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Moral
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03/01/2016
Só ele não sabe
Ninguém pode saber se é tocado pela graça. A graça é a quantidade de luz que temos em nossa alma...


Só ele não sabe

Fonte > http://denzingerbergoglio.com/

Disse o bispo de Roma: Ninguém pode saber se é tocado pela graça. A graça é a quantidade de luz que temos em nossa alma...

Um feito célebre da vida de Santa Joana de Arc é que ao ser interrogada pela inquisição sobre se estava ou não na graça de Deus ela formulou uma resposta cheia de sabedoria e verdade de fé: "se não estou peço a Deus que me queira colocar nela, se estou que Deus queira me conservar nela".

Seis séculos depois quase a mesma pergunta tem sido feita, porém desta vez não a uma santa e sim ao homem que se assenta na cadeira de Pedro. As duas são frases curtas, porém com uma diferença doutrinal verdadeiramente surpreendente.

Sabemos pelo ensinamento católico que a graça é um dom sobrenatural infundido por Deus em nossa alma, que nos faz partícipes de Sua Vida e herdeiros do Céu. Ninguém pode saber com inteira certeza se está na graça, porém a Revelação, a boa consciência e muitos outros indícios nos deixam entrever sua ação em nós, segundo o testemunho dos santos. Pela árvore se conhecem os frutos (Mt 12, 13). Mas agora o que devemos pensar da duvidosa ortodoxia que escutamos da boca do Bispo de Roma? Será possível sacrificar a precisão teológica conversando em público com um ateu militante?

Em uma entrevista ao ateu Eugênio Sacalfari, este lhe perguntou: Você se sente tocado pela graça?

Francis assim respondeu: Isso ninguém pode saber. A graça não forma parte da consciência e é a quantidade de luz que temos na alma, não sabedoria nem razão. Também você, sem o saber, poderia ser tocado pela graça. (01/10/13)

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Segundo as Sagradas Escrituras, é pela graça de Deus que somos salvos. Segundo Catecismo da nossa Santa Igreja Católica a graça é uma participação na vida divina, que nos introduz no convívio Trinitário. Segundo São Tomaz de Aquino, para viver o homem precisa de um duplo auxílio da graça divina. Segundo Santo Agostinho de Hipona, sem a graça divina ninguém pode viver santamente, e este é o real e o único caminho para nossa salvação. Ainda segundo o Concílio de Cartago sem a graça divina não podemos fazer nada.

Também o Papa Celestino I assim nos legou: Nada nem ninguém depois de haver sido renovado pela graça do batismo é capaz de superar os ataques do diabo e vencer as concupiscências da carne em o auxilio da graça divina. O Concílio de Trento, assim definiu: a graça é o principal efeito dos Sacramentos. E ainda do mesmo Concílio: todo e qualquer pecado nos afasta da graça divina. E ainda Santa Catarina de Sena aconselha: O Papa deve aconselhar contra o grande mal que significa a perda da graça divina. Penso que Francis nunca leu a vida desta santa! E ao invés de nos aconselhar ele nos desvia do caminho da graça.

Todas estas citações constam ainda do texto acima, entre dezenas de outras, apenas coloquei estas para poder confrontá-las com a herética declaração do Padre Jorge Mário, no início daquele texto. Feito isso, não restam dúvidas de que ele nunca leu os escritos destes santos, nem o Catecismo da nossa Igreja, e se ele leu a Bíblia não a deve ter entendido. Mas se leu e entendeu, com esta declaração pífia tenta subverter o sentido da graça divina, ou a está adaptando à sua nova bíblia, que um grupo ecumênico indicado por ele está fazendo no Vaticano.

Vejamos o que diz o “Aurélio”: Graça = Favor dispensado ou recebido; mercê, benefício, dádiva! Benevolência! Favor ou mercê concedido por Deus a uma pessoa... Estado de benevolência e de paz para com Deus. Benefício espiritual concedido pela Igreja. Sim, porque o dicionário aponta os dois lados da graça, a daquele que a concede e o daquele que a recebe. Deus e a Sua Igreja, aos fiéis! De qualquer forma, em se tratando das nossas relações com Deus, tudo aquilo que Dele nós recebemos é sempre uma graça, uma dádiva, uma concessão. E nada disso deve ser considerado por nós como vinda por força de algum mérito, e sim sempre na medida e como obra da divina Vontade.

Digamos que se poderia separar a graça divina então, em duas principais vertentes: A primeira trataria então das graças naturais, que recebem todos os homens, a começar pela graça da vida, a graça da saúde, a graça de uma vida longa, a graça da paz na família, a graça de um emprego seguro, a graça de viver num país de paz, isso porque, sem Deus nada somos e nada podemos fazer. E, afinal, somos chamados a viver em graça e santidade.

A segunda vertente da graça se voltaria exclusivamente para o lado espiritual, onde se poderiam encontrar extremos como a concessão da graça divina para a aceitação do sofrimento que salva, sempre amparado pela força de Deus para vencer a dor. Neste sentido a graça se voltaria não apenas para a salvação da pessoa que sofre, mas com certeza da salvação de milhares de outras pessoas, que se apropriam dos méritos dos sofrimentos, das orações, de todo aquele arcabouço formado pela Comunhão dos Santos. Disso advém para as almas um dilúvio de graças, que nem sempre são percebidas nesta vida, mas que serão multiplicadas ao extremo no convívio Eterno com Deus.

Ou seja! Diretamente não merecemos nada de Deus, nem Sua Graça, e mesmo fazendo tudo aquilo que nos é pedido por Ele, nós deveremos terminar a obra dizendo: somos servos inúteis. Jesus nos ensinou assim! Mas diz um ditado célebre: Deus nunca Se deixa vencer em generosidade, e generosidade aqui significa que Ele jamais deixará de premiar a pessoa que se esforça, pela sua salvação e a dos outros, que pratica boas obras de caridade e a que cumpre com fidelidade os seus mandamentos e reza pelos outros. E como isso depende de nós, a graça pode ser limitada ou até ilimitada. Do maior ou menor esforço nosso, depende também a dispensa da graça divina.

Há, porém, um obstáculo para a graça, que é o pecado grave ou mortal. Este tipo de pecado simplesmente toma completamente na alma o lugar que poderia ser ocupado pela graça, porque Deus não pode habitar em um coração rendido ao pecado. A tais pessoas não é que Deus abandona completamente ao seu descaminho, pois sempre emitirá sinais no sentido da conversão, além do que, mantém nelas a graça da vida, até longa do pecador, para que assim o Espírito Santo possa encontrar, nalgum momento, a abertura que leve a conversão e também à Confissão Sacramental a um sacerdote católico, única forma de desentupir o canal da graça.

Naturalmente que, toda alma aberta para a divina graça, percebe sim, em seu íntimo a certeza ou não, de que está nela, contrariamente ao que diz Jorge Mário. Somente uma pessoa sem consciência, seja porque a tenha sufocado, seja porque deliberadamente contesta o óbvio, pode negar esta percepção. O Espírito Santo sempre emitirá pulsos e sinais diretamente na consciência do pecador, seja diretamente, seja através do anjo da Guarda, chamando-o para a conversão. Deus jamais abandona alguém, e lutará até o fim da vida para que ele obtenha a infinita graça da salvação. Neste sentido, nem mesmo o maior pecador poderá alegar na hora da morte, que não teve chances de se abrir para a graça divina. Do mesmo modo e pela mesma graça, o santo se percebe em Deus!

Mas Jorge Mário resolveu inovar a doutrina – ou está pregando a doutrina da igreja dele, não se sabe – dizendo que a graça é a quantidade de luz que temos em nossa alma. Meramente isso! Mas então ele mesmo se acusa, porque uma alma iluminada verdadeiramente pela graça divina jamais dará uma definição tão pífia. Sinal de que ele não tem nenhuma luz do Espírito Santo, e que está muito mal. Ou seria esta declaração fruto de uma falsa luz, aquela do príncipe das trevas e o pai da mentira, que com isso tenta minimizar ou até desvirtuar o verdadeiro sentido da graça divina?

Enfim, Deus não concede para todas as almas, as mesmas graças, nem a exata quantidade, porque cada alma é outra e não existem duas iguais, com os exatos mesmos “méritos”. Sim, digo méritos, não olhando para algum pretenso direito que algum de nós tenha de receber uma graça – um milagre, por exemplo, uma cura inexplicável – mas pelo caminho da benevolência divina, que opera dentro da Sua Eterna e Soberana Vontade. De fato, há quem sequer pede e recebe a graça de um milagre, e há quem suplica e não recebe. Insondáveis são os caminhos da divina graça, que opera maravilhosamente e sempre, no sentido do bem maior de cada alma.

Terminando, a maior e mais inaudita graça que recebemos de Deus é a da nossa salvação eterna. E se a esta graça tivermos adicionada a graça infinita de termos levado milhares de almas à salvação, termos no eterno o prêmio de luzir como estrelas de alto brilho no firmamento, conforme a profecia de Daniel. Isso será dado a todos os que tiverem levado muitas almas à salvação. Nestas palavras – salvação eterna das almas – se direciona e também se concentra todo o eflúvio da divina graça, porque não existe outra meta para o ser humano, nem é outra a meta final do plano salvífico do Pai.

Quem estiver com a Verdadeira Igreja, vivendo os seus sete Sacramentos e os Mandamentos da Eterna lei, sempre estará na graça de Deus. Sentirá isso em sua alma, mesmo que sua vivência não seja perfeita! Então, se Bergóglio acha impossível isso é sinal de que ele não está na graça. O resto o leitor decide! (Aarão)

 


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