28/08/2008 13:14:05

Cartas - Fui expulsa (2)


FUI EXPULSA (2)

Acabei de ler a carta da Catequista que foi "convidada a sair".
Sr. Arnaldo, isto aconteceu comigo também, e até hoje me dói muito o coração.
Comecei na catequese em 2001 e não parei mais.
Embora os problemas de casa e as implicâncias de meu marido por vezes me deixassem atônita, ao chegar lá tudo se apagava e aqueles momentos ali falando e ouvndo de Deus e das coisas do Céu me renovavam e eu voltava pra casa feliz da vida...
Mas aqui na minha Paróquia sempre teve estas coisas de de teatro durante a missa, e de mil e uma inventações de moda, que só fazem atrapalhar a simplicidade e ternura de Jesus. E diga-se de passagem, não foi o padre que instituiu, isto: é antigo. Aliás comecei na catequese justamente por causa desses exageros. Meus filhos não queriam ficar, aí me tornei catequista para que eles pudessem fazer a primeira comunhão.
E por aqui também existem as reuniões semanais recheadas de vazios, a preocupação maior era quem é o responsável por isso e por aquilo, sendo que nisso se consumia um tempo enorme que poderia ser usado pra oração, formação, reflexão... E por isso a frequência sempre ia diminundo com o passar do ano.
Até que no ano passado cheguei depois das férias de julho toda animada, e aí na reunião o tema era: o Padre está reclamando da falta de crianças na Missa das Crianças e também das catequistas. Então fiquei horrizada: algumas catequistas falavam mal do Padre, que ele não sabia pregar pras crianças, que ele não se modernizava, e por aí vai. Muito embora ninguém fosse capaz de criticar o sua conduta, sua moral, seu ministério e vocação.
E ali estavam catequistas de mais de 20 anos de catequese... e ninguém defendia o padre, então eu falei que gostava do jeito dele sim, que me tocavam o coração suas pregaçoes, seu exemplo de vida, sua conduta, etc. Aí disseram que eu não sabia das coisas e tal, ou seja, que eu era uma bobinha. E quando olhei pra fora da sala, o Padre estava a caminhar por ali, entre os canteiros, e provavelmente ouviu algo.




Ele deixou de celebrar a missa das crianças, e colocou um outro bastante festivo no lugar. Com o tempo tudo piorou.
E agora, novamente ao retornar das férias de julho também fui convidada a sair, só posso voltar quando me adequar às exigencias.
Então, não são apenas os padres que estão assim, também as catequistas, as mais antigas, aquelas de quem devíamos aprender.
Ficam com medo de manter-se dentro do que sempre ensinaram, vivenciaram e transmitiram. Creio que temem não acompanhar a "evolução". Peço a Deus por elas, na maioria ótimas pessoas que apenas estão equivocadas. Que Nossa Senhora lhes traga de volta ao bom e seguro caminho, e que possam ver o quanto antes que o nosso velho e bom padre não tem nada de ultrapassado.
Por várias vezes, em oração, foi-me dito que tenho um grande chamado, isto antes mesmo de ser convidada a sair. Assim estou à espera: eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segunda o Sua palavra.
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OBS: sim, os maus leigos. Satanás tem sido especialista em colocar e muitas das nossas paróquias, justamente à frente da Catequese, certos mentecaptos da fé, algumas criaturas deploráveis como estas. E nem sempre isso acontece por falta de ação e inércia dos bons e dos que poderiam bem conduzir esta que é a ÚNICA pastoral necessária. O maligno também tem seus escolhidos!
São os donos da igreja, donos do microfone, donos do padre. Quando a paróquia chega a este estado, não tem mais volta: ou expulsam os bons catequeistas, ou então expulsam o padre! Pobre da comunidade que cai em garras deste tipo. Não leva muito e serão outra igrejola protestante.
E o pior e que virão mais situações assim. Rezemos por estes, para que acordem! Antes que a igreja morra com eles.