recadosdoaarao



Outros
Voltar




05/11/2005
A Vida Eterna


Outros - 08 A Vida Eterna
Outros - 08 A Vida Eterna

(Mensagens de Jesus a Mamma Carmela, vidente italiana discípula de São Padre Pio de Pietrelcina, de cujo grupo de oração este era o diretor espiritual, extraídas do livro “Pensai.... Refleti....”)
 
 
A SALVAÇÃO DA ALMA
2 de Março de 1968
 
—      Jesus, eis-me aqui! Falai-me, peço-Vos.
— Minha filha caríssima, inúmeras coisas solicitam a vossa mente e o vosso coração, mas uma só é necessária: a salvação da alma!
Deixa, pois, que te fale da alma que Eu criei bela, de uma beleza divina. Ela jamais morrerá, graças à qualidade com que é dotada: simples,  imutável,  porque espiritual.
Passarão o mundo e os séculos e,  com eles,  os homens,  mas nunca as almas passarão,  porque imortais. Tu compreen­des, Minha filha, quão grande é o valor de uma coisa que o tempo não é capaz de aniquilar, mas dura eternamente?
O próprio Deus, que criou a alma, não a poderia des­truir, exatamente porque espiritual e de origem divina.
Deixa, pois, Minha filha, que outros se ocupem das coisas transitórias, mas tu pensa nas que se mantêm, embora transfiram a sua residência.
Tu sabes, Minha querida, que para almas que vivem o seu período de prova sobre a terra, é reservada uma eterni­dade gloriosa ou uma de castigo.
Por isso te empenhas, neste breve espaço de tempo, em preparar o prêmio ou evitar o castigo eterno. Se aceita­res tudo quanto o Senhor te envia, com alegria e paciência; se viveres longe do pecado e vizinha d’Ele (Deus), por meio da oração; se enriqueceres o teu patrimônio espiritual com boas obras, o Senhor dar-te-á uma recompensa eterna.
           Sendo verdade que todas essas coisas as não podes fazer sem o auxilio contínuo da Sua Onipotência e da Sua Bondade,  ai de ti se não alcançares este fim e vieres a perder a tua alma. Porque, tão grande é o prêmio, quanto, em sentido contrário, o é o castigo, que também não acabará nunca.
Eis por que vos foi dito: Não receeis os que arrancam uma das mãos ou um olho, mas os que vos arrebatam a Vida da alma. Porque melhor é ir para o Céu sem um dos olhos, que para o inferno com os dois.
Quando a alma está revestida pela Graça — dom que só Eu lhe dei e lhe restitui depois de o ter perdido com uma falta grave — é de uma beleza que arrebata o Meu Coração e nela contemplo reflexos de Mim próprio. Sinto-Me, por isso, atraído para ela como o íman para o metal que está cerca (próximo), desejoso de com ela fazer um todo único. Eu compe­netro, de facto, a alma em Graça e faço-a viver da Minha Vida.
As suas obras adquirem, por isso, valor infinito e trans­formam-se no tal patrimônio com que compra a salvação eterna.
Fúlgida, resplandecente, a alma em Graça, adornada com santidade e virtude, é a “Minha doce esposa, a Minha pomba formosa, a flor perfumada”, objeto das Minhas complacências, das Minhas ternuras, dos Meus colóquios.
  
Sim, a alma em Graça, corresponde aos Meus carinhos, Eu aumento-os, até enlouquecer de amor para com ela e fazer-Me seu escravo.
Sim, a alma em Graça, que corresponde aos Meus convites amorosos, torna-se poderosa sobre o Meu Coração, de sorte que nada lhe posso negar e satisfaço-a mesmo em seus desejos infantis.
A alma de entre todas, a mais resplandecente, que arrebatou o Coração de Deus desde a eternidade, a seguir à Minha, foi a da Minha Mãe. O esplendor maravilhoso da Sua alma cresceu, dia após dia, e enriqueceu-se continua­mente, pois nunca a mais pequena culpa, nem sequer de longe, a toldou.
Comuniquei-te esta instrução, Carmela querida, a fim de aprofundar a coisa que mais interessa ao mundo. Gastem os outros as suas forças em saber como se vencem as loterias, como se adquirem bens, se aumenta o amor e a glória; mas tu empenha-te em aumentar a tua glória futura, esforçando-te por que, todos quantos de ti se acercarem, a compreen­dam e se dêem, finalmente, a uma vida di
vina de Fé, de Amor e de Graça.
 
—            Ainda te enlaçam as dúvidas, Minha filhinha? Está serena e vê te não preocupes com nada; avança desta maneira, fazendo a Minha vontade e abandona-te a Mim.
Ama-me e isso Me basta.
 
           Jesus, perdoai-me e falai-me.
—            Querida filha, se soubesses quanto Me magoas, quando pões em dúvida a Minha Palavra e a Minha Presen­ça!... Recebe, peço-te, com simplicidade de coração o que te vem do Alto, para que não suceda que o Senhor Se retire de ti.
—            Jesus, como farei para consolar os outros, neste meu estado de alma?
—            Abandona-te a Mim e confia. Vencerás também esta pequena prova e voltará a serenidade e a paz.
 
A VIDA ETERNA
29-3-1968
—            Senhor, aqui estou à Vossa disposição!
—  Minha dileta filha, a lição que vamos iniciar será uma doce conversa sobre um argumento de capital importância. Falar-te-ei da vida eterna, ao encontro da qual tu avanças.
Será ela uma eternidade gloriosa? Foste criada precisa­mente para isso. Há, de fato, no Paraíso, um lugar que os Anjos rebeldes deixaram livre e destinado a cada um dos homens.
 
Ali te esperam
 
Todos, todos destinados a viver na glória coMigo e com Maria, Minha Mãe, imersos em Deus. Mas chegarás tu a esta glória bem-aventurada? Ali te esperam os Anjos e os Santos que te precederam. Ali, os teus avós e os teus pais; ali, os Santos do Antigo e do Novo Testamento fazem coroa a Deus, em cuja visão gozam de uma infinita alegria.
Teu destino é ir ter com eles e com eles te unir para celebrar a glória infinita da Trindade Santa, por toda a eternidade. Dizer-te que esta perspectiva deveria atrair-te por forma tal, que andasses ansiosa de atingi-la, seria dizer-te pouco.
Dizer-te que deverias acolher com alegria todos os aborrecimentos e superar os obstáculos, contanto que chegues, é pouco, e Eu só to posso dizer por saber o que o Pai vos tem preparado.
Mas se confias nas Minhas palavras, Minha filha, escuta-Me! (e as Minhas palavras são verdade e vida e jamais passarão, “hão de passar o céu e a terra, mas jamais passará a Minha palavra”). Se tu, pois, Me escutas e crês em Mim, asseguro-te que é tal a felicidade que vos está preparada no Céu, que seria nada o suportar por ela todos os martírios, derramar todas as lágrimas, sofrer qualquer pena ou dano, contanto se viesse a alcançar.
É por isso que, embora nunca tenhais observado tais coisas, sois convidados a desejá-las, porque nesse desejo e na vontade séria de as alcançar, exercitais a fé sobrenatural. Se já houvéreis visto, que mérito seria o acreditar?
 
O teu amor não é inútil
 
Acredita, pois, nas Minhas palavras: não labutas em vão, não sofres inutilmente, não choras sem fruto, nem o teu amor ficará sem recompensa. Tudo converge para um fim: o de alcançares o teu Deus, para o qual foste criada.
É certo: não bastarão todas as coisas a que fiz aceno, quero dizer, todos os teus afãs, para o ganhares; mas requerem os Meus infinitos méritos, sobretudo o Meu Sangue, que, cancelando as culpas e revestindo-te da Graça, te põem em condições de poderes entrar no Céu.
Esta é a esperança que deve aparecer radiosa aos teus olhos e encher de alegria os teus dias.
Quando, aos olhos dos homens, tudo houver termina­do; quando, para ti, houver descido o sol no ocaso, para não mais surgir; quando os teus familiares te derem o último adeus, começará para ti a genuína vida, a que não terá poente.
Uma vida, onde o Sol não tem ocaso, onde nada mais existe além do Amor e da alegria, e paz e felicidade. Vive serena com este pensamento, querida filhinha. Olha sempre em direcção ao Alto. Breve é a vida e amassada em misérias.
 
 
Olha para o Alto
 
O mundo, que te circunda, tenta arrastar-te ao mal. O Maligno seduz-te. Tateias na escuridão; se te fias só de ti, estarás perdida.
Olha
para o Alto. A meta é lá, para além das estrelas.
Combate a tua batalha, como o guerreiro se joga para a liça e se defende para salvar a pátria. Teme o inimigo de antemão, mune-te das armas necessárias e, depois, confia em Quem te fala, vai continuamente a teu lado, e combate contigo e por ti; e não temas: a vitória será tua.
Falei-te de armas. Os perigos bem os conheces! Já tos indiquei. Dir-te-ei agora as armas de que te hás de servir.
A arma, de todas a mais valiosa, é a oração. Deus ligou à oração a vossa força e a Sua fraqueza. Quem ora põe-se nas condições de um vassalo que se coloca ao serviço do Rei, do filho que pede auxilio ao Pai, do servo que se ofere­ce para ajudar o seu amo.
Oh! bendita a oração que sai dos lábios dos homens, acompanhada pelo coração e sobe, como perfume de incen­so, ao Trono de Deus, e dali arranca auxilio e sustento!
Certo é que a oração requer em quem a faz um particular estado psicológico, para ser bem aceita. Uma pessoa que, abertamente, se declara inimiga do Rei, não pode ir solicitar-lhe um favor. Há de, primeiro, colocar-se em condi­ções de o merecer.
Afasta, pois, da alma tudo o que te faz inimiga de Deus e, a seguir, põe-te de joelhos, humilha-te, e o Senhor volverá o Seu olhar para ti e conceder-te-á o que imploras.
Aviso-te de uma coisa, filhinha dileta, que se os ho­mens fossem mais atentos e mais ansiassem pelo seu verda­deiro bem, não deveriam pedir mais que uma graça, e seria esta: a de saberem vencer na batalha da vida, vencendo as inclinações más, o demónio e o mundo, para chegarem á Vida Eterna, o Paraíso.
Tudo o mais, filhínha dileta, não tem qualquer importância. Tudo vale apenas se, e enquanto, for de ajuda para alcançares o fim a que foste destinada.
 
 
Os santos sacramentos
 
A vida assemelha-se a uma peregrinação, a uma viagem que realizas na terra: tomas a precaução de levares alimento e bebida para te dessedentares.
Eis que Eu, convidando-te a realizar a viagem mais longa, a da vida, preparei-te um alimento que te retempere, que te dê ânimo, que te dê força suficiente e abundante para chegares ao fim. Já compreendes de que pretendo falar-te: dos santos Sacramentos.
Depois de te haver enxertado em Mim pelo Batismo, depois de haver-te robustecido no Sacramento da Confir­mação, preparei-te mais dois sacramentos: um — o da Mise­ricórdia; o outro — o do Amor.
Um, que te limpa, te purifica, te lava no Meu Sangue; outro, que te nutre, te robustece; corrobora as tuas forças e coloca-te em condição de superares, felizmente, a peregrinação de que te falei.
Sem estes auxílios, o cristão fica sem armas; e deixa-se prostrar, vencer. Lança, pois, mão deles e sempre, diariamente. Sim, reza quotidianamente; alimenta-te, dia após dia, do Pão Eucarístico, como tomas o pão que Deus te deu e o homem te prepara.
 
A tua vida espiritual é nutrida como a natural, e se descuras o alimento, morrerás na alma, tal como o teu corpo morreria sem o sustento.
 
Apenas com uma diferença: que, enquanto o teu corpo, morrendo, cessa de viver, a tua alma, morrendo com o peca­do, não deixará de viver, porque é espiritual, mas tomar-se-á inimiga de Deus e, se para ela chegar o último dia nestas condições, está-lhe reservada não a alegria eterna, mas uma eternidade horrível e de penas indizíveis.
 
O sacrifício voluntário
 
A quanto disse, nesta noite, junta, Minha filha, uma última coisa:
Lembra-te que o Reino dos Céus sofre violência e só com a violência se pode lá chegar. Violência sobre ti mesma, ao venceres as paixões e na prática da mortificação e da penitência.
 
Ama, pois, o sacrifício voluntário, mortifica o coração, os sentidos, o corpo, dado que a mortificação é a barreira que preserva das quedas.
Meus filhos, se não estais chamados à penitência dos anacoretas do deserto, sois, no entanto, chamados à peni­tência e à mortificação.
Repeti-o no Evangelho: “se não fizerdes penitência, todos vireis a morrer de forma idêntica”. Eis por que te quis fazer p
artilhar os Meus sofrimentos, embora em modestíssima parte, para completar a lição e fazer-te alcançar o valor da penitência.
 
 



Artigo Visto: 3072

ATENÇÃO! Todos os artigos deste site são de livre cópia e divulgação desde que sempre sejam citados a fonte www.recadosdoaarao.com.br


Total Visitas Únicas: 4.198.653
Visitas Únicas Hoje: 227
Usuários Online: 48