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Moral
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17/11/2005
Má semente


Moral - 06 Má semente
Moral - 06 Má semente

2051116 MÁ SEMENTE
 
     Hoje, pela manhã, levei uma bela dezena de coices de uma pessoa que não esperava fosse capaz disto. Ria dos meus escritos, zombava do nosso trabalho, e deveria mas não vou colocar suas colocações num quadro de honra neste site, como um libelo contra a sandice dela, até porque seria dar cordas a um escarnecedor. Ela se diz católica, fiel e devota, que se confessa, mas nega que Jesus ou o próprio Deus tenham nos ensinado algo. Diz ele, com seus cursos bíblicos recebidos de doutores em teologia formados no Vaticano, que as condenações aos pecados, descritas no testamento antigo serviram para aquele tempo, não para hoje. Ou seja: segundo ele, a Bíblia cada um a interpreta como quer! No final deste vou deixar algumas “pérolas”, com as quais gente assim é tratada.
 
     Como não acredito que um padre lhe tenha ensinado tais coisas – ele afirma que o seu diretor espiritual é doutor formado em Roma, pois ele seria um herege passível de excomunhão da Igreja – penso que é melhor não esticar o assunto, até porque o visgo de satanás pode ir junto, e contaminar aos que não são firmes na fé. Na realidade, porém, esta pessoa é um retrato fiel da má semente espalhada por satanás, em especial nas últimas décadas, e é também uma prova do “rio da águas” podres, que o dragão vomita sobre a Igreja, para tentar faze-la submergir. Com esta gente não existem provas, nem servem argumentos, seu esgar é o riso das hienas, é o canto de morte dos incréus.
 
     Já falei algumas vezes aqui, que – está nas Escrituras – os sonhos já enganaram muita gente. Mas quando um sonho serve de lição e trás um exemplo  para nossa vida, penso que não há mal em traze-lo a público, e foi o que aconteceu comigo nesta noite. Tudo parece ter vindo a calhar com esta situação da manhã. Sei que muitas pessoas recebem a graça destes sonhos premonitórios, e não vejo mal em divulgar, até porque, tenho dois casos ainda em oração, que quando os trouxer a público, penso que servirão de lições. Se reais, seriam mais que fantásticos...
 
     Foi assim: Era tarde da noite. Eu caminhava, por uma cidade estranha, e junto comigo estavam duas mulheres conhecidas, e uma criança. Nós procurávamos por uma Igreja, e me dirigia a umas pessoas, perguntando sobre um local onde nós pudéssemos “adorar o nosso Deus”, foram estas palavras que usei. Então nos indicaram um quarteirão e nos foi dito que ali, num convento de freiras – me parecia um claustro, um monastério – mesmo àquela hora tardia da noite, encontraríamos o que procurávamos.
 
     E encontrando fácil o local, entramos por uma porta lateral e ali estava uma espécie de guarda noturno, um recepcionista, que pareceu querer inicialmente escapar pela porta da frente. Mas antes que ele saísse, lhe dissemos que fôramos informados de que ali, naquele local, poderíamos adorar o nosso Deus. Ele nos olhou surpreso, mirou-nos de alto a baixo espantado – na verdade parecia horrorizado (?) com aquele nosso desejo – e disse assim: se é isso que vocês querem... E foi nos conduzindo a uma sala lateral, onde quem ficou de fato horrorizado fomos nós. Digo que tive aqui a impressão de que se tratava de um claustro, um mosteiro qualquer, porque o guarda não entrou. De fato, não desconfiei de nada até ali. Mas prepare-se o leitor...
 
     Naquela sala, parecendo uma capela, sem altar, com paredes bem antigas de madeira envernizada, meio escura, estavam muitas freiras e noviças. De costas para nós, bem na entrada – na verdade a porta estava fechada, apenas a parede se abria para que a gente pudesse ver, elas não nos viam – estavam duas ou três madres, com aqueles altos capuchos na cabeça, que pareciam ser as superioras. Ao lado direito delas, bem ao correr da parede, estava uma fila de outras freiras, postas lado a lado, que julguei ser as comandadas já formadas. Havia umas 10 ou 15
delas. Pareciam, aprovar o que estava acontecendo e em grande expectativa pelo desenrolar dos fatos. Estas todas, e as madres, estavam vestidas com um hábito preto e branco e usavam aqueles “chapéus” na cabeça.
 
     E aqui vem o pior: bem na frente, numa fila lado a lado, estavam umas 10 noviças, de costas para a parede e de frente para o centro da sala. Eu as via num ângulo meio de lado. Elas trajavam hábitos cor verde e branca, e pareciam prestes a fazer seus votos perpétuos. Elas ergueram as mãos para o alto, cruzaram-nas pelo alto da cabeça, e cada uma procurava segurar a ponta dos dedos da seguinte ao lado – cada uma tocava em duas – com as mãos trançadas pelo alto. Pavorosamente, logo percebi neste gesto, o comportamento dos médiuns quando são incorporados pelos espíritos malignos. Eles também fazem esta espécie de saudação, que indica a proximidade do demônio.
 
     E aconteceu que, mal entramos naquele recinto, e vendo de imediato o que acontecia ali, vi que as duas mulheres e a criança que me acompanhavam foram como empurradas dali para o lado, passando por atrás da fila das madres. Esta parede que ficava às costas delas, ficou como que aberta, para que dali nós pudéssemos continuar vendo o que na sala ao lado se desenrolava. Eu fiquei porém, um pouco ainda na primeira posição, por trás das irmãs superioras, e pude, entre estarrecido e arrepiado de pavor de cima em baixo observar o seguinte:
 
     A um sinal das superioras, as noviças, com grande dificuldade, com as mãos em cruz e trançadas por sobre a cabeça, atiraram-se ao chão de bruços, sem se desgrudar, enquanto entoavam juntas: o demônio também é nosso deus! E repetiam: o demônio também é nosso deus! E repetiam dezenas de vezes, todas no mesmo coro: o demônio também é nosso deus! E as noviças, como que possessas, contorciam-se no chão – embora sempre agarradas umas nas outras – enquanto as madres superioras e as outras também gritavam a mesma coisa, embora estas permanecessem no início de pé. Depois, atiraram-se todas ao chão, de rosto colado ao piso, e continuavam alucinadamente repetindo aquela frase. Era como se o invocassem, pedissem a presença do maligno ali.
 
     Nisso percebo, vinda do fundo da sala, uma figura macabra e hedionda, parecendo uma múmia - apenas seus “olhos” estavam de fora – e ela também estava vestida com hábito religioso, preto e branco. Ela veio se arrastando, com grande dificuldade, meio encurvada e contorcida, e se plantou no meio da sala, diante delas todas que ficavam assim em forma de L. Então com voz esganiçada e sibilante, voz metálica e autoritária, esta figura começou a dar ordens, dizer coisas, algo como se agradecesse a aquela homenagem que ali lhe prestavam. Na realidade, todas as freiras e noviças continuavam ali deitadas, como o rosto ao solo, como se realmente o estivessem adorando.
 
     Neste instante, saio também por aquela lateral aberta e me dirijo a um quarto aos fundos, onde encontro o seguinte quadro. Aos meus pés, estavam estiradas as duas mulheres, bem coladas ao chão, também a criança, mas não com as cabeças e sim os pés voltados para aquela figura horrenda, e uma delas como que tentava fugir, escapando dali de gatinho. Na realidade, elas não o estavam adorando como as outras, mas plantadas ali em pleno terror. Então cruzei os braços, em pé – não sei porque, de um modo desafiador – e fiquei observando o que se desenrolava, agora pela lateral posterior daquela cena.
 
    Não durou muito, porém! Aquela múmia, depois de dizer mais algumas palavras a aquelas infelizes criaturas, tentou de certa forma evitar que eu a visse. Voltou-se de lado para mim, como se tivesse dificuldade em se movimentar dentro daqueles panos e como que se travou uma batalha, onde ela tentava me colocar medo e me fazer cair ao solo. Mas sem me arrepiar, sem temer, permaneci de pé, com normalidade, até que a múmia – o demônio – como que se contorceu e foi diminuindo de tamanho, até deixar apenas os panos do hábito no chão, sumindo de dentro deles. E o sonho terminou
!
 
     Naturalmente que – prefiro acreditar – uma cena destas jamais aconteceu em algum convento ou claustro do mundo. Seria algo monstruoso demais. Entretanto, pelo sonho que veio imediatamente a seguir, penso que tal efeito se deve não à adoração em si do demônio – elas diziam: o demônio TAMBÉM, é nosso Deus, mas sim à doutrina, as heresias que hoje se espalham pelo mundo, que pregam a inexistência do demônio, que pregam a inexistência do pecado, e tornam assim o mundo, em um caminho aberto por onde satanás pode trabalhar, ardilosa e livremente. Na realidade a desinformação, dos próprios católicos, devido ao literal abandono, na maioria das dioceses, da boa e santa catequese de antigamente, é de tal monta, que já se prenuncia o grande caos. Não é a toa, então, encontrar entre freiras quem de fato o adore. Loucura, mas possível!
 
     Como disse, já no momento seguinte me vejo, sentado sobre uma mesa, e falando para um grupo de pessoas sobre a doutrina da Igreja. Ao meu lado estava um senhor de idade, que era o único que escutava com real interesse. Na realidade ele me simbolizava que apenas os velhos ainda estão dispostos a ouvir a verdade, eis que os jovens cada vez mais se afundam em descaminhos, cada um seguindo os mestres de seu gosto, aqueles que mais lhe agradam ao paladar. No sábado, anterior, eu recebi a carta de um destes jovens “free-lancer” em religião que me exigia assim: me explica isso aí! Tinha um tom de certo desprezo, arrogância, tão comum na juventude de hoje. Continuo!...
 
     Vi dois jovens, que se aproximavam até aquela mesa onde eu estava falando, e um deles chegou a sentar sobre meu pé. Eles me ouviam, mas era como se não ouvissem. Seus pensamentos estavam distantes, sabe lá onde. Seu coração estava longe dali, embebido nos próprios desejos. Estes jovens, me eram mostrados como fundadores de suas próprias religiões. E havia famílias que os acompanhavam, umas após outras, devagar formando a “igreja” de cada um deles. Ambos, embora em linhas diferentes, tinham por essência apenas a ecologia. Eram religiões ecológicas, politicamente corretas, estas frescuras com que satanás anestesia a garganta dos incautos, antes de ele – o vampiro por excelência – as morder, e lhes envenenar as almas.
 
     Eu via o jovem falando e falando para os seus, debaixo de uma árvore, mas permaneci em meu lugar. Então percebi que o velho que estava ao meu lado, dirigiu-se a um destes jovens – o que sentara sobre minha perna – e começou a explicar a verdade, a mostrar cada um dos erros daquela religião, mas por mais que ele lhes falasse, era como letra morta: as frases caiam no vazio, e todos aqueles que seguiam ao jovem pastor, queriam apenas a mentira dele. Nada os demovia em direção da verdade. Estavam fanatizados, como hipnotizados, por aquela ecológica teoria mirabolante.Completo absurdo!
 
     Neste tempo, eu percebi que todos os seguidores daquela seita, trajavam roupa branca e mesmo impecável, até os calçados, e eram pessoas jovens e saudáveis. (Algumas seitas têm estas frescuras). Mas à medida que o jovem pastor ia lhes falando de sua doutrina, e ao tempo em que eles não davam ouvidos a aquele senhor de idade que os tentava demover, suas vestes iam sendo manchadas de terra, de barro, e vi muitas jovens, todas trajando vestidos, não longos mas alvíssimos, irem rolando na terra e se sujando cada vez mais. No final, estavam até com os cabelos sujos de barro. Era como se elas fossem sujando suas almas, à medida que recebiam as orientações daquele falso pastor. Era como se perdessem a inocência, que ia aos poucos desaparecendo delas.
 
     Num determinado momento, uma família dos que seguiam ao tal pastor ecológico, veio em minha direção e o homem falou de sua delicada situação financeira, de como as coisas estavam difíceis para manter a família, mas não pareciam interessados em conversão, nem em mudança de vida. Falei-lhe muitas coisas, para ele e seus filhos, mas pareciam apenas preocupados em conseguir dinheiro para fazerem uma
viagem sonhada
, em família só isso os interessava. E assim tentei fazer-lhes ver, que se colocassem Deus à frente de seus projetos, o Deus verdadeiro, não este Deus pintalgado do pastor deles, que tudo poderia mudar e mudaria. Queriam um Deus que os ajudasse na viagem, só isso!
 
     Eu lhes falei sobre salvação eterna, que é importante cuidar da alma, porém tudo parecia em vão. Eles olhavam apenas para a estrada distante, para seu sonho de viajar, e aquela conversa de salvação lhes soava absurda. Então a esposa dele, numa singeleza que me deixou sem ação disse que já estava salva. Então me explicou que, “alguns anos antes, um padre tinha feito uma reza forte pela televisão e garantira a todos os tele espectadores que todos os que tinham ouvido aquela reza, já estavam salvos”. Em vista disso, ela achava que não era preciso mais fazer coisa alguma pela sua alma, nem a de seu marido e filhos, pois ao final da vida ela e os seus já teriam garantido o céu. Só por causa daquela reza forte! Ó Céus, será que minha cabeça inventou essa loucura?
 
     Enquanto ela me falava estas coisas, eu continuava a ver o debate entre o senhor de idade e o pastor ecologista. O jovem não era mau, mas absolutamente fora de toda a verdade. Eles limpavam as árvores, varriam os parques, tiravam as folhas, cuidavam dos animais, e toda a sua preocupação era voltada para assuntos da natureza. Eram terra, misturados à terra, rolavam na terra, e certamente tinham Gaia por divindade.
 
    Acaso não é esta hoje a grande preocupação do homem? A ecologia? Quantos milhares de pessoas hoje vivem apenas para isso, esquecendo-se do Alto? Quantos absurdos se cometem neste sentido, quando a vida humana é que está em grave risco? Na semana que passou, eu soube de um incidente, sei lá onde, envolvendo um simples pardal. É que num ginásio qualquer, prepara-se uma equipe para bater o Record mundial de queda de dominós, e entrou lá um mísero e desafortunado pardal.
 
     Para desespero dos participantes, um vôo do bichinho fez derrubar quase 30 mil peças e então resolveram fulmina-lo com um tiro de pressão. Isso foi a gota de água para desencadear uma guerra com as Ongs. Acreditem, só porque Jesus falou que valemos mais que muitos pardais, estes ecologistas preferiam que tivesse morrido o homem. Esta é a ultima moda em religião, em toda a terra: matar o ser humano! Preferiam que se tivesse dado um tiro no sujeito que matou o pardal e ameaçam processa-lo. Nova Era! Nova?
 
     Sabe, depois que aquela pobre mulher me falou da tal reza forte do padre, até meu sonho acabou. Uma coisa absurda assim, é mesmo de dar susto na gente! Ainda agora, quando escrevo, vejo diante de mim aquele olhar suplicante, a olhar para a estrada por onde queriam viajar, enquanto com aquela “santa” ingenuidade me falava como se havia garantido. Que o importante não era a sua alma e a de sua família, mas sim a viagem! Os amigos duvidam, acaso, que existam pessoas assim? Que pensem desta forma?
 
     Na verdade eu fico feliz aqui, em poder ajudar as pessoas em sua caminhada, mas minha tristeza é grande quando pessoas de idade, se obrigam a pedir ajuda, perguntando como é que se adquire uma indulgência plenária, como é que se confessa, coisas que há séculos faz parte de nossa Doutrina. E tenho de explicar isso a dezenas de pessoas – não fico bravo não, apenas triste – porque por mais desleixado que eu tenha sido com minha fé, por mais de 30 anos, ainda assim nunca me esqueci daquilo que estava no Catecismo antigo, e ali explicava já as indulgências, que todo católico deveria saber.
 
     Acreditem, até padres, com mais de 70 anos, não sabiam como funcionava uma indulgência plenária. Nunca aprenderam! Nunca ligaram porque achavam coisa maldita, que os protestantes criticam. E somente porque os protestantes criticam, então não divulgam com medo. Não entendiam nada sobre pena e dano, o chamado reato. Não sabem sequer em que momento da Santa Missa acontece a Transubstanciação. Então,
como é que se pode querer que os fiéis entendam como se dá sua salvação. Ou sua perda eterna? Como explicar para um “católico” sobre o valor de sua alma, se ele nem sabe o que é uma alma? Como querer que ele busque a salvação daquilo que ele nem sabe que tem, não entende o que é, como pode desejar salvar-se? Acha que Deus é para a gente se dar bem nesta vida! Como um acabou de me escrever: reza para eu fazer bons negócios!
 
     E pergunto: Deus meu, o que foi que ensinamos em termos de doutrina, nos últimos anos? Ensinamos educação Moral e Cívica. Ensinamos ecologia! Aliás, aqui, no Catecismo onde aplicamos aos nossos filhos a chamada “catequese familiar” – os pais dão as aulas a seus filhos, existem exatamente três capítulos sobre ecologia e só um de Maria. E só um de Eucaristia. E um de Jesus! Se nós ensinamos que o mico leão dourado tem mais valor que uma alma, como não achar que os jovens desejarão a morte do homem que mata um mico? Se lhes é ensinado que o importante é o casamento do urso panda, como haverão os jovens de se ocupar do próprio casamento? Se lhes dissemos que importa apenas preservar a natureza, como pensarão em preservar as próprias almas?
 
     Natureza! Desenvolvimento sustentado! Manejo sustentado! Ecologicamente correto! São estes hoje, os objetivos “religiosos” de milhões de pessoas em toda a terra. E cada vez mais se sentem atraídos e vacinados por este assunto, tão “light”, pelo qual dão a vida, mal sabendo que a terra pela qual lutam é finita, e que o Criador que a fez, nada conta do que é feito sem Ele, para ela. Deus cuida dos pardais, Deus cuida de todos os animais. Deus cuida do trigo, mas o demônio semeia o joio. E tudo isso é joio maldito, que ameaça sufocar as plantas – as almas – deste homem feito á imagem e semelhança de Deus.
 
     Por todo lado se prega a má semente. Os homens fecham os ouvidos à verdade, e nada os demove de seus falsos conceitos. Este com o qual debati hoje pela manhã, é um exemplo perfeito. Tem um pecado e se aferra nele. Morro agarrado nele! Quando sacamos um verso bíblico que aponta a condena para tal pecado, ele alega que não se podem tomar versos esparsos para coibi-lo. Mas quando se trata de defender sua posição, aí ele é capaz de trocar a  palavra adultério – pecado gravíssimo contra o sexo mandamento – por adulterar uma palavra, somente porque ela se torna discriminadora. Ou seja: quando se trata de mentir e enganar, o diabo enrola a língua, nem que seja para deixa-la fora da boca. E se tiver que engoli-la, sempre há de deixar a mostra o próprio rabo.
 
     E a semente maldita se espalha célere. Justamente por isso, eu gostaria de alertar para os tais cursos bíblicos que se pregam por ai, em tantos lugares. Acreditem, é dali que está partindo muito joio. Padres mal formados, em seminários que já nada tem a ver com a Igreja Católica, acabam por pregar verdadeiras aberrações. Fábulas e genealogias! Muitos católicos que tem freqüentado estes cursos, acabam por desistir diante de certas loucuras que lá se prega. Eu não sei de quem é a culpa de as coisas haverem chegado neste ponto, mas quando vi o bispo dizer candidamente que sabia do envolvimento sexual do padre com os jovens e não fez nada, penso que obtive a resposta de onde está a fonte do mal. De onde provêem, estes desvios: eles vêm de cima! Vem da inércia mortal que se abateu sobre as altas esferas desobedientes ao Papa.
 
     E sim, e vem de nós, leigos, que não tomamos medidas contra estas coisas. Nesta semana se viu os movimentos gays fechar a Rede TV, por liminar da justiça, devido a um programa considerado por eles, homófobo – anti-homossexuais. Se os católicos fizessem a mesma coisa, e pressionassem, agissem, primeiro em cada paróquia, levantando-se contra o padre que começasse a pregar heresias. Depois em cada diocese, caso houvesse problemas com hereges e dali até o Papa denunciado sempre as coisas que estão matando nossa Igreja, com certeza absoluta tudo não teria chegado a este ponto. E sim, se também
tivéssemos rezado por estes padres, cobrando medidas para bons seminários, com santos reitores – coisa que há pelo menos 50 anos deveríamos ter começado a fazer – esta calamidade não teria acontecido. Aí nem teríamos tido aquele Concílio, que tanta ambigüidade trouxe. Sim, além da degola da Santa Missa, um dia entenderemos isto.
 
     Quando meditamos sobre alguns textos bíblicos que dizem “olhai para as abominações que lá se cometem” – e isso diz da Casa de Deus, a casa onde o Nome Dele foi invocado, sinal de que já não é mais – sentimos que o braço de Deus está ficando insustentável. Logo Seu dedo apontará para terra e nos fulminará, porque tanto desatino junto, nunca se viu antes. Em verdade, posso lhes garantir, até mesmo nas famílias cujos pais rezam muito, está tremendamente difícil evangelizar os filhos. Porque os filhos da casa ao lado fazem, os da outra exigem também. Se um dos pais, solta as rédeas dos seus, ninguém mais na vila inteira, ou no bairro, consegue manter seus filhos na verdade. Se eu ainda consigo levar meus filhos à Missa, nos fins de semana, devo me dar por feliz. E daí, como é que eles vão aprender sobre as coisas de Deus? Então os ecologistas os levam!
 
    Vamos agora deixar alguns tópicos para que o leitor entenda até que ponto se formam “católicos” em alguns destes cursos. Nego-me a aceitar que um bom padre tenha dito isto eu segue. Normalmente as pessoas tiram isso da própria cabeça, ou de tanto lerem os textos protestantes. Faço no texto umas informações em itálico. Vamos às pérolas:
 
1 - Alguns estudiosos garantem que a Bíblia, por ignorar o que nós conhecemos hoje, condena o homossexualismo entre pessoas, que de fato não são homossexuais. (Heresia)
2 - A Bíblia foi escrita em tempos longínquos e num contexto de época. O texto citado foi proferido para um povo, num certo momento e com “palavras humanas”, pois Deus não assinou nada, e Jesus não escreveu nada. (Heresia)
3 - A Bíblia não serve para condenarmos ninguém, ela só serve quando consultamos como exemplos que nos cabem ou quando queremos entender quem foi Jesus. (Heresia)
4 – Carta de Tiago: São na verdade narrativas fantásticas e irreais, muitos deles ao invés de ser narrativas de Jesus, às vezes parecem mais coleções de ilusões, esperanças e temores de quem os escreveu. (Heresia)
5 – Como já disse a Bíblia não é um livrinho de receitas prontas, é apenas um gênero literário narrando histórias e muitas delas irreais e fantasiosas, um bom entendedor percebe isto. (Heresia)
6– A Bíblia não é toda revelada, o senhor mostra toda sua ignorância neste assunto. Na minha opinião e a da Igreja (que ousadia) só Mateus, Marcos, Lucas e João são Evangelhos autênticos, todo o resto foi descartado como não autêntico. (Heresia)
 
     Como viram, é coisa ruim demais para uma só manhã de trabalho. Por estas o leitor pode tirar uma idéia de como anda o mundão. Se, digo se, num convento qualquer deste mundo, num só pode estar acontecendo uma coisa terrível como aquela do primeiro sonho, já teríamos motivos de sobra para achar que o mundo está perdido. E como as seitas protestantes proliferam com sua má semente espalhando-se como plumas ao vento não é de se espantar isso tudo, porque até “católicos”, “estudiosos da Bíblia” se bandeiam para as falsas igrejas, porque preferem os mestres do diabo, que lhe sopram heresias, embora tais mestres tenham títulos de doutorado em Roma, e sejam as grandes editoras “católicas” nacionais, a lhes editar os títulos. Sim, não todos, mas existem os maus!
 
     Na realidade, as pessoas estão confusas. Elas preferem seguir mestres que lhes falem apenas aquilo que elas querem ouvir. Ninguém ouvem mais a voz de Deus, ninguém mais quer saber da doutrina da verdade, pelo Catecismo da Igreja Católica. Eles seguem o barulho do mundo, e neste barulh
o reina apenas a confusão. Na verdade, o coração das pessoas é que está longe de Deus, pois se voltou para o mundo, para o agradável, para aquilo que dá prazer temporário, mesmo que depois traga a angustia, a tristeza e a dor. Como a família do sonho, o importante não era a salvação, mas a viagem sonhada.
 
     Para encerrar digo: o grande desejo dos homens e mulheres de hoje, em questão de fé, é arrumar para si um mestre, que justifique seus pecados, e arrume fórmulas de adaptar Deus e a Doutrina, aos próprios desejos. As seitas crescem assim, porque as escolas católicas lhes preparam a terra. E o demônio, recebendo já a terra bem adubada e preparada, vem, e deposita ali sua mortal semente. E colhe com fartura! Ninguém é mais especialista que ele em justificar pecados: Eis por que a humanidade o escolheu por deus!
(Aarão)



Artigo Visto: 1972

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