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24/02/2007
O Golfo se arma


Notícias Urgentes - O Golfo se arma
24/02/2007 12:36:49
Notícias Urgentes - O Golfo se arma

Está no "O Estado de São Paulo" de hoje..

Apreensivos com Teerã, países do Golfo ampliam seus arsenais
Mas, ao mesmo tempo, esperam que EUA mantenham presença na região

Hassan M. Fattah

Em meio aos crescentes temores provocados pelo conflito entre o Irã e o Ocidente, Estados árabes do Golfo Pérsico deram início a um raro espetáculo de exibição de força, anunciando em público a compra de novas armas e discutindo abertamente suas preocupações de segurança.

Essas demonstrações são raras para os países tipicamente reservados do Golfo, que há tempos planejavam atualizar suas Forças Armadas, mas só agora falam disso abertamente. Funcionários militares dos EUA dizem que esses países, normalmente propensos ao confronto, também aumentaram a cooperação militar e abriram linhas de comunicação com as forças americanas na região.

Baterias de mísseis Patriot capazes de derrubar mísseis balísticos foram montadas em vários países do Golfo, entre eles Kuwait, Arábia Saudita e Catar, dizem analistas. E os países procuram cada vez mais destacar sua unanimidade contra as ambições nucleares do Irã.

“Sempre houve um reconhecimento dessa ameaça na região, mas a intensidade do debate está aumentando”, afirmou um funcionário dos Emirados Árabes Unidos. “Agora a mensagem é que há um diálogo em curso com o Irã, mas isso não significa que eu não pretenda me defender.” Faz tempo que as monarquias do Golfo Pérsico, na maioria pequenas e vulneráveis, contam com a proteção dos EUA. A 5.ª Frota dos EUA está destacada no Bahrein; o Comando Central dos EUA tem sua base no Catar e a Marinha usa há tempos instalações dos Emirados Árabes, que têm um dos portos de águas mais profundas da região, em Jebel Ali.

Também os EUA deram início a uma expansão significativa de suas forças no Golfo Pérsico, agora com a presença do porta-aviões John C. Stennis. A expansão armamentista ajuda a acalmar o temor dos governos do Golfo de que os EUA partam da região no futuro - mesmo que aumente a preocupação com um potencial confronto entre EUA e Irã, acidental ou intencional.

À medida que aumentam as tensões com Teerã, muitos países do Golfo Pérsico passam a se considerar os prováveis primeiros alvos de um ataque iraniano. Segundo vários analistas, alguns temem que os EUA fiquem militarmente sobrecarregados - e quase todas as monarquias, cheias de dinheiro graças aos altos preços do petróleo, buscam providenciar seu próprio fator de dissuasão militar.

“A mensagem diz, em primeiro lugar: ‘EUA, continuem envolvidos na área’. E depois diz: ‘Irã, vamos manter uma vantagem tecnológica, custe o que custar”, afirmou Emile el-Hokayem, pesquisador do Centro Henry L. Stimson, grupo de estudos de Washington. “Eles tentam consolidar a credibilidade da ameaça do uso da força.”

Funcionários militares da região compareceram nesta semana à feira comercial militar IDEX, evento semestral que se transformou no maior mercado de armas regional, atraindo quase 900 fabricantes do mundo todo. Os visitantes estavam prontos para atualizar suas capacidades militares e defesas aéreas e navais. E também traziam uma mensagem velada de resolução.

“Acreditamos que há uma necessidade de poder para proteger a paz, e pessoas fortes com a capacidade de responder são as verdadeiras protetoras da paz”, disse na exposição o xeque Khalifa bin Zayed al-Nahyan, presidente dos Emirados Árabes e governante do emirado de Abu Dabi. “É por isso que nos esforçamos para manter a eficiência de nossas Forças Armadas.” O Golfo Pérsico tem sido um mercado lucrativo para armas. Arábia Saudita, Kuwait e Omã gastam até 10% do PIB com suas Forças Armadas,o que representa, respectivamente, US$ 21 bilhões, US$ 4 bilhões e US$ 2,7 bilhões, calcula John Kenkel, diretor de Serviços de Assessoria Estratégica da revista Jane’s Defense.

Estima-se que países como Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Omã e Arábia Saudita gastem até US$ 60 bilhões neste ano se concluírem os negócios anunciados recentemente. O maior comprador de 2006, segundo o jornal da indústria da defesa Defense News, foi a Arábia Saudita, que concordou em adquirir 72 caças Eurofighter Typhoon por US$ 11 bilhões, além de fechar um acordo de US$ 400 milhões para modernizar 12 helicópteros Apache AH-64A.

Afirma-se que o reino também planeja comprar mísseis de cruzeiro, helicópteros de ataque e tanques por um total de US$ 50 bilhões.

OBS> É o Oriente se preparando para enfrentar o Ocidente. É gog se armando para o Armagedon.


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