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18/11/2007
A viagem


Artigos - A viagem
18/11/2007 19:13:58
Artigos - A viagem

2071118 A VIAGEM
 
Uma bela viagem! Dois lindos Cenáculos! Três padres santos! Mil pessoas lindas a nos receber, em todos os lugares. Milhões de almas e anjos nos acompanhando! Em si, isso já explica o sucesso de toda a longa viagem que empreendemos na última semana, de mais de 3 mil quilômetros. Mas vou contar um pouco mais... rss... Sim, desde a saída fomos levados pela mão dos anjos, algo inacreditável.
 
Nós saímos para o Norte, partindo da capelinha de Porto Belo, no domingo às 3:30 horas da manhã, para um longo dia. Viajamos em dois carros, com um total de 12 pessoas, e a primeira parada do roteiro foi a Santa Missa que assistimos na cidade de Campo Largo, no Paraná, onde já estávamos às 7:30 da manhã, chegamos bem na hora. A pena foi que não conseguimos contato com as pessoas que nos indicaram tudo.
 
Logo depois seguimos viagem, na direção de Ourinhos, Marilia, Lins, São José do Rio Preto com destino a cidade de Prata, já em Minas Gerais, onde tem bons hotéis, limpos e baratinhos e ali pernoitamos. Antes, em Lins, encontramos com Luiz que nos acompanhou em seu automóvel dali por diante, até aliviando o peso dos nossos carros e aumentando o tamanho da nossa caravana. Estávamos então em 13 pessoas.
 
Como chegamos mais tarde no Hotel devido ao longo e cansativo percurso do dia anterior, no dia seguinte saímos às 7:00 horas da manhã, rumo a Goiânia. Então, vendo o trajeto e a localização das cidades, nós decidimos mudar um pouco a programação inicial e conseguimos contato com Anísio, de Anápolis, e ele nos veio encontrar em Goiânia, onde já almoçamos juntos. À tarde visitamos primeiro os cemitérios de Goiânia, isso para não termos que retornar mais tarde. Só então seguimos para a bela fazenda dele, onde nos esperava ansiosa toda a sua família.
 
Meus amigos, em toda a minha vida, muito raros foram os corações que encontrei, iguais, em uma só família. O Anísio, sua esposa Nair, filhos e netos e genro, são pessoas que nos dão uma santa inveja, devido a prestatividade, o desprendimento, o atendimento, e o amor com que nos receberam. Nós comentávamos, depois, que pessoas assim como que nos envergonham, porque olhando para eles vemos o quanto nós ainda temos de caminhar. Você entende o que seja amor humilde? É isso o que eles vivem! E não na pobreza, mas sim na fartura, na riqueza, pois sua mansão é fantástica, sua propriedade rica e bela. Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos Céus!
 
Pois mal chegados, depois dos abraços de costume, já preparamos um pequeno cenáculo familiar, pois este fora um dos pedidos e o sonho do Anísio. Ele tinha reunida toda a sua família, sem exceção, e alguns visinhos, para rezarmos juntos. Então o nosso pessoal deu início às orações, sempre com as orientações de Nossa Senhora, que ao final se fez presente, como em nossos cenáculos. Foi um momento inesquecível, do mais puro e simples amor, então a Mãezinha não poderia faltar. E claro, a presença de mais de 100 mil almas, que poderiam ter saído naquele dia, mas entregaram os seus sofrimentos por mais um dia, pela libertação das almas da Torre.
 
Durante o cenáculo eu observava no círculo que fizemos bem no lado oposto, dois meninos de uns 11 anos, que estavam de joelhos, durinhos como pequenas estátuas, com as mãozinhas postas em oração junto ao peito, e de olhinhos cintilantes participavam com ardor de tudo. Então meu coração me disse: dois futuros sacerdotes. Interessante é que este detalhe escapou a todo o restante de nosso pessoal. Mas depois, quando Nossa Senho
ra, pelo Cláudio nos veio abençoar, vi que quando ele impôs as mãos sobre os meninos, também soprou sobre eles, e então tive a confirmação interior de que se tratava de dois meninos extraordinários, amigos de escola e de vida. Um deles é neto do Anísio o outro é filho do caseiro, algo fantástico que adiante explicaremos.
 
A seguir, para nossa surpresa aquela linda família nos brindou com um lauto jantar, de uma fartura e variedade incrível. Tudo em grande quantidade. Eles contrataram até um cozinheiro especializado, que preparou pratos de extraordinário sabor. Claro, durante este tempo os grupinhos se formavam para longos papos e contar novidades. O resultado é que fomos dormir somente depois das 11:00 horas da noite, pois de fato os assuntos eram muitos. Devo dizer que quatro anos antes eu já visitara aquela santa família.
 
No dia seguinte, levantamos todos bem cedinho, sob o canto dos pássaros que são abundantes ao redor daquela mansão abençoada, para um café reforçado, com frutas excelentes e variadas. A família, de fato, não mediu gastos para nos tratar bem. Depois disso partimos para visitas a cemitérios da região de Anápolis, até o meio dia, e todas as mensagens recebidas ali estarão depois em outro texto, com os comentários. Ao meio dia nós almoçamos num farto restaurante de Anápolis, com grande variedade de pratos.
 
Saímos depois, sob chuva intensa, rumo a uma capela do interior do município de Anápolis, onde teríamos o primeiro dos cenáculos marcados por Nossa Senhora. E vejam: no início, às 3:00 da tarde, a gente se perguntava o motivo de a Mãezinha marcar um cenáculo para aquele distante escondido interior, quase sem moradores, e eu imaginei que teríamos lá no máximo umas 30 pessoas ao todo. Mas o Anísio me falou: espera que vai encher a igreja! E de fato, quando começamos já não tinha mais onde colocar as pessoas e foram necessárias muitas cadeiras nas laterais. Não sei de onde veio tanta gente, pois nem se via casas nas redondezas. Mas sei que veio a convite da Mãe do Céu.
 
Quanto nós programávamos daqui este cenáculo, por telefone, resolvemos fazer uma surpresa até para o pessoal do Movimento, com uma homenagem especial à Mãezinha. O Anísio comprou 400 rosas, e cada pessoa recebeu uma delas na entrada. O sacerdote, Padre Valter, de origem alemã, mas um santo sacerdote, mariano, aceitou ter paciência conosco, pois só a entrada demorou meia hora. Primeiro o Anísio e sua esposa entraram na Igreja trazendo uma imagem de Nossa Senhora Rosa Mística enquanto as pessoas a tocavam, e depois a depositaram numa mesa previamente preparada. Então instruímos a todos de que viessem depositar, cada um a sua rosa aos pés de Nossa Senhora, pedindo uma graça. Enquanto isso o coral cantava...
 
Sim, o coralzinho das crianças. Eram umas quinze crianças, com sua maestrina, uma mulher simples de grande coração. Acreditem: já antes da Santa Missa, quando aquele tão afinado corinho de vozes entoou as primeiras letras, um arrepio me correu pelo corpo inteiro, e não tive dúvidas: o Espírito Santo estava ali naquele singelo ambiente, em especial naquelas lindas e comportadas crianças, também em todos os que ali estavam. Então tive a certeza de que aquele seria um cenáculo inesquecível. E foi!
 
A Santa Missa que deu início ao cenáculo foi emocionante e pudemos sentir em todo aquele povo simples, um grande coração, uma fé ardente e forte, embora ainda um pouco sem saber tudo aquilo que precisa para progredir. O sacerdote, muito emocionado e ungido, falou sobre a confissão, sobre o pecado, mostrando os erros que acontecem hoje, e falou também sobre as almas do Purgatório, coisa rara em nossos dias. Ao final da Missa, ele ia embora, entretanto cheguei-me a ele e pedi: Padre, o senhor falou tão bem sobre a confissão! Que tal agora dar chance a este povo de confessar? E ele aceitou sem pestanejar, e por duas horas ficou atendendo
aquelas almas aflitas e sedentas. E quando ele teve de ir embora devido a outros compromissos, a fila ainda continuava. Mas prometeu terminar noutro dia...
 
Enquanto isso o cenáculo continuava, com o nosso pessoal conduzindo as orações e a bandinha com três excelentes músicos tocando os instrumentos. Acreditem, as crianças continuavam ali, firmes, sem algazarras e foram até o fim. Então aconteceu um momento mágico que foi a hora da aparição de Nossa Senhora, e a emoção tomou conta de todos. Adultos choravam, crianças choravam, na verdade todos estavam iluminados em sua inocência e beleza interior.
 
Em especial chorava o menino do caseiro, aquele mesmo do dia anterior, ele e seu amigo. E quando já os outros haviam parado de chorar, ele continuava, e agora entre soluços incontroláveis.  Coisa de arrepiar a gente. Então perguntamos o que lhe havia acontecido e ele disse: é que Nossa Senhora está cantando no meu ouvido! Ela é linda! Ela é linda! E desabava em novos soluços emocionados. Tal foi que tiveram de arrumar um carro para levá-lo para casa antes dos outros, porque não parava de chorar.
 
Pensam que acabou? Não! Durante a viagem, o menino disse que Nossa Senhora apareceu para ele primeiro ainda no carro e depois na casa do Anísio. Ele a descreveu com sua simplicidade, emitindo raios de luz e trajando vestido branco, um manto azul e com um cinto de ouro na cintura. Exatamente como o Cláudio a viu também! Resultado é que era tarde da noite e o menino ainda soluçava! Sim, lá na capela o cenáculo terminou com uma linda mensagem de Nossa Senhora e sua bênção. Ao final do cenáculo cada pessoa veio buscar sua rosa com a graça pedida, e as mães vieram buscar as restantes rosas para prepararem o óleo de São Rafael como lhes explicamos. Que povo lindo Deus conseguiu juntar ali!... Tenho certeza de que ali Ele fará uma ilha, quando o astro vier! E os filhos Dele já foram arrebatados sem que o saibam!
 
Bem, no dia seguinte, primeiramente fomos visitar aquela confidente do nosso livro Os Demônios no Caminho dos Filhos de Deus, a ela e sua família. Eles moram num sítio antigo, onde pesavam inúmeras maldições. Ali estão enterrados clandestinamente sete corpos de adultos e nove abortos. Tudo é mata alta onde estão enterrados. Os adultos foram mortos por um fazendeiro terrível, e as crianças abortadas, algumas foram mortas ao nascer, porque o fazendeiro não aceitava os filhos e obrigava a esposa a matá-los, para não dividir a herança! Já encontramos mais casos repugnantes assim! O casal e seus três filhos precisam muito de orações agora, porque a libertação deles está próxima!
 
Depois partimos em definitivo dali em caminhada nos cemitérios rumo a Brasília, aonde chegamos à tarde. E pelo celular contatamos com o pessoal de lá, que se reunia na casa de Dona Ivanilde, pequenina em seu tamanho, mas enorme em seu coração. Como já anoitecia, logo fomos brindados com um jantar e fomos, aos poucos, sendo acomodados nas diferentes casas de família que nos aguardavam ansiosos. Todos de uma gentileza ímpar, de uma generosidade sem limites, coisa própria somente dos que verdadeiramente amam. Estavam muitos de nossos divulgadores ali.
 
Na manhã seguinte, como estava já programado nós saímos em enorme caravana, em dezenas de carros e mais de 50 pessoas, para as visitas a cemitérios da região, conforme as mensagens que virão depois. Na passagem rumo ao cemitério do Gama, pedimos para o pessoal que nos conduzia passar pela Catedral de Brasília onde fizemos algumas orações e como fica na rota passamos também por nosso desmoralizado congresso, que de fato me decepcionou. Isso porque as fotos mentem. Para mim sempre pareceu que aquilo fica numa planície, mas de verdade está dentro de um buraco, com duas rodovias passando uma em cada lado.
 
Aliás, eu sempre fazia de Brasília a idéia de um planalto, de uma quase planície, mas não é nada disso. Há muitas colinas na região. Mas o povo que nos recebeu é lindo. Outra cois
a que me surpreendeu foi o transito, que eu achava menos caótico por ser uma cidade sem sinaleiras e com largas avenidas. Ainda bem que era feriado, imagine um dia de transito normal. De fato, alguns se perderam do grupo inicial e somente através dos celulares é que foi possível reunir a todos no Cemitério do Gama.
Devo dizer que desde o cemitério anterior nos honrava com sua presença o Padre Tarcísio, que desde os tempos de seminário acompanha e divulga o Movimento. Ali, ao final das visitas houve a saída de Giusseppe Verdi, que deixava a Torre para sempre. E enquanto Anselma cantava uma de suas músicas ele dizia: como fui tolo enquanto vivo! O que o salvou aconteceu nas últimas semanas de sua vida, quando se viu como um ruminante, e que não passava disso. Ele que vivera para a glória do mundo, enfim caiu de joelhos e a Torre o aprisionou.
 
A seguir rumamos para o bairro Vicente Pires, onde haveria o cenáculo com Maria, já preparado pela comunidade com as bênçãos e a presença do estimado padre Darcílio, de uma unção ímpar. Ele desenvolve um santo trabalho de divulgação da devoção à Divina Misericórdia, e ao final recebemos a gentileza de um diploma de consagrados à Virgem Maria, numa cerimônia emocionante e cheia de amor. De fato todo o cenáculo foi muito lindo também, e mais uma vez encontramos ali corações sedentos e um povo que de fato ama e busca a Deus. A Igreja estava repleta, de início ao fim, pois quando terminou já passava das 8:00 horas da noite.
 
Durante a homilia, o ungido Padre Darcílio teve a iluminação de mencionar o nome do Papa Inocêncio III, dizendo que uma mística alemã, tinha tido as visões dele no Purgatório e este lhe disse que ficaria ali até o fim do mundo, por graves erros cometidos no governo da Igreja. De fato, na mensagem final de despedida da caminhada, no cemitério de Campo Largo no Paraná, nos foi dito que este Papa se acha agora na varanda da Torre e que já pode receber nossas orações. Tudo isso é obra do Espírito Santo, que une pessoas de coração voltado para a eternidade, num trabalho Igreja que não encontra paralelo em todo mundo, nem no passado nem no presente, nem haverá no futuro. E você leitor, tal como nós, tem a felicidade de participar vivamente dele. Sem mérito, tudo graça divina!
 
Continuando, ainda naquele horário tardio e com tempo chuvoso, resolvemos deixar a cidade de Brasília para dormir em outra cidade, e acabamos chegando a Goiânia onde foi bem difícil encontrar Hotel naquela hora tardia. Foi de fato o dia em que dormimos pior, não só pelo hotel, mas pelo transito intenso na rodovia próxima. Mas tudo isso são sacrifícios que se tornam míseros, diante do resultado estupendo de toda a viagem. Devo dizer que permanecemos em Goiânia, porque nosso destino, no dia seguinte, era visitar o Santuário do Pai Eterno, que fica na vizinha cidade de Trindade.
 
E foi o que fizemos ao amanhecer do dia seguinte. Em primeiro lugar preciso comentar a angustia que deve ser viver numa cidade como aquela, pois atravessar toda a cidade pela Avenida Anhanguera, onde acredito que deve ter umas 200 sinaleiras, é coisa só para doido. Levamos quase uma hora para fazer isso! E então eu dizia aos amigos: bendita minha Vidal Ramos que nem sinaleira tem! Aliás, falando em calma, foi para nós algo desesperador, ver como mora aquele pessoal querido de Brasília, em meio a casas atrás de grossas grades de ferro, com espetos pontiagudos ao cimo. Que horror! Devem fazer isso para evitar os roubos e assaltos que são constantes! E junto com eles nós clamamos: que venha em breve o Novo Reino, onde quem vai ficar em grades eternas é o diabo e todos os que ele ensinou a assaltar e roubar.
 
Bem, para mim o Santuário do Pai Eterno de Trindade foi uma decepção. Mal eu botei os pés em uma porta e já quis sair pela outra. Para mim aquilo soou vazio, pois não tem vida, não tem alma, e senti apenas um apelo ao turismo e ao mercantilismo da fé. Claro que tem uma capelinha escondida, de uns 35 metros quadrados, onde está o Santíssimo e só o que faltava era nem isso ter. Num templo gigantesco de mais de mil metros quadrados, que deve ter custado uma bela fortuna, não consegui encontrar o Pai e senti uma enorme vontade de sair logo dali.
 
E embora nem todos os colegas concordassem, devo dizer que foi sintomático, porque, em todos estes anos de caminhada, foi a primeira vez que me lembro onde a equipe não rezou junta, ou cantou, diante do Santíssimo, e todos ficaram em silêncio. E tal foi que houve depois uma irritação geral entre os membros da equipe, um desacerto que só tem explicação naquele ambiente, para mim verdadeiramente hostil aos que amam, e buscam a Deus de verdade. Pode discordar quem quiser, e se tiver alguém da cidade que ler este texto, que me perdoe, mas foi o que senti. E graças a Deus, não costumo errar neste sentido: por dom e graça de Deus, sinto perfeitamente se Ele está ali ou não!
 
Sugiro então que se busque mudar o sentido de turismo daquele local, para templo da fé realmente, e não uma cidade que se intitulas pomposamente de “capital da fé”, onde ao pé de cada poste que ilumina aquelas avenidas, se acha uma enorme estátua de algum santo. Sei que ali existem pessoas de grande fé, de tradição e devoção ao Pai Eterno, mas não resta dúvida de que o templo em si é vazio, é frio e chora pela não presença de Deus, a não ser na pequena capelinha. Penso que muitos saem dali, decepcionados. E tal foi a angustia que se instalou no grupo que Nossa Senhora nem se manifestou na visita que fizemos ao cemitério da cidade. Só depois que as pessoas se pediram perdão é que a nuvem se desfez. Veja o quanto um ambiente pode contaminar as pessoas, isso quando as deveria encher de enlevo.
 
De resto, a viagem seguiu tranqüila. Ao passarmos em Lins nos despedimos do amigo Luiz, grande companheiro de caminhada e que nos alegrou muito, e acabamos indo dormir em Marilia, onde os anjos nos haviam preparado um local decente para dormir. Dali em diante nós seguimos sem nenhum transtorno, até a despedida final em Itajaí, onde os carros tomaram direções diferentes. Como disse antes, paramos no cemitério de Campo Largo onde uma mensagem nos anunciou a entrada do Papa Inocêncio III na varanda da torre. Isso nos alegrou muito, pois na viagem, em nosso carro nós havíamos comentado de que isso ainda aconteceria. E o Cláudio naquele momento não estava em nossa camionete.
 
Que podemos dizer ao finalizar este texto? Primeiro agradecer ao Pai tantas graças e tanta proteção. Depois a Mãezinha, por seu zelo e presença constante. De fato, eu tinha a nítida impressão de que ela viajava em pé, na frente, entre eu e Dulce, como se fosse uma criança apoiada no painel do carro. Isso aconteceu inúmeras vezes. Depois devemos agradecer aos nossos anjos, especialmente a São Miguel pela proteção constante. E pedir perdão a eles, porque foi dito que algumas vezes “lhes demos muito trabalho”.
 
Por fim, nossa gratidão profunda a todos os que nos acolheram em cada localidade, em cada casa, em cada coração. Todos nos deram uma profunda lição de humildade e de prestimosidade, pois poucas vezes tivemos tão amorosa acolhida. Eles não nos deixavam faltar nada, e nos mínimos detalhes tudo faziam para agradar. Meu Deus, como todos eles já estão adiante de nós! Como temos de correr ainda se os quisermos alcançar! E até tivemos, no último cemitério, um profundo momento de perdão entre nós da equipe, até para meditarmos no quanto existem pessoas de coração tão mais lindo e generoso.
 
Enfim, pessoalmente eu não vou citar os nomes de ninguém, para não vir a esquecer de um deles e cometer grande injustiça. Peço apenas que aprendam agora a pulsar um só coração! Que nas comunidades todas, todos se unam, porque vem a tempestade e juntos somos mais fortes! Que procurem aparar todas as diferenças e buscarem, unidos, o grande projeto de Deu
s, que é manter constantemente “limpo” o Purgatório, e para que enfim caia esta Torre.
 
E desculpem os envolvidos em toda esta caminhada, se deixei de lado o comentário de algo importante, que pudesse somar a estes esclarecimentos. Só posso dizer que Deus viajou conosco, disso tenho certeza plena. Nenhum problema nos carros, nem de doença nas pessoas. Só um acidente nas rodovias, mas percebemos que o jovem estava vivo. E rezando por ele soubemos depois través do Cláudio, pelo anjo, que ele estava bem. Esta graça, aliás, de saber de coisas assim, nos anima a continuar.
 
De fato, saber que num só cemitério de Goiânia, onde estavam acontecendo quatro enterros simultâneos todos os falecidos já estavam no Céu, é uma graça imensa. Aliás, neste cemitério está enterrado e passamos pelo túmulo do cantor Leandro, a quem o bom Deus acolheu em tempo, antes que tivesse fim drástico. Entenderam? Então é preciso rezar pelo seu irmão e por outros iguais, que se endeusam facilmente destinando-se a idolatria, e amando serem considerados como superiores. E isso mata almas! Aliás, em parte foi exatamente este o comportamento de Inocêncio III. Ele se achava mais e maior que os outros.
 
Porque o Céu é somente dos humildes, dos que se fazem os menores de todos, e dos que amam... Como todo este povo amigo que nos acolheu! É isso que desejamos a todos: que Deus lhes dê o mais lindo lugar no Céu!  Obrigado, muito obrigado a todos, e faço isso em nome de toda a equipe. Cláudio, Norma, Marlene, Sálvio, Esperança, Anselma, Ana, João, Marlene, Luiz, Miguel, Dulce e...
 
Arnaldo 

PS: Corrijo uma injustiça que cometi neste texto. É que deixei de mencionar que nosso querido amigo, Padre Tarcisio, se deslocou gentilmente da Paróquia dele para a capela do cenáculo, onde por longas horas atendeu confissões. Que bela missão tem os padres que confessam!... É ali que se tornam santos. Padre, desculpe meu esquecimento!

Sim, a fila ainda estava enorme quando ele teve de voltar para sua paróquia... mas... Os restantes o Padre Darcilio confessa...
 



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