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Moral
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04/08/2016
Ataques ao padre
“Com pastores - diga-se, bispos - como estes, lobos se tornam obsoletos”.


Eles não vão fazer prisioneiros; não haverá santuários.

Por Renzo Puccetti, LifeSiteNews, Roma, 11 de julho de 2016 | Tradução: FratresInUnum.com: – Iniciarei com uma história verdadeira. Padre Massimiliano Pusceddu é um jovem padre católico atuando na diocese italiana de Cagliari, na Sardenha. Durante um sermão no dia 28 de Maio, em que defendia o casamento natural, ele citou a carta de São Paulo aos Romanos (1: 24-32) onde o Apóstolo condena atos sexuais entre pessoas do mesmo sexo. No dia seguinte a 12 de junho, quando foram assassinadas 49 pessoas no bar gay em Orlando, uma petição online endereçada ao Papa Francisco e às autoridades políticas italianas foi lançada visando obter a “renúncia imediata” do Padre Pusceddu.

Essa petição atingiu 31.000 assinaturas em apenas quatro dias – agora já são 44.806. O que particularmente desencadeou a reação contra o padre foi a citação do versículo paulino: “todos os que praticam tais coisas são dignos de morte”, que chegou às manchetes na mídia e foi usado como prova de seu apoio ao assassinato de pessoas ‘gay’.

 

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Pe. Massimilano Pusceddu é um joveo sacerdote católico da diocese de Cagliari, Sardenha. Ele está sob ataque por citar a admoestação de São Paulo contra atos sexuais entre pessoas do mesmo sexo.

Padre  Pusceddu imediatamente explicou que São Paulo e ele, obviamente, queriam dizer a morte espiritual, mas foi inútil. O alvoroço não cessou. Se o jovem padre esperava uma pitada de solidariedade pública por parte de seu bispo, vocês podem imaginar o seu desapontamento quando não recebeu nenhuma. Ao invés disso, em 22 de junho, Dom Arrigo Miglio divulgou nota em que dizia não corroborar com o comportamento de Pusceddu e ainda pediu desculpas a “todos aqueles que sentiram-se ofendidos” com suas palavras.

De acordo com o arcebispo, a passagem foi “extrapolada fora de seu contexto e de todo o ensinamento paulino” o que levou a “um sério mal-entendido e acima de tudo, uma distorção no  pensamento de São Paulo, que na mesma carta – capítulo 5 e 8 – sem dúvida proclama a Misericórdia de Deus”. Além disso, o arcebispo ordenou Padre Pusceddu “a observar um período adequado de completo silêncio”. Desde então, o canal de Padre Pusceddu no YouTube foi “temporariamente suspenso”.

Primeiramente, o comportamento do arcebispo lembrou-me o que Hamish Fraser – citado por Anne Roche Muggeridge no livro “The Desolate City” – disse uma certa vez: “Com pastores como estes, lobos se tornam obsoletos”. Ou talvez seja apenas o efeito de uma nova síndrome de Estocolmo, que poderia ser chamada de “hemofilia internalizada”.

Além disso, a advogada Kathy La Torre voou de Bolonha até a aldeia de Decimoputzu onde Padre Pusceddu atua e processou o padre, acusando-o de incitação ao crime. Este fato, como muitos outros, nos lembra o que Alexis de Tocqueville dizia quando ele descreveu a tirania em uma república democrática como o lugar onde o mestre diz: “Eu não vou tirar a sua vida, mas a vida que eu vou deixar para você  é pior do que a morte” .

Depois da expulsão do pensamento cristão ortodoxo da arena pública ética aceitável, parece que os próximos a serem expulso serão as pessoas que continuam a acreditar no sistema moral tradicional judaico-cristão. Portanto, com a cumplicidade ativa ou passiva de protestantes e católicos, só nos resta três possibilidades: um comportamento consistente com a nossa fé cristã no local de trabalho, o que nos levará a sermos multados, demitidos e presos; ou envolver-nos apenas com atividades de “baixo risco” abandonando de vez nossas aspirações legítimas, ou, eventualmente, nos rendermos, desincorporando-nos de nossa fé ao submetermo-nos à adoração do Leviatã moderno.

O grande problema é que a lista de ocupações em que se corre o risco de perseguição fica maior a cada dia que passa. Não é mito, mas crônica diária. Médicos, enfermeiros e parteiras estão sob risco porque o aborto legal é considerado “direito humano”; farmacêuticos, também, com os pedidos de medicamentos anticoncepcionais e pós-sexo; juízes e instituições de caridade obrigados a lidar com a adoção de crianças para casais do mesmo sexo; padeiros, floristas, fotógrafos, tipógrafos, alfaiates, hoteleiros e donos de restaurante com a indústria do casamento gay; funcionários municipais com casamentos de pessoas do mesmo sexo; diretores com as políticas transexuais nas escolas; pais com os programas de educação sexual; jornalistas, escritores, professores e sacerdotes com leis contra  incitação ao ódio. Todas essas atividades nos colocam em risco se nós, como crentes cristãos ortodoxos, passamos a representar uma ameaça de vida para tantos modernos direitos humanos. Então, não temos muitas opções para fazer o nosso trabalho em paz e em boa consciência.

O romancista italiano profundamente católico Giovanni Guareschi, em seu conto Don Camillo e Don Chichi apresenta Cristo no crucifixo respondendo a Don Camillo, que perguntava ao Senhor o que fazer com os ventos seculares de loucura: “Você tem que fazer o que o agricultor faz quando um rio varre os diques e transborda para os campos: você tem que salvar as sementes “. Para Guareschi, a semente representa a fé.

Em um parágrafo muito famoso do Retorno do Rei, Tolkien escreve que nossa parte é “arrancar o mal dos campos que conhecemos, de modo que aqueles que vierem depois possam achar terra limpa para cultivar”. Por isso, temos as sementes para preservar e campos para proteger. As primeiras precisam de alguma forma de separação do mundo, os últimos requerem uma luta.

Após as pesquisas indicarem que a maioria dos americanos apóia o casamento entre pessoas do mesmo sexo, após a decisão Obergefell pela Suprema Corte, após a multa aplicada por um tribunal belga a um asilo Católico de idosos por se recusar a permitir a eutanásia de um paciente internado ali, após a vitória da reforma constitucional para consentir casamento gay na Irlanda, após o aborto e a legalização do casamento gay terem se tornado quase onipresentes na América do Sul e na Europa, incluindo a Itália, onde o papado tem a sua sede, nos encontramos como uma minoria na iminência de perseguição. A pergunta que se segue é: “o que vamos fazer?” Parece-me que o tempo em que seremos empurrados para uma decisão dramática está se aproximando com rapidez inesperada.

Na ausência de uma intervenção sobrenatural, como crentes, teremos que enfrentar a agressividade do que Mary Eberstadt chamava a fé secular competindo, passando da teoria à prática, e teremos que escolher entre a chamada “opção Bento” e progressivamente formas mais avançadas de resistência passiva e resistência ativa. Embora elas não sejam necessariamente escolhas mutuamente exclusivas; uma coordenação se faz necessária. Indo por esse caminho eu receio que acabaremos na “opção Catacumba”.

De qualquer forma, seja qual for o caminho, eu acho que nós temos que aceitar duas realidades inevitáveis. Uma vez que o ataque está ocorrendo em escala planetária, vamos precisar unir nossos esforços e cooperar para dar respostas também globais. Não poderemos mais esperar por conselho e nem o apoio da Igreja como instituição social. A Igreja Católica se tornou uma instituição teologicamente dividida e talvez chantageada. O corpo místico de Cristo está flagelado e atormentado por uma heresia metastática purulenta e não diagnosticada.

Espero que haja ainda santos bispos, padres, frades e freiras que nos darão o seu apoio, mas a organização hierárquica como um todo permanecerá quieta e silenciosa, na melhor das hipóteses. Será algo que os leigos terão que decidir e realizar por conta própria, discutindo e orando juntos.

Renzo Puccetti é professor visitante de Bioética da Pontifícia Athenaeum Regina Apostolorum e do Instituto Pontifício João Paulo II para Estudos sobre Matrimônio e Família, em Roma.

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OBS > Como está escrito: Expulsar-vos-ão das sinagogas, e virá a hora em que todo aquele que vos tirar a vida julgará prestar culto a Deus. (São João 16, 2). Como percebem, em todo mundo impera já o tenebroso e tirânico domínio dos defensores das relações sexuais contra a natureza. Até mesmo o vaticano, com sua cartilha sobre a sexualiadade, acaba de partir pelo mesmo caminho, emitindo um documento que muitos defensores da família tradicional consideram como pornográfico. 

O bombardeio contra a família vem de todos os lados, ninguém escapa. Finaciados por largas somas pela besta, estes agentes de destruição da raça humana não percebem que, agindo desta forma, lutam contra si mesmos, buscam o próprio extermínio, porque uma humanidade degenerada, perdida nas relações contra a natureza conta os dias do seu fim, não precisa de fogo e enxofre como Sodoma. E quando a defesa deste tipo de comportamento é feita exatamente por aqueles que a deveriam combater com tenaciadade, isso significa que este fim está muito próximo.

Naturalmente que quando São Paulo fala "dignos de morte", está falando em "morte espiritual", não em pena de morte, não em tirar-lhes a vida. Ele fala da segunda morte, a pior de todas, a morte da alma, o que significa serem dignos da eterna condenação, caso não se convertam em tempo e até o fim dos dias persistam neste caminho de destruição. Ninguém pode mudar as Sagradas Escrituras, porque a condenação para quem faz isso é também eterna, a mesma daqueles outros. Enfim, quando milhares se levantam para defender o mal e já não se acham vozes suficientes para defender o bem e a verdade, temos aqui um sinal perfeito e claro de que a intervenção divina está próxima.

Eu também não posso mudar o que há dois mil anos Jesus falou ou o que São Paulo escreveu, porque ele o fez ditado pelo Espírito Santo, e tenho que defender o sacerdote, lamentando o bispo. Pois se, usando a mesma Bíblia na qual me baseio ele foi capaz de subverter tais palavras, ao ponto de lhes inverter o sentido - dizendo que São Paulo falava em misericórdia - vemos que se cumprem as palavras de Jesus, porque não precisa ser morte física, pode ser espiritual, a qual foi condenado este valente sacerdote. São estes os dias do fim, cada dia pior, mais difícil, mais terrível...

Apenas uma coisa nos deve consolar: venceremos no final, porque "quem como Deus?" (Aarão)


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