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26/09/2006
Mea culpa


A Igreja - 20 Mea culpa
A Igreja - 20 Mea culpa

2060923 MEA CULPA
 
     Depois de apresentar em diversas traduções um pouco da situação da Igreja Católica – a única Igreja de Jesus – acho interessante mostrar, como leigo, alguns dos erros graves que temos cometido em relação a ela. Precisamos das traduções, porque – parece – só nos outros países os católicos estão preocupados com o desastre eminente, e por isso têm um farto material contendo denuncias, alertas enfim, fatos reais e documentados que provam com dados irrefutáveis as terríveis manobras de satanás que resultaram neste caos. Falo como leigo, simples observador, e tudo que faço é uma síntese do que observo e leio.
 
     O primeiro sintoma do caos, de que existe algo de profundamente errado em muito do que envolve a Igreja – e que bem apropriadamente o santo Padre quer acertar – pode ser observando no comportamento cego – para não dizer tolo – de tantos estudiosos que imaginam que “tudo vai bem, quando tudo vai mal”. Não percebem o perigo! São pessoas que ainda citam o Concílio Vaticano II como se tivesse sido “a primavera da Igreja”, quando hoje se pode ver vivemos é o inverno, tempestuoso, nevoento, e desolador. Como poderia haver flores, quando se observa tantas pragas daninhas, brocas, fungos, bactérias e micróbios dos mais diferentes tipos infestando os canteiros da sã Doutrina? Quando a desobediência ao Papa é flagrante e a busca de agradar ao homem um lema?
 
     Isso significa não perceber o deserto do assolador por onde a Igreja tem andado nos últimos 40 anos. Significa não ver o desastre em que estão mergulhados os seminários, que são sem dúvida um termômetro perfeito da fé, pois sem vocações sacerdotais e religiosas em nossa Igreja, o resultado é a morte lenta e inexorável dela. Significa não ver o êxodo furioso de sacerdotes, em todo mundo, que largaram suas batinas em troca de uma vida civil, da mulher e do casamento, e da política, para não dizer coisas piores. Apenas estes dois termômetros, já sinalizam que estamos próximos do zero absoluto.
 
     Mas realmente, o grande desastre é a frieza dos católicos, pela má catequese! É seu relaxamento na fé. É a debandada insana rumo às seitas, especialmente devido ao mau alimento que lhes tem sido servido em nossa Igreja; pelos sacramentos sacrílegos, pelo envolvimento dela em questões político partidárias, pelo envolvimento em ecologia e com a Amazônia – que dizem respeito ao cidadão católico, não à Igreja – pela opção preferencial pelos pobres de comida ao invés de ser pelos pobres em espírito. Ou seja, pela ação de matar a fome do corpo, enquanto a alma padece e morre de pura inanição. De fato, e sem dúvida, em nosso Brasil – que é ainda o maior país católico da terra – temos muito mais mortos vivos na fé que bons católicos em todos os outros países. Tudo é uma fachada apodrecida, embora pintada. Ou seja, como Jesus disse: sepulcros caiados!
 
     Para enumerar os erros que a isso tudo levou, dificilmente poderemos encabeçar com um, como sendo o principal. E como individualmente não temos como fazer isso, resta somente – a quem estuda um pouquinho a Igreja – apontar a metralhadora giratória contra o Concílio Vaticano II, embora defendido com unhas e dentes por tantos grandes. É dali de fato que partiram os primeiros raios da tempestade, quem sabe,
nem tanto pelo que ele deixou escrito, mas seguramente pela forma como foi sendo implementado.
 
     Na realidade, o que se fez ali – em síntese – foi retirar do caminho certo a Igreja de Jesus, para colocar em seu lugar a falsa igreja do homem. Pretendeu-se agradar e atrair e divinizar ao homem, não se dando conta de que caminhar neste sentido fatalmente se desagrada e se afasta a Deus. Quando o santo Padre aprova o Instituto Bom Pastor e dá como tarefa a aqueles sacerdotes buscar formas de expulsar definitivamente o “espírito do Concílio” – que desde o início do pontificado ele tem condenado – dá um passo importante no sentido de começar a tapar os rombos demolidores que ele já fez na santa Igreja. E isso sinaliza também aos leigos estudiosos, o poder manifestar-se em defesa da verdade.
 
     Eu, pessoalmente, não sou estudioso do Concílio e tudo o que singelamente me foi dado saber, o foi por leituras de artigos, de pessoas nas quais se pode confiar. O simples fato de termos tido sacerdotes assassinados por haverem denunciado as tramas que lá dentro aconteceram, já seria o suficiente para que todos os grandes da Igreja erguessem bem alto suas antenas, e buscassem conhecer as denuncias gravíssimas que eles fizeram. Na realidade, penso que uma palavra do Hino Nacional brasileiro pode ser aplicada aqui com riqueza: Deitado eternamente em berço esplêndido! Foi isso que fizemos: o ente das trevas agia com pertinácia e fúria, enquanto nós todos ficamos inertes, deitados, fundamentados naquela outra palavra de Jesus que disse: não prevalecerão contra ela!
 
     Ó sim! Sabemos disso! Mas e quanto á nossa parte? Quem nos disse que deveríamos ficar inativos, calados, como cães mudos, enquanto o assombroso maldito distorcia toda a nossa Doutrina, e não somente isso, a fazia implementar ainda mais distorcidamente? E tudo isso debaixo do berro alto de uma gritante, furiosa e ousada minoria, porque a imensa maioria dos bispos e cardeais é ainda boa. Há muitos santos entre eles! Quando, por exemplo, aconteceu de ter sido aprovada a Nova Missa, contra o voto da maioria dos bispos, estes jamais deveriam ter se calado. Antes, deveriam provocar uma tsunami em Roma, invadindo o Vaticano e forçando uma revisão, porque se tratava talvez do primeiro precedente igual, aberto em toda a história da Igreja: imposição da mentira pela minoria!
 
     Mais que isso, na medida em que próprio Papa Paulo VI já havia deixado bem claro que o Concílio havia sido apenas pastoral e não dogmático, só isso deveria ter atilado o instinto de pastor deles, para as insídias e os ardis que estavam postos naqueles textos capciosos. E mais: esta gente elevada deveria ter se levantado contra tudo isso, alertando também o povo que seguiria seus pastores. Mas não fizeram valer os seus direitos! Seu direito de maioria! Não analisaram com profundidade aquilo que acabou sendo aprovado! Não acreditaram quando se falava que Paulo XVI era substituído por um gangster, que tinha a mesma fisionomia dele. Ou seja: foram pastores apenas de si mesmo!
 
     Sim, também nós fomos culpados, porque se realmente tivéssemos o sentido profundo daquilo que estava acontecendo no Vaticano, a cada outono daqueles quatro anos do Concílio, o mundo católico teria ficado de joelhos em oração e adoração. Que fizemos? Dormimos, também, em berço esplêndido! Eu tinha apenas 13 anos quando o Concílio começou, e lá no seminário dos jesuítas, ouvia falar dele. Até
já assistíamos alguma coisa pela televisão. E lhes posso garantir: não gostava daquilo! Instintivamente! Mas como não me liguei nas coisas da Igreja, acabei depois por 33 anos deixando o mundo rolar. E tanto a Igreja rolou, que agora vai num despenhadeiro e humanamente não a podemos salvar.
 
     Agora é tarde para chorar sobre o leite derramado. Sim, somente Deus a poderá fazer voltar às origens, onde Ele era o centro, não o homem. Na realidade última, o que está por traz disso tudo é a praga do modernismo. A sede de mudar, de alterar, de inovar e testar, para agradar aos homens, quando na Igreja não se pode fazer experiências. Com a verdade não se fazem testes! E neste sentido, o primeiro ardil do demônio posto na cabeça dos padres conciliares, foi fazer entender que para atrair aos fiéis era preciso colocar o homem no centro da vida da Igreja. Então, fora Deus! E não percebem que, quanto mais insistem neste descaminho, mais vazios ficam os templos!
 
     Pois este caminho leva ao cúmulo do endeusamento do homem,  quando ele é apenas pó. Como dizem as Escrituras, “todos eles juntos, postos na balança, são vento”, isso é, nem mexem o prato. E Isaías diz mais, em 40, 15 As nações são para ele apenas uma gota de água num balde, um grão de areia na balança; as ilhas não pesam mais que o pó,... 17 Todas as nações juntas nada são diante Dele: a seus olhos são como que inexistentes. Este pensamento maldito é a fonte seca da Nova Era, a religião de satanás, pois ele abre caminho para a glorificação e endeusamento da criatura, ou seja, dele mesmo, o rebelde. E o homem insano o segue. Eticamente, é claro!
 
     Em primeiro lugar, é preciso entender a psicologia humana, com reflexos na liberdade. É que a liberdade pretendida pelo homem, é aquela libertinagem maldita que permite todo tipo de pecados, “desde que não ofenda ao irmão”. Ora, todo pecado, seja de forma direta ou sempre indireta, sempre atinge a um irmão e a Deus. Este negócio de muito chilique na etiqueta, é aquela tal de ética, uma coisa tão falada hoje que significa na verdade “faça tudo que lhe der na cabeça e danem-se os outros”. Ser ético na política é, por exemplo: roubar. Com isso um católico ético é aquele vota num corrupto, desde que seja ético. É isso que levou a estas pregações frouxas, mornas, que agradam apenas ao diabo. Não falar em pecado, em confissão, em perdão, tudo isso agrada ao diabo! Nunca a Deus!
 
     Claro este é apenas um jogo de palavras, mas a verdade é que, na Igreja, ele serviu para que a doutrina de Jesus fosse distorcida, quando se prega apenas a Misericórdia de Deus, esquecendo-se que ela é exatamente do tamanho de Sua Justiça perfeita. Quando a mente humana apodrece de tal forma, que aceita a ética deste mundo, ela afugenta aos pontapés a moral que vem de Deus. Neste descaminho chega à falsa liberdade, como via de mão única e completa o estrago, pois isso elimina totalmente o sentido de pecado. Daí para a implantação total da libertinagem não falta mais nada. É aonde nós chegamos.
 
     Realmente, hoje se fala muito em misericórdia divina, e muitos fazem até biquinho quando falam nela – parecem anjos bentos – entretanto, infelizmente isso é dito com esta ênfase, mas por muitos que querem justificar suas faltas e se eximirem de culpas diante de Deus. Como isso, os confessionários foram postos de lado e o grande Sacramento da Reconciliação passou a ser letra morta em milhares de paróquias e mesmo em dioceses inteiras, porque para alguns padres “santos”, não existe mais pecado. Pois eu lhes digo, e sem medo de errar: Este é um dos brados que mais clama aos céus e pelo qual, muitos sacerdotes pagam e pagarão dura pena na eternidade! Está difícil se confessar! Depois de três anos, a Carta Misericórdia Dei, de João Paulo II, ainda não foi levada a sério.
 
     Na verdade, satã desferiu um golpe mortal no sacerdócio, quando conseguiu adentrar nos seminários. Foram neles, meus amigos, que os séculos passados nos deram os maiores santos e os mais dignos pastores. Falei grande em santidade e dignidade e não grande devido aos títulos louros e comendas. Tudo começa tendo-se que entender que foram iletrados os primeiros apóstolos, os primeiros papas, bispos e sacerdotes. Naquela época, não havia universidades nem outra fábrica igual de comendas: havia apenas fábricas de santos, que se tornavam assim não pelos traseiros afundados em bancos de teologia, mas com joelhos no chão, e com o seu sangue derramado pela Igreja nascente.
 
     Uma frase das mais terríveis que já escutei de um padre modernista foi esta: A Igreja não precisa mais de santos, e sim de doutores! Pois se o vaticínio dele um dia se confirmasse, no topo da cadeira maior estaria sentado doutor Lúcifer, e de forma visível. O exemplo dos sacerdotes é e será sempre o santo Cura de Ars, que ria bondosamente de sua extrema nulidade para o estudo. Mas foi ele, nesta extrema nulidade, que se tornou o padroeiro dos párocos, e um dos maiores santos da Igreja. No confessionário ele se fez numa das mais extraordinárias criaturas que já viveu na terra, tal que o demônio lhe disse certa vez: se tivesse três como tu na terra, meu reino aqui já teria acabado! Isso é um “tapa na cara” de milhões de sacerdotes!
 
     Que se falar então de São Roberto Belarmino, tão tapado nos estudos, tão incapaz de entender as letras e ciências, que se chamava a si mesmo de Frei Asno. Alias, sua tarefa na congregação era esta mesmo: cuidar de um asno! Mas, meus amigos, a santidade dele era tal, que ele voava por dentro da Igreja, se elevava nos ares, andava sem tocar os pés no chão e vivendo quase sempre em êxtase fazia milagres. E em vista desta santidade, ele conseguia nota 10 em todos os exames, e mais que isso, tornou-se o conselheiro de reis, príncipes de todos os lugares, e do santo Padre que o mandou chamar para ouvi-lo! De fato, nos anais capuchinhos ele consta como o mais imbecil de todos os seus frades! Mas certamente, entre os letrados alguns não estão com Deus. Qual serve melhor à Igreja?
 
     O sacerdote existe, para levar seu rebanho aos pastos eternos, mesmo neste mundo terrível e caótico, e em constante transformação. Mesmo nesta era das ciências e técnicas superiores, não precisa jamais de um título de doutor em filosofia, nem em teologia: ele precisa apenas de amor ao Rosário, à Eucaristia, e à Virgem Maria. Coloco em primeiro lugar o Rosário, não por questão de hierarquia, mas porque este é o teste que se deve fazer com um candidato ao sacerdócio: se ele, no primeiro ano de seminário, todos os dias não conseguir tempo e amor para rezar o Rosário, pode mandá-lo embora. Ele pode até dar um reles doutor, jamais um padre santo. E isso continua válido e será sempre!
 
     Eu comparo este excesso de estudos que os padres de hoje enfrentam, com uma frase de Jesus e o resto das Sagradas Escrituras: Amar a Deus sobre todas as coisas! Estas sete palavras de Jesus seriam suficientes para tudo se aprender num seminário, mas na verdade eles vão estudar todas as outras frases passando galantemente por esta primeira. Então, todo seu estudo começa pelo telhado. Se um jovem não ama a Deus de fato, com toda a força de sua alma, com o mais ardente desejo de seu coração, ele jamais servirá para pastor de almas: no máximo, dará um bom pai! Manda ele embora, sim! Pois nunca vi teólogos converterem pessoas, somente santos, pelo exemplo de vida em santidade!
 
    E é exatamente o bom exemplo de santidade do padre que enche os seminários de futuros
padres santos, tal como é o mau exemplo deles também, que os esvazia. Primeiro porque os jovens não se sentem atraídos a seguir uma pessoa de má vida, ou de morna atividade, pior ainda se relapso e dado ao vício. Digamos: um padre sem sucesso e morto! Segundo, porque os próprios pais hoje têm medo de incentivar seus filhos a irem para o seminário, porque lá dentro – em muitos deles – correm mais risco de se perderem do que fora. Ainda noutro dia escutei isso pela décima vez de um seminarista diferente: lá dentro, pecamos muito mais que aqui na rua! Para que tanto tempo atrás de teologias?
 
     De fato, se as teologias conduzissem o rebanho, o mundo estaria salvo. Mas em que se resumem estes estudos, se a Deus não se estuda, apenas se vive? O que se pode estudar a respeito de Deus? Ora, tudo aquilo que eu disser Dele, nunca chegará perto do que Ele de fato É. Tudo o que eu achar que Ele não é capaz devido meu racional maldito, posso estar passando há mil anos luz da verdade sobre Ele. Deus se vive pela fé! E como Ele é simples como as crianças, e ama esta simplicidade, de nada adiantam os estudos ufanos de longo prazo: eles não fazem santos, apenas criam doutores, o primeiro passo dos grandes hereges! Sim, porque este título ufana, orgulha, e não deixa entrar no Céu!
 
     De que me adianta eu ficar 10 anos de minha vida estudando os hereges passados, se corro o risco de me tornar um outro igual? De que adianta estudar os capítulos negros do passado da Igreja, se com isso não consigo mais ver nas trevas do presente? De que me serve um título de doutorado científico, se com ele eu não consigo entender o valor superior e eterno de um Confessionário? De que me adianta saber de cor o nome e a heresia dos antigos inimigos da Igreja, se não tenho olhos para ver as atuais, e nisso me faço um deles? De que me adianta saber quantos versículos tem cada capítulo da Bíblia, se uso disso só para tentar contraditar seu conteúdo, pelo mau exemplo de minha vida? A vida do sacerdote santo está ligada ao Sacrário e ao Confessionário, jamais ao caixa.
 
     Erros? Vejam este exemplo da I Carta aos Coríntios 13, 3 Ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada valeria! 4 A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante. 5 Nem escandalosa. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. 6 Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. 7 Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 8 A caridade jamais acabará. Que mentira! Só ó AMOR jamais acabará! A caridade sim, um dia não será necessária. Quem reage contra isso?
 
    Vejam o contra senso: Como é que eu posso dar meus bens para os pobres se não faço por caridade? Ou seja: isso é a uma obra de caridade, mas NÃO É TUDO! Caridade sem AMOR não vale de nada! Pode ser coisa de quem rouba uma fortuna e depois doa uma migalha para aparecer. Estaria cumprindo a Escritura! A palavra verdadeira é AMOR, falo daquele que vem de Deus. Toda caridade sem Amor, é orgulhosa e é arrogante! É um escândalo! Busca seu próprio interesse! É fruto do ódio a Deus! É fruto da injustiça! Sim, se rejubila com a mentira por ser falsa! Não crê em Deus, pois odeia! Não espera Nele! Nada suporta, pois é maligna! E isso nada tem a ver com o AMOR. Até nisso os fiéis são enganados, pois esta versão errada veio só para agradar e just
ificar a falsa caridade espírita e das seitas secretas, que não têm fé, não esperam em Deus, porque O odeiam.
 
     Falemos em fé! Vejam: a fé é um Dom que precisa se cultivado e alimentado. Mas é desde a mais tenra infância que este cultivo carinhoso deve começar, e com os pais. Já desde o ventre a mãe pode ir catequizando seu rebento, que se tornará depois um dócil e bom cristão. Mas isso quase não acontece mais. A busca pelo dinheiro afastou as mães de casa e da boa catequese. E mãe não foi criada para prover o sustento de um lar, e sim sustentá-lo pela fé. Então por ali continua a destruição da Igreja. Pelas mães católicas distantes do lar e da boa catequese de seus filhos. Porque tais filhos passam a ser educados pelo mundo, um mundo cada vez mais distante de Deus. Culpa das mães, sim!
 
     Neste mesmo rumo vai a catequese dentro da Igreja, que passou a ser ministrada quase que exclusivamente por leigas e leigos, muitos abnegados com certeza, e entre os quais existem verdadeiros santos. Reconheço! Entretanto, pelo que se pode ver, a maioria dos catequistas é completamente despreparado. E o ardiloso até aqui se mete, pois é desejo dele que pessoas despreparadas e desconhecedoras da nossa doutrina se ponham a ensinar. E chega-se ao absurdo de que em algumas comunidades nem na primeira comunhão se vai antes à Confissão. E justamente por isso temos aí milhões de “católicos” que nem sabem o que é um pecado, nem o que diferencia um pecado grave do leve.
 
     Mas vejam: muitos sacerdotes não mais gostam do confessionário porque lá vão certas madonas que ao invés de contarem seus pecados em profundo arrependimento, vão para lá fofocar e falar sobre suas intimidades sexuais. Seus problemas de desajustes com os maridos! E com isso se tornam iscas poderosas de perdição para os padres, especialmente pela falta do confessionário com grade isolante como é obrigação ter em todas as capelas. Mas no fundo, a maioria delas nem sabe o que é pecado, só por causa desta catequese medonha que por todos os lados se ministra. Vejo isso nas vezes em que sou chamado a ir aos grupos de catequese, para explicar questões de Eucaristia, Credo e Confissão.
 
     Na realidade, do fundo de meu coração sinto uma coisa: existem milhares de padres no purgatório – tempos atrás eram mais de 200 mil – exatamente devido ao relaxamento com a catequese. Nenhuma desculpa ou atividade pode ser mais importante para eles, do que a catequese, e são eles que devem dar as aulas mais importantes! Em especial sobre o sentido do pecado, o valor da Confissão e da Eucaristia, a necessidade absoluta do estado de graça antes de ir à Comunhão e o valor da alma e da vida eterna. Devem explicar claramente sobre o Céu, Inferno e Purgatório, e sobre a Justiça perfeita de Deus.
 
     Outro problema grave que acontece com os sacerdotes, em algumas comunidades é o seu envolvimento muito próximo das pessoas. Ele quer se tornar amigo, se enturmar, mas isso é perigoso, porque com isso faz-se comum, e ele perde o respeito. O padre deve manter certa postura superior – porque ele é o ser mais importante da terra, mais que os reis e governantes – não por arrogância, mas por força de sua posição. É como um rei que quiser se fazer muito próximo dos súditos: logo um engraçadinho lhe chutará o traseiro. Sei de seus problemas afetivos, sua necessidade de carinho, mas o padre que é agarrado em Deus, tem carinho, tem amor, e tem afeto até com sobra para dar.
 
     Um outro erro grave que nós católicos cometemos é quando os bons se calam, dando espaço aos medíocres. Mais que isso, é quando os bons se furtam a assumir os postos chave, na catequese, por exemplo, abrindo caminho a que pessoas despreparadas acabem por mais destruir que por construir bons católicos. Até mesmo nas equipes de liturgia, muitas vezes são valentes mentecaptos que estão na frente destes postos importantes, porque as pessoas que teriam reais condições de fazer um bom trabalho se acomodam e deixam correr. Estes são aqueles que re
ceberam o talento e o enterraram. Quando o patrão vier, certamente dirá: servo mau, que fizeste com o talento que te dei?
 
     Mais um gravíssimo problema, fonte de divisão, de discórdia e de atraso para a Igreja é este exército de pastorais inócuas. Fala-se que em algumas dioceses, existem mais de 20 pastorais diferentes. Todas marcando reuniões e mais reuniões, às vezes duas ou três no mesmo horário, no mesmo espaço, e pior, tantas vezes no horário da santa Missa. Isso é um horror! A própria pastoral da criança – que parece tão santinha – dirigida pela Igreja é um retrocesso em termos de Igreja, porque esta tarefa é comunitária, exclusiva dos leigos e faz parte da caridade cristã. Mas ela é apenas parte, não é tudo! E deve estar ligada aos órgãos públicos, associações civis, jamais à Igreja. E fora dela, todos são chamados a trabalhar, e gente de todas as classes, raças e religiões, não somente senhoras católicas.
 
     Já disse um autor: quem não quer fazer nada, se reúne e discute! E é isso que se tem feito na Igreja nos últimos anos! Reuniões infinitas e intermináveis! Como os tais Grupos de Reflexão, que um atrás do outro se auto-destroem, por causa das polêmicas que surgem e das discussões que se levantam. Com isso estragam mais que convertem! Os Grupos que Nossa Senhora pede, no mundo inteiro, são Grupos de Oração, em especial do Rosário em família. Nada de discussões, porque é DEUS quem faz não o homem, tantas vezes um mentecapto bíblico! Mesmo que se faça a leitura do Evangelho do dia, não se deve comentar, porque é o Espírito Quem deve agir.
 
      Em verdade a Bíblia é clara, para que todos a entendam! E os simples e humildes são os que mais a compreendem. Só quando sacerdotes participam, então sim não só pode, como se deve refletir sobre a passagem lida. Mas só nestes casos! Noutros, nunca! Porque há muitos teólogos de araque, que distorcem tudo, em especial os que participam destes “cursos bíblicos” de hoje em dia. Porque muitos deles são ministrados por “donos de deus”, por proprietários do Espírito Santo, por fazedores desta igreja mundana que querem nos impingir. Já tenho visto horrores neste sentido! Mesmo vindos de padres! Que mereceriam a excomunhão pelos erros que pregam. Mas como disse: o astuto sempre encontra um assecla para seus pontos chave.  
 
     O último desastre que quero mencionar aqui é relativo à RCC e outros movimentos, como o Neo Catecumenato. Este aqui visa exclusivamente a dessacralização da Igreja. São tremendas as denuncias que existem contra ele, e recentemente o Papa já os enquadrou e fez calar. Mas a RCC, que deveria ser um outro sol, tem se tornado mais uma tempestade. Há quatro anos escrevi um artigo sobre isso e recebi críticas. Entretanto, como eu havia dito lá, aconteceu. Ela vai num arraso! Brigas internas, estrelismo dos líderes, excesso de poder em algumas mãos ignaras. Pregadores que parecem deuses. Em verdade, trata-se de uma árvore que apodreceu na sua origem – até por ser copia pentecostal – e por isso apenas diminui, e morre, num verdadeiro processo de autofagia. Poucos grupos escapam! E dentre estes, apenas os servos e intercessores!
 
     Temos assim, uma síntese deste caos atual. Que falta então? Falta amor, falta fé, falta dedicação, falta desprendimento! Falta, sobretudo, a humildade, aos padres e aos leigos! E por falta de humildade, acaba-se a oração! E uma Igreja sem Oração é uma igreja morta. Morreu e não sabe! É uma igreja sem Deus! Que não salva mais almas! Por isso Jesus deve vir novamente: para salvar Sua Igreja, porque nós a estamos acabando!
 
Arnaldo
 
    



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