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22/04/2011
Homilia do Tríduo


Evangelho - Homilia do Tríduo
22/4/2011 14:34:54

Evangelho - Homilia do Tríduo


 Tríduo Sacro da Semana Santa
 
Quinta-Feira da Ceia do Senhor – Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio Católico
 
Sexta-Feira da Paixão e Morte do Senhor
 
Sábado Santo – Solene Vigília Pascal
 
 
Meus amados filhos! Chegamos ao Momento Central do nosso Tempo Litúrgico: o Tríduo Sacro da Páscoa do Senhor. Nele celebraremos a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus, Mistério que para nós, católicos - pela graça de Deus - é mais do que uma simples lembrança (Memorial). Na verdade Ele é o tornar presente e atual a Redenção que Cristo adquiriu, ao derramar o Seu Sangue Precioso na Cruz. Sim, filhos! Quando celebramos o Santo Sacrifício da Missa, tornamos este Mistério presente na nossa vida, na Vida da Igreja – Corpo Místico de Cristo. Estes Santos Mistérios se tornam vivo e ativo na vida de cada batizado, pelos quais o Filho do Homem deu Sua vida por amor. Portanto, o Sacro Mistério da Sua Presença Real - Corpo, Sangue, Alma e Divindade – é o Santo Sacrifício da Missa.  Onde Se realiza e atualiza Sua entrega na Cruz, com o triunfo da Sua Ressurreição...
 
 
Quinta-Feira Santa – Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio Católico
Missa Vespertina em Honra da Ceia do Senhor
“113º Semana no Exílio”
Ano “A”
 
 
 
                                                                                                          Ex 12, 1-8. 11-14
                                                                                                          Sl 15
                                                                                                          1 Cor 11, 23-26
                                                                
                                          Jo 13, 1-15
 
 
 
Quinta-Feira Santa, 21 de Abril de 2011.
 
            Louvado Seja nosso Senhor Jesus Cristo. Para sempre seja louvado e nossa Mãe Maria Santíssima. Salve!
 
Amados filhos! Depois de quarenta dias de caminhada, no deserto, com Jesus, chegamos a Semana Maior, como liturgicamente costumamos dizer. E hoje, Quinta-Feira Santa, temos a graça de iniciarmos o nosso Tríduo Sacro da Semana Santa. Este é o Tempo Litúrgico mais forte da Santa Igreja, pois n’Ele meditamos os Mistério da nossa Redenção. E a celebração de hoje, em honra da Ceia do Senhor, nos introduz nestes Santos Mistérios, pois neste dia, reunido com os Seus discípulos, Jesus instituiu o Santo Sacrifício do Seu Corpo e do Seu Sangue, a Santíssima Eucaristia; como, também, o Sacerdócio Ministerial, e nos ensinou – com o Seu o exemplo - a lavar os pés dos nossos irmãos, como Ele mesmo fez: “Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz” (Jo 13, 15). Como vimos nas Leituras Sagradas, a Páscoa dos Hebreus faz memória a Histórica da Libertação do Egito, e a Salvação prometida por Deus ao povo de Israel. O memorial celebrado pelos Judeus era a recordação do seu êxodo, pois a em cada ato litúrgico, para festejarem a Páscoa, eles tornavam vivo e presente, a experiência da sua libertação. “Pois este dia será para vós uma festa memorável em honra do Senhor, que haveis de celebrar por todas as gerações como instituição perpétua” (Ex 12, 14). Portanto, a Páscoa dos Judeus atualiza a presença de Deus na vida e na caminhada do seu povo, uma vez que Deus nunca os abandonou.
 
Meus amados! Se a celebração da Páscoa Judaica era só figura da promessa feita a ao povo de Israel, o que não seria, então, a verdadeira e última libertação (salvação)?  Pois foi o Sangue precioso, do Cordeiro Imolado, Quem nos arrancou da escravidão da morte e do pecado, pecado que cometeram os nossos primeiros pais.  Mas Jesus, Páscoa Nova e definitiva, instaurou a Nova e Eterna Aliança no Seu Sangue... Não é mais o Sangue de carneiro, bondes e touros que é oferecido pelos nossos pecados, mas o Sangue o Cordeiro sem mancha, que purifica e santifica as nossas almas, e nos protege de todo mal. “O Sangue, porém, será para vós um sinal (em vosso favor) nas casas em que morardes, e eu verei o sangue, e passarei adiante; e não haverá em vós a praga destruidora, quando eu ferir a terá do Egito” (Ex 12, 13). Se o sangue dos sacrifícios antigos impediu que a praga exterminadora atingisse a comunidade dos Hebreus, quanto mais o Sangue Precioso, do Deus vivo, pendente da Cruz - e no Altar do Sacrifício da Santa Missa - não nos livrará das mazelas deste mundo, que cada vez mais persegue a Deus e aos seus fiéis. Pois o mundo nos odeia, odeia aqueles que seguem a Cristo, Sua Palavra e aos Seus Mandamentos. Pois o Senhor é a nossa fortaleza, por isso não devemos temer, mas sim sermos corajosos, como nos diz Jesus: “no mundo tereis muitas aflições, mas coragem, Eu venci o mundo” com suas maldades, com suas dores, e seus sofrimentos... Como hoje também nós sofremos tanta maldade, com a violência, a drogas, a prostituição e tantos outros males. No entanto, devemos seguir firmes as pegadas de Jesus, e sermos fiéis a nossa vocação de Cristãos Batizados - seja casado, solteiro ou Consagrado - cada um na Missão que o Senhor nos confiou.
 

Meus filhos! O Evangelista São João nos diz: “E, tendo feito a Ceia, tendo já o demônio posto no coração a Judas, filho de Simão Iscariotes, a determinação de O entregar ” (Jo 13, 2). Infelizmente, assim como Judas, por nossas fraquezas traímos o nosso Senhor, quando não somos fiéis ao nosso compromisso Cristão. Mas somos apegados a nós mesmo, ao nosso orgulho, e tantas vezes seguimos a voz das nossas paixões, mais amigos dos prazeres do que de Deus! Devemos ser corajosos e confiar na graça que Deus nos oferece, nos Santos Mistérios, no Santíssimo Sacramento do Seu Corpo e do Sangue,  Sacramento da sua Presença Real, na Santíssima Eucaristia. Como nos diz São Paulo, na sua carta aos Coríntios, o que o Senhor realizou durante a Ceia, e depois no Calvário, não foi um simbolismo, nem uma simples representação do Seu Sacrifício, mas a Sua entrega mesmo, para nos salvar. O Cordeiro sem mancha, não é mais o cordeiro do sacrifício da Antiga Aliança, mas sim o Cordeiro de Deus, sem defeito, imolado por nossos pecados. E o sangue aspergido não é mais o sangue de carneiros  e de bodes, mas sim o Seu Sacrossanto Sangue, derramado no Altar da Cruz, para lavar os pecados de toda a humanidade. Este grade Mistério que hoje celebramos e vivemos, é o mandato do Senhor: “Irmãos, o que eu recebi do Senhor foi isto que eu vos transmiti: na noite em que foi entregue, o Senhor Jesus tomou o pão e, depois de dar graças, parti-o e disse: ‘Isto é o meu Corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória’. Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e disse: ‘Este cálice é a nova aliança, em meu Sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei isto em minha memória” (1Cor 11, 23-25).
 
            Caríssimos, ainda nos diz o Apóstolo e Evangelista São João: Jesus, na sua despedida, ao Cear com os discípulos, nos deixou um mandamento novo e, através dum gesto de humildade, assim Ele demonstrou como se deve amar: “Jesus sabia que tinha chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai... levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. Derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido” (Jô 13, 1b.4-5). Ele deu o exemplo, nos convidou a imitá-lO, com a nossa vida, e a seguir os seus passos: “Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz” (Jo 13, 15). Ele, sendo Mestre e Senhor, ao tirar o Manto (despoja-se da Sua dignidade), e com um gesto de humildade lava os pés dos Seus discípulos. Deus se humilha e se rebaixa para nos levantar, curar nossas fraquezas, nos restaurar, e nos “devolver” o que havíamos perdido pelo pecado... Com este gesto de despojamento, Ele quis nos ensinar a vencer o egoísmo, o orgulho e toda espécie de vício, que nos impede de nos aproximarmos de Deus e dos irmãos.  Por isso, somos convidados a nos purificar no Santo Sacramento do Perdão, da Misericórdia, da Penitência, da Sagrada Confissão, pois precisamos nos reconciliar com o nosso Deus! Verdadeiramente Deus nos criou por amor, e quis partilhar conosco, eternamente, desse amor... E a Sua Misericórdia Infinita é sinal do Seu amor para conosco... E uma vez oferecendo-Se no Altar da Cruz, continua a oferecer-Se, Sacramentalmente, nas espécies Consagradas... Ele quis e quer permanecer conosco, para que tenhamos força na travessia, que só seu Amor, derramado no Altar do Sacrifício, pode nos dar.
 
            Peçamos a nossa Santíssima Mãe, a Virgem Maria, que nos acompanhe, nos guarde, nos acalente e vele por cada um de nós, Seus filhos amados, assim como sempre estive ao lado do Seu Filho, em todos os momentos. De modo particular no momento decisivo da Sua entrega na Cruz. Acolha Mãezinha, os nossos sofrimentos, tristezas
, alegrias e esperanças, a oferta da nossa fraqueza, para que tudo por Vós, acolhido, seja oferecido em Sacrifício. Desde que nos esforcemos para vencer o pecado, abraçando Jesus e a oferta de Si mesmo no Patíbulo da Cruz, renovado no Altar do Sacrifício Eucarístico da Santa Missa. Memorial eterno da Sua entrega e do Seu amor infinito por nós. Que a Virgem Mãe nos ajude a sermos fiéis a este dom! Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo. Para sempre seja louvado e nossa Mãe Maria Santíssima. Salve!
 
 
“Antigamente a Quinta-Feira Santa lembrava, em primeiro lugar a instituição da Eucaristia e, a seguir, a oração e a agonia de Jesus no Horto das Oliveiras. Mais tarde acrescentaram-se o rito da reconciliação dos penitentes e a Consagração dos Santos Óleos”.
            “A Missa lembra especialmente a instituição da Eucaristia e do Sacerdócio Católico e a traição de Judas; mas não falta um aceno á Paixão e Ressurreição de Cristo”.
 
 (Missal Romano Quotidiano).
 
 
Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é Convosco, bendita sois Vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do Vosso ventre, Jesus. Santa Maria Mãe de Deus rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém!
 
Pela interseção da Bem-Aventurada e Sempre Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, do Seu Castíssimo Esposo, São José, e São Miguel Arc’Anjo nosso protetor...
 
Abençoe-vos, Deus, Todo Poderoso,
 
Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Tarciso Alves Maia Júnior.


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