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22/12/2009
A mortificação


Moral - A mortificação
22/12/2009 14:10:42

Moral - A mortificação


A MORTIFICAÇÃO

Texto bom para entender o sentido da mortificação pessoal, da dor, do sofrimento que salva almas. Muitas vezes Deus não tem outra saída para salvar as almas de uma família que não reza, ou de uma pessoa, a nao ser, pela doença, pois sem isso a maioria da humanidade se perderia.
 
Além disso a dor nos fortalece, nos purifica e acima de tudo nos prepara para a hora da morte. No mais, aceitar 15 minutos de dor de cabeça, sem reclamar, e sem tomar analgésicos, pode nos dar a graça da remissão de um ano de Purgatório.
 
E pergunto: por que tantas almas caem no Purgatório? Porque não aceitam nem a mínima dor, não fazem nem o mínimo sacrifício, além do que vivem reclamando de dores. Alias, quem vive a reclamar de sua cruz, na verdade faz com que aquele que o escuta também sofra, e com isso transfere parte de sua carga ao outro. Mas isso trás graças apenas a quem escuta, e de forma alguma diminui o tempo da dor de quem reclama, antes o aumenta, porque de certa forma castiga ao transferir seu fardo a outrém, o que é uma falta, um pecado. Eis o texto:


onte:
http://vida- espiritual- catolica. blogspot. com/2009/ 11/mortificacao- crista.html
 
 
A prática da mortificação corporal ou interior tem acompanhado a Igreja desde os seus primórdios, remonta aos apóstolos e foi praticada por muitos santos.
 
Pela mortificação, unimo-nos mais íntima e perfeitamente ao sofrimento redentor de Cristo que suportou a ignominiosa morte de cruz para nos remir dos nossos pecados com o Seu preciosíssimo sangue. Ele, o cordeiro sem mancha, a vítima salutar, ensina-nos que a dor é o melhor caminho de santificação, de crescimento espiritual, de purificação dos nossos pecados, de expiação pelos dos outros e de amor a Deus e às almas.

Deste modo, os sacrifícios voluntários que nos propomos realizar podem ter como finalidades:
1 a reparação da honra ultrajada de Deus, da santíssima Virgem ou dos Santos;
2 a conversão dos hereges e dos pobres pecadores nos quais estamos todos incluídos; neste sentido é lícito e até recomendável oferecer a Deus sacrifícios por amigos, familiares, vizinhos e por todos os que nos rodeiam e não O conhecem. Também pela Pátria.
3 o alívio e libertação das almas do purgatório com a reparação das suas negligências;
4 a união com o nosso Divino Salvador por meio do sofrimento. Este é, indubitavelmente, o motivo por excelência de toda a mortificação;
5 a exaltação e vitória da Santa Igreja, sobre os seus inimigos internos e externos.

Pela prática da mortificação, aprendemos o valor do sacrifício, da renúncia e da abnegação, além de experimentarmos uma profunda união com o Redentor.

Além disso, a mortificação, particularmente a corporal, é também um meio de nos disciplinarmos e conseguirmos o auto-domínio das nossas más inclinações, paixões desordenadas e apetites desregrados. Assim, uma das finalidades principais da mortificação consiste em neutralizar as influências malignas que o pecado original continua a exercer nas nossas almas, inclusive depois de termos sido regenerados pelo baptismo.

A nossa regeneração em Cristo, apesar de vencer completamente o pecado em nós, deixa-nos ainda muito longe da rectidão e da paz originais. O Concílio de Trento reconhece que a concupiscência, isto é, a tríplice inclinação da carne, dos olhos e da soberba, faz-se sentir em nós, inclusive depois do baptismo, com o fim de nos levar sempre a uma maior firmeza no combate diário pela nossa santificação pessoal, o que supõe a aceitação dos sofrimentos involuntários e das cruzes quotidianas, bem como a imposição consciente, moderada e prudente de novos sofrimentos que nos unam mais ao sofrimento redentor de Cristo, correspondendo isto a uma autêntica vida cristã.

Trata-se pois de
aniquilar, em nós, o homem velho, dominado pelo pecado, a fim de dar lugar ao homem novo, regenerado, de tal modo pela graça que, já não viva para si e para o pecado, mas somente para Cristo e para a vida nova que Ele lhe oferece, vida de santidade, de verdade e de amor.

Torna-se, então, necessário reduzir, praticamente à impotência, à inércia e à esterilidade, a influência em nós deste homem velho, o que só será possível pela prática da mortificação. É preciso impedir que ele nos dê o seu fruto próprio, que é o pecado, e anular a sua acção em toda a nossa vida moral.

Nesta perspectiva, A mortificação cristã deve estender-se a todos os homens e chegar a todas as actividades em que a nossa natureza se desenvolve.

Todavia, a prática da mortificação é, na actualidade, causa de polémica e até de escândalo por parte de muitos, que não compreendem nem o seu significado ascético e místico, nem os seus frutos na vida dos que a praticam.

No que concerne à mortificação corporal, As reservas da maior parte das pessoas, mesmo aquelas que se dizem católicas, são ainda maiores, dada a complexidade do problema e a falta de informação sobre a prática em questão.

Muitos são os que se negam, rotundamente, a aceitar que outros se mortifiquem. Consideram masoquista, retrógrada, ultrapassada e sem fundamento a prática da mortificação, principalmente a dos sentidos. Na sociedade actual, marcadamente consumista, materialista e ateia, o sofrimento cristão não é visto com bons olhos, facto este, facilmente comprovado pelas inúmeras tentativas de legalizar, por exemplo, a prática da eutanásia. Para tais indivíduos, a vida não terá qualquer sentido se nela formos obrigados a experimentar o sofrimento. Imagine-se, então, se esse sofrimento de que falo não nos é imposto, mas procurado por nós. Os supostamente tolerantes da modernidade não toleram a mortificação e o sofrimento voluntário.

Curiosamente, são precisamente esses hipócritas, que rejeitam a mortificação corporal cristã, os mesmos que aceitam outro tipo de mortificações corporais como as dietas exageradas a fim de perder peso, as exaustivas horas num ginásio, etc., etc. trata-se, pois, de saber se o que os incomoda é, de facto, a prática da mortificação ou a finalidade dela.

De muitos modos, pode praticar-se a mortificação. Em primeiro lugar, é importante sublinhar que a Igreja, na sua prudência de mestra e no seu amor de mãe, não nos recomenda mortificações excessivas que prejudiquem a nossa saúde ou nos levem à vaidade, ao orgulho e à soberba de nos julgarmos melhores do que os outros porque nos mortificamos e os outros não.

A Igreja recomenda e sempre recomendou, primeiramente, que aceitemos as pequenas contrariedades da vida diária, as alfinetadas, as pequenas cruzes, uma vez que só assim aprenderemos a suportar o sofrimento e a cruz. Há que ser fiel no pouco, no pequeno, para que haja constância e fidelidade no grande e no muito. O único que Deus exige de nós é que aceitemos a Sua divina vontade e a cumpramos paciente, resignada, alegre e amorosamente na nossa vida, o que não raras vezes é extremamente difícil, dada a nossa inclinação para o pecado, causando-nos grande sofrimento.

Se aprendermos a aceitar estas pequenas dores quotidianas, seremos fiéis nas grandes mortificações voluntárias corporais ou interiores que, mais tarde, nos queiramos impor.

Acrescente-se a tudo isto que quem se sente chamado por Deus à prática de mortificações corporais mais intensas deve ser acompanhado e orientado por um prudente director espiritual que saiba compreender esta necessidade de crescer em amor a Deus, a estimule e a dirija da melhor forma possível, a fim de que quem a ela se sente vocacionado não caia na vaidade, nem se sinta atormentado pela falta de compreensão e de estímulo a uma prática tão piedosa, excelente e santa; sempre tão recorrente na Igreja.

Deste modo, para nos mortificarmos diariamente não é necessário muito. Basta seguir algumas destas indicações, não todas, precisamente para não cair na sob
erba:
1 jejuar pelo menos uma vez por semana. Recomenda-se a sexta feira para melhor nos associarmos à paixão e Morte de Nosso Senhor e às Suas dores, agradecendo- Lhe de todo o coração por nos ter remido. Também é recomendável o sábado em honra da Santíssima Virgem, visto que este dia da semana sempre Lhe foi consagrado pela Igreja. Este jejum pode ser feito de várias formas:
-a pão e água durante todo o dia ou somente durante umas horas determinadas previamente;
-um jejum de líquidos durante todo o dia ou numa parte dele;
-um jejum mais leve, o mais recomendável pela Igreja, para quem inicia a prática da mortificação. Consiste em abster-se apenas de uma refeição durante o dia.
2 não beber água quando se tem sede; É uma excelente prática de mortificação. 3 abster-se de carne na sexta-feira;
(Esta indicação, não só é uma mortificação que podemos oferecer a Nosso Senhor, como é absolutamente obrigatória e para ser seguida. Muitos católicos não sabem, mas continua a ser preceito que nos abstenhamos de carne durante todas as sextas-feiras do ano)
4 suportar, com paciência, resignação e até com alegria, o frio, o calor, a fome, as calúnias, as injustiças e toda a espécie de inconvenientes e dores, físicas ou morais, que, à primeira vista, nos parecem insuportáveis; aqui também se incluem as pessoas por quem nutrimos uma antipatia natural. Tentar suportar as suas fraquezas e rezar por elas é, já por si, um acto de amor e de conformidade com a vontade de Deus.

Não pretendo esgotar o assunto com este texto, nem que esta lista seja o único critério de escolha. Esta é uma das muitas possíveis para iniciantes, para alguém que esteja, agora, a dar os primeiros passos nesta prática bimilenar da Igreja.
 
Muitas outras coisas se podem fazer no âmbito de uma tentativa de mortificação. Cabe a cada um procurar o que lhe é particularmente mais doloroso e difícil de suportar.

Por vezes, o mais doloroso é mesmo suportar alguém de quem não gostamos, comer algo que não apreciamos, sorrir para alguém por quem nutrimos alguma antipatia. Como isto é difícil! Oferecer ao Senhor aquilo que nos é mais dificultoso suportar é que é a verdadeira mortificação.
 
Depois de conseguirmos carregar estas pequenas cruzes, (que a meu ver não são nada pequenas), poderemos, com a ajuda do director espiritual, avançar para mortificações mais intensas. No entanto, recordemos que isto não é de forma nenhuma obrigatório e só deve praticar este tipo de mortificações quem tiver uma sólida formação doutrinal, moral e espiritual e quem a isso se sinta impelido por Deus. Estas mortificações mais intensas, recorde-se, só devem ser praticadas com autorização expressa do director espiritual ou a pedido dele. Ninguém se aventure a avançar para mortificações corporais mais intensas sem pedir licença ao seu director espiritual que, naturalmente, deverá ser um sacerdote piedoso, doutrinariamente ortodoxo, sábio e prudente.

Igualmente importante é a assistência regular e fervorosa ao Santo Sacrifício da Missa, fonte e origem por excelência de toda a mortificação. É da missa, renovação não sangrenta do sacrifício da Cruz, que nos advém o chamamento ao sacrifício e a força para o praticar.
 
Mortifiquemos, antes de mais, as nossas paixões, más inclinações, apetites; vaidades, opiniões. Humilhemo-nos perante um irmão, reconheçamos as nossas misérias e indignidade. Isto sim é sólida e verdadeira mortificação, porque a humilhação, o aniquilamento nos custam a todos.
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