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06/12/2005
Quebra de maldição


Histórias - 43 Quebra de maldição
Histórias - 43 Quebra de maldição

2051026 CAI A MALDIÇÃO
 
     Muitas vezes tenho falado sobre a maravilhosa engenharia de salvação das almas, uma “engenhosa” obra empreendida e aplicada pelo nosso Bom Deus. Já falei que, o intercâmbio de graças, entre vivos, padecentes e glorificados, se fosse imaginado como uma rede de comunicações, como ondas e sinais de rádio e TV, o fluxo das graças é muitas vezes maior que tudo isto. Cada alma foi programada desde o sempre, no Amor de Deus, e o Criador teve milênios à disposição, para estabelecer cada astúcia, cada golpe de seu amor, com o qual salvaria suas incautas criaturinhas, tão insidiadas pelo mal. Penso às vezes que Ele se diverte em dar golpes no inimigo... em nosso benefício.
 
     Quem entendeu bem a Ponte da Salvação, como está explicada no Livro 1, viu como as boas ações praticadas – orações, sacrifícios, caridade, amor – são como pedras que se coloca, no abismo insondável, que há entre a terra e o Céu. Quando este abismo estiver preenchido – e todos nós temos o nosso – teremos preparado nosso caminho para os braços de Deus. São poucos os que conseguem preenche-lo, totalmente, ainda em vida, se dirá, sozinhos. A maioria irá precisar da força de outros, até porque, ninguém se salva por si só. Quem quiser se salvar somente a si, antes cai muito mais no abismo, do que sobe ao Céu. Isto é egoísmo, e é um pecado grave! Há muita gente que faz isto!
 
     Neste processo de salvação, Deus quer precisar de nós, e conta com nossa ajuda, não porque Ele precise de ajuda, mas porque quando colaboramos com a salvação dos outros, na medida do nosso amor, também progredimos na nossa salvação. E desde os milênios idos, Deus conta com nossa colaboração neste processo incrível – e adiante vou mostrar como acontece – e tudo vai se encaixando como peças de um grande quebra cabeças. E a salvação de uma só alma, pode demandar ações que podem levar até décadas, séculos, e milênios, envolvendo às vezes dezenas de pessoas. Afinal, o tempo de Deus é um eterno agora! Nada se perde, tudo Ele usa para a salvação de todos os que assim o desejarem.
 
     Quando um casal se casa, e já antes, quando programa seus filhos, cada sentimento, cada ação e cada desejo, cada suspiro de amor, do pai, da mãe em especial, da criança em seu ventre, tudo isso começa a formar uma ponte... ou a formar um abismo. Cada dor que ambos passarem, será aproveitada por Deus para ambos. Por exemplo: milhares de cesarianas ocorrem – 43% dos partos no Brasil – com a mãe anestesiada, a criança nasce sem dor! Isso faltará para ambos mais tarde, alguém, ou eles mesmos, acabarão por pagar esta conta de sofrimento, pois não é esta a forma de dar a luz ou nascer. A mãe, em especial, será cobrada por isso. Sim, por milênios não havia cesarianas e tudo ia bem.
 
     Nada se perde, tudo se aproveita. Deus não quer a dor, o sofrimento, a angustia, eis que nos criou para a completa alegria. O próprio parto deveria ser sem dor alguma! Nem para a mãe, nem para a criança! Quem nos provoca a dor é satanás, ele quem ama o sofrimento – porque ele é a dor personificada – mas o Bom Deus, em Sua engenharia prodigiosa e benéfica, usa desta dor, usa deste sofrimento, usa deste amor para livrar a alma da condenação eterna. Deus aceita tudo isso, e transforma assim a ação do mal em um bem, e astuciosamente consegue driblar os golpes do inimigo. Quando ele pensa ter uma alma segura, vem a Mão de Deus e lha resgata, por um artifício engenhoso. Para cada ação maligna, Deus tem mil artifícios diferentes de salvação, que o anulam.
 
     Como, então, uma alma se perde? Ela somente se perde, se livremente romper a rede do amor divino, proibindo a Deus agir em seu favor. Proibindo que Deus construa sua ponte. Ela faz isso por livre desejo, por decidida escolha, por inarredável força de sua própria vontade. Na verdade a alma como proíbe a divina Misericórdia de agir na sa
lvação dela, e esta pavorosa decisão rompe a malha do Amor de Deus, que está posta sobre o abismo eterno. Ninguém se perde por um pecado só. A alma só se perde por mil pecados de teimosa obstinação no mal.
 
     Sim, há histórias na Igreja de almas que se perderam por um único pecado, mas elas amaram a este pecado por toda a vida, tiveram milhares de chances de se livrarem dele, e nunca o quiseram confessar! Medo, vergonha, por não querem perder o status social. A pose de santos, que adquiriram diante do mundo. Quem poderá agir sobre tão inaudita teimosia? Deus não força a livre liberdade do homem. Não irá exigir que ele se salve! Nem obrigar que se deixe ajudar! Tudo é concessão, ou proibição, da própria alma.
 
     Como se dará, então, este processo? Seria possível explicar com dados, com exemplos, este artifício tão maravilhoso? Como Deus faz para salvar uma alma, para isso usando de pessoas que nem sabem que estão participando do processo? Como Deus age para anular o efeito de uma astúcia diabólica, tirando dela uma obra de salvação? Em verdade, existe uma Justiça, e Deus sempre se guia por ela. E esta Justiça, pode significar permitir até que os maus cometam o pecado, pois são livres para tanto. Ou seja, Deus não age antes, para evitar que o mau cometa seu crime, mas permite que ele siga em frente pela própria vontade, dando chances depois para que se corrija. Se a ação deste mau prejudicar a alguém, este alguém prejudicado com toda certeza receberá méritos e graças por isso. Nada se perde: para o bem, ou para o mal! Tudo é fruto da livre vontade!
 
     Em verdade, milhões de pessoas – de almas – não conseguem sozinhas, em vida, os méritos necessários a sua salvação. Se não houvesse este intercâmbio de graças, poucos se salvariam, e sem o purgatório já o inferno estaria abarrotado. A Justiça perfeita de Deus precisa ser satisfeita por alguém, seja pela própria pessoa, seja pelos familiares dela em vida, seja pelos amigos, seja pela linhagem de sangue futura: alguém pagará a conta. Alguém terá de pagar pelo bilhete da salvação, diria, pela graça da contrição final. Porque com certeza, a brutalidade dos sofrimentos do purgatório, de uma alma que se salva assim, é pagamento feito em dores, daquilo que em vida poderia ter sido saldado com amor. Facilmente! Amorosamente!
 
     Para descrever – embora de forma meio cifrada, porque envolve pessoas ainda vivas – como se desenvolve esta engenharia, que demanda séculos, milênios, para resgatar uma só alma, ás vezes mais num só projeto, eu vou desenvolver uma estratégia que é real, que é verdadeira, da qual tenho autorização de certas pessoas vivas. Vou porém, dar a todos nomes fictícios, e preciso de atenção e raciocínio dos leitores. Cada pessoa desta trama, que aconteceu e está ainda acontecendo – porque o processo não para nunca até o fim do mundo – receberá apenas um nome fictício. Atente bem!
 
     Tudo começou há séculos, há muitas gerações atrás.... Quase há 300 anos!
 
     Mario cometeu um ato tresloucado de estupro, contra a jovem Teresinha, e isso aconteceu dentro de uma gruta de Nossa Senhora... Pecado gravíssimo, que merece o inferno, quando não confessado, e perdoado, ainda em vida. E Mario não se confessou!
     Teresinha odiou Mário, e tramou seu assassinato! Pagou pessoas para mata-lo tempos depois. Seu corpo foi jogado numa mata próxima. Teresinha nunca se arrependeu!
     Mário, assassinado, e morrendo em pecado grave, por algum artifício salvador de Deus, recebeu a graça da Contrição Final. Foi a um purgatório, horrendo, e lá ficou por muito tempo. Como ele não tinha méritos próprios para se salvar, nem sequer pegar este seu purgatório salvador, Deus sabia achar adiante, no longínquo tempo futuro, uma alma vítima, da linhagem de sangue dele, que se disporia a pagar pelo bilhete de salvação de Mário. E ele ficou lá expiando seus pecados... Esperando!... Esperando!... Esperando!...
     Teresinha, mandante inconfessa do assassinato, morreu anos mais tarde! Morreu para o mu
ndo e para Deus! Ela, não quis a salvação. Ela odiou a salvação! Não aceitou que se rezasse ou sacrificasse por ela, nem Deus achou nas gerações adiante, alguém que lhe pudesse pagar sua conta. Porque isso? Porque ela proibiu a Deus de a ajudar. Por isso o inferno a tem para sempre. E está lá agora! E está lá há séculos! Ela o quis assim!
    
     Passaram-se os séculos, sucumbiram muitas gerações, e Mário continuava lá em seu purgatório horrível. Esperando! Esperando o nascimento desta futura alma vítima, que o libertaria do purgatório, pagando sua conta. A não ser, sim, que o Deus de Misericórdia resolvesse tira-lo antes do sofrimento. E Deus pode fazer isto, e muitas vezes o faz! Tudo depende da vontade do Altíssimo, afinal, a Justiça é Dele, e a aplica como quer!
 
     Muitas gerações depois, abre-se uma nova história, bem longe da linhagem de sangue de Mário. De uma família qualquer nascem muitos filhos, mas entre todos usaremos apenas dois, que chamaremos de João e Maria, que farão parte desta incrível história.
      Maria permanece pobre, casa-se e tem muitos filhos, um deles chamaremos Carlos. Este Carlos, nasce com problemas graves de saúde, incuráveis pela medicina humana. Pela regra normal da genética, ele deveria morrer antes dos dois anos de idade. Então Maria faz uma promessa para Deus, de lavá-lo a um Santuário distante, caso ele fosse curado. Entretanto, nunca pode cumprir esta promessa. Mas Deus a aceitou mesmo assim. E Carlos continuou vivendo, embora todas as expectativas em contrário. Como?
       João, irmão de Maria, também casou e teve filhos, entre eles um que chamaremos José e adiante o mencionaremos. João formou família de posses, e não por isso, mas sendo irmão de Maria, foi escolhido por ela, para padrinho de batismo de Carlos, aquele menino doente. Como Maria não conseguia cumprir a promessa de levar seu filho ao Santuário prometido e distante, por ser muito pobre, pediu a João, o padrinho rico, que fizesse isso por ela.. João prometeu a ela, mas nunca cumpriu sua promessa. Deus porém, manteve Carlos vivo, apesar deste descaso – esquecimento? – de seu padrinho.
        João morreu anos mais tarde, e pegou um duríssimo purgatório, de 19 anos.  Horrendo! Teve a graça do purgatório, não por mérito próprio, mas por causa das orações constantes de  Maria, também de seu sobrinho e afilhado Carlos, pois seu destino real era o inferno. Era rico, nunca pensou em Deus. Não precisava Dele para nada! Não ensinou seus filhos a rezar! Então pagou no purgatório, e duramente, por ganância, por avareza, por pensar só em si, por estocar comida para forças preços, e pagou também porque não cumpriu a promessa que fizera quando vivo, ao seu afilhado, de lavá-lo ao Santuário. Alguém tem que pagar a conta da Justiça Divina. E aqui, ele mesmo pagou! Havia, de fato, fortaleza suficiente nele. Podia fazer quando vivo facilmente! Lá pagou caríssimo!
       José, o filho de João, casou, mas não foi bem em seu casamento. Chamaremos sua esposa de Eva, porque é a parte terível da história. O resultado é que eles se separaram logo, em virtude de Eva ser uma má pessoa, de má índole, estelionatária, golpista, além do que ainda se dizia vidente. Vivia para enganar os outros!
 
     Fiquemos por hora com esta linha, e vamos a uma terceira família da história.
 
     Também séculos após, da mesma linhagem de sangue de Mário – aquele assassinado do primeiro quadro – nasceu uma pessoa a quem chamaremos Francisco. Este Francisco, um homem muito bom também, e devoto das almas, veio a se casar e teve filhos...
     E como se diz – nas voltas que o mundo dá – Francisco se viu envolvido pelas tramas de Eva, recém separada do marido – do quadro anterior – que se dizia vidente, e tal foi que Francisco a acolheu em casa. Mas com o tempo, ele percebeu que Eva não tinha nada de vidente, mas de trapaceira, e pior, percebeu que esta proximidade estava para destruir seu próprio casamento. Não sabendo o que fazer, Francisco foi consultar um sacerdote.
      O padre escut
ou sua história e foi categórico! Expulsa imediatamente Eva de sua casa. E se tiver algum pecado a pagar por causa disso – Francisco alegava a caridade cristã para ajudar a tal vidente, recém separada – eu pagarei pessoalmente, disse o padre.
      E Francisco cumpriu a ordem do padre! Expulsou Eva de sua casa, onde estava sendo causa de ruína de seu casamento, e perigo para sua família. Que aconteceu?
      Eva, irritada com esta expulsão, e como vingança, procurou uma macumbeira e rogou uma praga, uma maldição, sobre a família de Francisco.
      Que aconteceu?
      A maldição pegou: o filho deles – Antonio – nascido logo a seguir, veio com doença gravíssima, que causa enormes transtornos ainda hoje. Ou seja, sem a maldição, Antonio nasceria sadio, e sem problemas. E por causa dela, não só ele, mas toda a família sofre!
 
       E se pergunta: como Deus permite uma coisa destas? Que uma criança inocente possa pagar pela conta de outros, e seja obrigado a sofrer sem culpa alguma? Que uma maldição ou praga caia sobre ele? Muitos me perguntam isso e agora vem a explicação.
 
     Na realidade, Francisco sempre desconfiou de algo estranho em seu filho. De alguma forma ou de outra, lhe ficava claro que não havia lógica na doença da criança e até mesmo sua mãe dizia ser causa de maldição de família. Imaginavam até, que tal havia ocorrido porque antigamente teria havido casamentos entre primos, na família de sua mãe. Então Francisco conheceu o Movimento Salvai Almas, e colocou esta situação em oração. E a resposta foi vindo ao poucos! Uma gota hoje aqui, uma medida amanhã lá, de tal forma que todo o quebra cabeças foi se formando, tal como o montei acima, em um processo que durou diversos anos. Na realidade quase 300 anos de história.
 
     Como disse, sempre Deus tira uma lição, e uma obra boa, de outra maligna. E mais, como já em outros títulos afirmei, Deus não permitiu que isso acontecesse com esta criança – Antonio  - que ainda hoje sofre, sem ter tido antes o consentimento dela. Por um destes caminhos insondáveis da Sabedoria e da Onipotência de Deus, Ele consegue autorização da criança, antes mesmo de ela nascer, para que em seu corpo se cumpra a maldição, para que disso resulte a libertação e a salvação de uma alma, quiçá a libertação de toda uma linhagem de sangue, ou de uma família inteira, das garras do maligno.
 
     A isso se chama, “quebra de maldição”, onde se desvia o efeito da praga, que nada mais é que terminar o sofrimento de uma pessoa, depois que a outra foi liberta. Sim, tendo em vista que se cumpriu em perfeição a Justiça de divina, que se assim ficou plenamente satisfeita, abre-se o caminho para a libertação, tanto dos vivos, como dos padecentes. As almas sobem ao Céu! Os vivos conseguem uma milagrosa cura! Sim, também caminho para a cura física desta criança! Como isso se pode consumar?
 
     Veja em nosso caso assombroso acima. Se o leitor entendeu bem: Mário esteve no purgatório por muito tempo. Então Deus misericordioso permitiu que Antonio, a criança ainda hoje viva e doente, nascida séculos depois – mas que é da linhagem de sangue de Mário – de muitas gerações antes, pagasse a conta dele. E isso não somente o salvou – recebendo a graça da contrição final, mesmo tendo morrido em pecado grave – como também teve abreviado seu purgatório, que seria longuíssimo, e poderia ser até os dias de hoje. A praga rogada por Eva, contra a criança, e a doença que se seguiu, pagou a conta de Mário, que está hoje no Céu! Sem mérito!
 
     Ou seja: Deus somente permitiu que a praga rogada por Eva, contra a família de Francisco, acontecesse, porque tinha em mente o resgate da alma de Mário, o parente distante do menino Antonio. Isso quer dizer que, em se tratando de maldições, de pragas rogadas contra os filhos de Deus, elas somente pegam, têm efeito, se disso resultará adiante uma obra de salvação. Deus usa a malignidade, para uma obra benigna! Caso Ele não tenha em mente a salvação de um outr
o, jamais permitirá que a maldição caia sobre alguém. E mais, Deus não seria Bom, se permitisse que algo acontecesse com um filho seu, mesmo para o bem de outro, sem antes ter a autorização dele. De uma certa forma a alma vítima aceita antes.
 
     E quanto aos outros? Como já foi dito, João  teve a graça da contrição final, devido às orações constantes e os muitos sofrimentos e as privações financeiras de Maria, caso contrário o inferno o teria. João, seu irmão rico, e padrinho de Carlos, deveria por obrigação ter ajudado financeiramente a família de Maria, mas nunca fez isso. Foi egoísta! Seu purgatório, foi em grande parte abreviado, também devido ao grande amor de Carlos, o seu afilhado, do qual nunca foi padrinho verdadeiro. Incrível é saber que, em grande parte o sofrimento físico de Carlos, que era doente, foi o motivo da abreviação das penas do purgatório devidas pelo seu padrinho que nunca se ocupou dele. Nunca ajudou em vida! Como se arrependeu disso depois, vendo-se ajudado justamente pelo afilhado!
 
     Quanto a Maria, ela foi para o Céu direto, sem passar pelo purgatório, mérito em parte que conseguiu devido à luta pela salvação de muitos, de todos os seus filhos e em especial de seu irmão João e sua família rica. A aceitação de suas cruzes, milhares delas, durante a vida toda de sofrimentos constantes. Deus nada perde, tudo usa para a salvação dos que assim o querem. Maria teve então a graça de ser alma vítima, salvou-se por seu esforço! Lutou pelos outros e ganhou de presente a graça eterna para si.
 
     Quanto a José, filho do rico João, este faleceu também, e estava há tempos no purgatório. Como tira-lo de lá, se não rezava os pais não o ensinara – se era rico, se não se preocupou com outros, e levava vida longe de Deus? Em primeiro lugar, Deus levou em conta que seus pais nunca o ensinaram a rezar e quem pagará mais caro serão eles – os pais que não rezam com os filhos – embora isso não seja desculpa. Segundo, a graça da contrição final lhe adveio da oração de Maria, e das dores sofridas no purgatório por João seu pai, que não o ensinara a rezar, em vida. Então no purgatório sofreu pela libertação do filho. Como libertar José?
 
     Fácil: pagando a promessa devida por seu pai João, em relação ao afilhado Carlos, que em vida ele não cumprira. Então Deus conduziu a Carlos, ele mesmo, ao Santuário para cumprir a promessa de sua mãe falecida, Maria, feita quase 60 anos antes, e não cumprida por João. Este fato, por sua vez, levou a libertação de José, que estava ainda no purgatório. Ou seja, um fato encadeia outro, este o seguinte, e assim com bilhões de almas, todas elas encadeadas, e isso por milhares de anos, por gerações e gerações, tudo bem conduzido por Deus, em favor de seus filhos. Ó sim, por uma maravilha de Deus, também Francisco, estava junto com Carlos – ambos do Movimento Salvai Almas, embora não sendo parentes – no ato de pagar a promessa no Santuário. E só ali souberam eles, do verdadeiro sentido das dores de seu filho Antonio. Não é incrível isso? Acaso acham que o Cláudio teria condições de bolar tal coisa assombrosa?
 
    Vale lembrar ainda um detalhe importante. Carlos, o afilhado de João e filho de Maria, que nasceu com uma doença incurável, teve a graça de se manter vivo, mesmo que a tal promessa da mãe Maria de o levar ao santuário distante, não tivesse sido cumprida nem pela mãe, nem pelo padrinho rico. Como promessa é promessa, e deve ser cumprida na íntegra, Deus permitiu que o próprio Carlos, 60 anos mais tarde, fosse cumprir a promessa feita pela mãe, da visita ao santuário. Este o preço pago por ele, de se manter vivo, embora todos os sérios problemas de saúde que sempre o acompanharam. Mas este mesmo sofrimento que o manteve vivo, também salvou a alma de João, e seu filho José.
 
     A história termina? Não e justamente por isso não pode ser revelada com os nomes das pessoas e com mais riqueza de detalhes. Na realidade um crime pavoroso, resultou em outro da igual quilate, e a maldição que isso causou, po
r duas pessoas que mereciam ambas o inferno, permitiu porém que Deus salvasse uma das duas, tesouro infinito, vitória espetacular do Deus que salva! Ou seja: estes dois primeiros crimes geraram uma imensa necessidade de compensação para aplacar a Justiça Eterna e perfeita, fato que demandou séculos de sofrimentos para ser conseguido. Mas a praga rogada por Eva, certamente que também terá seu dia de cobrança. A pessoa que fez isso não está escape ainda da Justiça, porque seu desejo se cumpriu no sofrimento de uma inocente criança.
 
     E assim, a história continua, em especial devido a Eva, que tem uma vida muito difícil ainda, mas Deus também o quer salvar. Esta parte da história, nós ainda não a temos, mas com certeza o Bom Deus não faria tudo isso, se adiante não tivesse um artifício que Lhe permitisse quebrar o efeito reverso, que cairá sobre este desatinado personagem. Isso porque, se a doença de Antonio quitou a conta de Mário – se ele não tivesse aceitado este sofrimento, Mário se teria perdido já séculos antes – a dor que esta criança e toda a sua família passaram, recairá em dobro sobre quem rogou a praga. Uma das formas de se evitar a morte eterna de Eva, será certamente fazer com que Antonio lhe peça perdão – mesmo tendo sido ele o prejudicado pela praga que ela lhe rogou – isso encerrará toda a história. Mas para isso, é preciso que Antonio seja totalmente curado de sua doença!
 
     Mas há ainda a outras definições. Na realidade, o fato de Carlos cumprir a promessa feita por sua mãe Maria, permitiu ainda que se quebrasse o ciclo de maldição havido sobre todo o restante da família rica de João, que agora tem livre e aberto o caminho da libertação do jugo hereditário de toda a família. Abrem-se os caminhos para que eles todos se salvem. Mesmo sem mérito também, mas por força do Amor de Deus.
 
     Mais incrível, tendo batido o gatilho que se deu com o cumprimento da promessa no Santuário, também se fecha o ciclo de maldição que recaía sobre o menino Antonio, que agora pode ocorrer para sua cura, já prevista para breve, quando toa a Justiça divina for satisfeita. Coisa que toda a medicina avançada, todas as internações já havidas, nunca conseguiram curar, porque havendo o jugo espiritual, não poderá haver cura do corpo. Deus usou então da doença de uma criança para salvar uma alma de antepassado, que viveu há quase 300 anos.
 
     Eis porque hoje tantos médicos ficam abobados com certas curas miraculosas, eis porque tantos outros não conseguem explicar certas doenças, de causa cientificamente impossível. Não conseguem explicar, porque Deus está por trás disso tudo, e está um processo assombroso de salvação das almas. Deus, até nestas revelações tem cuidado, e se permite aos mortais saber de seus projetos de amor, é para que todos entendam, definitivamente que Ele salva, só Ele salva, e que sem Ele todos nós estaríamos perdidos para sempre. No final, tudo acabou aos pés de Jesus, num Santuário a Ele dedicado!
 
     Por isso eu digo: não reclame de suas dores, não fuja de suas orações, não deixe de rezar, ame, ame, ame! Perdoe, perdoe, perdoe! O perdão é o gatilho mais fácil de desativar maldições e desmanchar o efeito de pragas rogadas. Mas só quem ama, perdoa! Só quem reza ama a salvação! Só quem ama a salvação aceita as dores! Por qual motivo Deus Se obriga a usar de todo este aparato? Porque senão Ele teria que usar de força própria para salvar suas incautas criaturas. Teria de afrontar a liberdade que deu aos homens. E então não haveria méritos nossos, sem méritos não haveria graças, sem graças não se poderia ascender em santidade. E o Céu seria igualzinho para todos, indistintamente.
 
     Qual a graça eterna que Deus concederá para aquela criança doente, que permitiu ser usada por Deus na salvação eterna de seu parente tão distante? Não se pode avaliar, mas com certeza esta criança será mais tarde, eternamente grata a Deus, por lhe haver dado esta chance de sofrer pela salvação do antepassado criminoso. Nenhuma pessoa, que em vida so
fre como alma vítima – ela na realidade aceitou isto – jamais se arrependerá de ter aceitado sofrer pela salvação dos outros. Não se impute a Deus crueldade em permitir que uns sofram pelos outros, porque, além de a alma antes haver aceitado este sofrimento, depois, o prêmio eterno lhe será centuplicado. Foi um favor então! Uma graça!
 
     E quanto aos que não aceitam sofrer? Quanto aos que largam suas cruzes à beira do caminho? Quanto aos que mal sentem algo, disparam já para a farmácia em busca dos analgésicos? Ou que vivem entulhados de remédios, por qualquer espirro? Bem, cada comprimido tomado sem necessidade premente, ou por doença grave, significam gotas de suor do purgatório, que lhe será pedida na eternidade.
 
     Sabem o que é uma gota destas? Saibam que a diferença entre um comprimido que deixa de ser tomado em vida, com a aceitação da dor, pode significar um ano inteiro de purgatório que se sofrerá mais tarde.  No livreto “O Inferno Existe”, coloquei uma história no site, que explica isto. Será difícil entender agora, e aceitar, que Deus nos dê alguns sofrimentos agora, para evitar que tantos sofram lá mais tarde? Numa matemática de amor, se poderia dizer o seguinte. De uma certa forma, toda a dor que livro aos meus irmãos no purgatório, soma para mim em felicidade no eterno.
 
     Se eu faço isso em vida e tão fácil, é como se ela perdesse uma gota de felicidade, e eu ganhasse duas. Ela como que transfere esta felicidade para mim depois. Ela será feliz sim, mas eu em dobro! E podemos dobrar, e dobrar esta felicidade, este o prêmio que Deus reserva a todos os que participam amorosamente da grande corrente, da grande engenharia da salvação. A ponte da salvação é um exemplo, este outro!
 
     Só Deus salva! Mas como é bom se deixar usar por Ele, na salvação de muitos!
 
(Aarão)



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