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04/03/2011
Homilia dominical


Evangelho - Homilia dominical
4/3/2011 14:40:08

Evangelho - Homilia dominical


 
8º Domingo do Tempo Comum
 “106º Domingo no Exílio”
 
Ano “A”
 

 
                                                                                              Is 49, 14-15
                                                                                              Sl 61
                                                                                              1 Cor 4, 1-5
 &nbs
p;                                                                                            Mc 6, 24-34
 
 
 
Domingo, 27 de Fevereiro de 2011.
 
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo. Para Sempre seja louvado e nossa Mãe Maria Santíssima. Salve!
 
Meus amados! Celebramos o 8º Domingo do Tempo Comum, e ainda, mais uma vez, Jesus proclama para os Seus Discípulos – e também para nós – as Bem-Aventuranças Eternas, a Santa Palavra que nos converte e que nos salva. Jesus, como sempre, nos exorta, sem meias palavras, ao nos dizer: “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de afeiçoar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e à riqueza” (Mt 6, 24). Ele nos convida a desprendermos os nossos corações das coisas passageiras, fúteis, que tantas vezes nos seduzem e nos escravizam. No entanto, Ele não está condenando a posse, o ter, em si, mas a maneira de usarmos os bens, que nos foram confiados. Pois tudo é d’Ele, e o que temos é Dom de Deus, e deve ser para sua Glória. Por isso hoje Ele pede para que não nos inquietemos demasiado com “o comer”, “o vestir”, pois “os pagãos é que se preocupam com essas coisas”, e o nosso Pai do Céu sabe do que precisamos, e não nos deixará faltar o necessário... Não é assim que Ele faz com as aves do Céu e com os lírios do campo? Se para eles, Ele tudo providencia, quanto mais para nós, seus filhos! “Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem fazem provisão nos celeiros, e, contudo vosso Pai celeste as sustenta. E por que vos inquietais com o vestido? Considerai como crescem os lírios do campo; eles não trabalham e nem fiam. E digo-vos, todavia que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu jamais como um deles” (Mt 6, 26. 28-29). O que Deus deseja do nosso coração é um pleno abandono e uma plena confiança n’Ele, assim como faz um filho ao lançar-se nos braços do pai, pois não teme que o pai o deixe cair, e se joga nos seus braços, com confiança. Também deve ser assim nossa relação com o nosso Pai do Céu, que por amor nos criou e continua nos assistindo com o Seu Coração amoroso... “Porventura (respondeu o Senhor) pode uma mulher esquecer-se do seu menino de peito, de sorte que não tenha compaixão do filho das suas entranhas” (Is 49, 15a).
 
Sim, meus amados! Como nos diz o Profeta Isaias, Deus jamais nos abandonará, jamais! Pois Ele é o nosso Pai, e nos ama infinitamente. Pode uma mãe não ter “compaixão do fruto das suas entranhas?” E infelizmente vemos essa realidade dolorosa, nos dias de hoje, mães que matam seus filhos ainda não nascidos, com o crime do aborto, a matança das crianças inocentes, nos ventres maternos. Um horror! E os países estão ai, a aprovarem tais leis, que destrói a vida, a dignidade da pessoa e a sua sacralidade. Vemos, também, mães que abandonam seus filhos, maltrata-os, e não assumem a bela vocação que Deus as confiou... Estes dias mesmo vimos no noticiário, àquela criança que foi jogada pela própria mãe, no esgoto. E isso é só uma pequena parte dos sofrimentos da humanidade, aquilo que nos é permitido ver e conhecer, visto que a realidade é muito mais dolorosa. Hoje diz o Senhor para nós: “Porem, ainda que ela se
esquecesse dele, eu não me esquecerei de ti” (Mt 6, 15
b). Deus não se esquece de nós, pelo contrário, vem em socorro da nossa fraqueza humana, com a Sua graça misericordiosa, manifestada a nós, de modo particular, por meio da Sua Santa Palavra e dos Seus Sacramentos. Ele Se faz Misericórdia pelo Perdão a nós oferecido, no Sacramento da Sagrada Confissão. Não deixemos de beber da fonte do Coração Misericordioso de Jesus, que pulsa por amor de nós, e quer nos salvar. Apressemo-nos para irmos ao encontro do Senhor, na Santa Missa, e purificados os nossos corações, de todo pecado, nos abeiremos ao Altar do Sacrifício. Aqui é Imolada a Vítima Verdadeira, e ofertada a Deus; o Cristo Senhor, que Se oferece ao Pai por nossos pecados, e Se dar a nós, em Alimento. Pois, o Seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade são Verdadeira Comida e Verdadeira Bebida. Por Ele somos purificados e santificados, pela presença da Vida da Graça, que nos é comunicada por esses Santos Mistérios. Pois como nos diz São Paulo, foi nos dada à graça de recebermos e ministrarmos os Bens Eternos. “Assim todos nós considerem como ministros de Cristo, e dispenseiros dos mistérios de Deus. Ora, o que se requer nos dispenseiros é que eles se encontrem fiéis” (1 Cor 4, 1-2). Pois há seu tempo o Senhor “porá as claras o que se acha escondido nas trevas, mas ainda descobrirá os desígnios dos corações; e então cada um receberá de Deus o louvor (que lhe é devido). (1 Cor 4, 5b).
 
O Santo Evangelho de hoje vem nos ensinar que devemos confiar na Providência Divina, esperar no Senhor, segundo Seus desígnios e Sua Santa Vontade. Mas isso não significa nos espreguiçarmos, indiferentes, esperarmos as coisas acontecerem, sem nada nos importarmos. Não! Na verdade, o Senhor nos convida a não anteciparmos as preocupações, pois elas virão a seu tempo, e Deus dará a graça que precisamos, para enfrentá-las. Afinal, não é Ele o nosso Pai, que tanto nos ama, e cuida de nos! “Não queirais, pois, andar (demasiadamente) inquietos pelo dia de amanhã. Porque o dia de amanhã cuidará de si; a cada dia basta o seu cuidado” (Mt 6, 34). Temos a tentação de, demasiadamente, anteciparmos as ocupações, quando a Palavra de Deus nos diz, que basta a cada dia o seu mal... Será que nós realmente confiamos no Senhor? Ou será que dizemos confiar, mas queremos fazer as coisas do nosso jeito, ao nosso tempo, segundo a vontade do nosso coração, da nossa natureza? Peçamos a graça de Deus, para que saibamos escutá-Lo, com o coração; que saibamos, humildemente, vir a Seu encontro, no Sacrário, dobrarmos nossos corações e nossos joelhos, em Adoração, e a Ele nos abandonarmos, como filhos nos Braços do Pai. Pois Aqui, no Sacrário, está o nosso Tesouro... “Porque onde está o teu tesouro, ai está também o teu coração” (Mt 6, 21). Esse versículo se encontra um pouco antes do Evangelho de hoje, e vem nos ensinar que, se nós colocamos a nossa esperança e a nossa confiança nos bens que passam, nós idolatramos. Portanto, o dinheiro, a riqueza, o poder, passam a serem os ídolos cobiçados pelos avarentos, que vai corrompendo a alma e o coração. Estes a ferrugem e a traça os consomem, mas o nosso maior Tesouro – Jesus Eucarístico – Este é Eterno, e ninguém pode nos tirar! Em outra passagem Ele nos fala do homem que teve uma grande colheita e não sabia o que fazer com os bens, então construiu um grande celeiro, para amontoar sua riqueza... Então Jesus disse: Louco! Hoje mesmo venho tomar conta da sua vida! De que adiantou? Devemos, portanto, sermos cuidadosos, vigilantes, desapegados e sempre confiar na graça de Deus, pois nada podemos acrescentar a nossa vida, como nos fala o v. 27, do Santo Evangelho de hoj
e. “E qual de vós, por muito que pense, pode acrescentar um côvado à sua estatura?” (Mt 6, 27).
 
Meus amados! A experiência dolorosa do exílio faz o povo de Israel voltar seu coração para o Senhor, sendo o próprio Deus a sua fortaleza e o seu refúgio. Não pode ser diferente conosco, amados, uma vez que escolhemos caminhar na presença de Deus, mesmo com toda a nossa limitação, e a Ele servirmos. Pois como nos diz o Santo Evangelho, “não podemos servir a dois senhores”; e nós já escolhemos a quem servir: ao nosso Deus Altíssimo! A Ele e a Sua Santa Igreja, que são o refúgio, a Arca em quem podemos confiar. “Só em Deus repousa a minha alma, dele vem a minha salvação. Só ele é meu rochedo e a minha salvação, é o meu baluarte: por nada vacilarei. Em Deus está a minha salvação e a minha glória, o rochedo da minha força: o meu refúgio está em Deus” (Sl 61, 1-2. 8). Que o Coração da nossa Mãezinha prepare os nossos corações, as nossas vidas, para que, imitando suas virtudes, seu “sim”, nós possamos seguir e servir Seu Filho – nossa única riqueza – com o coração indiviso. Empunhando o Seu Santo Rosário, e suplicando Sua Materna proteção, peçamos a Ela que nos ajude a sermos fiéis. Interceda por nós, ó Santa Mãe de Deus e nossa Mãe. Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo. Para Sempre seja louvado e nossa Mãe Maria Santíssima. Salve!
 
 
“Ainda que faleis palavras de verdade que possam ferir... essas feridas serão de salvação. Falai a verdade, porque a verdade só pode ferir aquele que não pertence a verdade... E essas palavras procedem do Meu Espírito. Ainda vos digo mais: Não gosto da covardia. Eu não Me ocultei para falar as palavras do Pai...”
 
(Jesus de Nazaré)
 
 
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é Convosco, bendita sois Vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do Vosso ventre, Jesus. Santa Maria Mãe de Deus rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém!
 
Pela interseção da Bem-Aventurada e Sempre Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, do Seu Castíssimo Esposo, São José, e São Miguel Arc’Anjo nosso protetor...
 
Abençoe-vos, Deus, Todo Poderoso,
 
Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Tarciso Alves Maia Júnior
 


Artigo Visto: 2005

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