Os pecados sociais
Meu filho, escreve.
Aqui estão os três grandes pecados sociais da humanidade:
-A humanidade pecou em Adão e Eva.
- A humanidade pecou, com o deicídio, do povo escolhido, o povo de Deus.
- A humanidade peca, hoje, com a rejeição de Deus.
1)- O pecado da humanidade em Adão e Eva interrompe totalmente o grande plano de Deus; e muda o resultado.
A ordem se transforma na mais desconcertante desordem, da felicidade do Paraíso em infelicidade terrena, da Luz seguiram a escuridão da ignorância.
Do Amor, ao ódio; do Bem - para o qual o homem foi criado - ao mal com toda a gama de suas manifestações; da Paz seguem as guerras e violências.
Da Vida Eterna - o fim da criação – se prefere a morte eterna, no profundo desespero do inferno.
Este é o pecado original. Esta tem sido a resposta dada ao Amor de Deus por toda a humanidade em Adão e Eva.
Uma monstruosa ingratidão consumada pelo primeiro homem e pela primeira mulher que não lhes faltou à graça, não só necessária, mas abundante na medida da sua imensa responsabilidade.
Deus, por um ato Seu de Amor sem limites, colheu um tremendo insulto.
A Justiça gera Misericórdia
2)-O pecado social é a decadência consumada pelo Povo eleito.
Da rebelião da humanidade em Adão e Eva, Deus não responde com o mal, mas com Justiça e Misericórdia.
Com a Justiça pune o pecado em toda a humanidade. Desde a sua origem até o fim, o homem comerá o pão com o suor da sua testa. A Justiça pesará sobre a humanidade até o final dos tempos.
Logo, entretanto, estoura também a infinita Misericórdia. Obtida a confissão e o arrependimento por parte dos primeiros pais, Deus faz seguir o perdão com a promessa da Redenção.
A fim de preparar o grande evento da libertação da humanidade da escravidão do inferno, Deus escolhe um povo, o povo preferido, que Deus quer santo, mas que nunca se torna santo, apesar da chuva de graças e milagres.
Feito o objeto de Seu Amor, esse povo responde com ingratidão à predileção.
Deus faz surgir profetas que com voz forte chamam o povo para a missão a que estavam predestinados.
Os profetas, que são os oradores de Deus, anunciam favores, graças e libertações. Em face da cega obstinação, também ameaçam e anunciam castigos que o povo conhecerá com dor.
Se recordarão dos pais no sofrimento, e então, estourará novamente a Misericórdia. A Justiça divina gera sempre Misericórdia, mesmo que os homens, obscurecidos por seu egoísmo, não queiram compreender essa realidade.
Amadurecendo os tempos, desponta o amanhecer radiante do nascimento do Salvador.
As hostilidades contra o Verbo feito Carne são promovidas e fomentadas por Satanás, que está engajado numa tremenda luta, que nunca cessou, mas que se renova com fúria. E eis que o divino Menino toma o caminho do exílio para escapar do cruel e corrupto Herodes.
Mais tarde Satanás instigará os sacerdotes do Templo e os grandes do povo hebreu que conspirarão e consumarão o deicídio.
Deus amou Seu Povo até ao impossível e seu povo O colocou na Cruz.
A destruição da Igreja
3) A humanidade peca hoje com a rejeição de Deus.
De Seu Coração aberto, suspenso na Cruz, Jesus entrega sua Igreja à humanidade.
A partir deste momento, surge um novo plano de Satanás e suas legiões contra o Corpo Místico de Jesus.
Satanás quer sua destruição. Ele já teve ilusões de ter matado a Cabeça, agora trama a destruição do Corpo. Aqui está a guerra exaustiva, que se combate sem trégua por quase dois mil anos.
A Igreja nem sempre responde como deveria a esta luta. Dela se sabe, em vinte séculos, muitas feridas dolorosas...
Hoje, portanto, Satanás marca muitos pontos a seu favor.
A batalha, a grande batalha está em ação.
A visão parcial e irresponsável da realidade por não poucos pastores e sacerdotes, encorajou o Inimigo em seus tenazes esforços para destruir a Igreja e seu Divino Fundador.
A batalha em curso, que apenas o inconsciente não percebe, se inflamará cada vez mais furiosamente e atingirá muitas vítimas entre o clero e os fiéis. O mundo, mas especialmente a Europa, se abrasará com ela numa hora sem precedentes.
A hora da Justiça e também a hora da Misericórdia será a chegada de uma nova primavera de Paz e Justiça, para a humanidade e para a Igreja.
Minha Mãe e vossa irá esmagar novamente, pela segunda vez, a cabeça de Satanás. Desaparecerá o ateísmo do mundo (...).
(Mensagem de Jesus de 12 de janeiro de 1976)
Do livro "Confidências de Jesus a um Sacerdote", de Mons. Ottavio Michelini
Fonte: http://www.santisimavirgen.