recadosdoaarao



Outros
Voltar




15/01/2017
Mais confusão no Vaticano
Com sua critica unilateral o Cardeal Müller aumentou a confusão em torno da Amoris Laetitia.


Podem as recentes declarações do Cardeal Müller encerrar os debates a respeito da Amoris Laetitia?

Por  em 15 de janeiro de 2017Sem comentários

 

 

 

O Prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal Gerhard Müller, criticou o procedimento dos Cardeais Burke, Brandmüller, Meisner e Cafarra a respeito da Carta Apostólica Amoris Laetitia.

[Relembrando: Esses quatro Cardeais enviaram um catálogo de perguntas ao Papa Francisco com as assim chamadas “dubia” (dúvidas), pedindo-lhe precisões a respeito de determinadas passagens de Amoris Laetitia. Em particular, trata-se da questão de saber se, sob certas condições, os divorciados recasados podem ser autorizados a receber a comunhão. Segundo a doutrina tradicional da Igreja, isso não é possível. A Amoris Laetitia contém passagens sobre essa problemática que levaram a interpretações diametralmente opostas. Não raro essas passagens são interpretadas de acordo com o próprio gosto. Deste modo, alguns bispos liberais e até mesmo Conferências Episcopais estão agora defendendo que foram levantadas as limitações para a distribuição da comunhão aos divorciados recasados. Os conservadores afirmam que nada teria mudado. O fiel comum acompanha perplexo este debate que vai se tornando cada vez mais agudo.]

Há pouco, em 8 de janeiro de 2017, o Cardeal Müller [foto] manifestou-se a respeito deste tema numa entrevista para um canal da Internet, criticando o modo de agir dos quatro Cardeais, e sobretudo o fato de que tenham publicado suas perguntas ao Papa. Ademais, o Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé esclareceu que Amoris Laetitia não representaria perigo para a Fé.

De fato, o Cardeal Müller tentou, desde a publicação da Exortação Apostólica, resolver o problema da Amoris Laetitia interpretando-a no sentido da tradição. Enquanto tal, sua atitude não é inteiramente nova. Contudo, sua ultima entrevista para um canal internet de televisão levanta algumas questões.

É de chamar a atenção que o Cardeal Müller escolha uma entrevista de televisão para criticar seus irmãos do Sacro Colégio. Enquanto Prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, ele dispõe de outras possibilidades mais adequadas do que uma entrevista de 11 minutos, na qual apenas três minutos foram dedicados à Exortação Apostólica. Será que sua declaração numa entrevista televisiva tem uma autoridade especialmente relevante? De um Prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé era de esperar que semelhante tomada de posição, que provocou um verdadeiro terremoto, saísse no Osservatore Romano ou em alguma revista teológica especializada.

Com isso surge outra questão: o Cardeal Müller não teve tempo para fundamentar adequadamente a sua crítica. O modo por ele escolhido não permite uma ampla fundamentação que corresponda à importância de sua declaração. O que, aliás, seria verdadeiramente apropriado. É impossível que tenha escapado ao Cardeal Müller que muitos bispos e conferências episcopais estão interpretando a Exortação Apostólica num sentido muito diferente do da Tradição, querendo assim permitir a comunhão para os divorciados recasados. Esta é a clara tendência existente na Alemanha, pátria do Cardeal Müller.

Se ele pensava que era preciso criticar os autores das “dubia”, então teria sido proporcionado que criticasse também aqueles que interpretam a Amoris Laetitia num sentido contrario à Tradição. A começar pelo Cardeal Marx.

Com sua critica unilateral o Cardeal Müller aumentou a confusão em torno da Amoris Laetitia. Os católicos normais estão ouvindo uma cacofonia nunca antes ouvida sobre uma questão teológico-moral esclarecida há séculos por Papas, Concílios e teólogos. Vai-se difundindo a impressão de que o Magistério da Igreja não tem mais vigência e não deve ser levado a sério. Muitos se perguntam: Por que o Papa e o segundo homem do Vaticano, isto é, o Prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fe, não confirmam a doutrina da Igreja nesta importante questão, num momento em que tantos a contestam?_______________

(Tradução do original alemão de Renato Murta de Vasconcelos).

+++++++++++

OBS > De qualquer forma, tudo o que Muller possa dizer contra os quatro valentes cardeais, em favor deste malsinado documento "amoris laetitia", em especial quanto ao que consta em seu capítulo 8, acaba indo contra ele, e contra eles, porque a PRÁTICA os condena. Filipinas, México, Argentina, Alemanha - em algumas dioceses - e agora Malta, já em todas as dioceses, aprovaram a distribuição da comunhão aos casais em segunda união, sem confissão e conversão, o que contraria a orientação bi-milenar da Igreja e afronta diretamente os Santos Evangelhos. Os cardeais estão corretos em agir desta forma, errado é quem os condena e critica.

Não acredito, porém, que os quatro cardeais agora voltarão trás, o que seria não somente uma tremenda vergonha para eles, como uma decepção para os católicos que confiaram neles, falo daqueles que não se deixaram narcotizar pela baba da serpente muito "misericordiosa". Na outra ponta, favoreceriam a posição do Colegiado e dos bispos rebeldes - e rebeldes são os que estão contra a Instrução de Jesus Cristo e condenam o adultério, não aceitando que sejam tratados apenas como "casos especiais" como satanás lhes ensinou - dando a eles mais força ainda para difundir pelo mundo esta heresia, que conduz a um dilúvio de sacrilégios. O que "amoris laetitia" deseja é encher o inferno de sacrílegos, e neles incluo o clero que aprova esta abominação.

Já coloquei muitas vezes a minha situação particular. Eu tive um casamento anterior frustrado, do qual nunca deixei de assumir a minha parte da culpa, mas sendo católico e conhecendo a doutrina da Igreja, jamais sequer imaginei em comungar, nunca me passou sequer pela cabeça afronta a Igreja e a Cristo. E hoje acontece o mesmo: milhares de casais católicos que vivem esta situação, se de fato são CATÓLICOS, eles entendem e aceitam suas culpas, e não estão por aí enchendo a paciência do clero para que lhes dê a comunhão. Quem FORÇA isso são os agentes do diabo, que, de dentro do clero, buscam conspurcar e destruir a Confisão e a Eucaristia.

Os bons católicos devem procurar em cada Diocese o responsável pelo Tribunal Eclesiástico, e apresentar seu libelo, dando início ao processo e pode dar a eles a liberdade para casar-se, pela Declaração de Nulidade Matrimonial expedida pelo Bispo. E que não aceitem comungar porque o "papa" disse que pode, porque satanás também diz pode e deve, e sim devem, enquanto durar o processo, seguir a orientação que está na carta Familiaris Consórtio de João Paulo II, não pondo em risco de perda as suas almas.

No meu caso, eu me obriguei a casar, mesmo sabendo que não daria certo, e mesmo tendo avisado meus pais, e mesmo tendo avisado isso ao Padre que nosso relacionamento não permitiria um Matrimônio Válido - a exigência de casar era porque eu tinha um filho, com um ano, ainda não batizado, e o Padre só o batizava se eu casasse - ainda assim eles forçaram tudo, e em pouco tempo estávamos separados em definitivo. Não foi de livre vontade. E há uma lista de motivos diferentes, que podem facilitar a ação do Tribunal.

Depois do estrago feito, demorei então 16 anos correndo atrás de padres do Tribular Eclesiástico, tendo eles me empurrado de um lado para outro com o um trapo, sem definir a minha situação, que além deste tinha outros impeditivos. Neste caso, a orientação do padre era equivocada, e mais tarde ele pediu perdão, dizendo que tinha errado e forçar o casamento. E digo com absoluta certeza: a imensa maioria dos casamentos que não dão certo, no fundo são culpa da má orientação da Igreja, que não prepara devidamente os casais.

Me exponho a relatar isso, porque mesmo contra todas as dificuldades eu consegui a anulação do casamento, isso no sistema antigo, entretanto hoje, o rito é quase sumário. Causa iras saber que, tenho Bergoglio emitido um documento que praticamente legaliza o divórcio católico, com rito sumário que pode durar menos de 60 dias, ao invés de "amoris laetitia" incentivar este procedimento, fazendo com que os casais nesta situação procurem ANTES o Tribunal, e acertem sua situação, não correndo o risco de condenar-se, comungando sacrilegamente, abre espaço para que todos comuguem em pecado, algo que se estenderá a TODOS os outros pecados, indistintamente, podem anotar ai.

Minha aposta é que Burke e seus amigos irão adiante, com o apoio tácito de muitos cardeais, bispos e sacerdotes, porque eles "lançaram a sorte", já atravessaram o "Rubicão", não há como voltar atrás. Se retrocederem ou se eles se aconvardarem, ficarei decepcionado, e assim milhares de CATÓLICOS válidos - porque a maioria é de nome, portanto inválido diante de Deus - e vou descer meu verbo contra eles. Aposta feita, os dias que correm céleres mostrarão o resultado. E não vale coluna do meio, porque esta também pertence ao diabo. (Aarão)


Artigo Visto: 2180

ATENÇÃO! Todos os artigos deste site são de livre cópia e divulgação desde que sempre sejam citados a fonte www.recadosdoaarao.com.br


Total Visitas Únicas: 4.201.115
Visitas Únicas Hoje: 389
Usuários Online: 36