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06/12/2015
Confusão sobre preservativos
A não condenação clara do uso de preservativos conduz à violação do quinto e sexto mandamentos.


Confusão sobre preservativos conduz à violação do quinto e sexto mandamentos.

Fonte: http://voiceofthefamily.com/confusion-about-condoms-leads-to-violation-of-5th-and-6th-commandments/

Em 30 de novembro, durante a conferencia com a imprensa, em seu voo de volta da visita à África, o Papa Francisco, falou sobre a posição da Igreja  sobre a utilização de preservativos no combate ao HIV. O jornalista alemão perguntou:

Esse não é o tempo da Igreja mudar sua posição sobre o assunto? Para permitir a utilização de preservativos para prevenir mais infecções?

Em resposta, o Papa afirmou:

Sim, esse é um dos métodos. A moral da Igreja sobre esse ponto é de perplexidade: o quinto e o sexto mandamentos? Defender a vida ou as relações sexuais abertas para a vida.

Ele continua: Mas, isto não é um problema. O problema é muito maior... A questão me faz pensar que uma vez perguntaram a Jesus: "Me diga mestre, é lícito curar no sábado? ".

É obrigatório curar? Essa é a questão. Está-se fazendo o que é certo... Mas, a desnutrição, o desenvolvimento da pessoa, o trabalho escravo, a falta de beber água, estes são os problemas.

Não vamos falar sobre se pudesse usar esse tipo de ferida, a ferida grave é a injustiça ambiental que... Eu não gosto de reflexões sobre esses estudos de caso, em que os povos morrem de falta de água, num ambiente de fome...quando estão todos curados, quando há tragédias que o homem faz, seja por razões sociais ou para ganhar mais dinheiro, eu acho que o tráfico de armas, quando estes problemas não estão mais lá, nós podemos fazer a pergunta: porque o tráfico de armas continua, as guerras são a maior causa de mortalidade... Eu diria que não pensar se seria lícito ou não curar no sábado. Eu diria para a humanidade que "faça justiça", e quando todos são curados, quando não há mais injustiça, podemos falar sobre o sábado.

Estas observações causaram confusão e controvérsia dentro e fora da Igreja. Grande parte da mídia tem chegado a conclusão, perfeitamente razoável, dada a natureza das observações, sobre o que pensa o Papa Francisco.

" Há questões  mais importantes que o mundo enfrenta, como a desnutrição, a exploração ambiental, a falta de água para beber ". De dar claro ensinamento sobre a questão de que o uso de preservativos pode nunca ser  moralmente aceitável. A fim de auxiliar a dissipar a confusão sobre a doutrina da Igreja causada pelos santos padres, comenta que gostaria de oferecer o seguinte artigo de Michel Schooyans, que é professor da Universidade Católica de Louvain e aclamado escritor acadêmico. O texto foi originalmente  publicado em 2005, como parte do livro:

" Le Terrorisme à Visage Human", mas esperamos que os leitores vejam imediatamente a relevância da atual controvérsia.

Um trecho do livro: Examinaremos declarações de personalidades do mundo acadêmico e ou eclesiástico, de moralista e pastores, Vamos chamá-los de dignitários e deixar de citá-los pelo nome para evitar personalizar o debate e concentrar nossa atenção sobre a moral.

Desordem e Confusão

Referem-se ao uso de preservativos, no caso da AIDS, estas declarações têm muitas vezes causado profunda confusão na opinião pública e na Igreja. Acompanhadas de surpreendentes declarações sobre a pessoa e a função do Papa, assim como a autoridade da Igreja. Na habitual lista de queixas sobre a moral sexual, o celibato, o homossexualismo, a ordenação de mulheres, a comunhão a divorciados e abortistas, etc... Uma oportunidade, como outra qualquer para globalizar esses problemas.

Estes dignitários manifestaram complacência para os meios de comunicação e se declararam a favor dos preservativos, em casos de risco de infecção a um parceiro saudável. De acordo com eles, a Igreja deve mudar sua posição sobre o assunto. 

Estas declarações causaram grande confusão junto ao público; eles confundem os fiéis, dividem os padres, o episcopado, desacreditam os cardeais, minam o magistério da Igreja e do santo Padre, aposentado ou falecido, que já havia liderado a revolução nessas áreas.

Enquanto isso, hoje, estas observações têm muitas vezes causado consternações, para as pessoas que esperam mais prudência, moral teológica e rigor disciplinar por parte destes dignitários que, influenciados por ideias da moda, usam de certos meios para justificar o uso de preservativos.

Estes dignitários, tem ido longe para que o recurso de preservativos seja um dever moral e um desejo de quem quiser evitar infringir o quinto e o sexto mandamentos. Na verdade, o argumento é que as pessoas infectadas com AIDS se recusam a praticar abstinência. Eles devem proteger seus parceiros, e a única maneira de fazê-lo é usando preservativos. Tais observações são suficientes para deixar as pessoas perplexas, e revelam um conhecimento parcial e tendencioso da moralidade em particular do cristão. Essa forma de apresentação é no mínimo surpreendente.

O problema da moralidade natural

Os argumentos desses dignitários sobre preservativos, é de uma inesperada superficialidade e, seria de bom grado recomendar às partes interessadas que se familiarizassem com estudos científicos e clínicos, ao invés de sair dando crédito a fofocas há muito tempo refutadas por testes e comprovadas por qualquer consumidor de revista.

Como pode passar em silêncio que o efeito de contenção que o preservativo pode fornecer é amplamente ilusório?

É assim que, na medida em que o preservativo é frágil mecanicamente, estimula aumentos no número de parceiros sexuais e todas essas razões contribuem para aumentar os riscos em vez de diminuí-los. Quanto à prevenção, só é eficaz na renuncia de comportamentos de risco e na fidelidade.

Do ponto de vista moral, a qualificação do uso do preservativo é um problema de honestidade e natural moralidade. A Igreja tem não só o direito, mas, também o dever de se pronunciar sobre o assunto.

Falha e a morte em muitos eventos

Ora, estas intervenções dos dignitários, deixam de mencionar estudos recentes de inegável valor cientifico como do Dr. Jacques Sucudeau. Na ausência consciente dos estudos recentes, os autores poderiam pelo menos ter em mente, advertências anteriores que emanam das mais altas autoridades científicas. Por exemplo, a leitura do relatório do professor Henri Lestradet  da Academia Nacional de Medicina (Paris). É apropriado (...) salientar que o preservativo foi inicialmente defendido como um meio de contracepção. Bem, a taxa de falha é geralmente  considerada entre 5 a 12 por cento por casal por ano. A priori (...) com o vírus HIV, que é 500 vezes menor que o espermatozoide, é difícil como haveria uma falha menor. Em qualquer caso, há uma enorme diferença entre estas duas situações. Quando o preservativo não é completamente eficaz como um meio de contracepção, a consequência da falha é o desenvolvimento de uma nova vida, enquanto que com o HIV é a morte em todo caso.

Em seguida, considerando o caso do HIV, o mesmo relatório assinala que: a única atitude responsável de um homem é, na verdade, abster-se de todas as relações sexuais, com proteção ou não.

Se um casal prevê  um relacionamento instável, deve seguir a recomendação de fazer um teste de triagem e, repetir o procedimento depois de três meses, e enquanto isso abster-se de todas as relações sexuais ( com ou sem preservativos) e colocar a fidelidade mutua em primeiro lugar.

Os dignitários que são autores das observações que estamos analisando, fariam bem em prestar atenção, a uma dramática conclusão do estudo médico que estamos citando "conselho superior" para AIDS e associações para a batalha contra a AIDS, e da segurança completa oferecida em todas as circunstâncias (...).

Algumas campanhas internacionais estão sendo realizadas nas sociedades, a fim de  inundá-las com preservativos. Autoridades religiosas são convidadas a dar-lhes o seu distinto patrocínio. Bem, apesar destas campanhas  e, provavelmente por causa dessas campanhas, o avanço da pandemia é observado com regularidade.

Em julho de 2004, uma das mais eminentes autoridades sobre a AIDS no mundo, o médico belga Jean-Louis Lamboray, demitiu-se da UNAIDS ( programa das Nações Unidas contra a AIDS) . Ele afirmou que sua razão para renunciar foi: " o fracasso das políticas para barrar a propagação desta doença ". Estas  políticas falharam porque  a UNAIDS se esqueceu que as medidas  preventivas reais são decididas nas casas das pessoas e não em escritórios de especialistas.

O falecido professor Leon Schwartzenberg escreveu em 1989: " É claro que, principalmente os jovens vão precisar de ajuda, eles são completamente inconscientes da tragédia da AIDS. Para eles é uma doença de pessoas de idade. Esta convicção é reforçada pela atitude da classe política (...) a publicidade oficial para preservativos, dá a impressão de ter sido criada por pessoas que nunca desejam usá-los".

Um problema de moralidade cristã

Além disso, é ilusório afirmar que a Igreja não tem ensinamento oficial sobre a AIDS e preservativos. Mesmo se o Papa evita sistematicamente usar a ultima palavra, os problemas morais decorrentes da utilização de preservativos, são abordados em todos os grandes ensinamentos, preocupados com as relações conjugais e os efeitos do casamento. Quando se está lidando com AIDS e preservativos na moralidade cristã, deve-se ter em mente que isso envolve recordar alguns pontos essenciais: o ato carnal deve ter lugar no âmbito do casamento monogâmico entre um homem e uma mulher; fidelidade conjugal, o melhor baluarte contra doenças sexualmente transmissíveis e AIDS; a união conjugal deve estar aberta à vida, ao qual deve ser adicionado o respeito pela vida dos outros.

Cônjuges ou parceiros?

Daqui decorre que não é para a Igreja pregar uma moral de parceria sexual. Ela deve ( e não ensina) falar da moral familiar conjugal. Ela aborda os cônjuges, e os casais unidos sacramentalmente no casamento que é monogâmico e heterossexual. Observações sobre o assunto de preservativos vem à tona pelos dignitários que estão preocupados com parceiros que mantêm relações extraconjugais, intermitentes ou permanentes, heterossexuais, homossexuais, lésbicas, sodomitas, etc...Não se vê porque a Igreja e qualquer um dos dignitários investidos de autoridade magisterial, deve correr o risco de causar escândalo, socorrer da promiscuidade sexual e ser responsável pelos pecados daqueles que, na  maioria dos casos, não se importam a mínima com a moralidade cristã. "O pecado meus irmãos, mas, em segurança!". Após o sexo seguro, agora temos o pecado seguro.

A Igreja e seus dignitários, então, não tem nenhum papel na explicação de pecar no conforto. Eles estariam abusando de sua autoridade e esbanjando conselhos sobre como concluir um divórcio, uma vez que a Igreja sempre considera o divórcio um mal. Seria como endurecer o pecador para mostrar-lhe como ele deveria proceder para evitar as consequências indesejáveis do pecado. Daí a questão é admissível, que os dignitários, que são normalmente os guardiões da doutrina, a obscurecer as exigências de moralidade naturais e da moral evangélica, em vez de lançar um apelo para uma mudança de comportamento.

É inadmissível e irresponsável para os dignitários, dar o seu apoio à ideia de sexo seguro, utilizada para tranquilizar os usuários de preservativos, quando se sabe que esta expressão é uma mentira e conduz ao abismo. Estes distintos dignitários deveriam, portanto, se preocupar em saber se estão incitando as pessoas a desprezar a Deus e o sexto mandamento, mas, também, a desprezar o quinto mandamento “Não matarás!".

A falsa segurança oferecida pelo preservativo, longe de reduzir o risco de contaminação, aumenta-o. A acusação de não honrar o quinto mandamento é endereçado aos parceiros que não fazem uso de preservativos. O argumento invocado para tentar justificar o uso profilático de preservativos, é assim reduzido a nada do ponto de vista tanto da moral natural quanto da moral cristã. Talvez fosse mais simples dizer que, se os cônjuges realmente  se amam e se um deles contrair cólera, peste bubônica ou tuberculose pulmonar, este deve abster-se de contatos para evitar o contágio.

O objetivo da grande agitação - Um erro de método

No início desta análise indicamos dignatários que defendem o uso de preservativos, frequentemente ligando-os  a seu fundamento de defesa e a parceiros permanentes e organizados, neste caso, a fim de desafiar todas as Igrejas sobre o ensino da sexualidade humana e o casamento, a família, a sociedade e a própria Igreja.

Isto explica em parte,  por que os dignatários têm quase total desinteresse nas conclusões científicas e idéias fundamentais sobre a moral natural. É,no entanto, nestas conclusões e idéias fundamentais que os dignatários devem levar em conta quando, antes de tudo, fazem suas considerações sobre a moral cristã. Devido a esse erro de método - voluntário ou não -  os dignatários deveriam rever a moral cristã; eles deveriam ter o desejo de transformar os dogmas cristãos, uma vez que, se reservam o direito de expressar sua opinião e convocar  toda a Instituição da Igreja a uma reforma capaz de endossar seus dogmas e a moralidade. Eles pretendem assim, elevar sua participação nesta nova revolução cultural.

No entanto, os dignatários se  comprometeram, desde o início, com o erro de método, por negligenciarem as idéias fundamentais e essenciais do problema com o qual eles afirmam estar lidando; eles estão estabelecendo inevitavelmente  um caminho escorregadio. Partindo de falsas premissas, só podem acabar em falsas conclusões.É fácil ver onde os pensamentos erráticos, estão levando os dignatários. E pode-se resumi-los em três sofismas que podem ser derrubados por qualquer estudante.

Três sofismas

Primeiro

Maior: não usar um preservativo encoraja a AIDS.

Menor: Agora, para incentivar a AIDS, é incentivar a morte.

Conclusão: Portanto, não usar o preservativo é incentivar a morte.

Estas razões são baseadas na idéia de que usar preservativo é protestar contra si mesmo. Os parceiros podem ser numerosos. A fidelidade conjugal não é impossivel (....) e  a única forma de não contrair AIDS é fazer uso de preservativos.

Segundo sofisma

Maior: Preservativos são a única proteção contra a AIDS.

Menor: A Igreja é contra os preservativos.

Conclusão: Portanto, a igreja está incentivando a AIDS.

Este pseudo-silogismo baseado em uma afirmação incorreta, indica o ponto principal, ou seja, que os preservativos são única proteção contra a AIDS.

Estamos no presente da mendicância da questão - uma petição de princípio ( a petitio principii ). É uma questão de princípio falacioso (...).

Um caso de polisilogismo

Aqui finalmente, um exemplo de pseudo-silogismo, um silogismo sofisticado.

Maior: A Igreja é contra os preservativos.

Menor: Agora, os preservativos  previnem uma gravidez indesejada.

Conclusão: A Igreja, portanto, incentiva a gravidez indesejada.

Menor: Agora, as gravidezes indesejadas são evitadas pelo aborto.

Conclusão: A Igreja, portanto, encoraja o aborto.

Para resumir, o renascimento de uma moralidade eclesiástica cristã, não tem nada a esperar da exploração pérfida do doente e da sua morte. (Tradução Juliana)

Voice of the Family thanks Mgr Schooyans for his permission to republish this article. It was originally published in 2005  as part of Le terrorisme à visage humain by Michel Schooyans and Anne-Marie Libert. It was republished in 2010 at Chiesa news.


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