recadosdoaarao



Biblia
Voltar




19/04/2006
Grito de Oséias


Biblia - 13 Grito de Oséias
Biblias - 13 Grito de Oséias

O GRITO DE OSÉIAS
(Escrito em 24/05/2003 - adaptado 4/2006)
 
     Consultando as Escrituras Sagradas, muitas vezes temos que recorrer aos textos dos profetas antigos, exatamente para explicar os novos e vice-versa. Já falamos sobre alguns dos profetas antigos e hoje gostaríamos de mergulhar um pouco melhor no profeta Oséias, na verdade um dos primeiros que traz sua profecia em livro. Antes, volto a lembrar que a grande maravilha da palavra de Deus é a sua eternidade, a sua perpetuação, a sua diuturna validade, exatamente porque também os pecados, as faltas, as transgressões à lei continuam as mesmas, século após século.
 
      E assim, embora aparentemente as palavras de Oséias se dirijam mais diretamente ao povo judeu, e ao tempo antigo, certamente elas se aplicam, também, com perfeição singular aos dias de hoje. Ao povo de hoje. Aos pecados de hoje! Na verdade, muitas pessoas, até algumas que se dizem sábias, ao lerem tais passagens, que falam de Judá, Efraim e Israel, imaginam que isso não é para eles e “pulam por cima”. Ora, bem poucos dos profetas antigos trazem, por exemplo, tão veementes denúncias contra os sacerdotes quanto este profeta. Denúncias contra coisas que eles cometem hoje, com uma riqueza de detalhes.
 
     Também o povo em geral, os grandes e os pequenos, tem postas a nu, as transgressões, de modo que este profeta, realmente desnuda o mundo de hoje. E se desnuda, também alerta. E se alerta, também prenuncia os castigos que podem cair contra todos os recalcitrantes, os que teimam, ainda hoje e mais do que nunca em desafiar a Deus. Sim, ao final ele anuncia que o amor de Deus prevalecerá. Mas será mesmo que já não prevalece hoje? Teremos acaso alguma desculpa a apresentar diante do Senhor, se já temos diante de nós, as advertências de Oséias, por 2.790 anos?   
 
     Até o capítulo quarto, este profeta faz uma alegoria entre Israel e uma esposa. Como isso é confuso, vamos direto ao capítulo 4º, que trata da corrupção – coisa que hoje quase nem tem (?) ... pouca – e diz que a culpa disso é dos chefes espirituais. Ele diz: O Senhor está em litígio com os habitantes da terra. Não há sinceridade nem bondade, nem conhecimento de Deus na terra. Juram falso, assassinam, roubam, cometem adultério, usam de violência e acumulam homicídio sobre homicídio (4,1-2).
 
    Isso realmente não é novidade nos dias de hoje. Não existe um só país da terra, onde não se cometam aos milhares estas coisas. Mas olhe o que o profeta diz: Entretanto, ninguém poderá acusar o povo, nem o repreender, mas eu censuro a ti, ó sacerdote. Tu tropeçaras em pleno dia, assim como o profeta durante a noite. Far-te-ei perecer, porque meu povo se perde por falta de conhecimento (4,4,5). Os homens jamais poderão alegar que não foram alertados por Deus!
 
     Ora, certamente, que nós leigos temos a nossa cota de culpa, pelo estado de morte em que hoje estão as almas de milhares de sacerdotes, entretanto, um grave ônus pesa nas costas deles, porque os números são assustadores. Considerando, por exemplo, que talvez nem 1/5 dos padres ainda celebra a Missa diária, perdemos certamente mais de 850 mil Santas Missas num único dia. E isso é insubstituível! Nem que todos os seis bilhões de habitantes da terra caíssem de joelhos e rezassem o dia inteiro, ainda assim não compensariam o volume de graças que se perdem por falta destas Missas.
 
     Vejam, não seria tão difícil salvar o mundo! Agora coloque no mesmo lagar da ira de Deus, todas as bilhões de confissões que deixam de ser feitas, todos os outros milhares de sacramentos que deixam de ser bem administrados, e saiba exatamente o motivo principal, que levará Deus a ter que esmagar, triturar e espedaçar a terra a fim de punir os seus habitantes!
 
     Observem o que o profeta diz sobre os grandes: O ladrão penetra nas ca
sas e a quadrilha de salteadores anda por aí impunemente. Não é com sinceridade que dizem que me lembro de todas as suas maldades. Agora suas más obras os envolvem e eu os tenho diante de meus olhos. Alegram o rei com suas maldades e ao príncipe com suas mentiras. São todos uns adúlteros, semelhantes a um forno aceso... Quando conspiram seu coração é como um forno, mas de manhã queima como uma chama viva
(7,1-6).
 
     Eis que o funcionário se liga ao estelionatário, este se liga á polícia, esta protege o ladrão, o juiz expede sentença por dinheiro, o político exige suborno, o candidato se elege pelo caixa dois, o legislador cria a lei que protege o crime e o chefe não vê outra saída a não ser se aliar com todos, porque o que importa é se dar bem. Sim, a humanidade em grandes massas, trama o banditismo em seus leitos, para os executar durante o dia. Já não mais se oculta o roubo e a falcatrua, que é cometida às claras, todos achando que Deus não vê nada disso, quando Ele diz: Eu os tenho diante de meus olhos!
 
    Quando não é apenas o funcionário, é o próprio chefe e governante, em todos os níveis e escalões, que quanto mais mente mais rouba, mas assalta o erário público, com uma sanha estarrecedora, e uma desfaçatez sem limites. Pior que isso, o cidadão corrupto em grande parte o apóia, porque com certeza se estivesse na mesma posição e com as mesmas possibilidades, roubaria com a mesma intensidade, dando-se ainda o título de impoluto, de moral superior e imbatível em honestidade. Podridão, podridão! Nojo!
 
    Entretanto o profeta lhes diz da parte do Senhor: Ai deles, porque fogem de mim! Serão arruinados porque se afastaram de mim. Enquanto eu os queria salvar, proferiram mentiras contra mim. Não me invocam do fundo de seu coração, mas se lamentam em seus leitos; laceram-se pelo trigo e pelo vinho e revoltam-se contra mim. Eu os adverti e fortifiquei os seus braços, mas eles meditam o mal contra mim. Não para o Altíssimo que eles se voltam (7,13-16). N
 
      Não, os homens não mais se voltam para Deus, e sim se revoltam contra Ele. Todos cometem a iniqüidade, entretanto eles colocam em Deus a culpa dos seus males. Deus lhes deu a fortaleza para que aprendam a caminhar para o bem, entretanto se revoltam contra o Senhor que os criou. Há maldade em suas faces e em seus corações! Há um espírito de traição e mentira que os abrasa, pois ao invés de invocarem ao Senhor do mais fundo de seus corações, preferem se afastar Dele, escolhendo o caminho da ruína. Eis o brado insano do homem moderno: Deus não existe! Então que aguarde!
 
     Sim, os homens proferem vãos discursos e juram falso quando concluem suas alianças; os processos brotam como erva venenosa nos sulcos. Israel era uma vinha frondosa, que dava muitos frutos. Porém quanto mais frutos, mais multiplicava seus altares (10 1-4). Mais uma vez o sulco da injustiça e a senda profunda da maldade. Na sociedade civil já não se obedece mais as leis, que já não “pegam” mais, enquanto isso milhares de processos entram todos os dias nos Fóruns da justiça humana, tanto que nem séculos de atividade já os conseguem julgar.
 
     Também na Igreja Católica, antes árvore frondosa e cheia de frutos, ei-la multiplicada agora em mil seitas, em mil altares estranhos, em muitos dos quais já não se oferece mais ao Senhor o precioso fruto da prece, o incenso bendito da adoração devida, mas sim, se usa o Seu nome Santo para arrecadar, roubar e multiplicar as iniqüidades sobre a terra. Eis o novo deus: O Dinheiro! A besta maldita!
 
     Por hora, ainda, no entanto, o Senhor pede: Semeai a justiça e colhereis bondade em proporção! Lavrai novas terras! É tempo de buscar ao Senhor, até que ele venha espalhar a Justiça sobre vós (10,12). Na verdade o Senhor implora: Volta Israel, ao Senhor teu Deus, porque foi teu pecado que te fez cair. Muni-vos de palavras de súplica e voltai ao Senhor. Dizei-lhe: Perdoai todos os nossos pecados, acolhei-nos fa
voravelmente
.
 
     Vejam que é o próprio Deus mostrando os caminhos! É Deus quase se humilhando neste tempo, ainda de graça e de misericórdia. Mas quando os profetas atuais fazem troar as últimas trombetas de Deus, eis que uma ruidosa maioria grita e vitupera: O profeta está louco! O homem inspirado delira! (9,7). Que temos ouvido senão estas reprimendas? Que temos suportado senão escárnios e riso de mofa? Acaso ainda duvidam que este é o tempo? Qual a pessoa que hoje reza que não esteja sendo escarnecida?
 
     Poucos são aqueles que de fato buscam os caminhos da salvação, e nestes ainda, muitas vezes o arrependimento é efêmero e superficial. Sim, alguns dizem: Vinde, voltemos ao Senhor. Ele feriu-nos ele nos curará... Apliquemo-nos a conhecer ao Senhor, porque a sua vinda é certa como a aurora (6,1-3). Pois, certa como a aurora, será a vinda do Filho do homem. Mas triste esperança de um Deus, que antes de partir disse: Regressarei à minha morada, até que se arrependam de seus pecados e me procurem, e em sua miséria voltem a mim (5,15).
 
      Ei-lo agora, na iminência do segundo regresso, como Dono e Juiz da terra, vindo buscar os frutos da colheita. Mas Sua casa está deserta, e eis os pastores a cuidar de outros campos, eis as ovelhas a correr para outros redis, eis os lobos a devorar o repasto. Enquanto isso, no lagar da vinha já não se esmagam uvas, mas dele escorre sangue, sim sangue até mesmo de inocentes antes de nascer, tributo da maldade humana, rescaldo de milhares de corações distantes de Deus.     
 
      Mas nem disso Oséias esquece: A glória de Efraim desaparecerá como uma ave: não haverá mais nascimentos, nem gravidez e nem sequer concepção.  E ai deles quando eu os abandonar. Efraim, pelo que vi, persegue a mãe de seus filhos; Efraim vai levar seus filhos ao que lhes há de tirar a vida. Dai-lhes Senhor... Que lhes dareis? Dai-lhes, entranhas que abortem, e seios secos (9,11-14) que não mais amamentem.
 
     Melhor retrato não pode haver de uma geração tão perversa. Milhares de entranhas que abortam! Milhares de seios secos, de mulheres que não querem ser mães, para não estragar o corpo nem perder a silhueta. Em todo o mundo diminuem os nascimentos, escasseiam os partos normais porque a cesariana é que rende mais dinheiro, e se usa de forma assombrosa uma infinidade de contraceptivos e métodos de concepção proibidos pela Igreja Católica, para que se interrompa desafiadoramente a geração de filhos e filhas para Deus.
 
       Por isso, eis o que diz o Senhor: Mesmo que lhes nasçam filhos, exterminarei o fruto querido de suas entranhas! (9,16). Eis a paga: É assombroso o número de crianças que morrem antes de completar um ano de vida! Milhares de outros morrem de inanição e de fome! Eis uma dívida eterna: No Brasil, temos já, mais de 4.000 óvulos fertilizados – vidas humanas, portanto – guardados em nitrogênio líquido, e certamente destinados ao descarte futuro, como nojo imprestável. Mas veja, nos Estados Unidos este número já sobe para 400 mil, numa orgia criminosa que não tem conta. Sim, o mundo pagará caro por tudo isto, e não sou eu quem o digo, mas o Senhor: exterminarei o fruto querido de suas entranhas! Deus não extermina em sim, mas o homem o fará certamente!
 
     Ouçam mais um lamento do profeta: À boca a trombeta! O inimigo precipita-se como uma águia sobre a casa do Senhor, porque violaram a minha aliança e transgrediram a minha lei (8,1). Ó clamor que do infinito assoma! Eis os profetas a levantar a tenebrosa situação de Roma, onde se encastelou o inimigo de Deus e dos homens. Lojas maçônicas dentro dos muros do Vaticano. O inferno metido dentro da casa de Deus! E dentro dele, o Santo Padre sendo atacado por muitos, como por uma alcatéia de lobos sanguinários.
 
     Luminares da Igreja Católica dentro daquelas lojas, onde habitam espíritos imundos, onde aspiram ramos de oliveira (Ez 8,17), onde fazem pactos com a serpente, eis que na obscurida
de cada um deles em sua câmara, guarnecida de ídolos, pensa que o Senhor não os vê e que abandonou a terra
(Ez 8,12). Que tramam eles? Tramam o assalto ao trono de Pedro! Tramam a violação da Aliança Eterna, sim, tramam a derrubada dos sacrários! Tramam a destruição da Santa Missa, o Sacrifício Eterno de uma aliança que Deus fez eterna. Mas o Senhor lhes diz: Eu vos tenho diante de meus olhos!
 
     Sim, diz o Senhor: Eles constituíram reis sem a minha aprovação e chefes sem o meu consentimento. Fizeram para si ídolos de prata e de ouro, para a sua própria perdição... Eis que semearam ventos e colherão tempestades; não terão sequer uma espiga (8,4-7). Tirem os nomes “reis” e “chefes”, coloquem em seu lugar “bispos” e “cardeais”, e apliquem ao texto o mesmo sentido.
 
      Há quantas décadas já, não mais se usam na Igreja, para escolha deles, os critérios da santidade, da vida de oração, da fidelidade, da obediência ao Papa, do amor à verdade e da fé inabalável, a humildade, e sim o critério inferior da “grande cultura” e da “elevada teologia”? Não, não se ponha esta culpa em nosso querido “ancião de muitos dias” (Dn 7,13), mas naqueles que os indicam, baseados em tais critérios. Quando, pois, ao sabor da manifestação de Deus, rufarem ventos e rasgarem tempestades, que não se assustem se entre os gritos deles se ouvir assim: Montanhas, cobri-nos! Colinas, caí sobre nós! Porque espinhos e abrolhos crescerão em seus altares (10,8)!
 
     Mas também no poder civil se aplica a mesma regra. Desde que a besta conseguiu separar a Igreja do estado, com a criação das Repúblicas, separou-se em definitivo a Lei de Deus da condução dos destinos dos povos. Ao entregá-la ao povo comum, os homens deram um grito de revolta, divorciando-se de seu Criador dizendo: Não temos rei, porque não tememos ao Senhor; e que nos fará o nosso rei? O rei fará parte da vontade da plebe estulta, que se imagina dona dos próprios destinos.
 
     Ela que pensa comandar é serva! Ela se imagina rainha porque elege seus mandatários, mas é refém da própria insensatez. Por isso o Senhor lhes diz: Cultivastes o mal, e colhestes o pecado; comestes o fruto da mentira; confiastes em vossa política e no grande número de vossos soldados. O tumulto da guerra vai elevar-se de tuas cidades e todas as tuas fortalezas serão destruídas (10,13-14). Está aí o tipo de governo que o homem escolheu para si. Governos arrogantes, baseados na força de seus exércitos, e enquanto milhares de pessoas morrem de fome, há sobra de dinheiro para gastar em armas e buscar a estratosfera, eis porque tantos conflitos em toda a terra.
  
    E o Senhor volta a lamentar: Vosso amor é como a nuvem da manhã, como o orvalho que logo se dissipa... Porque eu quero o amor, mais que o sacrifício, e o conhecimento de Deus mais que o holocausto (6,4-6). Sim, quando a tragédia bate à porta, muitos correm a suplicar entre gritos e prantos. Mal, porém, cessa a tormenta, e já esfria o amor ao tempo que Deus vai sendo posto de lado. E mais um lamento: meu povo é inclinado a separar-se de mim, convidam-no para subir ao Altíssimo, mas ninguém procura elevar-se (11,7).
 
      Entanto isso Ele pede: Quanto a ti, volta ao teu Deus, conserva a piedade e a justiça, e espera sempre no teu Deus (12,7). Porém, o espírito de infidelidade os perde, e eles se prostituem, afastando-se de Deus. Contínua é, pois, a rebeldia, para a qual o Senhor adverte: Assim, quando vossas filhas se prostituem e vossas noras adulteram, não castigarei as vossas filhas prostitutas, nem as vossas noras adúlteras, porque eles mesmos coabitam com meretrizes... Povo insensato que se lança à perdição! (4,13-14). Quantas verdades, Senhor! Quantas evidências postas a nu diante dos homens, que tomados pela cegueira coletiva já não ligam para suas almas, cospem na salvação eterna.
 
     Porque hoje, ainda, o povo de meu Deus, espreita o profeta, arma-lhe cil
adas em seus caminhos e persegue-o até na casa de seu Deus. Estão completamente corrompidos como no tempo de Gabaa. Deus se lembrará de suas faltas e punirá os seus pecados
(9,8-9). Sim, as vozes dos profetas atuais são sufocadas, e a perseguição deles é maior exatamente dentro da casa de Deus. Perseguição daqueles que deveriam ter olhos para ver e ouvidos para ouvir, e para bem conduzir o povo santo, guiando-se apenas pelos sinais de Deus.
 
     Aí o Senhor não precisaria suscitar profetas. Mas porque se embalam na fúnebre cantilena de sua morte espiritual, diz o Senhor: quanto mais se multiplicaram, mais pecaram contra mim, transformaram em infâmia o que era a sua glória. Eles que se nutrem do pecado de meu povo e são ávidos com as suas iniqüidades. Terá moral para corrigir quem vive no erro?
 
    Por estas coisas todas: Ouvi, isto, ó sacerdotes, sede atentos, chefes de Israel, escuta gente da casa do rei. Contra vós será feito o julgamento, porque vos tornastes um laço para a sentinela, uma rede estendida no Tabor. Os perseguidores levam ao extremo a maldade, mas vou castigá-los a todos...Seu proceder não lhes permite voltar ao se Deus, porque um espírito de prostituição os possui, eles desconhecem ao Senhor... O Senhor retirou-se deles porque o traíram, porque geraram filhos bastardos... Derramarei sobre eles as torrentes do meu furor (5,1-10). 
 
     Este brado, aliás, o Senhor o tem pronunciado pela boca de quase todos os profetas. Os homens de hoje, realmente, parecem possuídos por um espírito maldito de prostituição, que faz o Senhor Deus se retirar de nós. E isso Ele o fará em breve, tenham certeza plena disso, porque Ele diz: Não vejo arrependimento!(13,14)    
 
     Sim, quando vier o vento do oriente, o vento do Senhor que sopra do deserto, Ele secará sua nascente e estancará sua fonte... Seus habitantes cairão sob os golpes da espada, seus filhinhos serão esmagados e rasgados os ventres de suas mulheres grávidas (13,15-16). A espada devastará suas cidades, destruirá seus filhos, que colherão, assim, o fruto de suas obras (11,6). Comerão, mas não hão de saciar-se; prostituir-se-ão, mas não hão de saciar-se, porque abandonaram o culto do Senhor! (4,10).
 
     Fome, sede, destruição, desastres sobre desastres, seca miséria, morte. Esta civilização contaminada pelo mal, já não consegue mais se erguer em pé, eis que anda de rastros diante do príncipe deste mundo, entretanto, nega-se a invocar o nome do Senhor, para que a salve. Na verdade, o mundo se esta tornando numa cidade de malfeitores, cheia de traços de sangue. Os bandidos são a força dela (6,8-9). Ou você duvida de que estamos no caminho?
 
     Há mais espaço para piorar? Sim há, e todas estas coisas más acontecerão, porque o povo assim o desejou. Ele está rejeitando hoje a última mão que Deus lhe está oferecendo. Que se vai fazer? Lamentar? Não! Porque, embora tudo o Senhor Deus diz: Meu coração se revolve dentro de mim, e me comovo de dó e compaixão. Não darei curso ao ardor de minha cólera, já não destruirei Efraim, porque sou Deus e não um homem, sou o Santo no meio de ti, e não gosto de destruir (11,8-9).
 
    Sim, eu mesmo, que o afligi, torná-lo-ei feliz (14,8). Apesar de tudo, Judá há de ter boa colheita, quando eu restaurar o meu povo, quando eu curar Israel (6,11). E promete: Curarei sua infidelidade, amá-los-ei de todo o coração, porque minha cólera apartou-se deles (14,4). Ó meu Senhor, como sois bom! Como é realmente infinita a vossa paciência, eis que ultrapassa até mesmo a misericórdia!
 
     Bendita, pois, a misericórdia de um Deus paciente. Há 2.790 anos que estas palavras do profeta Oséias estão gravadas em nossa tábua de leis. Há 2.000 anos que o próprio Filho de Deus veio à terra, para reafirmar a validade destas profecias, porque Ele não veio para suprimir nenhuma delas, antes para reforçá-las.
 
     Embora isso, o homem continua seu trilho de morte, sem se dar conta dos a
visos, pois faz pouco caso das ameaças. Se ele não fosse temerário, diria que se fia na promessa do Senhor de que no fim, tudo ficará bem. Pois Deus é sempre pronto a perdoar e tardo em irar-se. A única matemática que o homem esquece, nesta conta arriscada, é que 2/3 partes da humanidade sucumbirão antes que se cumpram todas estas profecias. E certamente os desafiadores não estarão no 1/3 restante.
 
      Quem é sábio, atenda a estas coisas!  Que o homem inteligente reflita nelas, porque os caminhos do Senhor são retos. Os justos andam por eles, mas os pecadores neles tropeçam (14,9). Este versículo resume tudo!
 
      Que os homens reflitam longamente sobre todas estas coisas, antes que nasça a sentença, antes que o dia passe como a palha, antes que caia sobre vós o ardor da ira do Senhor (Sof 2,2).
 
      Sim, buscai o Senhor, vós todos, humildes da terra, que observais a lei; buscai a justiça e a humildade, talvez assim estareis ao abrigo no dia da cólera do Senhor (Sof 2,3).
 
Oração! Penitência! Adoração!
 
Rosário! Confissão! Eucaristia! Maria!
 
Só isso salvará o mundo!
 
Arnaldo



Artigo Visto: 3541

ATENÇÃO! Todos os artigos deste site são de livre cópia e divulgação desde que sempre sejam citados a fonte www.recadosdoaarao.com.br


Total Visitas Únicas: 4.200.480
Visitas Únicas Hoje: 151
Usuários Online: 53