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01/06/2015
Uma linda história
A vara florida de São José


      A vara florida de S. José
 
     Entre as imagens de S. José, há uma que apresenta o santo com o Menino ao colo, e uma vara florida numa das mãos. 
     Já houve quem me dissesse que a flor branca significa a pureza de S. José. Sem pôr em causa tal
afirmação, pois costuma-se apresentar realmente o branco como símbolo de pureza, e a pureza de S. José quase que se pode igualar à de nossa Senhora, o que vou contar a seguir sobre a vara florida de S. José é tirado dos escritos das místicas espanhola madre Maria de Jesus de Agreda (1602-1665) e alemã, a beata Ana Catarina Emmerich (1774-1824).
     Aos treze anos e meio, encontrava-Se nossa Senhora no Templo, servindo a Deus, juntamente com algumas das Suas companheiras. De extraordinária beleza, chamada, era filha de Ana e de Joaquim de Nazaré. Ana descendia da família sacerdotal de Aarão e Joaquim descendia do rei David. A elas pertencia a reparação das vestes sacerdotais e limpeza das alfaias e vasos em uso nos sacrifícios do altar. 
     O Senhor manifestou-SeLhe em visão abstractiva e ordenou-Lhe tomar estado de matrimónio. Que novidade e admiração não provocaria, no peito inocentíssimo desta donzela, tal ordem, já que vivia segura de ter por Esposo unicamente  o  próprio Deus, que agora A mandava tomar estado de matrimónio? 
     Como os Seus pais haviam feito a Deus o sacrifício inteiro da Sua Filha, o desejo desta era, pois, por continuar a viver naquele santo recolhimento. Porém, a prudentíssima Virgem suspendeu os Seus juízos, mostrando-Se obediente ao preceito do matrimónio, mas sem perder a confiança de guardar a virgindade, Ela que tanto amava a castidade.
     O Senhor aceitou a Sua obediência, e alentou a Sua esperança.
     Chegara pois o tempo em que Lhe pertencia deixar aquele santuário e constituir família, casando-Se, bem como mais sete meninas que, como Ela, tinham completado os 14 anos de idade. Era este o preceito estabelecido para as donzelas educadas no Templo.
     S. Joaquim já falecera e, junto de Maria, encontrava-se Sua mãe, Santa Ana, que A devia acompanhar na saída
daquele santuário. De entre os sacerdotes do templo, havia um tão adiantado em anos, que precisava de ser transportado pelos mais novos. Era o Sumo Sacerdote Simeão.
     A seguir a estes factos, sendo levado ao Santo dos Santos, e como ali, junto do altar do incenso, tivesse uma revelação do Céu, pousou o dedo polegar nesta passagem do profeta Isaías e leu: "Este povo, que andava em trevas, viu uma grande luz; aos que habitavam na região da sombra da morte, nasceu-lhes o dia. Porquanto um menino nos nasceu e um filho nos foi dado… e o nome com que será apelidado será Admirável, Conselheiro, Deus Forte, Pai do
Século Futuro, Príncipe da Paz. Sentar-se-á sobre o trono de David, e o seu reino não terá fim" (Is 9, 2-7).
     Em obediência à revelação do Senhor, reuniu ele a junta de sacerdotes e letrados, e deu-lhes conhecimento da Vontade do Altíssimo. Sucedeu isto ao tempo em que Júlio César conquistaria a Gália e Helvécia.
      Tinham muito em conta os descendentes de David porque, segundo os profetas, o Messias devia ser um
descendente desse rei e, por isso, cada um dos descendentes tinha o seu lugar no Templo. O Messias devia nascer "quando o cedro saísse de Judá" e os Romanos, cujo império se estendia pelo mundo, acabaram de colocar no trono de Jerusalém o idumeu Herodes. Portanto, chegara o momento em que o Messias, o Cristo prometido, devia surgir.
      A velha profetiza, que tomava conta das donzelas, tinha advertido que a jovem virgem Maria, ao chegar a idade da adolescência, teria comunicações do Céu e deu-o a conhecer ao Sumo-Sacerdote.
      Este, ao compreender que se tratava de um sinal de Deus, convocou todos os solteiros descendentes de David presentes, da tribo de Judá e,  usando o mesmo  processo que Moisés havia utilizado para ver se Aarão era realmente o Sumo-Sacerdote eleito por Deus, pediu a cada um dos pretendentes que tinham acudido à chamada, da descendência de David que lhe trouxessem um ramo seco com os seus respectivos nomes.
     O dia, para isso, foi justamente aquele em que Maria completava 14 anos. Simeão comunicou a Maria a notícia, ao que a prudentíssima Virgem, cheio o rosto de virginal pudor, contestou, rendendo-Se à vontade do santo sacerdote, embora declarasse que, se dependesse da Sua própria vontade, desejaria guardar castidade perpétua.
     Simeão animou-A, dizendo que nenhuma das donzelas de Israel se abstinha do matrimónio, enquanto se aguardava, segundo as divinas profecias, a vinda do Messias. Por isso, julgavam-se felizes e benditas as que tinham sucessão de filhos.
     Depois disto, Maria multiplicou as Suas petições ao Senhor, com incessantes lágrimas e suspiros, rogando o cumprimento da divina Vontade, e um dia Ele apareceuLhe e confortou-A, dizendo que estava atento aos Seus desejos e rogos, e que Lhe daria esposo que não os impedisse.
     Maria orou fervorosamente pela conservação da Sua castidade e pureza, e os Anjos confortaram-nA, dizendo-Lhe que confiasse na fidelidade, amor e omnipotência do Seu Divino Esposo. E acrescentaram que se Deus desejava que Ela O servisse no  matrimónio,  melhor seria que O obrigasse nele, que O desgostasse noutro estado.
     Com esta exortação, Maria acalmou-Se, disposta a aguardar os acontecimentos. Mandou o Senhor que Maria tomasse o estado de matrimónio, embora Lhe encobrisse, por então, as razões, para que o Seu parto resultasse honesto aos olhos do mundo, tomando-Se o Verbo humanado, gerado em Suas entranhas, por filho do Seu esposo, e também com o propósito de despistar Lúcifer e os seus demônios, que se mostravam muito ferozes contra Maria.
     Com efeito, vendo-A tomar o estado comum das senhoras que se casavam, desconcertaram-se, julgando ser incompatível ter esposo varão e ser Mãe do próprio Deus Com essa presunção, sossegaram, dando tréguas à malícia.
      Entre os judeus havia o pressentimento íntimo de que o Messias prometido havia de nascer de uma das donzelas
consagradas a Deus, no Templo. Este fato explica a razão por que os sacerdotes, e entre eles o sumo sacerdote, não condescenderam com o desejo de Maria, embora houvesse exemplos de senhoras que, como entre os essénios, viviam em estado de virgindade.
     Na Antiga Aliança não era tido como meritório o estado de virgindade, porquanto era considerada a maior das bênçãos  receber no matrimónio numerosa prole, sendo a maior glória para uma mãe a esperança de um dia vir a ser apontada entre as predecessoras do Messias prometido.
     Convocados por emissários do Templo, todos se apresentaram vestidos como nos dias das grandes solenidades. Foi-lhes apresentada a Virgem Maria, que seria desposada por aquele cujo ramo desse uma flor. Fora a cada um entregue uma vara ainda verde e nela escrito o nome do possuidor.
     Maria, retirando-Se, voltou para a Sua pequenina cela onde, de novo, fervorosamente, orou ao Senhor,  mal podendo resignar-Se com o pensamento de que um dia deixaria de guardar a Sua virgindade. No altar dos sacrifícios era, entretanto, oferecida uma vítima ao Senhor, enquanto sobre outro, o do Santo dos Santos, se depositavam as varas dos pretendentes à mão de Maria.
     Assim, orando todos, se completou o ato sacrificatório. O Altíssimo inspirou ao coração do Sumo Sacerdote para que todos, juntando-se aos sacerdotes, pedissem, com viva fé, a Deus que declarasse, por aquele meio, quem havia escolhido para esposo de Maria.
     E como a fama da formosura de Maria, o odor das Suas virtudes, honestidade e qualidades, Sua fortuna, e o fato de ser primogénita e única na Sua casa eram manifestos a todos, cada jovem cobiçava a ditosa sorte de merecer tê-La por esposa.
      Entre os jovens, havia um que era das vizinhanças de Belém, a quem a Tradição chama Agabus, alimentando a esperança de vir a ser o escolhido para esposo da Virgem, orava com particular fervor, pedindo a Deus, com suspiros,
que enviasse ao Seu povo o Messias prometido.
     Retirados os ramos do altar, reconheceu-se que nenhum deles florescera e assim foi participado a cada um dos jovens ali presentes. Nenhum, pois, de entre eles, foi escolhido para esposo de Maria de Nazaré. Os jovens retiraram-se, e aquele que orara tão fervorosamente, Agabus, tomou o caminho do monte Carmelo,  ingressando no número dos anacoretas que ali viviam desde o tempo do profeta Elias, e lá continuou a pedir ao Céu a vinda do Messias prometido.        Os sacerdotes, como pelas genealogias tivessem conhecimento de que entre os descendentes de David havia um de
nome José, que de há muito vivia longe da terra natal, mandaram-No procurar, indo encontrá-lo no meio dos seus trabalhos de carpinteiro. 
     Tinha 33 anos, era pessoa bem disposta, de rosto agradável, de incomparável gravidade. Era modesto, e sobretudo castíssimo em pensamentos e em obras. As suas inclinações eram santíssimas, bastando dizer que, desde os 12 anos de idade, havia feito voto de castidade. Era primo de nossa Senhora em terceiro grau, e de vida puríssima, santa, e irrepreensível aos olhos de Deus e dos homens.
      Ao contrário dos outros jovens, julgava-se indigno de receber nossa Senhora como esposa. Recordando-Se do voto de castidade que fizera, resignou-Se a cumprir a Vontade Divina. Recebendo ordem de Se apresentar no Templo, tomou S. José o caminho de Jerusalém.
      Como, durante o sacrifício, apresentasse a vara verde no altar do Santo dos Santos, foi por todos observado
que do ramo nasceu uma flor, semelhante a um lírio. E viu-se então o humilde carpinteiro rodeado de uma auréola
de luz, ao mesmo tempo que baixava, sobre a sua cabeça, uma pomba candidíssima,  cheia de admirável resplendor, como se o Espírito Santo tivesse descido sobre ele.
     E Deus falou ao Coração de S. José, manifestando-lhe que recebesse Maria por esposa.
     Com tais sinais do céu, os sacerdotes deram S. José como o escolhido, pelo próprio Deus, para esposo de
Maria e, por isso, estando presente Santa Ana, foi-lhe logo apresentada Maria que, resignada à Vontade de Deus, o aceitou como Seu futuro esposo.
     Por conhecimento sobrenatural, sabia muito bem a Santíssima Virgem que tudo é possível ao Senhor, que recebera já o Seu voto de a ninguém pertencer senão a Ele.
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     OBS > Quem puder encontrar estes dois livros : Mistica cidade de Deus e Vida Paixão e Glorificação do Cordeiro de Deus, terá um grande e inestimável tesouro. Sabe-se pelos exorcimos que dentre os escritos e revelações da Igreja Católica, depois das Sagradas Escrituras são estes dois livros os que mais os demônios temem e combatem. Quem os começa a ler não te mais vontade de parar. Ali estão escondidos mistérios sem conta sobre a Vida de Jesus e Maria.


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