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03/06/2017
Outra bomba vaticana?
Reexaminar a contracepção, ou Francis a quer liberar?


Será que o Papa Francisco estabeleceu uma comissão secreta para “reexaminar” contracepção? Esperemos que não.

Por Pete Baklinski, LifeSiteNews, 30 de maio de 2017 | Tradução: FratresInUnum.com –   Há rumores de que o Papa Francisco tenha estabelecido uma comissão secreta para “reavaliar” o ensino da Igreja sobre o mal da contracepção. Esperemos que eles sejam falsos.

Tal comissão sob a liderança de Francisco eventualmente prejudicaria e até corromperia o belo ensinamento da Igreja sobre o significado e propósito das relações conjugais.

Vimos exatamente esse tipo de subversão acontecendo durante os dois Sínodos da Família. O documento final do papa, o ambíguo Amoris Laetitia, vem sendo usado para minar a indissolubilidade do casamento, aprovar relações adúlteras, dar comunhão aos adúlteros e fornicadores e colocar a consciência individual acima das leis de Deus, conforme esta é refletida nos ensinamentos perenes da Igreja.

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No começo deste mês, o veterano vaticanista italiano Marco Tosatti, postou em seu blog que “relatos não confirmados provenientes de boas fontes” revelam que Francisco “está prestes a nomear – ou até mesmo cogita-se que já tenha sido formada – uma comissão secreta para examinar e potencialmente estudar mudanças na posição da Igreja sobre o tópico da contracepção”.

“Até agora, não há confirmação oficial sobre a existência e composição desta entidade. Mas um pedido de confirmação ou de negação que foi apresentado às autoridades competentes até agora não foi respondido – o que poderia ser por si só um sinal – no sentido de que, se o que se cogita fosse completamente infundado, não custaria nada reponder “, escreveu Tosatti em 11 de maio.

Em suma, a alegação de Tosatti sobre a existência de uma comissão secreta, ainda não foi confirmada ou negada pelos oficiais do Vaticano.

Seis dias depois, em um artigo de 17 de maio, Maike Hickson, do blog OnePeterFive, informou que ele foi capaz de confirmar a afirmação de Tosatti sobre uma comissão secreta através de uma “fonte fidedigna em Roma” mas, que, no entanto, era incapaz de “dar os nomes específicos dos membros daquela comissão”.

O meu grande temor é que tal comissão com Francisco ao leme só poderá chegar à uma conclusão contrária à fé católica, ou seja, de que o “acompanhamento pastoral” das pessoas em “situações concretas” significa permitir-lhes “discernir” o uso de contraceptivos em “casos sérios” de acordo com uma “consciência bem formada”.

Espero que eu esteja completamente errado. Mas meu receio de que a tal comissão chegue a tal conclusão é baseado no que o próprio Papa Francisco já disse em várias ocasiões sobre a questão da contracepção. Aqui estão algumas amostras do que ele disse e que me deixam realmente preocupado:

1-Em uma entrevista ao Corriere della Sera em março de 2014, Francisco disse que a questão do controle de natalidade deve ser respondida não por uma “mudança na doutrina”, mas ao “fazer com que a pastoral (ministério) leve em consideração as situações que tornam possível às pessoas usá-la.”

2-Durante uma conferência de imprensa em seu vôo de regresso da África, em novembro de 2015, quando perguntado se era hora da Igreja permitir o uso de preservativos para prevenir o HIV, Francisco concordou que o uso de preservativos é “um dos métodos”, mas que isso provocaria um conflito com o quinto e sexto mandamentos.

3- Durante seu vôo de volta do México em fevereiro de 2016, Francisco disse que a contracepção pode ser o “menor de dois males” para os pais que desejam evitar conceber uma criança em áreas afetadas pelo vírus Zika. O então Porta-voz do Vaticano, Pe. Federico Lombardi confirmou as palavras do papa no dia seguinte, afirmando: “O contraceptivo ou preservativo, em casos particulares de emergência ou gravidade, poderia ser objeto de “discernimento” em um caso grave de consciência. É o que o Papa disse.”

4- Em novembro último, Francisco elogiou o teólogo moral alemão dos anos 60, Bernard Häring, um dos dissidentes mais proeminentes da encíclica de 1968 do Papa Paulo VI, Humanae Vitae, por sua nova moralidade, que segundo o papa, ajudou a “a teologia moral a florescer”. Francisco elogiou Häring enquanto respondia a uma pergunta sobre uma moralidade que muitas vezes ele defendeu com base no “discernimento”.

A Igreja Católica condena o uso da contracepção como um ato intrinsicamente mal, o que significa que está gravemente errado em todos os casos. O uso da contracepção contradiz o propósito procriativo do ato conjugal, que deve sempre estar aberto à vida, e viola o caráter unitivo dos cônjuges quando um dos cônjuges nega abertamente o dom da fertilidade ao outro.

A fertilidade no casamento é um dom precioso de Deus. O ato conjugal caminha lado-a-lado com o respeito à beleza e a responsabilidade que acompanham esse grande dom. A contracepção essencialmente destrói o dom da fertilidade dentro do casamento. O resultado é que envenena o amor verdadeiro, transformando o ato conjugal em busca de prazer egoísta.

Por esta razão, a Igreja “ensina que todos e cada um dos atos matrimoniais devem permanecer abertos à transmissão da vida”, como afirma a Humanae Vitae, encíclica de 1968 do Papa Paulo VI, que reiterou o ensino definitivo da Igreja sobre o mal moral da contracepção.

“Usar este dom divino destruindo, mesmo que apenas parcialmente, seu significado e seu propósito é contrariar a natureza do homem e da mulher e do seu relacionamento mais íntimo e, portanto, é contrariar também o plano de Deus e Sua vontade “, declara a encíclica.

A Igreja aconselha aos casais que procuram adiar a gravidez por motivos graves, evitar relações conjugais durante o período fértil da mulher. Os métodos científicos aprovados pela Igreja Católica para determinar quando uma mulher é fértil,  incluem o Método da Temperatura e o Método de Ovulação conhecido como Billings. Estudos têm demonstrado que os métodos de conscientização sobre a fertilidade, quando utilizados corretamente, são tão eficazes ou ainda mais efetivos para adiar a gravidez quando comparados aos métodos contraceptivos hormonais e de barreira.

Será que Francisco mudará o ensino católico contra o mal da contracepção se tais rumores se revelarem verdadeiros? Ele não pode, mas, infelizmente, podemos esperar que sua conclusão sobre “os achados” dessa comissão seja suficientemente ambígua para que qualquer um que deseje fazer uso de anticoncepcionais em “boa consciência” se sinta justificado ao fazê-lo. Imagino que isso seria uma reavaliação da infame “Declaração de Winnipeg” dos bispos canadenses que dissentiu abertamente da Humanae Vitae.

Poderiam os Católicos que optarem pela contracepção com base em um ensinamento ambíguo do Papa serem culpados por suas ações pecaminosas? A sua culpa seria diminuída, mas os efeitos temporais do pecado da contracepção causariam outros males em seus casamentos, resultando potencialmente em ruptura matrimonial, divórcio, miséria e, possivelmente, separação eterna de Deus.

Cristo alertou contra aqueles que levam os outros a pecarem. Ele disse que seria melhor que uma pedra de moinho fosse atada em seus pescoços e  que fossem atirados ao mar do que fazer com que outros pecassem. Se o Papa Francisco criou uma comissão para reexaminar “a pílula”, espero e rezo para que qualquer ensinamento que possa surgir daí reafirme o ensino católico anterior em sua plenitude, enfatizando o mal da contracepção e ao mesmo tempo advertindo aos casais católicos para ficarem o mais longe possível desse veneno espiritual.

 


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