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Eucaristia
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27/09/2014
Fila vazia


Eucaristia - Fila vazia
27/9/2014 18:31:56

Eucaristia - Fila vazia


      FILA VAZIA

     Tantas vezes já me perguntei: onde estão os padres santos? Onde estão aqueles que seguem fielmente as ordens de Jesus, os que não se desviam do caminho, os que vivem e fazem viver os santos Sacramentos da Igreja, e os custava a achar. Certo é que já encontramos nestas caminhadas padres maravilhosos, amigos, humildes, que vem nos visitar não para esculachar, mas, pasmem, para aprender, entretanto, me perdoem todos eles o que vou dizer: eu nunca encontrei um sacerdote sequer do qual que pudesse dizer: eis um sacerdote que é Deus em serviço!
     Nenhum, absolutamente nem um só dos que tive a graça de conhecer, atingiu aquele nível pretendido por Jesus: o de curar também os doentes do corpo, abrir os olhos dos cegos, e demonstrar aquele profundíssimo amor com o qual os santos antigos celebravam a Missa, o Cura de Ars, o Padre Pio, São Pedro Julião Eimard, São João de Cupertino que voava sobre o altar da celebração, isso quando todos poderiam fazer tudo isso. E não somente isso é o que se exige de um sacerdote, porque ele recebeu todos os poderes de Jesus! E onde estão os sacerdotes com coragem de denunciar os erros, sem medo de represálias e sem medo de uma cara feia? Em cada um sempre falta algo!
     Neste texto quero relatar apenas uma faceta, uma coisa que falta ou que faltou a absolutamente todos os sacerdotes que conheci: a não preparação dos fiéis para a recepção de Jesus Eucaristia! De fato, em apenas duas das centenas de Igrejas e paróquias por onde passei, e dentre todas as Missas que participei, aconteceu o fato de que mais de metade do povo ficou sentado nos bancos, e não se aproximou da Eucaristia, porque se sentia não bem preparada. Mas em ambas as ocasiões a ministra da comunhão, não o padre, disse: agora quem estiver devidamente preparado, por favor pode se aproximar da Eucaristia.
     Mas nesta última viagem ouvi o depoimento de uma pessoa amiga, que me emocionou e prometi a ela que descreveria e colocaria no site. Contou-me ela que participou de uma Santa Missa, na Cidade de São Paulo, Missa celebrada por um sacerdote bem velhinho, que acontece as 6:00 horas da manhã, nos fundos de uma catedral. Ele visivelmente celebra em santidade, e também demonstra um evidente interesse de que, também santamente, todos os fiéis participem da Eucaristia, e assim não se cometam tantos sacrilégios.
     E aconteceu que, quando já se formava a enorme fila da comunhão – havia umas 200 pessoas participando – o sacerdote disse: Benvindos à mesa do Senhor... Então ele interrompeu a celebração e disse: Vocês ouviram o que eu acabei de dizer? Mas vou completar: quem dentre vocês já faz mais de um ano que não se confessou, não está preparado e não é bem-vindo! Quem faz mais de um ano que não comungou, não é bem-vindo, porque está em pecado grave! Quem vive amasiado, em segunda união, não é bem-vindo! Quem não paga seu dízimo corretamente não é bem-vindo, porque está em pecado grave! Quem teve relações sexuais fora do casamento está em adultério que é pecado gravíssimo, também não é bem-vindo... E assim enumerou uma série de pecados.
     Que aconteceu? A fila foi diminuindo, as pessoas voltaram aos bancos, cabisbaixas, e das 200 pessoas presentes, apenas 10 se aproximaram da Eucaristia! Porque foram alertadas de forma corajosa, como todo padre deve fazer. Tem obrigação de fazer isso! Afinal, um pároco que está numa localidade, por mais de um ano, sabe muito bem quantos e quais fiéis se confessam regularmente, e sabe perfeitamente quais não se confessam e assim comem e bebem a própria condenação. Desta forma ele se torna conivente com os sacrilégios, porque o povo precisa desta correção. E é mentira que não aprecia a correção, pois o fato é que, deixando livre, muitos passam a ter vergonha de ficar no banco, porque os outros o olham co
mo se fosse um pecador.
     Ora, este comportamento é de um covarde: sabe muito bem pecar, mas não tem coragem de confessar-se! E este medo que lhe coloca na alma é o demônio, que odeia a confissão, tanto quanto odeia o confessor e todo aquele que se confessa. Assim o padre deve ter coragem de avisar sim, sem medo de perseguição, sem medo de “o que o bispo vai dizer”, ou “ou o que os outros padres vão dizer”, nem mesmo medo “de que o povo irá se afastar”, porque se num primeiro momento se afastam, no momento seguinte voltam arrependidos... E se confessam ANTES, de entrar na fila da comunhão.
     Se todos os sacerdotes fizessem isso, se preocupassem com as comunhões em estado de graça, ele inundaria a sua Paróquia com Sacrários Vivos, porque se Jesus não permanece na alma de um sacrílego, ao contrário, Ele ficará sempre junto com aquele que comunga em estado de graça, e que nele permanece. E isso até a próxima Missa e nova Comunhão, e assim sempre, e não somente até que o organismo digere a matéria do Corpo e do Sangue divinos de Jesus. Com isso sua Paróquia seria completamente diferente, para o bem, para a paz! E não haveria nela tantos doentes, cancerosos e sofredores, porque o pecado ocupa o lugar da graça, e a comunhão sacrílega apenas aumenta as desgraças na vida do pecador.
     E não me venham com esta firula de que devemos ser “tolerantes” e “respeitar o livre arbítrio” de cada um, porque deixar os fiéis sem o conhecimento da verdade – as pessoas agem assim porque não foram catequisadas devidamente – é cometer uma dupla falta. Eu não sou intolerante porque prego a verdade de Jesus, nem tenho o meu livre arbítrio respeitado se sou mal catequisado. Jesus vem antes da tolerância! Antes do livre arbítrio!
     Rezemos para que mais e mais sacerdotes ajam desta forma, corajosa e aprovada pelo Céu! (Aarão)
 




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