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29/04/2008
O fogo santo


Sinais - O fogo santo
29/04/2008 18:43:24

Sinais - O fogo santo


O FOGO SANTO

(O texto que segue, traduzido gentilmente por Chantal, mostra um dos mistérios deste nosso Deus. Trata-se do Fogo Santo, que desce dos céus no Sábado Santo e ascende as velas da Igreja do Santo Sepulcro. Este mistério é hoje em dia guardado pelos ortodoxos, mas séculos atrás estava em poder dos católicos. Coloco no site, porque cito este milagre em nosso livro, e assim as pessoas ficam conhecendo mais um pouco dos sinais da presença de Deus em nosso meio. Tudo acontece sem fraude, e de forma miraculosa).
 
A luz Santa proveniente do Túmulo de Nosso Senhor e Deus e Salvador Jesus Cristo.
 
Os peregrinos que viajam a Jerusalém, desde os tempos antigos e até agora, afirmam em unanimidade que no dia do Sábado Santo, o Fogo Sagrado aparece no Túmulo de Nosso Senhor Deus e Salvador Jesus Cristo. Milhares de peregrinos piedosos, lá afluem cada ano dos países do mundo inteiro, de todos os povos e confissões cristãs e de muitos outros, mesmo não cristãos, que se deslocam, desde os tempos passados até agora, em direção a Jerusalém para venerarem o Túmulo do Senhor, e particularmente no dia do Sábado Santo. Neste dia, segundo o testemunho de todos os viajantes, desde os tempos antigos, em cada ano e até hoje, o fogo que não foi criado (incriado) aparece no Túmulo de Nosso Senhor Deus e Salvador Jesus Cristo, às 8 horas, ou segundo o nosso horário, às duas horas da tarde.
 
Desde então, na Sexta-feira, os Turcos, sob a dominação dos quais
se encontram Jerusalém e a Igreja do Túmulo do Cristo, apagam as luzes dentro de toda a Igreja (e nos tempos antigos, também em Jerusalém e mesmo entre os Turcos); eles fecham a entrada das portas do Túmulo do Senhor e afixam o selo (sinal) turco sobre as mesmas; quanto  ao patriarca, no mesmo dia em que o fogo é aceso, ele é submetido publicamente a uma revista diante de todo o povo pelos oficiais turcos, em presença de uma Guarda Turca importante e somente em seguida, acompanhado desta mesma Guarda e dos oficiais, em presença dos cristãos de todas as confissões e dos Infiéis, tendo sido publicamente vestido novamente com suas vestimentas sacerdotais e publicamente revistado, ele penetra na Gruta dio Túmulo do Senhor (kouvouklia), donde os Turcos retiram, então, o selo.
  
 As mais antigas informações sobre o fogo sagrado, segundo a afirmação do Arquimandrite Leônida, originam-se da Antiguidade a mais profunda (1).
 
Os escritores gregos, relembrando este acontecimento, se reportam, em testemunho desta antigüidade, aos escritos dos Padres da Igreja: Gregório de Nysse e João Damasceno que, como o sabemos, foram eles mesmos para Jerusalém; o primeiro, na sua segunda homilia sobre a Ressurreição, escreve: "Pedro, tendo visto com seus próprios olhos, mas também pela elevação do espírito apostólico, que o Túmulo estava iluminado, ainda que fôsse noite, o vira pelos sentidos e espiritualmente." O segundo, nos seus cantos litúrgicos, faz frequentemente menção da luz brilhando milagrosamente no Santo Túmulo. Assim, por exemplo: "Pedro, tendo-se rapidamente aproximado do Túmulo, e tendo visto a luz no sepulcro, se assustara." (2).
 
Dentre os escritores ocidentais, favoráveis à profunda antiguidade do fogo sagrado, A.S. Narov menciona o monge latino Bernardo, no século IX, e Baronius: "O Sábado Santo, escreve Bernardo, a véspera da Páscoa, no momento do serviço matinal na Igreja no Templo do Túmulo do Senhor, o Patriarca transmite o fogo para o Bispo e enfim a todo o povo, a fim de que cada um possa acender este fogo em sua casa. O Patriarca atual é Theodósio (853-879); ele foi enaltecido a esta dignidade pela sua piedade".
 
O Papa Urbano II, por ocasião do Concílio das Cruzadas em Clermont, no seu discurso a uma imensa multidão presente diante dele, proclamou entre outras coisas, o seg
uinte: "Na verdade, neste Templo (O Túmulo do Senhor), Deus repousa; até agora, Ele não cessa de ali manifestar  milagres porque, nos dias de Sua Paixão, quando todas as luzes se apagaram sobre o seu Túmulo e dentro da Igreja, de repente as lâmpadas apagadas se reacenderam. Qual coração, por mais endurecido que seja, não se comoveria diante de tal manifestação!" . O cronista da Igreja romana Baronius testemunha: "Os cristãos ocidentais, tendo retomado Jerusalém dos Sarracenos, viram um milagre, quando, no Sábado Santo, as velas se acenderam por si sós  perto do Túmulo do Senhor. Este milagre se reproduz neste lugar, habitualmente." (3)
 
Dentre os escritores ortodoxos gregos, o Patriarca Nectário prestou seu testemunho sobre o fogo sagrado, e este testemunho  foi utilizado por Arsênio Soukhanov no seu "Proskinitarié" (caderno 17). Quanto aos testemunhos de nossos peregrinos-escritores russos, eles estão expostos aqui; o mais antigo é o de L'Higoumène Daniel, que se encontrava em Jerusalém (1093-1112), sob o reinado de Sviatopolk Ysiaslavitch. Naquele tempo, logo após as Cruzadas, reinava em Jerusalém, o rei Baudoin I, um católico.

Pela narrativa de Daniel, nós soubemos que Baudoin I estava presente na aparição da Luz Santa e recebera do Bispo, uma vela, o Bispo sendo ortodoxo e não católico, apesar do fato de que Baudoin, ele mesmo era católico e Jerusalém fora tomada pela Cruzadas-católicas, e sob a obediência do Papa. Houvera sem dúvida experiências, onde o fogo não descera sobre os Bispos católicos, motivo pelo qual este direito foi dado aos ortodoxos. E ainda agora, nós vemos, pelos dizeres do Métropolite Mélétios, vigário do Trono Patriarcal de Jerusalém, que entrando no sepulcro, ele não vira o fogo durante um longo momento (Viagem de Barbara Brune de Santo Hipólito). Desde tempos remotos, Armênios e "Coptes" participam deste triunfo e acreditam na milagrosa manifestação da aparição do fogo...
 
Bem a propósito, devemos citar aqui o testemunho (ou depoimento) do peregrino Hiéromoine Mélétios, e de outros ainda, sobre a tentativa dos Armênios de perseguirem os cristãos ortodoxos do Templo de Jerusalém, para receber de seus próprios hierárquicos, o fogo incriado da "kouvouklia". Esta tentativa terminara em milagre. Efetivamente, os Gregos não foram admitidos pelo paxá turco, que havia sido comprado por dinheiro, e eles se mantinham fora do templo em frente às portas fechadas. "Quando se aproximara a hora na qual habitualmente ocorria o milagre, de repente, uma das pilastras internas do muro, em frente às Portas Santas, se fendera e a Luz escapara.
Vendo isso, o Patriarca (ortodoxo) avançara com precaução e acendera as velas - os Armênios, quanto a eles, nos relata posteriormente o Hiéromoine Mélétios, ignorando completamente que a Luz Santa havia descido junto aos ortodoxos, a esperavam para eles no interior do Túmulo, clamando conscienciosamente, com uma voz forte, como os "Baalatim". Mas os Turcos que vigiavam o Santo Portal, vendo tal milagre, abriram imediatamente, as portas. O Patriarca entrara no Templo com os ortodoxos, proclamando: "Quem é o grande Deus, senão o nosso Deus? Tu és Deus, que faz maravilhas!" e em seguida... Os Turcos, presentes por ocasião do milagre, acreditaram. Se houve um outro sinal, semelhante ou não, com os latinos e outros cristãos, nós o ignoramos. 

 
Os Árabes, num entusiamo religioso, correndo ao redor da "kouvouklia", exclamavam: "Vola dinn, Illa dinn, I'-Messia!", o que quer dizer: "Não há fé verdadeira, fora da fé ortodoxa."
 
Um escritor conhecido russo, que fora mais tarde Ministro da Cultura, A.S.Norov, assistindo em 1835 em Jerusalém à descida do Fogo Sagrado, assim como o piedoso André Nicolaïevitch Mouraviev descreveram com arte o aparecimento do Fogo Sagrado assim como sua viagem.
 
O aparecimento do Fogo Sagrado em si é trazido pelos diferentes viajantes, de diversas maneiras. Alguns o descrevem precedido da aparição de uma nuvem, e outros, não falando disso, o dizem proveniente diretamente do Túmulo do Senhor; alguns peregrinos o vêem azul, se tornando em seguida muito claro e brilhante e outros, o figuram como sendo vermelho. Dentre os últimos peregrinos, André Nicolaïevitch Mouraviev, de afortunada memória, escrevera: "Sobre o Túmulo do Senhor, depositamos primeiramente algodão, com o qual nós apanhamos o Fogo Sagrado, que aparece, digamos, como pequenas centelhas sobre a placa de mármore do Túmulo do Senhor."
 
A.S.Norov o descreve assim: "Eu vi como o Métropolite, idoso, tendo-se debruçado para penetrar pela entrada baixa, chegando na gruta, se jogara de joelhos em frente ao Santo Túmulo, sobre o qual não havia nada depositado, e que estava completamente nu. Nenhum minuto havia se passado, quando a escuridão se inundara de luz, e o Métroplite saíra em nossa direção com um maço de velas flamejantes."
 
O Hiéromoine Mélétios, piedoso staretz de Sarov afirma que a aparição do Fogo Sagrado não provém, segundo ele, de outro lugar que não seja precisamente do Túmulo em si, que teria sido santificado pelo Corpo de Cristo, que o faz brotar a cada ano em sinal de verdade e de retidão de Fé. Não tendo sido pessoalmente testemunho da aparição do Fogo, o Hiéromoine Mélétios traz as palavras do Arcebispo Missail, que lá estava de serviço: "Tendo entrado, lhe diz o Arcebispo Missail,no interior do Santo Túmulo, nós vemos sobre  toda a tampa do Túmulo, uma luz cintilante, como se fossem derramadas minúsculas pérolas de vidro, de aparência branca, azul, escarlate, e de outras cores, que em seguida fundindo-se umas com as outras, se avermelhavam e se transformavam em fogo; mas esse fogo, durante o tempo necessário para se ler sem pressa, quarenta "Kyrie Eleison", não produz queimadura e não se consome, e os candelabros e velas preparadas, se escandecem: mas por outro lado, acrescenta o Arcebispo, como e de onde isto provém, eu não o saberia dizer".
 
Uma tal diversidade nas narrativas sobre a cor da Luz Santa e a maneira como ela aparece, demonstra a veracidade e a sinceridade daqueles que a escreveram. E todas as narrativas das testemunhas oculares se juntam na mesma constatação: o fogo incriado (ou seja, que não foi criado) aparece todos os anos no Sábado Santo, e assim, até o momento presente.
 
Contra as falsas alegações dos velhos-crentes que afirmam que desde o tempo do Patriarca Nikon, não houvera mais aparição do Fogo Sagrado, basta dizer que no "Livro sobre a Fé", impresso em Moscou em 1648 e respeitado por eles, no tempo do Patriarca José, está revelado no primeiro capítulo, sobre a Igreja de Sião, que a cada ano, no Sábado Santo podemos ver no Túmulo do Senhor a Luz Santa, e um pouco abaixo, está provado que esta Luz aparececá no Túmulo de Cristo até o final dos tempos.
 
"É uma alegria de se ver, escreve o Monge Parféni, que no presente, mesmo que de má vontade, os outros cristãos respeitam a fé ortodoxa e dirigem seus olhares para os ortodoxos, como sobre um sol muito brilhante, pois todos eles esperam em receber por eles, a graça da Luz Santa."(2) No que diz
respeito aos infiéis, ou àqueles que teriam sido contaminados pelos falsos ensinamentos atuais, nós pedimos, deste modo a todos os leitores que leiam as narrativas que se seguem, que as compare e as verifique, e que não sejam incrédulos, mas que creiam. 
 
O dia do Sábado Santo em Jerusalém, segundo as narrativas de peregrinos antigos e atuais. Centro de Auxílio Mútuo Cristão, Tambov, 1903. 

Traduzido do russo por N. M. Tikhomirova.
 
Notas:
 
1. O Archimandrite Leônida tinha publicado seus apontamentos no " Douchepoliesnoié     Tchenié"  em 1863, números 2, 3 e 4 com o nome de "Monge Pergrino". 
2.  Eis o que escreve ainda, o Monge Parféni, a propósito de Jerusalém:
 
     "E ainda assim, eis o mais magnífico e o mais maravilhoso: a cada ano, na noite do Sábado Santo, sobre o Túmulo aparece um fogo, ou melhor, uma luz santa, que o ilumina e todas as "lampadas" suspensas ao redor se acendem neste fogo e brilham com maior intensidade.
      Mas, aprenda como isto acontece, escuta: esta graça acontece e o milagre se realiza pelas orações do santo e ortodoxo Patriarca de Jerusalém, quando com a multidão ele faz três vezes a volta em redor aoTúmulo, cantando: "Tua Ressurreição, Ó Cristo Salvador, os Anjos a cantam nos céus, e nós na terra; faça-nos dignos de Te glorificar com um coração puro!"
      Tendo concluído isto, o Patriarca entra no interior do Sepulcro e as lindas velas de cera branca são acesas por ele com esta Luz. Depois, ele sai, senta-se no lugar que lhe foi preparado, e todas as pessoas ali reunidas se aproximam, e do mesmo modo acendem suas velas naquelas que o Patriarca segura nas suas mãos."
     
                                                                 
                                                                               
 

 
 
 
 
 
 
 
 
                                           





 


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