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24/06/2016
Emérito é impossível


João Paulo II em 2002: “A pope emeritus is impossible”.

IHU – O enigma de um “papa emérito” ao lado do papa reinante, até mesmo sob a forma de “um ministério em comum” entre um papa “contemplativo” e um “ativo”, continua pesando de forma não resolvida sobre a atual época do papado.

A nota é de Sandro Magister, publicada no seu blog de Settimo Cielo, 21-06-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

João Paulo II usando uma plataforma móvel.

A figura do “papa emérito” foi deliberadamente introduzida por Bento XVI depois da sua renúncia, mas não tem precedentes na história.

Sabe-se que ela já havia sido examinada por alguns dos seus antecessores, que, no entanto, sempre a rejeitaram como impraticável. Pio XII, por exemplo, pensando em um possível sequestro por parte dos nazistas que ocupavam Roma, tinha preparado uma carta de renúncia total ao papado e tinha confidenciado a Dom Domenico Tardini: “Se me sequestrarem, levarão embora o cardeal Pacelli, não o papa”.

A questão voltou a aparecer na última fase, cada vez mais marcada pela doença, do pontificado de João Paulo II.

O escritor e editor católico Conrad Black, canadense, nos confirma que o Papa Karol Wojtyla teve a oportunidade de falar a respeito no fim de julho de 2002, em Toronto, na Jornada Mundial da Juventude, durante um almoço com os benfeitores que haviam financiado a jornada, na casa do arcebispo emérito da cidade, o cardeal Gerald Emmett Carter, do qual Black era muito amigo.

Naquela ocasião, João Paulo II se disse totalmente contrário à hipótese. E as suas palavras exatas foram: “A pope emeritus is impossible” [Um papa emérito é impossível].

Black relatou esse episódio, na época, em um tributo à memória do santo papa, publicado no jornal britânicoCatholic Herald, do qual foi coproprietário.

Joseph Ratzinger era o mestre de doutrina no qual João Paulo II punha a sua máxima confiança. E, depois, em 2005, foi o seu sucessor.

Mas, evidentemente, sobre o “papa emérito”, um e outro tomaram caminhos diferentes.

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OBS > Para os que nos acompanham diariamente pelo site, isso desde o surgimento desta confusão lá no Vaticano, não fica muito difícil adivinhar o que estará no livro Ecos do Apocalipse, ainda no compasso de espera. A frase de Sua Santidade João Paulo II “um Papa emérito é impossível”, deveria, por si só, fazer entender a todo o universo clerical da sempre SANTA Igreja Católica – NUNCA pecadora – que algo de muito errado está ocorrendo dentro daqueles muros. Até porque ela se completa na frase de Pio XII: “se me sequestrarem levarão o Cardeal Pacelli, não o Papa”. Seu nome era Eugênio Pacelli. Ora, o simples fato de Bento XVI, que é profundo conhecedor dos documentos da Igreja, ter posto em voga esta figura do "emérito", deveria alertar os teólogos e doutores, para a presença de uma fraude.

O fato é que sempre e de tudo existe uma “causa primeira”. Há sempre um ANTES de um DEPOIS, e sem isso tudo o mais é aberrante. Não existe árvore sem tronco, nem telhado fixo nos ares. Os documentos da Santa Igreja, em especial os do Papa Paulo IV e João Paulo II, que tratam de um conclave e de um Papa, são absolutamente claros, são cristalinos, são irrefutáveis e estão em pleno vigor. Mas tanto quanto são claros e irrefutáveis, também foram, de forma solene e cristalina: rasgados, descumpridos, violados e ignorados como se não existissem. O que houve ali pode ser definido como um verdadeiro esbulho possessório, das mais dramáticas consequências.

Na Igreja nada se improvisa. A figura de um “emérito” somente pode ser aplicada a um “bispo”, que quando completa 75 anos de idade é solicitado a abdicar do seu cargo de TITULAR de uma diocese, podendo, se desejar, ali permanecer, sem perder, no entanto o título de Bispo. Ou seja: o cargo de Bispo Titular de uma diocese não é vitalício, lhe é conferido pelo Papa, e não se prende com exclusividade a uma diocese, porque eles podem vir a ser transferidos de uma para outra. Nunca um Papa verdadeiro!

Isso porque o cargo de PAPA é VITALÍCIO, é para toda a vida,e para TODA A IGREJA, e enquanto um sopro de vida nele houver, sempre estará com ele, com exclusividade o pleno PODER do comando da Santa Igreja Católica. Porque pela lei do Primado, que é conferido ao Papa pelo próprio Deus, nele permanece, com exclusividade o direito PLENO de representar a Igreja Católica, como única cabeça. Deus não retira o dom que concede. Se há, pois, outro elemento ocupando o lugar dele, nenhum direito lhe pode ser conferido, e isso está bem claro nos documentos reguladores de um conclave.

Ou seja: uma vez padre, também para sempre sacerdote. Uma vez Bispo, para sempre bispo, seja como titular, como auxiliar, seja também como emérito. Uma vez batizado, então batizado para sempre de forma indelével. Uma vez casado validamente, então para sempre casados, até que a morte os separe. Por qual motivo um Papa eleito validamente deveria abdicar de um dom conferido pelo próprio Deus?

Não existe então a figura de um “papa emérito”, não somente porque ela não consta – nem poderia constar –dos documentos da Santa Igreja, mas porque Deus não demite o Papa que Ele mesmo escolheu para representar Jesus na Terra, ainda que muitos deles, não tenham sido dignos desta escolha. Jesus escolheu um só Pedro, e mesmo quando este, estando errado, se confrontou com Paulo, permaneceu o único Cetro com Pedro, e assim foi feito, para que de geração em geração, a Igreja tivesse apenas UMA CABEÇA, e não fosse um aberrante bicéfalo. De fato, existem crianças que nascem com duas cabeças, mas são anômalas e inviáveis. E a Igreja é UNA e não bicéfala!

Isso deveria ter sido levado em conta e não poderia ser admitido pelos cardeais, que deveriam conhecer bem a doutrina da Igreja a respeito de um conclave. E as regras estabelecidas naqueles documentos além de serem bem claras para não deixar qualquer dúvida, não somente denunciam o conclave por fraudulento, como retiram do eleito qualquer poder de comando sobre a Igreja, e ainda o anatemizam, ou seja, excomungam, a ele e a todos aqueles que a elas descumprem. Isso é gravíssimo, mas está acontecendo. E sem esta tentativa de explicar, falando em "ministério em comum", em "papa ativo" e "papa contemplativo", porque isso somente aumenta o escândalo.

Quando, então, aos poucos os óbices como este são levantados, torna-se mais pesada ainda a tremenda responsabilidade de um cardeal, e não somente deles, também a de todos os bispos e sacerdotes, se, conhecendo a regra, e sabendo que foi burlada, eles continuam aceitando a causa segunda, sabendo perfeitamente que a causa primeira foi fraudada. Se, pois, continuam surgindo ordens, documentos, entrevistas e homilias vindas de uma segunda cabeça abortiva, se torna mais do que evidente, que elas não têm nenhum valor legal, não estão ligadas no Céu e quem as cumpre, aprova e apoia, acaba fazendo parte daqueles que elevaram seu grito de revolta contra Deus. Faz parte dos rebeldes!

Há um só Pedro válido, e isso até que a morte o leve daqui. Se há um só Pedro, há uma só cabeça. Se, então, uma segunda cabeça sopra doutrina sobre todo o mundo católico, devemos entender e aceitar que ela vem da boca da serpente, o que se comprova pela escandalosa dubiedade doutrinal da segunda cabeça. Voltando a esta mesma figura, imagine que uma criança de duas cabeças chegasse a ser adulta, e uma começasse a pensar diferente da outra: seria o caos! É, então, o caos o que se instalou no Vaticano!

Bem que os profetas antigos garantiram: haverá dois papas ao mesmo tempo, e uma grave crise na Igreja. E ainda: não se saberá qual dos dois papas é o verdadeiro! Quando um sacerdote perguntou para a senhora vidente Olívia de Garagoa, sobre o futuro de João Paulo II, ela lhe disse: não se preocupe com este, porque Deus cuidará dele. Mas cuide padre, quando for eleito um papa, estando o outro vivo: ele será um herege! (Aarão)


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