18/08/2008 14:15:11

Cartas - Homem novo


  
Cartas  - Homem novo
 
Muito antes de conhecer o Movimento, seguíamos uma vida normal, como a de qualquer casal.
Certo dia, no local de trabalho, fazendo pesquisas  relacionadas ao dia-a-dia dos serviços, deparei-me com o site do Movimento.  Sempre digo que isso tem o dedo abençoado da Providência Divina.
Achei interessante a chamada “Salvai Almas” eis que sempre tive uma devoção para com elas, muito embora, singela.     Ainda assim, comecei a abrir as suas páginas internas e ler seus artigos, foi quando me deparei com as orientações e assuntos ligados ao Final dos Tempos.
Na realidade, por falta de interesse e conhecimento nosso e muitas vezes dos nossos sacerdotes, em orientar-nos nas nossas Igrejas, pouco se falava no assunto, estando restrita a determinadas áreas, onde os leigos normalmente não têm acesso.
No mais, muitas coisas, como em vários lugares do mundo, são tratadas com um ar de:  “ não é no meu tempo” ou “ Isso vai demorar”, entre outras coisas.    Ora, comecei a devorar o assunto.  
O “cara” (nosso grande amigo Arnaldo) que escreve no site, tem  uma habilidade e inspiração muito grande, como se falasse macio e ao mesmo tempo, pelas revelações que surgiam em cada trecho, enfiava um pequeno punhal nas minhas entranhas de leigo.
Que revista esse “cara” anda lendo, que eu nunca vi?     Descobri, no próprio site, que era orientado por um tal de  “Cláudio”, que recebia as “mensagens” do céu.  
Na lógica, mais um louco, se passando por Santo. (desculpem-nos)
O mais engraçado é que eu não conseguia parar de ler os arquivos e entrou mais uma semana, e eu ainda devorando as páginas inseridas na internet daquele site. 
Sei que foram duas semanas de aflição e dúvida.  Aflição, pois se tudo aquilo era verdade, o meu pequeno mundo, com sonhos e aspirações, estaria acabando.  Dúvida, pois, poderia ser mais um pseudo-profeta, a enganar os inocentes, como tantos outros fizeram.
O que fazer?  No que acreditar? Em quem acreditar?  Quem poderia tirar a minhas dúvidas?
Conversava com algumas pessoas e todos os indícios apontavam para mais alguns lunáticos, em meio a tantos espalhados pelo mundo.
Onde já se viu rezar nos cemitérios.  “ Mexer” com as almas?   Sai fora disso! Afirmavam.
Uma angústia muito grande tomou conta do meu espírito.   Não tinha mais sossego.  Era só silencio.
Pensava dia e noite no assunto e só ficava mais angustiado e verdadeiramente com medo.  Fugia  muitas vezes das pessoas e dos lugares para poder pensar nos artigos e no final dos tempos.
Como poderia proteger a minha família?  Onde e como estocar alimentos?  E o pobre coração apertado, doía muito, tomado por uma angústia sem tamanho. O peito parecia que ia abrir ou explodir. 
Sabem..., muitas vezes, a gente chora por dentro, sem derramar uma lágrima por fora.  Eu estava assim! 
Por outro lado, diziam que um homem não poderia jamais chorar perto de uma mulher, pois seria sinal de fraqueza. Quanta tolice! 
O nosso instinto de racionalidade, aliado com o nosso conhecimento e  com as experiências do mundo, ensina-nos a tratar certas questões com frieza necessária, a ponto de não sermos traídos.    Muito embora, com nível superior, mas não versado na leitura e nos conhecimentos profundos da bíblia, facilmente  eu poderia ser enganado. 
Sei que passado uns vinte dias, relatei à minha esposa  a minha descoberta, com toda calma e cuidado para não assusta-lá.
Juntos começamos a  estudar e acessar o site, em busca de mais informações.
Dizia o Arnaldo “ ...no Capítul
o tal, versículos tal ”, lá estávamos conferindo  tudo e confirmando a sua veracidade. 
Passado algum tempo, chegamos à conclusão, que tudo era realmente correto.  Assim, nos interessou as visitas aos cemitérios, eis que, como já disse, sempre tivemos algo de especial pelas almas.
Entrei em contato com o site e solicitamos  orientações para rezar pelas almas nos cemitérios. 
No mesmo dia, no período da tarde, recebi as informações de forma clara e simples.
Logo após, e já no final de semana, com um  terço na mão e as orações, nos fomos até o cemitério de nossa cidade.         Meio acanhado e com um pouco de vergonha e sempre tomando cuidado com as pessoas que passavam por perto, que poderiam entender  de outra forma nossa intenção, iniciamos o Terçinho do Amor.  Só para conhecimento dos leitores; tendo nascido nesta cidade de interior, muitas pessoas me conhecem, família tradicional,... já entenderam, certo?   
Em determinado lugar daquele cemitério, aprendendo ainda as orações para não errar, observei, repentinamente, uma mulher que estava em um determinado túmulo e a certa distância de nós.   Olhei e pensei ao mesmo tempo,  que  Ela, poderia estar achando que éramos loucos, espíritas,ou qualquer coisa parecida.   Fiz questão de levantar o terço em minha mão, deixando-o à mostra e dando um pequeno sinal para minha esposa, de que estávamos sendo observados.
Certamente Ela entenderia que se tratava de Católicos e não de outra religião qualquer.     Terminamos de rezar e fomos em direção à saída  do cemitério, logicamente, teríamos que passar ao lado daquela  Senhora.    Eu sou o tipo de pessoa que nada passa  sem que eu veja, no meu raio de visão ou seja, qualquer movimento próximo eu percebo, por menor que seja.  Como dizem:  “ligeiro”.      
Mas, onde estava a mulher?    Como saiu dali sem eu perceber?       Procurei e encontrei-a na minha frente a cinco metros de distância.                 
Olhei para Ela e Ela olhando para nós sorriu delicadamente e de mãos sobrepostas, fez uma ligeira genuflexão em sinal de cumprimento.            
Bom, sem entender nada, e sabendo que Ela  não era da cidade, segui meu  caminho, comentando com minha esposa, o fato estranho que ocorreu conosco. 
Passando os dias, estávamos grudados no site, absorvendo informações do Movimento, se interando dos assuntos, jantando diante do computador.   
Os meses passam e continuávamos a visitar os cemitérios.    
Próximo ao mês de agosto, tivemos conhecimento da Escada do Céu que aconteceria em setembro daquele ano, só que a distância de nossa cidade interiorana, para Porto Belo-SC, no mínimo teríamos que viajar  1000 km,  para  chegar lá.   Resolvemos não ir.    
Mas, por incrível que pareça, sentíamos um chamado.    Algo nos dizia que iríamos para Porto Belo.  Pensávamos: _ com que dinheiro?  É muito longe? Não conhecemos aquela região?       E assim ficou nossa cabeça.
Setembro chegou!  Incrivelmente, sem explicações estava tudo certo. Também chegamos a Porto Belo.
Um misto de ansiedade e coisa nova tomava conta do espírito.    Após,  alguns dias no local e também de muita oração, já conhecíamos quase
todos. 
Resolvemos conhecer  de perto o Sr. Cláudio, que tanto conversava com Nossa Senhora, com Jesus, São Miguel, etc..
 Sei que ele pouco ou quase nada falou.    Não deixamos.  Descarregamos uma porção de coisas e ele somente escutava.   
Estávamos felizes por participar das orações com o Movimento.   Foi quando lembrei  daquela visita no cemitério.  Aproveitei, e contei ao Sr. Cláudio o ocorrido. 
Ele sorriu e depois nos disse que era Nossa Senhora.  
Foi mais uma explosão de alegria.  Nós fomos visitados pela nossa querida MÃEZINHA.
Ah! se soubéssemos disso!   Quantas perguntas, quantos sonhos, quantos desejos de permanecer junto a Ela.     A semana foi chegando ao fim.  Depois de muito aprender, o regresso se fazia necessário.   
Uma vez mais, as lágrimas internas começavam a cair.  Quando resolvemos ir para a cidade de Porto Belo, um dos nossos desejos era poder participar e aprender algo novo. Idéias novas.  
Saímos  de uma vida inteiramente material e mesquinha, carregadas das banalidades criadas pelos seres humanos, para entrar para um mundo novo, em que o desejo maior  são as coisas do alto.
Ali nos encontramos espiritualmente, eu e minha esposa.  Começamos a  jogar fora  algumas coisas do homem velho e nos revestir do homem novo, ressurgido das cinzas da ignorância.
Aprendemos que a vida, não é  aquilo que nos ensinaram no passado.  Que a necessidade de viver  debaixo da proteção do Altíssimo, era  a maior de nossas realidades.  
O coração novamente ficou apertado.  Pensei em comprar uma casa naquele lugar, só para não ficar longe de Nossa Senhora e do Movimento.  Caminhar constante, pelas escadas do céu.  
Mas, a realidade bate na porta e temos que seguir em frente, abrindo outros oásis e despertando novas pessoas, para se juntarem ao nosso coro de vozes, Salvai Almas.   
No retorno, refizemos o nosso plano de vida.    Uma das primeiras atitudes seria colocar efetivamente Deus em nossa casa, em nosso trabalho, em nosso dia-a-dia, em nossa respiração. 
Mas para isso, teríamos que purificar o  nosso lar.   Transforma-lo em lugar santo.  Sem qualquer tipo de objetos, livros, revistas e outras coisas mais que não fizesse parte da nossa doutrina Católica, Apostólica Romana.    
Sei que foi uma semana jogando, porcarias fora. Principalmente àquelas que acostumávamos trazer das viagens ou receber de presente. (cristais, literatura Feng Shui, Reiki,velas e líquidos aromáticos indianos, livros espíritas, entre outras porcarias pagãs).       
Cancelamos todas as assinaturas de revistas nacionais.    
Através das orientações encontradas no site do Movimento, e após a faxina, entronizamos a Imagem de Nossa Senhora em nossa casa. 
Pedimos através de oração que o Sagrado Coração de Jesus e de Maria,  viessem morar com seus anjos em nossa casa.  
Preparamos um lugar especial na casa, para ser o nosso local de orações. E de joelhos, exercitávamos nossa verdadeira crença e nosso verdadeiro amor.    
Certo dia e após alguns meses, à  noite, retornando com minha esposa, depois de mais um dia de trabalho, senti a necessidade de dizer algo a ela que durante o dia todo, estava engasgado na minha garganta.   Naquele instante, embora dentro do carro, pedi  perdão a ela por todas as vezes que a magoei. Por nossas brigas banais.  
Pelas exigências que fazia, para impor a minha vontade, sem observar quais e
ram as vontades dela. 
Com o coração aberto, mostrei para ela e sem medo, que eu também chorava, e continuamos chorando juntos.   Sei que naquele instante, mais uma roupa velha e suja, eu estava jogando fora.   
Para encurtar um pouco e vindo em direção aos tempos atuais, continuamos a visitar nos finais de semana  alguns cemitérios e os que não estão inscritos ainda no site, enviamos sempre o seu registro para o Movimento.  
Quando não podemos viajar, por falta de recursos ou compromissos com as orações que nos são pedidas pela Mãezinha, corremos para o cemitério de nossa cidade e  lá, junto com nossas irmãzinhas queridas, rezamos o Terçinho do Amor.   
Em qualquer cidade ou lugar, sempre no final de semana, visitamos o cemitério.
Por outro lado, ressalto que é muito importante o registro dos cemitérios visitados pelas pessoas que participam  de alguma forma do Movimento. 
Assim, todos têm acesso as informações dos cemitérios que já  foram visitados e aqueles que não foram e que aguardam nossa visita.   
Em mensagens passadas ao Sr. Cláudio, Nossa Senhora, tem falado: “ vereis maravilhas” e temos, realmente, visto muitas maravilhas quando das visitas aos cemitérios.  
Oportunamente, se assim nos for permitido, estaremos colocando para conhecimento de todos.
 São provas irrefutáveis para nós que o Céu tudo vê e que nos acompanha.   
Antes de encerrar, convém dizer só mais um pequeno detalhe para não esquecer: 
_“em todos os cemitérios que visitamos, fico procurando entre as pessoas, para ver novamente Nossa Querida Mãezinha.”.
Que Deus os abençoe a todos. 
  
 OBS. Sim, a Mãezinha disse que veríamos maravilhas! Heverá maiores que estas conversões?