinho, e ela me falou que iria visitar o filho em Minas, mas que antes disso faria o pagamento. Entretanto, não chegou pagamento, nem resposta. Mandei dezenas de e-mail, pedi a amigos que fossem procurar a pessoa, mas só disseram que a casa estava fechada. Pois um ano depois, justamente no mesmo tempo em que as outras mulheres me pediram material, ela entrou em contato de novo. Disse que tinha caído na casa do filho, e ficou sete meses na UTI, o resto do tempo acamada, sem poder me escrever. Penso que não seria desculpa, mas eu confiei!
 
Ela me pediu mais material e me jurou que pagaria a primeira e a segunda conta, no mais tardar até o dia 31 de janeiro de 2010. Mandei mais 3 mil reais de livros, terços, lenços e escapulários. E ela sumiu do ar novamente. Em setembro passado, eis que uma bisneta dela entra em contato, contando que a bisa estava internada, mas só falava no Arnaldinho, queridinho, que devia para ele, mas queria continuar evangelizando. E a moça me pediu mais material! Mandei quase 2 mil em livros, tendo ela assumido o compromisso de pagar toda a conta, que a família assumiria. Até ontem não deram mais sinal de vida. Quem sabe pagam hoje? E vá somando, são agora 59 mil reais pelo ralo!
 
CASO QUATRO – Este é longo e terrível, espero que entendam tudo. Esta senhora, com fartos recursos, me fez um grande pedido de livros, em nome dela e de mais quatro amigas, cada uma com sua conta. O pedido dela mesma dava quase 13 mil reais no início, mas ela pediu que eu mandasse em dobro. Sua promessa, segura e garantida era de que no dia 4 de janeiro me depositaria os seus 25 mil reais, e se eu cumprisse a minha parte ela me faria uma doação livre, de mais 30 mil, no mesmo dia, para que eu divulgasse terços no Rio de Janeiro. Isso sem contar os pedidos das amigas, que cada uma me pagaria. Ela era responsável por tudo!
 
Nos últimos e-mails que ela me enviou, sempre me dizia: reza para mim, que estou com uma dor de cabeça terrível. E sempre repetia, diariamente a mesma coisa e eu lhe disse: procura um médico urgente, porque pode estar acontecendo algo grave com a senhora. Mas ela me disse assim: primeiro quero arrumar todos os pacotes para distribuir. Quando lhe questionei o motivo pelo qual não pagava logo, porque era arriscado mandar tanto para uma pessoa desconhecida, sem garantia alguma, ela me disse que no ano anterior havia mandado 15 mil reais a um “profeta” de Minas Gerais, para que lhe mandasse livros, e ele a enganou, mandando apenas uns 2 mil e embolsando o resto. E me pediu que eu confiasse nela.
 
Que aconteceu? A mercadoria toda chegou ao Rio dois dias antes do Natal. No dia seguinte, recebi um e-mail da sobrinha desta senhora, dizendo que a tia havia sido internada, em estado gravíssimo com AVC, e o médico havia dito que era irreversível. Dia seguinte ao Natal, a sobrinha me escreve dizendo: a tia morreu! Acreditem, deu-me uma tremedeira, meus braços caíram desalentados, e por algum tempo nem conseguia escrever. Minha cabeça quase entrou em parafuso. Nem preciso dizer a vocês o que foi meu mês de janeiro, quando começaram a vencer as enormes duplicatas de todo aquele material. Nenhuma delas pagou, embora os milhares de juras e promessas. Foram então 59 mil, mais 34 dos pedidos, mais o frete e as multas da transportadora 4 mil. Entre outros menores, e outros dissabores, temos ai 100 mil reais perdidos. Conte agora a ajuda de 30 mil que ela me prometeu e calcule o tamanho de minha decepção.
 
Então o amigo dirá: mas você poderia recolher os livros, que neste último caso ainda estavam na transportadora. Recebi então um e-mail bastante cínico da so
brinha da dita senhora que faleceu, dizendo-se cansada, que ia viajar para NY, e que eu recolhesse de volta os livros. E que quando ela voltasse – não sei se já voltou – se eu tivesse algo a cobrar, como o frete, que ela pagaria. Até hoje não pagou, decerto curte o dinheiro da tia, porque mais tarde vim a saber que ela não somente ficou com o dinheiro como herdeira universal da tia, como ainda vendeu o apartamento dela por ninharia, embolsou o dinheiro e foi dar volta ao mundo. E eu fiquei a ver navios quando tinha a promessa de pagamento da tia, e por um direito natural, a promessa de um falecido deve ser cumprida à risca, sob pena de a família nunca ter sossego, nem no céu a pessoa ter felicidade plena. Promessa é divida! Embora que, de minha parte, ela não deve nada e explico:
 
Uma imensa tristeza me abateu por alguns dias. Tudo isso me era inexplicável. Afinal, a Mãezinha tinha mandado enviar os livros, como agora eu era golpeado desta forma? O que Deus queria de mim? E nem imaginam a tremenda pressão da minha família, porque todos foram contra de eu enviar tanto material sem pagamento adiantado, na confiança! E os títulos foram vencendo, fui pagando alguns, recebi uma ajuda maravilhosa de um amigo do Rio de Janeiro de 15 mil reais, outros ficaram sabendo da história foram me ajudando, parte dos títulos fui empurrando para diante, pagando mais juros nos bancos, fiz empréstimos bancários e fomos vivendo.
 
Naquela tristeza, relatei tudo ao Cláudio, e pedi a ele autorização para queimar umas 10 caixas de cartas, mais de 100 quilos de papel, tudo o que eu havia recebido nos últimos 10 anos. A Mãezinha disse que sim, podia queimar, e fosse rezando enquanto o fogo consumia todos aqueles pedidos e súplicas de milhares. Na noite anterior, sonhei que estava sobre um velho caminhão Chevrolet, carregado de livros, subindo uma serra. Uma senhora ia ao volante, e de repente ela tentou virar o caminhão de volta no meio da subida, o que seria suicídio. Eu pulei no lado do estribo, segurei o volante firme pela janela, e gritei com ela: sobe, sobe, não podemos parar! Ela subiu, e quando chegamos ao topo, vi formar-se uma multidão de pessoas que iam pegando os livros e num instante o caminhão estava descarregado.
 
A serra que subíamos fica em local conhecido, na terra de meus pais, e por acaso eu resolvi queimar os papéis exatamente no início da subida, longe da cidade. Coloquei aquela enorme pilha de cartas num monte, e toquei fogo. Mas percebi que queimava apenas por fora, e eu não queria deixar nenhum papel escrito, sem queimar totalmente. Peguei então uma longa vara de eucalipto que havia ali, e ia revolvendo aqueles papéis, para que o fogo queimasse tudo. Enquanto isso, eu meditava exatamente na ingratidão da sobrinha desta senhora, que ficará com o meu dinheiro, e cinicamente me deixara na pior. Tenham certeza de que as lágrimas me corriam da face.
 
Mas enquanto eu revolvia os papéis, percebi que o vento e a força das labaredas erguiam muitas das folhas de papel, que iam queimando totalmente pelos ares. Centenas delas e iam caindo longe na mata. Mas de repente, um destes papéis, espécie de memorando, foi subindo, subindo, mas interessante, era o único que não tinha queimado. Milhares de folhas voando, apenas uma sem queimar... Fiquei olhando o vento a levar, bem alto, mais alto, e então, sem eu sair do lugar, o bilhete veio caindo, bailando, até chegar às minhas mãos. Nele estava escrito assim, mas sem assinatura: se você fizer isso, eu vou ficar muito feliz. Um forte abraço!
 
Eu tremi por inteiro, porque senti imediatamente que aquele era um aviso, que vinha da parte da mulher que falecera no dia do Natal. Senti que se referia aos livros, que era ela a mulher que dirigia o caminhão de livros do meu sonho, e que ela gostaria que todos os livros fossem divulgados, para que fosse feliz no Céu. Como a única forma de comprovar isso é com o Cláudio, telefonei a ele e mais tarde recebi a resposta que sim: era como um aviso da f
alecida, e que eu deveria arrumar uma forma de divulgar todo aquele caminhão de livros. Mas como? Grátis, sim, tinha que ser grátis! Se eu trouxesse de volta os livros pagaria frete dobrado, e teria prejuízo. De qualquer forma não poderia devolver os livros na gráfica, porque já estavam faturados, com desconto em banco. Que fazer?
 
Fui ao Rio de Janeiro, combinei com amigos de lá, especialmente o valente Bruno, e ele recolheu todo o material na paróquia do Padre Márcio, que muito nos ajudou. Hoje está tudo divulgado, e rende os frutos que Deus quer. Entrementes as duplicatas venciam. E ninguém se manifestava embora eu tivesse enchido a caixa de e-mail da falecida, pedindo socorro. Afinal os telefones não atendiam, e não tinha outro endereço! Eu e Dulce apenas rezávamos. Em março 2010 recebi um e-mail de uma das amigas da falecida. Ela me contou toda a sua história, de como ficara riquíssima, passando de mendiga de rua a dona de grande fortuna, e me alentou dizendo que elas não me abandonariam. Que iriam realizar o sonho da falecida amiga, e dela soube o que relatei a respeito da sobrinha herdeira.
 
Esta senhora me falou que a falecida havia pedido os livros, em nome das cinco, e que ficara responsável sozinha pelo pagamento, que elas depois se acertariam. E antes do Natal, as quatro haviam viajado ao exterior, porque já tinham passagem comprada para elas e as famílias, e viajaram sem saber de nada, só mais tarde conheceram da morte da grande amiga. Disse-me ela que em conjunto elas tinham um apartamento, e que iriam vender, e me passariam o dinheiro, para pagar o atrasado, e queriam também que eu divulgasse 200 mil terços. O prazo do pagamento do apartamento vendido era 30/04. E para diante deste dia projetei meus pagamentos.
 
Pois chegou o dia citado, e não mais recebi sinal de vida. Por meses inteiros mandei e-mail implorando solução, porque tinha me fiado naquela ajuda, e posterguei uma porção de duplicatas para pagar em maio. Lembrem que foi ali que lancei uma campanha pedindo ajuda? Pois de fato a ajuda delas não veio, felizmente dos amigos daqui sim. Lá por agosto, mais uma vez recebi uma carta da mulher vinda do exterior. Ela me disse que estava num país da Europa, contraíra uma doença gravíssima, que os médicos não descobriam, e alternava momentos de lucidez e loucura. Num destes momentos de lucidez ela me escreveu dizendo que em abril, no dia em que o comprador ira fazer o pagamento do apartamento, ele foi assassinado. E mais, em junho elas haviam conseguido outro comprador, mas que, no dia antes do pagamento, foi também assassinado. Que acham disso tudo? Não vos parece a antecâmara do abismo?
 
E as dívidas vencendo, os pagamentos feitos sempre na dificuldade, fizemos nos bancos dois empréstimos a juros caros no valor de 50 mil reais, e estamos pagando por mês. E a cada mês eu recebia um alento da senhora ainda na Europa, dizendo: volto tal mês, volto tal mês. E nada! Imaginem o que significa viver nesse aperto, esperando soluções que não chegam, obtendo promessas que dão água na boca, mas a cada vez um golpe, novo golpe e mais uma traição! Uma coisa, porém, me deixa tranquilo: a consciência limpa, do dever cumprido. Minha parte eu fiz. Lembro que tenho todos os e-mails comprovando isso tudo.
 
Porque a história não terminou. Eu tentei, de todas as formas, sem sucesso, conseguir o endereço daquela senhora doente, no exterior, para lhe enviar o lencinho de Nossa Senhora e o Óleo de São Rafael, porque Nossa Senhora havia dito ao Cláudio que a doença dela era “tuberculose cerebral”, e que os médicos não curariam. Mas não obtive mais resposta! Em 30 de novembro passado, recebi um e-mail, da parte de uma das amigas da doente, dizendo que ela alternava momentos de lucidez que mal acordava, falava em mim, e também no Bruno, que também estava doente. Ela lhes disse que Nossa Senhora falava com ela quando nas escuridões e lhe falara sobre as dificuldades minhas e do Bruno, que também tem sérios problemas.
 
Mas alentou-m
e, dizendo que elas tinham procuração para vender um apartamento que tinham na Europa, e me enviariam o dinheiro. E insistiam nos 200 mil terços. Mas eu disse, só posso levar avante o projeto dela, quando tiver o dinheiro na mão. Não posso mais arriscar, pois lhes contei parte da minha tremenda dificuldade. Ela me falou detalhes da operação que tencionavam fazer e mais uma vez que me enchi de alento, porque se me mandassem aquele dinheiro prometido, eu não somente me livraria das duplicatas em atraso – tem uma de 10 mil reais vencida desde janeiro 2010 – como ainda cumpriria os 200 mil terços que ela tinha prometido ao Céu divulgar.
 
Dias depois, recebi uma nova carta da amiga desta senhora dizendo simplesmente: nossa amiga, infelizmente faleceu! Decidimos alugar o apartamento dela aqui na Europa e lhe mandar mensalmente o aluguel como ajuda. Daqui a dois anos nós venderemos ele, e lhe mandaremos o dinheiro! Ora, não foi isso que as duas senhoras falecidas me haviam jurado. Ou seja: mais um golpe, mais um motivo de desânimo! Mais um motivo para desistir de tudo, e até duvidar de Deus, pois não dividem que o maldito me falou desta forma. E ri descaradamente, pois vai me vencendo no financeiro, golpe após golpe, de modos que só por causa das orações de muitos é que não desisto. Nunca desistirei!
 
Claro que não recebi mais nenhuma carta da Europa, e já passou janeiro e não recebi a tal ajuda do aluguel. Mas jurei para mim mesmo que, se elas me vierem com esta proposta mais uma vez, e se não cumprirem o desejo da falecida – aliás, das duas que já faleceram – eu simplesmente vou devolver o dinheiro gentilmente, porque já fui feito de tolo e manipulado demais. Afinal, elas nem me dão seus nomes, nem endereços, nem telefone. O que você faria? É o que me pergunto! Tudo me parece uma gigantesca trama, algo inexplicável, louco, humanamente sem solução. E quando eu coloquei em oração, a Mãezinha apenas disse: grandes ataques, são para pegar grandes peixes! Você os verá!
 
Assim quando alguém me telefona perguntando como eu vou, e eu respondo: estou vivo!, é porque ainda respiro em meio a estas dificuldades. E alguém poderá então dizer: mas isso não deve ser algo bom, porque se o Arnaldo trabalha realmente para Deus, não deveria ter dificuldade alguma. Se ele está trancado, é porque o trabalho não é de Deus. Bem, há uma passagem do Eclesiástico que diz: meu filho, se te entregas ao serviço de Deus, prepara-te para a perseguição! Acho que isso responde não!
 
Ademais, a Mãezinha sempre diz ao Cláudio que não somos diferentes de ninguém e que não deveremos ter privilégios especiais. Mas é difícil explicar para quem não vive isso na pele, que desde o início de minha caminhada para o serviço do Céu, eu tenha sofrido já seis acidentes graves de carro, além desta última batida agora, estando meu carro parado. Ontem fez um ano que batemos nossa camionete, quando Dulce quebrou o braço, e nosso carro ainda está na oficina por consertar, porque não tivemos condições de pagar seu conserto. E como teríamos, depois de tantos golpes? Nossa renda dá para viver muito bem, nossa mesa é farta e nada nos falta! Mas como tocar a obra sem pedir?
 
Vejam, estes são os golpes grandes, e tem outro, ainda em andamento, que não posso por hora levantar a questão, que me custou no mínimo mais 50 mil reais. Este está ainda atravessado em minha garganta, e terei de resolver, porque foi roubo. E eu tenho medo de pessoas que roubam, porque dois homens já falecidos, que me lograram e roubaram, já estão no inferno. As pessoas pensam que roubam aqui, e depois Deus os acolhe como santos no céu. Ledo engano! Eu é que sempre pensei assim, ingenuamente, de que se as pessoas sabem que estamos no fim, próximas do dia da Justiça, não vão querer enganar e roubar, pedindo material com desejo antecipado de não pagar.
 
Enfim, tem ainda centenas de pequenos não pagamento. O que mais me aflige são os muitos pedidos que envio
pelo correio e nunca chegam, nem retornam. Penso que em algumas cidades os carteiros jogam fora, principalmente os impressos, que não tem como rastrear. E tudo isso vai somando. Outro fato são os livros que voltam por endereço errado, ou porque ninguém está em casa para receber, ou mudam de endereço, e com isso perco o frete e tantas vezes os livros. Por último muitos esquecem de pagar, outros levam até dois anos para acordar que pediram livros e não os recebo de graça, de modo que só o Céu mesmo é que sabe o quanto tenho para receber. Mas eu sei quanto ainda tenho que pagar. As dívidas vencem, cobram juros e multas, e dão cartório e justiça.
 
Mas, como Deus é conosco, em todos estes anos apenas um cheque voltou, por causa daquele menino salafrário. Eu cobrei solução dele, em abril passado, e ele me mandou a cópia de um depósito no Banco do Brasil, de 5 mil reais, dizendo que ia cair em três dias. Confiado naquilo, emiti um cheque e fiquei tranquilo. Como não fui conferir o extrato, fiquei surpreso quando o banco mandou aviso de retorno do meu cheque. Fui conferir e não havia entrado o depósito prometido.
 
Acreditem, o bandido do rapaz, foi no caixa eletrônico, preencheu um envelope com o deposito de 5 mil em cheque, em meu nome, e me enviou a copia por scanner. Só que o envelope estava vazio, não tinha cheque dentro. Nós telefonamos para a agência de lá e foi confirmado! Ou seja, crime de estelionato, crime de falsidade ideológica, ambos casos de cadeia. Mas é a diocese do Crato que o está processando, eu não o farei. O acerto dele e da mãe dele – lembram a mulher que estava na UTI? Mentira: era a mãe dele, muito sadia, que sabia de tudo, e toda mãe assim tem o filho que merece – fica por conta de Deus, Ele que irá acertar a conta com os dois. Posso até perdoá-los pelo que me fizeram, mas a dívida está aqui em aberto.
 
Eu sei perfeitamente que nem deveria estar relatando isso e levando ao público, mas no meu coração nós fazemos parte de um todo, pois somos Movimento. Por outro lado poderia ser orgulho de minha parte carregar tudo isso sozinho, achando todos que vai bem porque é uma obra de Deus, quando mil demônios lutam em fúria para que a obra não se realize. Claro que vamos vencendo uma batalha por dia, e tudo segue, mas como eu disse ao Cláudio: somos vasos de argila! Ele pode rachar um pouquinho, trincar uma lasca, só não pode estilhaçar! Sem a fortaleza de Deus, ficaremos em cacos.
 
E somos um Movimento de pobres, todos em dificuldade financeira, e de certa forma nós estamos desafiando os gigantes do mundo, revelando seus planos, tramas e sucias, ao tempo em que mostramos também o plano de salvação do nosso Deus. Trata-se de uma guerra insana, de anões contra gigantes malignos, que são guiados pelo inferno, que não quer, de forma alguma, que seus segredos pérfidos sejam revelados. Na noite passada, enquanto meditava nesta situação financeira sem dormir, vi ao meu lado o cão amarelo, magro e pestilento, que parecia ser o chefe de uma matilha.
 
Naquele memento, eu me enchi de verdadeira ira. Primeiramente me coloquei debaixo dos pés de Deus Altíssimo, como verme miserável, grão de areia e servo inútil, e depois desandei a desafiar aquele cachorro maldito, com toda sorte de palavrões que minha cabeça pode encontrar! E você nem imaginam a enxurrada que foi! Depois me senti mais aliviado, porque lhe disse: tudo o que tu, cão maldito, me fizeste passar nestes anos, vais pagar em penas e suplícios eternos em dobro, porque assim está escrito: dá-lhe em dobro, em tormentos! Porque nós venceremos no final. Deus é por nós, quem será contra?
 
Enfim, deixo a todos uma mensagem de esperança: juntos nós venceremos! Mas como já falei, precisamos agir no silêncio, sem estardalhaço sem gritar aos quatro ventos, pois não queremos ser como estes movimentos que a cada palavra pedem cinco dinheiros. Peço apenas muitas orações, porque estes ataques contra as pessoas, na verdade cumprem um sentido diferente: A Mãezinha falou que todas
as pessoas que estão inda internadas – porque mais uma das cinco amigas está com câncer terminal – quanto as que faleceram, tinham familiares ligados ou à maçonaria, ou ao espiritismo. Elas sofriam então pela libertação de tais pessoas. Deus tem seus caminhos!
 
Enfim, só posso dizer: seja feita a Vossa Vontade! Tenho certeza absoluta, de que em breve tudo isso estará resolvido e em breve estaremos mergulhados na batalha final. Em tempo, e mesmo nesta tribulação escrevi outro livro: Oráculos do fim! Aviso quando estiver pronto! Que Deus vos abençoe a todos!
 
Aarão!
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


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