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16/06/2011
Homilia de Pentecostes


Evangelho - Homilia de Pentecostes
16/6/2011 13:49:23

Evangelho - Homilia de Pentecostes


 Solenidade de Pentecostes
“121º Domingo no Exílio”
Ano “A”
 
 
                                                                                   At 2, 1-11
                                                                                   Sl 103
                                                                                   1 Cor 12,3b-7.12-13
                                                                                   Jo 20,19-23
 
 
 
Domingo de Pentecostes, 12 de Junho de 2011.
 
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo. Para Sempre seja louvado e nossa Mãe Maria Santíssima. Salve!
 
Meus amados! Celebramos, hoje, a Solenidade de Pentecostes, festa tradicionalmente realizada pelo povo Judeu, mas a partir do Cenáculo de Jerusalém, ela é celebrada pelos Cristãos - pela Igreja primitiva e por nós também - como a Descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos e a Vigem Maria, reunidos em oração. Sim! Esta foi à promessa do Pai, por meio de Jesus, quando da Sua Ascensão aos Céus... “... que esperassem a promessa do Pai, a qual ouvistes (disse ele) da minha boca, por que ... vós sereis batizados no Espírito Santo, daqui a poucos dias”. Promessa que Ele nos enviaria o Defensor, o Paráclito, o Advogado... Portanto, a festa de Pentecostes é o cumprimento da promessa de Jesus aos Seus discípulos. A Igreja nascente estava reunida em oração – portanto, é bom ressaltar que eles estavam em oração – e recebeu a força do Alto, para revigorar e fortalecer seus corações, para a missão que o Senhor havia confiado: anunciar a todos os povos a Boa Notícia da Salvação. “E quando se completaram os dias de Pentecostes, estavam todos juntos no mesmo lugar; e, derepente, veio do céu um estrondo, como de vento que soprava impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. E apareceram repartidas umas como línguas de fogo, e pousou (uma) sobre cada um deles. E foram todos cheios do Espírito Santo, e começaram a falar em várias línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (At 2, 1-4). O ‘derepente’ de Deus aconteceu no meio deles, como escutamos nos Atos dos Apóstolos. Quando tudo parece perdido e o desânimo toma conta dos nossos corações, Deus age para nos relembrar – como fez com os Apóstolos – a Verdade revelada, e para nos revigorar em nossas fraquezas. O temor era uma realidade da Igreja nascente, como ouvimos no San
to Evangelho de São João. Os discípulos se encontravam a portas fechadas, com medo dos Judeus, pois estes os hostilizavam e os expulsavam das sinagogas. “Chegada, pois, à tarde daquele dia, que era o primeiro da semana, e estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se achavam juntos, com medo dos Judeus, veio Jesus, e pôr-se no meio deles, e disse-lhes: A paz seja convosco” (Jo 20, 19). Por acaso a realidade hoje é diferente?  Não somos, nós, cristãos – de modo particular nós Católicos – perseguidos, massacrados, caluniados, mortos só pelo fato de sermos cristãos, de acreditarmos na verdade Eterna, e por lutarmos contra esse relativismo moral e religioso, dos dias de hoje? Não devemos nos calar! Fomos, somos e seremos rotulados – como sempre fomos - em nome da Verdade, até o dia do Triunfo do Coração Imaculado da nossa Santíssima Mãe, que já está as portas! Coragem!
 
Amados! O Espírito Santo, que foi derramado sobre os discípulos e a Virgem Santíssima, no Cenáculo, continua atuando na Sua Igreja, ainda hoje. E a fé da Igreja não é algo privativo e pessoal, mas passa pelo assentimento das verdades reveladas, pelo Seu Magistério, através da Tradição e das Sagradas Escrituras. Portanto, a nossa oração deve está em comunhão com a oração da Igreja, aliás, deve ser a oração da Igreja, de modo particular o Santo Sacrifício da Missa, que em torno do Altar, nos une como membros do único Corpo (Místico), onde Cristo é a Cabeça. E ao Seu Corpo Místico – que somos nós, unidos na mesma fé – foi confiado, segundo os desígnios e a vontade do Senhor dons e carismas, e estes são para a edificação da Igreja, como nos diz São Paulo. Pois é por Ela que também nós recebemos os Sacramentos que nos salva. “E a cada um é dada a manifestação do Espírito para a utilidade (comum)” (1 Cor 12, 7). Que o Espírito Santo que sempre iluminou a Igreja, nos dê Sabedoria – um dos Seus sete Dons – para compreendermos nossa Missão e nossa vocação de Cristãos Católicos. O mundo nos odeia e nos persegue, pois deseja satisfazer os desejos da carne e todos os seus apetites; combate contra a verdade e contra a moral, deixando-se guiar pela natureza, com suas orgias que denigrem a dignidade humana e afrontam seu criador. Mas, coragem! - diz Jesus - ‘eu venci o mundo’! Que Ele nos dê coragem e a verdadeira alegria, para abraçarmos nossa cruz quotidiana e d’Ela darmos testemunho. E por mais difícil que seja professar a fé Católica, não devemos temer, pelo contrário, devemos nos alegrar por o Senhor nos ter dado essa graça, e a fortaleza para anunciar e testemunhar Seu Evangelho. Pois foi essa a principal Missão que os Apóstolos receberam no Cenáculo. Pois o sinal das ‘línguas de fogo’ que desceram sobre eles foi para que eles fossem fortalecidos do poder do Alto, e Deus fosse glorificado através deles, se necessário fosse, até com o Martírio, como aconteceu com a maioria deles. “Portanto faço-vos saber que ninguém, que fala pelo Espírito de Deus, diz anátema a Jesus. E ninguém pode dizer Senhor Jesus, senão pelo Espírito Santo” (1 Cor 12, 3). 
 
Jesus sopra sobre os Apóstolos o Espírito Santo e lhes deu a autoridade de perdoar os pecados. Portanto, essa autoridade foi dada, por Jesus, a Santa Igreja, que Ele edificou sobre a fé de Pedro; hoje aos Bispos e aos Sacerdotes que receberam na Sagrada Ordem essa grandiosa Missão. Levar a paz aos corações atribulados, que desejam receber – por meio da Igreja – a Misericórdia de Deus. Pois foi isso que Jesus fez após Sua Ressurreição, quando apareceu aos discípulos e lhes deixou a paz, e lhes enviando em missão. Mas, uma ‘igreja’ que dorme enquanto as almas se perdem, não tem o poder do Espírito Santo de Deus, e com isso nega-se a abraçar o que o Senhor lhe confiou.  Acordemos! Pois ‘a quem muito foi dado, muito será cobrado...’ E pode ter certeza que será cobrada cada alma que nos foi confiada, pelo Espírito Santo de Deus! Não podemos ficar dormindo em nossos pecados, muitas vezes graves, que ofendem a Deus, quando nos foi dada a graça de purificarmos nossas almas no Sacrame
nto do Amor, do Perdão, da Misericórdia, da Confissão... Não tenhamos medo, amados, pois nossa consciência sempre vai lembrar-se dos atos que cometemos, e vai nos chamar para que abracemos a fornalha do Seu Coração Misericordioso do Senhor, no Sacramento da Confissão. Ainda é o tempo de graça! Pois vivemos os últimos dias, o tempo da apostasia generalizada, onde a indiferença, o ateísmo impera e se apresenta como um ‘deus!’ Sim, é o tempo a da grande prova, da grande tribulação, mas ainda é tempo de graça e de perdão. Corramos para receber Jesus em Seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade, no Altar do Sacrifício, com os corações purificados, e a paz de Deus estará conosco. “E ele disse-lhes novamente: A paz esteja convosco. Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós. Tendo dito estas palavras, soprou sobre eles, e disse-lhes; Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; e aqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos” (Jo 20, 21-23).  E como podemos está em paz, se a consciência nos pesa pelos pecados graves? E pelos pecados leves (veniais) também?
 
            Que a força da graça de Deus, por meio do Seu Espírito Santo, nos ensine acolher cada pessoa que Ele nos confiou, com a verdadeira caridade, despojando-nos de nós mesmos e deixando Deus ser tudo em nós, na nossa fraqueza, para realizarmos plenamente a Sua santa vontade. Que morramos todos os dias para o pecado e nasçamos verdadeiramente para Deus, pelo poder do Seu Espírito que habita em nós, pela graça que recebemos no Santo Batismo. A Virgem Santíssima que esteve com os Apóstolos no Cenáculo, em oração, lhes dando força e os animando na fé, também permaneça conosco, aqui, quando Seu Filho no Altar, Se imola e Se oferece a nós, em Alimento. Sim! Que Ela nos ajude a sermos fiéis a nossa missão e a termos coragem de abraçarmos nossa fé com fidelidade, até o fim, imitando Seus exemplos e Suas virtudes. Dá-nos a Tua Graça, oh! Virgem Santíssima! Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo. Para sempre seja louvado e nossa Mãe Maria Santíssima. Salve!
 
 
“Espírito de Deus, enviai dos céus um raio de luz... Consolo que acalma, hóspede da alma, doce alívio, vinde! Enchei luz bendita, chama que crepita, o íntimo de nós!... Daí à vossa Igreja, que espera e deseja, vossos sete dons. Daí em prêmio ao forte uma santa morte, alegria eterna”
 
(Seqüência)
 
 
Pela interseção da Bem-Aventurada e Sempre Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, do Seu Castíssimo Esposo, São José, e São Miguel Arc’Anjo nosso protetor...
 
Abençoe-vos, Deus, Todo Poderoso,
 
Pai, Filho † e Espírito Santo. Amém!
† Padre Tarciso Alves Maia Júnior


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