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21/10/2005
Meu marido


Histórias - 41 Meu marido
Histórias - 41 Meu marido

MEU MARIDO
 
     Recebi este depoimento de uma senhora que divulga nossos livros. Refere-se ao seu marido e ela autorizou que colocássemos como testemunho de uma grande conversão. Na verdade, tenho esta carta desde 2003, entretanto, por algo que não sei explicar a carta caiu em uma caixa velha, e somente agora, fazendo uma limpeza, a encontrei. Mesmo que ela tenha autorizado vou declinar dos nomes, porque o importante é o conteúdo.
 
    Antes de relatar a carta em si, quero deixar meu mais profundo carinho, com esta mãe e esposa, que por 33 anos seguidos, dia após dia, suportou o adultério do marido, sempre rezando pela sua conversão. Estas coisas são raríssimas, porque hoje as pessoas não mais se suportam uns aos outros, eis porque, por coisas mínimas, muitos casamentos se desfazem já nos primeiros cinco anos. E esta viveu apenas dois anos sem este tormento.
 
     Eis o testemunho dela: MSH. Advogado e médico veterinário! Segue o testemunho de sua conversão.
 
      Fomos casados durante 35 anos, 33 dos quais ele viveu em contínuo adultério. Sua vida se revolvia em festas e bebedeiras, mas nunca desisti nem parei de rezar pela sua conversão. Além disso, jamais pensei em me divorciar dele!
 
     Meu marido não gosta e até ficava irritado quando eu lhe falava em Deus. Mais que isso, ele até se ofendia se eu lhe falasse nestes assuntos. Sua desculpa de sempre era a de que “nunca dormia fora de casa”, embora, de Segunda até Domingo, ele nunca chegava em casa antes da meia noite. Achava que este gesto lhe dava a categoria de bom marido e bom pai e o justificava plenamente.
 
     No dia 7 de dezembro de 1998 às 21 horas, ele me telefonou e disse: Mulher! Vou para a Novena da Conceição! Estranhei, porque ele jamais me falava nestas coisas e eu lhe perguntei assustada: Novena? Ao que ele disse: porque não? Mas depois eu vou para a festa profana! Ao que eu lhe disse: você quer dizer então que não vem para casa? Então ele apenas falou: É!
 
     Respondi-lhe um: “boa noite” e voltei para meu quarto. Ao chegar lá, olhei para uma estampa de Jesus com a Coroa de espinhos e falei com poder: “Chega, Jesus! Chega de este homem Te ofender! Derruba ele, Senhor, porque se não foi até agora pelo amor, há de ser pela dor!” E fui dormir!
 
     Próximo à meia noite, eu fui acordada de sobressalto. Veio-me à mente bem forte este pensamento: vá, agora, ao escritório de seu marido! Mas respondi para mim mesma: fazer o quê lá? E estou sem carro! O ponto é longe e deserto!... E decidi dormir, porque achei que aquilo era coisa do demônio, para que eu fosse lá ver coisas para me machucar!
 
     Voltei a dormir! Eram 9:00 horas da manhã, quando uma “cliente”, que esteve “casualmente” no escritório de meu marido – era dia de feriado na cidade – me telefonou dizendo que meu marido estava lá paralisado do lado esquerdo, estava todo vomitado e falava com a língua enrolada. Ela já havia chamado o pronto socorro! Na verdade, esta pessoa que telefonou, trabalhava num hospital e tinha estado com ele no motel, onde ele tinha passado mal. Então ela o abandonou para morrer, sem lhe prestar socorro. Não se sabe como ele não morreu e chegou até o escritório.
 
     Com este incidente gravíssimo, começaram os milagres que culminaram com a conversão de meu marido. Após cinco dias na UTI, todo ligado a aparelhos e tomando muitos medicamentos, mesmo assim teve um outro derrame, pelo “susto” de ver a mulher dele diante de si. Entretanto, os médicos fizeram tomografia computadorizada, de sua cabeça e constataram que o cérebro estava cheio de sangue.
 
     Então o médico me disse: vamos ter que lhe abrir o cérebro para retirar os coágulos! O senhor é que sabe, respondi! Que seja feita a vontade de Deus, não a minha!
 
     E logo os médicos prepararam a sala de cirurgia rapidamente e o levaram na maca para a tal operação. Entretanto, sem sa
ber como, ao chegarem na sala de cirurgia, constaram que ele estava falando normalmente, que movimentava perfeitamente, e atordoados o levaram para outro exame de tomografia. Incrível, este segundo exame constatou que não havia uma gota sequer de sangue no seu cérebro!
 
     Quando o médico o trouxe de volta para o quarto me perguntou assim: a senhora acredita em milagres? Ao que lhe respondi: acredito! E o médico falou: Pois este foi um! Após uns dias meu marido recebeu alta do hospital e ao chegar em casa começou uma mudança radical em sua vida. Passou a ouvir músicas em rádios católicas, gostava de me ouvir falar das coisas de Deus, e nunca mais saiu. Além disso, vinha a rezar comigo!
 
     Passados três meses ele já havia voltado ao trabalho, recuperado e até animou-se a fazer um curso de delegado de polícia, mas não chegou a tomar posse. Certo dia, tendo que viajar para o interior do estado a serviço profissional, dei a ele o Livro Salvai Almas 1, para que ele lesse na viagem. Ao chegar em casa, ele levantou a mão com o livro para o alto e disse: a partir de hoje, eu vou viver só para salvar almas!
 
     Então, ele se preparou bem para uma boa confissão, e começou a confessar-se, com freqüência, isso depois de passar 40 anos sem nunca mais o haver feito. No dia de Corpus-Christi ele foi comigo para a Santa Missa, e quando estava na fila da comunhão apareceu no alto da capela uma luz, e falei a ele: O Senhor te deu um sinal de que já houve uma festa no céu, por um pecador arrependido! Ao que ele me respondeu: Festa maior vai ter, quando eu chegar lá!
 
     A partir dali, passou a não perder mais nenhuma Santa Missa, e dava testemunho de sua conversão nos encontros que eu promovia. Rezava assiduamente o Terço, e durante mais de dois anos seguidos rezou as 15 Orações de Santa Brígida, incluindo todas as outras orações do livro Salvai Almas.
 
     Por causa do testemunho do livro Salvai Almas a respeito do escapulário do Carmo, ele desejou ardentemente recebe-lo, o que lhe foi aplicado pelo Diácono de Nossa Paróquia. Passou também a rezar os 7 Pai Nosso e as 7 Ave Maria, pelas alegrias de Nossa Senhora, sempre rezando na intenção das almas do purgatório.
 
     A partir de então, deixou completamente a vida antiga e sempre viajava comigo para evangelizar, se tornou um bom marido, e freqüentava os grupos de oração. Chorava muito pelas caladas da noite, arrependido, sempre pedindo perdão pelos seus inúmeros pecados. Não gostava que se falasse em seu passado. Morreu, repentinamente, algum tempo depois.
 
     Com este exemplo de conversão, quero mostrar e dizer que nunca devemos desistir de rezar pela conversão de nossos maridos, de qualquer pessoa, tendo a certeza plena de que no tempo certo, Deus sempre atende. Que as mulheres, principalmente elas, devem levar a sério o grande Sacramento do Matrimônio. Meu falecido esposo, que teve uma vida cheia de pecados, depois de alguns dias de purgatório foi ao Céu. Deus seja louvado!
MC   



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