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01/08/2008
Na amargura


Cartas - Na amargura
01/08/2008 15:47:36

Cartas - Na amargura



NA AMARGURA
A paz Arnaldo.
 
Talvez você esteja estranhando o que escrevi no assunto deste email, mas com certeza logo vai entender.
Tenho sido um visitante fiel do site Recados e como você deve lembrar sempre que posso envio matérias da imprensa para que você comente, e muitas delas tem sido aproveitadas no site.
Mas meu irmão o que me leva a lhe escrever hoje é realmente preocupante. Onde eu resido, num raio de 10 Km, existe hoje 3 paróquias vizinhas e sempre participo de trabalhos em todas elas, quer dizer participava, pois hoje ficou tudo complicado, pois não posso mais servir a Deus de maneira correta e humilde como manda a santa igreja em nenhuma delas.
Na primeira paróquia eu coordenava um grupo de oração com reunião semanal, isso durante 6 anos. Nesses anos todos não foram poucos os testemunhos de conversão que ocorreram, principalmente entre jovens que como se sabe são os mais difícies de resgatar prá Deus. Mas infelizmente o inimigo percebendo que o nosso trabalho estava rendendo frutos, logo começou a agir. Primeiramente nos pais desses jovens, que foram até o padre alegando que seus filhos estavam caretas demais pois não queriam mais ir prá baladas, não assistiam mais  televisão, só viviam rezando terços, lendo a bíblia e não saiam da igreja, não eram mais como antes.
Não demorou muito o inimigo agiu através do padre que nos proibiu de pregar radicalidade na igreja porque jovem gosta de liberdade e que participando da missa já tá de bom tamanho, pois corria-se o risco desses pais se afastarem da igreja ou seja deveríamos ser mais ligth, tinhamos que dar a eles -jovens- uma papinha de ensinamento que não sustenta ninguém na fé. Moral da história, passados 2 anos, a juventude voltou toda aos caminhos do mundo para a alegria dos seus pais que assim preferem, e do diabo pois é melhor usar droga do que rezar o terço, é melhor dormirem fora do que passar a noite lendo a bíblia, e assim o inimigo ganhou mais uma batalha.
Não suportando ver essas coisas entreguei a coordenação do grupo ao padre dizendo como São Paulo "Se quisesse agradar aos homens eu não seria servo de Cristo".
Algum tempo depois mais próximo da minha residência o bispo criava uma nova paróquia. Por um instante eu imaginei que seria a mão de Deus me convidando prá voltar ao trabalho. Não demorou lá estava eu na catequese. Com a graça de Deus formei 3 grupos de adultos que não tinham ainda os sacramentos da iniciação cristã (batismo, crisma e eucaristia) mas sempre apoiado nos ensinamentos da santa igreja. Hoje pela graça de Deus a maioria está firme na caminhada.
Mas mais uma vez o inimigo cruza nosso caminho. O padre resolveu que não era necessário muitas equipes de orações já que a paróquia era nova o que realmente estava precisando era de recursos financeiro, ou seja deveria dar prioridade ao trabalho do dízimo, a realização de festas e eventos para arrecardarção de fundos.
Então começou-se uma forte campanha no dízimo, com direito a procissão durante a missa. Toda as semanas festas com bingos, comes e bebes etc., para minha tristeza e maior ainda de Deus, resolveram arrecardar prendas na celabração das missas. Antes da benção final uma fiel subia ao altar com uma lista de coisas que seriam necessárias para o evento, entre essas coisas, cerveja. Isso mesmo. "Quem pode doar umas caixas de cervejas prá nossa festa?" bradava ela com toda a sua ignorância, isso na presença do sacerdote que torcia prá serem muitas, o mais terrível que se exigia a marca não poderia ser qualquer uma.
Numa das reuniões que participei, o padre pediu que fosse retirado da igreja uma imagem de Jesus Misericordioso que usavamos para rezar o terço da Divina Misericórdia. "Quem teve a idéia de colocar "isso" aí?" foi a pergunta que nos fez. Sem contar com outros movimentos marianos que segundo ele não eram necessários pois era somente devoção, que o bispo não poderia de maneira nenhuma exigir dos sacerdotes nem de pessoa alguma a reza do terço.
Foi a
gota dágua prá mim. Mais uma vez abandonei tudo pois não poderia compactuar com tudo aquilo.
Recentemente fui convidado prá trabalhar na terceira paróquia no Encontro de Casais com Cristo pois sempre participei desse trabalho em anos anteriores. Lá fomos nós, eu e minha esposa para a missa de entrega do encontro. Logo de cara o canto de entrada tinha um refrão mais ou menos assim: "Toda a America Latina está cantando um canto de libertação", daí ja dá prá se ter uma idéia do que viria pela frente.
Terminada a missa alguém me procura dizendo que o padre precisava falar comigo em particular. Não entendi mais lá fui eu para a tal conversa.
Eis o assunto;
- eu soube de algumas coisas que o sr fez no último encontro e que gostaria que não se repetisse nesse ano.
Abismado logo perguntei:
- mas o que foi que fiz de errado?
- eu soube que o sr intercedeu pelas pessoas de maneira errada. É que a igreja não permite que leigos impoiam as mãos e orem pelos outros, somente os sacerdotes podem fazer isso. Outra coisa voces devem deixar as pessoas orarem sozinhas prá que tenham mais intimidade com Deus.
Prá não estender a discussão que seria inútil, pedi desculpas e saí dizendo que não aconteceria novamente, embora meu coração estivesse apertado de tristeza.
Mais triste ainda fiquei durante o encontro, quando percebi que esse sacerdote estáva fazendo campanha política prá candidatos da igreja.
Bem Arnaldo desculpe o desabafo mas isso é apenas um resumo das coisas que acontecem nessa diocese, se fosse descrever tudo ficaria o dia todo e não terminaria.
Mas a verdade é que me encontro num momento muito difícil da caminhada, de um lado Deus me incendiando a continuar, do outro lado os inimigos com atitudes destrutivas que desanima qualquer cristão.
Sabe amigo, é triste também ver muitos cristãos que apoiam as atitudes erradas de certos sacerdotes. Existe uma diferença enorme em estar a serviço de Deus e estar a serviço do padre. Principalmente os que se tornaram como o próprio Jesus nos diz, em mercenários, que só pensam em bens materias deixando as ovelhas a mercê dos lobos.
O que ainda me traz um pouco de esperança é o trabalho de vocês do movimento salvai almas, que muito tem me ajudado a discernir sobre tudo o que está acontecendo com a nossa santa igreja.
Arnaldo, peço a todos do movimento que me ajudem com orações e me direcionem com seus conhecimentos pois tenho certeza que vem do céu, e eu não quero desistir seria simplista demais da minha parte deixar tudo e viver no comodismo, mas tenho fé e acredito no poder vencedor de Jesus e de Maria Santíssima e eles vão nos socorrer.
Gostaria de pedir oração também pois acabei de receber uma notícia que o Santo Padre o Papa Bento XVI acaba de nomear um novo bispo prá diocese que participo, talvez já seja a mão de Deus nos socorrendo.
Obrigado e que Deus abençõe o trabalho de todos.
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OBS: Coloco esta carta, porque ela sintetiza sem dúvida o livro AS ANGUSTIAS DA IGREJA. É exatamente este tipo de "igreja" que pretendem certos maus padres - e não tenho duvidas de colocar MAUS em maiúsculo - porque quem tem pastores deste tipo, já está com o redil na cova dos lobos. Este logo terá em suas mãos apenas ossos secos, como diz o profeta Ezequiel.
 
Proibem a oração, querem a má formação da juventude para que não reze e fique "careta", enquanto promovem as marcas de cerveja numa homilia e um partido político em outra. Eis o projeto de evangelização para a América Latina, eis a falsa igreja latina já em pleno vapor. Para nosso horror! E a ira de Deus!
 
A carta fala de milhares de paróquias, e aponta certamente para a falsa igreja do antipapa. Todos os que cometem estes desatinos em suas paróquias já são valentes soldados dele, e isso até que Deus os acorde. E podem crer, será um doloroso despertar. A vara da justiça os atingirá em breve, ai dos que foram causadores da ruína da Igreja de J
esus!
 
Sim, infelizmente ficará cada dia pior! Até que venha mais uma vez o chicote de cordas, e ponha para correr estes novos vendilhões do tempo. Aí aprenderão que uma igreja não se constrói com molho de galinha e cerveja, e sim com orações e cânticos de louvor.



Artigo Visto: 1937

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