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18/10/2013
Os cravos e a cruz


Revelações - Os cravos e a cruz
18/10/2013 15:44:12

Revelações - Os cravos e a cruz


OS CRAVOS E A CRUZ - para meditar sobre o prêço que Jesus pagou pelo nosso resgate.  O que Jesus sentiu ao ser cravado na Cruz
Jesus relata sua vida íntima à Serva Maria Cecília Baij -
A MÃO DIREITA.
Por ordem dos carnífices, estendi os braços sobre a cruz. Primeiro cravaram-me a mão direita. Nisto houve um mistério, porque minha crucifixão foi-me infligida pelos inimigos, mas antes decretada pelo divino Pai. Recebi aquele tormento da destra do Pai, para satisfazer à justiça divina e salvar o gênero humano. Senti antes o espasmo na mão direita, porque devia ela abrir a tantos a porta do Reino eterno. De fato, a direita foi a primeira a experimentar a dor e a destra foi a primeira a doar o Paraíso ao ladrão. Quis também sofrer antes a dor na mão direita, e sentir quantos espasmos devia suportar para salvar as almas perdidas e para abrir-Ihes a senda e a entrada do Paraíso.
Após estender, pois, a mão sobre o buraco já feito na cruz, um desapiedado servo pregou o cravo, e a golpes de martelo prendeu-o à cruz. Por este tormento tão cruel, todos os meus membros sentiram a dor que chegou até ao Coração. Disse então ao amor que ali ardia: "Estarás, enfim, satisfeito, ó amor insaciável, quando os tormentos chegam a fazer os espasmos serem sentidos também no Coração!" Mas, o amor não satisfeito reclamava mais penas. E eu, voltado para o divino Pai, pedi-lhe se dignasse dar-me força e auxílio, porque já me sentia desfalecer. O Pai fez com que a divindade revigorasse a humanidade a fim de poder suportar os mais ásperos tormentos. Eu, inteiramente resignado à vontade do Pai, mostrava-me pronto a sofrer tudo com profundo amor. Não deixava de pedir a cada momento força e auxílio ao Pai, embora isto me servisse para experimentar ainda mais os padecimentos.
Estando a mão direita cravada na cruz, supliquei, voltado para o Pai, por causa desta dor, se dignasse servir-se de sua onipotente mão direita, em favor de todos os meus irmãos, não apenas perdoando-Ihes todas as culpas, mas dando-Ihes a graça de se emendarem e de mudarem de vida, dizendo-lhe: "Vós, Pai amantíssimo, fazei por meio de vossa destra que todos os meus irmãos errantes voltem à reta senda da virtude. Mudai-os, com o poder de vosso braço, e enchei as almas de todos eles com bênçãos. Estende-a sobre todos, e sejam todos protegidos por vossa destra. Fazei, enfim, que todos se encontrem à vossa destra, no dia do juízo universal, a fim de que todos possuam aquele Reino que agora mereço para eles, à custa de tantas penas." Ouviu o divino Pai a súplica, e atendeu os pedidos. E vi todas as graças, todas as bênçãos, toda a proteção e todas as mudanças nas almas que Ele operaria mediante sua destra onipotente. Por tudo lhe tributei afetuosas graças. Senti, porém, amargura ao ver que tantas almas abusariam das graças dispensadas pela destra do Pai. Convidei ainda todas as almas justas a entrarem nesta chaga para se conservarem e crescerem na virtude. Convidei também todos a virem a esta chaga, para pedirem a entrada no Paraíso e oferecê-Ia ao Pai, a fim de que, pelos méritos dela, Ihes fosse dado ingresso. E vi quantos acorreriam ao convite. Por eles pedi ao Pai muitas graças e em particular que os introduzisse no Reino eterno. Verifiquei, no entanto, com grande amargura, todos os que recusariam o convite e ficariam sempre surdos às minhas palavras amorosas. Experimentei, depois, mais cruel dor ao ver que a dileta Mãe sentia no seu coração as batidas do martelo e que o prego lhe penetrava no coração, com áspera dor. Falando-lhe ao coração, eu me compadecia dela e a convidava a oferecer também ela sua dor ao Pai, com todos os atos pelos quais eu lha oferecia e a pedir também todas as graças pedidas por mim em favor de meus irmãos. A Mãe amorosa acompanhava-me com grande coragem e fortaleza, proporcionando muito agrado ao divino Pai.
A MÃO ESQUERDA.
Entretanto, os servos, depois de atar o outro braço, estiravam-no com muita força, porque não chegava ao buraco já preparado na cruz. Neste esticar senti grande dor; as articu
lações dos ossos começavam a separar-se e a abrirem-se os ossos do peito. Por isso a dor foi grande! Mas muito maior foi a amargura e a pena sofrida, porque nesta ocasião via todas as almas infelizes que se deixariam levar à força por seus inimigos, isto é: o demônio, o mundo, e a carne, a cometerem pecados, e não Ihes ofereceriam a devida resistência. Via o poder destes inimigos e experimentava profunda amargura. Voltado para o Pai, supliquei-lhe, pelos espasmos então sentidos, debilitasse as forças hostis e desse fortaleza e graça a todos os meus irmãos para poderem resistir, ficando fortes diante da violência. Vi que o Pai o faria e por isto lhe agradeci. Verifiquei, porém, a grande multidão dos incautos, que se deixariam atrair pelas fraudes deles e não se prevaleceriam da graça. Oh! quão grande foi minha amargura! Convidei-os a resistirem e a serem fortes, dizendo-Ihes: "Eis meu braço que vos dará fortaleza! Não vos afastei de mim! Acorrei aos meus convites! Não sigais os vossos inimigos: porque vos precipitarão nos abismos infernais." Mas eles, surdos às minhas palavras, deixam-se atrair e não se acautelam dos ferimentos. Em vista de momentâneo prazer, afastam-se de mim e deixam-se arrastar por seus inimigos, querendo à força fugir da única pessoa que Ihes pode dar todo bem verdadeiro e toda verdadeira consolação.
Após terem esticado o braço com grande crueldade e chegado a mão ao buraco, esta foi cravada na cruz. Oh! quão grande foi minha dor e a da querida Mãe, que sentia tudo em seu coração! Ao ser cravada esta mão, foi tão grande o espasmo, que me sentia desfalecer inteiramente. Pedi nova ajuda ao divino Pai, para poder sofrer maiores penas. Nesta ocasião, vi todas as almas que seriam precipitadas nos tormentos eternos, por seguirem os atrativos do demônio, dos sentidos e do mundo, inimigos seus, e que sempre se afastariam de mim, desprezando meus convites amorosos. Experimentei, oh! quanta amargura e dor, vendo que todos, no dia do juízo final, estariam à esquerda e receberiam a sentença de pena eterna. Então, todos os meus ossos e todas as minhas junturas se convulsionaram pelo espasmo e no íntimo sofria indizível dor e amargura, de modo que estava privado de todo conforto. Minhas penas chegaram a mergulhar-me num mar de dor. Voltado para todos esses míseros, disse-lhes: "Vinde, vinde a esta chaga amorosa, pedir a libertação dos tormentos eternos! Escondei-vos nela e ouvi seus doces convites! Esta chaga vos chamará enquanto tiverdes vida, e não cessará jamais de chamar-vos e convidar-vos a recorrer a ela, a reconhecer vossos erros e a fazer penitência deles." Vi que todos se faziam surdos a estas minhas palavras. E eu chamei-os e convidei­-os mais fortemente. Vi que alguns, por fim, acorreriam ao convite e tendo caído em si, conheceriam seus erros e fariam penitência; graças aos méri­tos desta chaga, escapariam dos suplícios eternos. Por eles rendi graças ao Pai. Convidei, depois, todos a entrarem na dita' chaga para serem sal­vos de seus cruéis inimigos. Experimentei profunda amargura, ao ver o número dos que desprezariam meus convites e pereceriam eternamente.
O PEITO DE JESUS.
Sentia dor assaz aguda no peito por estar ele aberto e inteiramente desconjuntado. Ofereci esta grande dor ao Pai, di­zendo-lhe: "Divino Pai, vedes meu peito inteiramente quebrado e aberto! Por isso, vos ofereço o espasmo sofrido agora. Visto se achar aberto, fa­zei com que, em virtude desta áspera dor, se transmita a fortaleza de meu peito ao de todos os meus irmãos! Vedes Pai, que, apesar de ser meu peito a própria fortaleza, agora foi quebrado por meus inimigos. É justo que padeça a fortaleza de meu peito, se encontre em angústias e sinta a fraqueza, a fim de merecer fortaleza e constância para o peito de meus irmãos. Peço-vos, portanto, de novo, divino Pai, concedê-las a eles a fim de serem fortes e constantes no padecer". O Pai ouviu minhas súplicas e as atendeu. Vi que daria muita fortaleza a todos os confessores da fé, a todos os mártires e a todos os que se põem na min
ha sequela. Por isso rendi-lhe afetuosas graças. Senti, porém, amargura ao ver que muitos servir-se-iam da fortaleza para ofender ainda mais ao divino Pai e ficarem firmes no erro e nos falsos dogmas.
POSIÇÃO PENOSÍSSIMA.
Com as mãos já cravadas e tão estiradas que mal podia respirar, respirava com grande dificuldade. As costas uma só chaga, os ossos descobertos, apoiavam-se na cruz com dor agudíssima. A cabeça estava também apoiada na cruz e sentia nela indizível espasmo, porque os espinhos da coroa me atormentavam. Entre tantos martírios, não havia sequer uma pessoa que tivesse compaixão. Ao invés, todos estavam enfurecidos contra mim. Quem não podia atormentar-me com golpes, atormentava-me por injúrias. Grande era a amargura de meu Coração por causa de tanta crueldade. Voltado para o Pai, oferecia-lhe todos aqueles espas­mos e amiúde ia repetindo: "Meu Pai, recebeis grandes ofensas do gênero humano. Mas olhai como são grandes também minhas dores! Por isso vos peço, em virtude de todos esses espasmos, aplacar vosso justo furor e perdoar-lhe.
CRUCIFIXÃO DOS PÉS.
Após cravarem-me as mãos, ligaram os pés com cordas e começaram a estirá-Ias desapiedadamente, porque não chegavam ao buraco já preparado na cruz. Em consequência, experimentei agudíssimo tormento. Oh, esposa minha, quão grande era minha dor! Sen­tia que ia morrer por causa dos espasmos. Por isso suplicava a cada ins­tante ajuda ao Pai e a cada momento a divindade operava o milagre de conservar-me em vida.
Aqueles pérfidos haviam combinado e determinado o modo de crucifi­car-me, isto é, não como os outros crucificados, porém de maneira mais dolorosa, cravando-me os pés um sobre o outro. Foi devido a um grande mistério, embora eles o fizeram em vista de causar-me tormento maior.
Mas não o conseguiram, ao cravar-me. Pregaram, por isto, primeiro o pé direito. Uma parte deles segurava os braços da cruz, e outra parte puxava as cordas, com as quais meus pés estavam atados. Após cravar o pé direito, passaram a pregar o esquerdo. Estando assim um pouco esticado, colocaram o prego do pé esquerdo; e tirando depois à força de tenazes o cravo do pé direito, cravaram-no sobre o esquerdo. Senti grande espasmo. Assim fui crucificado com quatro pregos, como se costumava fazer; mas antes de alçar a cruz, estando o corpo já estirado, cravaram-me o pé direi­to sobre o esquerdo, mediante um só cravo, de grossura maior do que os das mãos.
Neste fato se encerra o mistério da justiça divina e o da misericórdia, porque, indo estas de par, a misericórdia, enfim, venceu e superabundou a justiça. A ira mitigou-se e a misericórdia superabundou. O rigor da justiça cedeu ao amor do pai. Ambas uniram-se e se abraçaram, e a justiça cedeu o primado à misericórdia. Assim, tendo andado antes juntas, a justiça, por causa de meus méritos, contentou-se de ceder o primado à mi­sericórdia. E eu rendi graças ao divino Pai por parte de todos os meus irmãos. Louvei a justiça divina e exaltei a misericórdia.
Quando me cravaram o pé direito, ofereci a áspera dor ao Pai e supliquei-lhe se dignasse conceder luz a todos os que caminham pela senda reta da salvação, a fim de não errarem no caminho e continuarem a viagem, chegando ao termo ansiado. Senti, depois, profunda dor, quando vi todas as angústias e tribulações que sofreriam os que querem andar pelo cami­nho reto. Pedi ao divino Pai assisti-los com a graça e convidei-os todos a virem habitar nesta chaga, para ali se confortarem, animarem e ilumina­rem. Vi todos os assaltos que Ihes dariam os seus inimigos. Por isso convidei-os ainda a recorrerem a esta chaga, para encontrarem ali refúgio seguro. Vi também todas as culpas que cometeriam aqueles que caminham pela estrada reta da salvação; embora não fossem graves, todavia experimentei dor, porque as ofensas ao divino Pai, embora leves, causavam-me grande tormento, por causa do imenso amor que lhe dedicava e por conhecer-lhe o merecimento infinito. Por isso ofereci ao Pai as dores sentidas, em desconto de todas as faltas deles. O Pai mostrou-se d
isposto ao perdão e também a conceder-lhes a graça de se arrependerem de repente e se emendarem.
Ao cravarem o pé esquerdo, senti a aspérrima dor pela chaga e muito mais por ver todos os que caminham para a perdição. Ao ver a gravidade de suas culpas, fiquei muito amargurado. Voltado para o Pai, ofereci-lhe minhas dores, em desconto de todas as suas iniquidades, e supliquei lhe os iluminasse e lhes desse a conhecer seu grave erro e como estão avançando pelo caminho da perdição. Pedi-lhe misericórdia infinita para com eles. Como visse a justiça divina sempre prestes a castigá-los, pedi-lhe que, tendo cedido o primado à misericórdia, detivesse os castigos e desse lugar à misericórdia, de modo que os esperasse fazer penitência. Vi que a justiça deteria os castigos, e a misericórdia aguardaria benignamente que fizessem penitência. Verifiquei que muitos aproveitariam de tão grande benefício, voltando, enfim, à penitência. Por eles tributei graças ao Pai. Senti, no entanto, amargura, e oh, quanta! ao ver o grande número daqueles que abusariam da misericórdia e da bondade divinas, tão paciente em esperar a penitência, e que, em consequência perder-se-iam miseravelmente, experimentando por fim os rigores da justiça divina, a qual, durante tanto tempo retivera os castigos.
Enquanto me cravaram os pés um sobre o outro, senti maior dor. Vi então, todas as almas, para as quais havia superabundado a divina misericórdia e que, finalmente, embora devido a suas culpas devessem experimentar os rigores da justiça divina, chegariam a desfrutar da divina misericórdia e a exaltá-la eternamente, porque se arrependeriam e corres­ponderiam aos benefícios divinos. Por eles rendi graças ao divino Pai. Experimentei, porém, áspera dor e profunda amargura ao ver a multidão dos que abusariam de tudo, até mesmo de tão misericordiosa bondade usada para com eles, e que, míseros, perder-se-iam no fim, fazendo assim prevalecer para eles a justiça divina, por terem em vida desprezado a misericórdia.
Terminada a crucifixão e estando a cruz por terra, sofri incomparável tormento. O espasmo era grande. A cada momento sofria desfalecimento mortal, fugindo a luz de meus olhos por causa da aspereza da dor. Suplicava continuamente ao Pai ajuda e a divindade não deixava de dar-me força para resistir e sofrer os crudelíssimos tormentos.
EXORTAÇÃO À ESPOSA.
Ouviste, esposa minha, quão cruéis foram as dores de minha crucifixão e quão profundas foram as interiores. Quanta amargura de meu Coração, quão grande o sofrimento! Por isso, procura imitar-me, sofrendo todos os males corporais com resignação, sem lamentar-te, porque teus males jamais chegarão a assemelhar-se aos meus. Ouviste qual foi o conforto recebido após tantos padecimentos: uma bebida muito amarga e tão má que bastava para levar-me à morte. Não andes em busca de consolações em tuas angústias, se queres assemelhar-te a mim. Mortifica também teu gosto. Não te queixes das coisas de gosto ruim, porque não serão como a bebida amarga provada por mim. Não procures sabor na comida e lembra-te sempre do fel que me deram a beber. Assim  será fácil mortificar-te. Sê bem atenta em prevalecer-te da divina misericórdia e em não abusar das numerosas graças recebidas. Teme sempre a justiça divina, porque apesar de demorar a castigar, virá o tempo em que experimentarão seus rigores, todos os que abusam da misericórdia. Em todas as angústias e tribulações, em todas as tentações e assaltos da parte de teus inimigos, recorre às minhas chagas, porque nelas encontrarás refúgio seguro. Sejam tua morada, porque ali encontrarás todo conforto e consolação. Oferece continuamente cada pena ao divino Pai, a fim de que te conceda todas as graças necessárias à tua salvação eterna e à de teu próximo. Ouviste quão grande foi minha confusão ao ser despido pelos pérfidos algozes e ao ser tocado por suas sacrílegas mãos. Por isso te admoesto a estares atenta em manter a alma afastada de toda mancha de impureza, embora mínima. Em consequência, guarda zelosamente a pureza, consagrada a mim por voto. Foge de todas as o
casiões capazes de causar qualquer detrimento a tão nobre flor. Sê atenta porque muito pouco basta para ir fenecendo. Saiba que eu, em minhas esposas, procuro grande cautela e diligência em guardá-las. Muito me desgostam os descuidos no campo delicado desta virtude. Guarda, enfim, tua alma e sê diligente em mantê-la isenta de toda culpa, para que, ao receber-me sacramentalmente, eu tenha gosto e prazer no contato e não desgosto e amargura.
Livro: A Vida Íntima de Nosso Senhor Jesus Cristo.

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