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Maria
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09/09/2009
Natividade


Maria - Natividade
9/9/2009 09:22:58

Maria - Natividade


NATIVIDADE DE MARIA



Hoje nossa Senhora faz anos. Quantos? Depois do que escrevi no
1º.Artigo, só há uma resposta: isso só Deus o sabe. Para terminar
estes artigos sobre o nascimento de nossa Senhora concluo com dois
artigos:
- uma canção a nossa Senhora Menina - o relato histórico do nascimento
segundo a beata Ana Catarina Emmerich
UMA CANÇÃO – Se gostar de cantar, passo a transcrever uma
canção dedicada ao Seu nascimento. Em primeiro lugar envio a tradução
já que isto é tirado de um sítio de língua inglesa, possivelmente
norte americano. Estou a pensar nas pessoas que não sabem inglês. Eu
próprio não sou muito bom em inglês. Possivelmente haverá uma má
tradução aqui e além.
http://www.mariabambina.org/#Song%20to%20Maria%20Bambina
Para se ir parar à canção, já depois da fotografia de João Paulo II,
há vários títulos em azul. Um deles é "Song to Maria Bambina".
Carregar nele. Os que se entendem com o inglês podem ver o resto do
sítio. Há uma ladainha a nossa Senhora Menina, etc.
A canção em inglês é:



Holy Mary, Child most precious, joy of the Holy Trinity.
Purest daughter soon to bless us; Holy Spirit's bride to be!
Heavenly child and purest temple, from your cradle send your grace.
Make us pure and sweet and simple, as the love shining from your face.
Holy Mary, Child sublime, garden of virtue, full of grace.
Gate of Heaven make us thine, as we reach out for your embrace!
Heavenly child and fairest dove, beautiful lily, oh so sweet.
Fill us with your trusting love, as we lay flowers at your feet.
Holy Mary, Child of life, mirror of love and hope and peace.
In the sorrow of our strife, teach us the way; our faith increase!
Heavenly child and mystical rosebud, Mother of Mercy, soon to weep.
To thee we bring this song of love to console you as you sleep.



A tradução tanto quanto possível aproximada é :



Santa Maria, Criança preciosíssima, alegria da Santíssima Trindade.
Puríssima filha que nos abençoará em breve; que sereis Noiva do
Espírito Santo
Criança celestial e templo puríssimo, do Vosso berço enviai a Vossa graça.
Fazei-nos puros, suaves e simples, pois o amor brilha na Vossa face.
Santa Maria, Criança sublime, jardim de virtude, cheia de graça.
Porta do Céu fazei-nos Vossos, porque nós estendemo-nos até ao Vosso
abraço!
Criança celestial e pomba justíssima, lindo lírio, oh tão suave.
Enchei-nos com o Vosso amor confiante, quando lançarmos flores aos
Vossos pés.
Santa Maria, Menina da vida, espelho de amor, de esperança e de paz.
Ensinai-nos o caminho na tristeza da nossa luta, aumentai a nossa fé!
Criança celestial e botão de rosa mística, Mãe de Misericórdia, em
breve chorareis.
Trazemo-Vos esta canção de amor para Vos consolar enquanto dormis.



UM RELATO HISTÓRICO – Vários místicos descreveram o nascimento de nossa
Senhora:
- beata Ana Catarina Emmerich (alemã, morreeu em 1824)
- venerável madre Maria de Jesus de Agrada (espanhola, morreu em 1667)
- Maria Valtorta (italiana, morreu a 12 de Outubro de 1961)
- Teresa Neumann ( alemã, morreu em 1962)
Das três primeiras tenho a certeza, mas não da última. Sei que ela
falou da vida de Jesus e de Maria, mas não tenho a certeza se falou do
nascimento de nossa Senhora.
Certamente haverá muitos outros místicos que falem da vida de Jesus e
de Maria, mas não os conheço. Limito-me apenas à beata Ana Catarina
Emmerich e passo a citar como ela viu o nascimento de nossa Senhora .
http://www.oracoes.info/m11.html
"Com vários dias de antecipação havia anunciado Ana a Joaquim que se
acercava seu parto. Com este motivo enviou ela mensageiros a Séforis,
a sua irmã menor Marta; ao vale de Zabulón, a viúva Enue, irmã de
Isabel; e a Betsaida, a sua sobrinha Maria Salomé, chamando-as a seu
lado. Vi a Joaquim, a véspera do parto de Ana, que enviava numerosos
servos aos prados onde estavam seus rebanhos, indo ele mesmo ao mais
próximo. Entre as novas criadas de Ana, apenas uma aguardou em sua
casa aquelas cujo serviço era necessário. Vi a Maria Heli, a filha
maior de Ana, ocupando-se nos afazeres domésticos. Tinha então uns
dezenove anos, e havendo-se casado com Cleofás, chefe dos pastores de
Joaquim, era mãe de uma menininha chamada Maria de Cleofás, de mais ou
menos quatro anos naquele momento. Joaquim orou, elegeu seus mais
lindos cordeiros, cabritos e bois e os enviou ao templo como
sacrifício de ação de graças. Não voltou a casa até o anoitecer. Pela
noite vi chegar a casa de Ana a suas três parentas. A visitaram em sua
habitação situada detrás da casa, e a beijaram. Depois de haver-lhes
anunciado a proximidade de seu parto, Ana, pondo-se de pé, entôo com
elas um cântico concebido mais ou menos nestes términos: "Adorai a
Deus, o Senhor, que tem tido piedade de seu povo, que tem cumprido a
promessa feita a Adão no paraíso, quando lhe disse que a semente da
mulher esmagaria a cabeça da serpente…". Não me é possível repetir
tudo com exatidão. Encontrava-se Ana em êxtase, enumerando em seu
cântico todas as imagens que figuravam a Maria. Dizia: "A semente dada
por Deus a Abraão tem chegado a sua maturidade em mim mesma". Falava
logo de Isaac, prometido de Sara, e agregava: "O florescimento da vara
de Aarão se tem cumprido em mim". A tive visto penetrada de luz em
meio de seu aposento, cheio de resplendores, onde aparecia também, no
alto, a escada de Jacob. As mulheres, cheias de assombro e de jubilo,
estavam como arrebatadas, e creio que viram a aparição. Depois da
oração de bem-vinda se serviu as mulheres uma pequena comida de frutas
e água mesclada com bálsamo. Comeram e beberam de pé, e foram a dormir
algumas horas para repousar da viagem. Ana permaneceu acordada, e
orou. Fazia meia noite, despertou a suas parentas para orar juntas,
seguindo estas detrás de uma cortina perto do leito. Ana abriu as
portas de uma janela embutida no muro, onde se achavam várias
relíquias dentro de uma caixa. Vi luzes acessas a cada lado; mas não
sei se eram lâmpadas. O relicário continha alguns cabelos de Sara, a
quem Ana professava veneração; ossos de José, que Moisés havia trazido
do Egito; algo de Tobias, talvez um pedaço de vestido, e o pequeno
vaso brilhante em forma de pêra onde havia bebido Abraão ao receber a
benção do anjo e que Joaquim havia recebido junto com a benção. Agora
sei que esta benção constava de pão e vinho e era como um alimento
sacramental. Ana se ajoelhou diante do relicário. A cada lado dela
estava uma das duas mulheres, e a terceira, detrás. Recitou um
cântico: creio que se tratava da sarça ardente de Moisés. Vi então um
resplendor celestial que encheu a habitação, e que
, movendo-se,
condensava-se em torno de Ana. As mulheres caíram como desvanecidas
com o rosto pegado ao solo. A luz em torno de Ana tomou a forma de
sarça que ardia junto a Moisés, sobre o monte Horeb, e já não me foi
possível contempla-la. A chama se projetava até o interior: de modo
que logo vi que Ana recebia em seus braços a pequena Maria, luminosa,
que envolveu em seu manto, apertou contra seu peito e colocou sobre o
móvel diante do relicário. Prosseguiu logo suas orações. Ouvi então
que a menina chorava. Vi que Ana tirava uns lenços debaixo do grande
véu que a cobria, e enfaixando-a, deixava a cabeça, o peito e os
braços descobertos. A aparição da sarça ardendo desapareceu.
Levantaram se então as mulheres e em meio da maior admiração receberam
nos braços a criança recém-nascida, derramando lágrimas de alegria.
Entoaram todas juntas um cântico de ação de graças, e Ana levantou a
menina no ar como para oferece-la. Vi então que a habitação se voltou
a encher de luzes e ouvi aos anjos que cantavam Glória e Aleluia. Pude
escutar tudo o que diziam: soube que, segundo o anunciavam, vinte dias
mais tarde a menina receberia o nome de Maria. Entrou Ana em sua
alcova e se encostou. As mulheres tomaram a menina, a despojaram da
faixa, a lavaram e, enfaixando-a de novo, a levaram em seguida junto a
sua mãe, cujo leito estava disposto de tal maneira que se podia fixar
contra ele uma pequena canastra, onde tinha a menina um lugar separado
ao lado de sua mãe. As mulheres chamaram então a Joaquim, o qual se
acercou ao leito de Ana, e ajoelhando-se, derramou abundantes lágrimas
de alegria sobre a menina. Alçou em seus braços e entoou um cântico
de adorações, como Zacarias no nascimento do Batista. Falou no cântico
da santa semente, que colocado por Deus em Abraão se havia perpetuado
no povo de Deus e na Aliança, cujo selo era a circuncisão e que com
esta menina chegava a seu mais alto florescimento. Ouvi dizer no
cântico aquelas palavras do profeta: "Uma flor brotará da raiz de
Jessé", cumpria Com vários dias de antecipação havia anunciado Ana a
Joaquim que se acercava seu parto. Com este motivo enviou ela
mensageiros a Séforis, a sua irmã menor Marta; ao vale de Zabulón, a
viúva Enue, irmã de Isabel; e a Betsaida, a sua sobrinha Maria Salomé,
chamando-as a seu lado. Vi a Joaquim, a véspera do parto de Ana, que
enviava numerosos servos aos prados onde estavam seus rebanhos, indo
ele mesmo ao mais próximo. Entre as novas criadas de Ana, apenas uma
aguardou em sua casa aquelas cujo serviço era necessário. Vi a Maria
Heli, a filha maior de Ana, ocupando-se nos afazeres domésticos. Tinha
então uns dezenove anos, e havendo-se casado com Cleofás, chefe dos
pastores de Joaquim, era mãe de uma menininha chamada Maria de
Cleofás, de mais ou menos quatro anos naquele momento. Joaquim orou,
elegeu seus mais lindos cordeiros, cabritos e bois e os enviou ao
templo como sacrifício de ação de graças. Não voltou a casa até o
anoitecer. Pela noite vi chegar a casa de Ana a suas três parentas. A
visitaram em sua habitação situada detrás da casa, e a beijaram.
Depois de haver-lhes anunciado a proximidade de seu parto, Ana,
pondo-se de pé, entôo com elas um cântico concebido mais ou menos
nestes términos: "Adorai a Deus, o Senhor, que tem tido piedade de seu
povo, que tem cumprido a promessa feita a Adão no paraíso, quando lhe
disse que a semente da mulher esmagaria a cabeça da serpente…". Não me
é possível repetir tudo com exatidão. Encontrava-se Ana em êxtase,
enumerando em seu cântico todas as imagens que figuravam a Maria.
Dizia: "A semente dada por Deus a Abraão tem chegado a sua maturidade
em mim mesma". Falava logo de Isaac, prometido de Sara, e agregava: "O
florescimento da vara de Aarão se tem cumprido em mim". A tive visto
penetrada de luz em meio de seu aposento, cheio de resplendores, onde
aparecia também, no alto, a escada de Jacob. As mul
heres, cheias de
assombro e de jubilo, estavam como arrebatadas, e creio que viram a
aparição. Depois da oração de bem-vinda se serviu as mulheres uma
pequena comida de frutas e água mesclada com bálsamo. Comeram e
beberam de pé, e foram a dormir algumas horas para repousar da viagem.
Ana permaneceu acordada, e orou. Fazia meia noite, despertou a suas
parentas para orar juntas, seguindo estas detrás de uma cortina perto
do leito. Ana abriu as portas de uma janela embutida no muro, onde se
achavam várias relíquias dentro de uma caixa. Vi luzes acessas a cada
lado; mas não sei se eram lâmpadas. O relicário continha alguns
cabelos de Sara, a quem Ana professava veneração; ossos de José, que
Moisés havia trazido do Egito; algo de Tobias, talvez um pedaço de
vestido, e o pequeno vaso brilhante em forma de pêra onde havia bebido
Abraão ao receber a benção do anjo e que Joaquim havia recebido junto
com a benção. Agora sei que esta benção constava de pão e vinho e era
como um alimento sacramental. Ana se ajoelhou diante do relicário. A
cada lado dela estava uma das duas mulheres, e a terceira, detrás.
Recitou um cântico: creio que se tratava da sarça ardente de Moisés.
Vi então um resplendor celestial que encheu a habitação, e que,
movendo-se, condensava-se em torno de Ana. As mulheres caíram como
desvanecidas com o rosto pegado ao solo. A luz em torno de Ana tomou a
forma de sarça que ardia junto a Moisés, sobre o monte Horeb, e já não
me foi possível contempla-la. A chama se projetava até o interior: de
modo que logo vi que Ana recebia em seus braços a pequena Maria,
luminosa, que envolveu em seu manto, apertou contra seu peito e
colocou sobre o móvel diante do relicário. Prosseguiu logo suas
orações. Ouvi então que a menina chorava. Vi que Ana tirava uns lenços
debaixo do grande véu que a cobria, e enfaixando-a, deixava a cabeça,
o peito e os braços descobertos. A aparição da sarça ardendo
desapareceu. Levantaram se então as mulheres e em meio da maior
admiração receberam nos braços a criança recém-nascida, derramando
lágrimas de alegria. Entoaram todas juntas um cântico de ação de
graças, e Ana levantou a menina no ar como para oferece-la. Vi então
que a habitação se voltou a encher de luzes e ouvi aos anjos que
cantavam Glória e Aleluia. Pude escutar tudo o que diziam: soube que,
segundo o anunciavam, vinte dias mais tarde a menina receberia o nome
de Maria. Entrou Ana em sua alcova e se encostou. As mulheres tomaram
a menina, a despojaram da faixa, a lavaram e, enfaixando-a de novo, a
levaram em seguida junto a sua mãe, cujo leito estava disposto de tal
maneira que se podia fixar contra ele uma pequena canastra, onde tinha
a menina um lugar separado ao lado de sua mãe. As mulheres chamaram
então a Joaquim, o qual se acercou ao leito de Ana, e ajoelhando-se,
derramou abundantes lágrimas de alegria sobre a menina. Alçou em seus
braços e entoou um cântico de adorações, como Zacarias no nascimento
do Batista. Falou no cântico da santa semente, que colocado por Deus
em Abraão se havia perpetuado no povo de Deus e na Aliança, cujo selo
era a circuncisão e que com esta menina chegava a seu mais alto
florescimento. Ouvi dizer no cântico aquelas palavras do profeta: "Uma
flor brotará da raiz de Jessé", cumpria-se neste momento
perfeitamente. Disse também, com muito fervor e humildade, que depois
disto morreria contente. Notei que Maria Heli, a filha maior de Ana,
chegou bastante tarde para ver a menina. A pesar de ser mãe ela mesma,
desde vários anos atrás, não havia assistido ao nascimento de Maria
talvez porque, segundo as leis judaicas, uma filha não devia achar-se
o lado de sua mãe em tais circunstâncias. Ao dia seguinte vi aos
servidores, as criadas e a muita gente do pais reunidos em torno da
casa. Lhes fazia entrar sucessivamente, e a menina Maria foi mostrada
a todos pelas mulheres que a atendiam. Outros vizinhos acudiam porque
durante a noite
havia aparecid
Com vários dias de antecipação havia anunciado Ana a Joaquim que se
acercava seu parto. Com este motivo enviou ela mensageiros a Séforis,
a sua irmã menor Marta; ao vale de Zabulón, a viúva Enue, irmã de
Isabel; e a Betsaida, a sua sobrinha Maria Salomé, chamando-as a seu
lado. Vi a Joaquim, a véspera do parto de Ana, que enviava numerosos
servos aos prados onde estavam seus rebanhos, indo ele mesmo ao mais
próximo. Entre as novas criadas de Ana, apenas uma aguardou em sua
casa aquelas cujo serviço era necessário. Vi a Maria Heli, a filha
maior de Ana, ocupando-se nos afazeres domésticos. Tinha então uns
dezenove anos, e havendo-se casado com Cleofás, chefe dos pastores de
Joaquim, era mãe de uma menininha chamada Maria de Cleofás, de mais ou
menos quatro anos naquele momento. Joaquim orou, elegeu seus mais
lindos cordeiros, cabritos e bois e os enviou ao templo como
sacrifício de ação de graças. Não voltou a casa até o anoitecer. Pela
noite vi chegar a casa de Ana a suas três parentas. A visitaram em sua
habitação situada detrás da casa, e a beijaram. Depois de haver-lhes
anunciado a proximidade de seu parto, Ana, pondo-se de pé, entôo com
elas um cântico concebido mais ou menos nestes términos: "Adorai a
Deus, o Senhor, que tem tido piedade de seu povo, que tem cumprido a
promessa feita a Adão no paraíso, quando lhe disse que a semente da
mulher esmagaria a cabeça da serpente…". Não me é possível repetir
tudo com exatidão. Encontrava-se Ana em êxtase, enumerando em seu
cântico todas as imagens que figuravam a Maria. Dizia: "A semente dada
por Deus a Abraão tem chegado a sua maturidade em mim mesma". Falava
logo de Isaac, prometido de Sara, e agregava: "O florescimento da vara
de Aarão se tem cumprido em mim". A tive visto penetrada de luz em
meio de seu aposento, cheio de resplendores, onde aparecia também, no
alto, a escada de Jacob. As mulheres, cheias de assombro e de jubilo,
estavam como arrebatadas, e creio que viram a aparição. Depois da
oração de bem-vinda se serviu as mulheres uma pequena comida de frutas
e água mesclada com bálsamo. Comeram e beberam de pé, e foram a dormir
algumas horas para repousar da viagem. Ana permaneceu acordada, e
orou. Fazia meia noite, despertou a suas parentas para orar juntas,
seguindo estas detrás de uma cortina perto do leito. Ana abriu as
portas de uma janela embutida no muro, onde se achavam várias
relíquias dentro de uma caixa. Vi luzes acessas a cada lado; mas não
sei se eram lâmpadas. O relicário continha alguns cabelos de Sara, a
quem Ana professava veneração; ossos de José, que Moisés havia trazido
do Egito; algo de Tobias, talvez um pedaço de vestido, e o pequeno
vaso brilhante em forma de pêra onde havia bebido Abraão ao receber a
benção do anjo e que Joaquim havia recebido junto com a benção. Agora
sei que esta benção constava de pão e vinho e era como um alimento
sacramental. Ana se ajoelhou diante do relicário. A cada lado dela
estava uma das duas mulheres, e a terceira, detrás. Recitou um
cântico: creio que se tratava da sarça ardente de Moisés. Vi então um
resplendor celestial que encheu a habitação, e que, movendo-se,
condensava-se em torno de Ana. As mulheres caíram como desvanecidas
com o rosto pegado ao solo. A luz em torno de Ana tomou a forma de
sarça que ardia junto a Moisés, sobre o monte Horeb, e já não me foi
possível contempla-la. A chama se projetava até o interior: de modo
que logo vi que Ana recebia em seus braços a pequena Maria, luminosa,
que envolveu em seu manto, apertou contra seu peito e colocou sobre o
móvel diante do relicário. Prosseguiu logo suas orações. Ouvi então
que a menina chorava. Vi que Ana tirava uns lenços debaixo do grande
véu que a cobria, e enfaixando-a, deixava a cabeça, o peito e os
braços descobertos. A aparição da sarça ardendo desapareceu.
Levantaram se então as mulheres e em meio da maior admiração receberam
nos b
raços a criança recém-nascida, derramando lágrimas de alegria.
Entoaram todas juntas um cântico de ação de graças, e Ana levantou a
menina no ar como para oferece-la. Vi então que a habitação se voltou
a encher de luzes e ouvi aos anjos que cantavam Glória e Aleluia. Pude
escutar tudo o que diziam: soube que, segundo o anunciavam, vinte dias
mais tarde a menina receberia o nome de Maria. Entrou Ana em sua
alcova e se encostou. As mulheres tomaram a menina, a despojaram da
faixa, a lavaram e, enfaixando-a de novo, a levaram em seguida junto a
sua mãe, cujo leito estava disposto de tal maneira que se podia fixar
contra ele uma pequena canastra, onde tinha a menina um lugar separado
ao lado de sua mãe. As mulheres chamaram então a Joaquim, o qual se
acercou ao leito de Ana, e ajoelhando-se, derramou abundantes lágrimas
de alegria sobre a menina. Alçou em seus braços e entoou um cântico
de adorações, como Zacarias no nascimento do Batista. Falou no cântico
da santa semente, que colocado por Deus em Abraão se havia perpetuado
no povo de Deus e na Aliança, cujo selo era a circuncisão e que com
esta menina chegava a seu mais alto florescimento. Ouvi dizer no
cântico aquelas palavras do profeta: "Uma flor brotará da raiz de
Jessé", cumpria-se neste momento perfeitamente. Disse também, com
muito fervor e humildade, que depois disto morreria contente. Notei
que Maria Heli, a filha maior de Ana, chegou bastante tarde para ver a
menina. Apesar de ser mãe ela mesma, desde vários anos atrás, não
havia assistido ao nascimento de Maria talvez porque, segundo as leis
judaicas, uma filha não devia achar-se o lado de sua mãe em tais
circunstâncias. No dia seguinte vi criados,  criadas e a
muita gente do país reunidos em torno da casa. Faziam-nos  entrar
sucessivamente, e a menina Maria foi mostrada a todos pelas mulheres
que a atendiam. Outros vizinhos acudiam porque durante a noite havia
aparecido uma luz encima da casa, e porque o parto de Ana, depois de
tantos anos de esterilidade, era considerado como uma especial graça
do céu."
Irmão João Manuel Félix Busaco




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