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17/07/2008
Consagração Monfortina - II


Maria - Consagração Monfortina - II
17/07/2008 10:55:17

Maria - Consagração Monfortina - II


SEGUNDA PARTE
“A VERDADEIRA DEVOÇÃO” A SANTÍSSIMA VIRGEM
ou
A SANTA ESCRAVIDÃO DE AMOR



A - ESCOLHA DA VERDADEIRA OU PERFEITA DEVOÇÃO 

Há diversas verdadeiras devoções a Maria.
 
[24] Há, com efeito, diversas devoções verdadeiras à Ssma. Virgem: e não falo aqui das falsas.
 
1. A devoção sem prática especial
 
[25] A primeira consiste em cumprir os deveres de cristão, evitando o pecado mortal, agindo mais por amor que por temor, invocando de quando em vez a Santa Virgem e honrando-a como Mãe de Deus, sem, no entanto, nenhuma devoção especial para com Ela.
 
2. A devoção incluindo práticas particulares.
 
[26] A segunda consiste, em ter para com a Santa Virgem sentimentos mais perfeitos de estima, de amor, de confiança e de veneração. Leva a entrar em confrarias do santo Rosário, do Escapulário, a recitar o Terço e o santo Rosário, a honrar suas imagens e seus altares , em publicar seus louvores e alistar-se em suas congregações. E essa devoção, excluindo o pecado, é boa, santa e louvável; mas não é tão perfeita e tão capaz de desapegar as almas das criaturas e de as desprender de si própria para uni-las a Jesus Cristo.
 
3. A devoção perfeita: a da Santa Escravidão de amor.
 
[27] A terceira devoção à santa Virgem, conhecida e praticada por muito poucas pessoas, é esta que te vou revelar, alma predestinada.
 
B - NATUREZA E EXTENSÃO DA VERDADEIRA DEVOÇÃO A MARIA,
CHAMADA SANTA ESCRAVIDÃO DE AMOR.



  Natureza desta devoção: Consagração a título de escravo de amor, e vida de união com Maria.
 
[28] Consiste esta em dar-se inteiramente, na qualidade de escravo, a Maria e a Jesus por Ela; depois, em fazer todas as coisas com Maria, em Maria por Maria e para Maria.
Explico estas palavras.
  Extensão desse sacrifício: é um abandono total nas mãos de Maria.
 
[29] É preciso escolher um dia assinalado para se dar, consagrar e sacrificar voluntariamente e por amor, sem constrangimento, inteiramente, sem nenhuma reserva, corpo e alma; os bens exteriores de fortuna, como a casa, a família, as rendas; e os bens interiores da alma: méritos, graças, virtudes e satisfações.
É preciso notar que se sacrifica, por esta devoção, a Jesus por Maria tudo o que uma alma tem de mais caro e o de que nenhuma ordem religiosa exige o sacrifício, que é o direito que se tem de dispor de si mesmo e do valor de suas orações, esmolas, mortificações e satisfações; de sorte que tudo se deixa à inteira disposição da Ssma. Virgem, para que o aplique segundo sua vontade para a maior gloria de Deus, que só Ela conhece perfeitamente.
 
Maria torna-se Senhora do valor de nossas obras.
 
[30] Deixa-se à sua inteira disposição todo o valor satisfatório e impetratório de todas as obras: assim, após a oblação que delas se fez, embora sem nenhum voto, não se é mais senhor do bem que se faz; mas a Ssma. Virgem pode aplicá-lo a uma alma do Purgatório, para aliviá-la ou livrá-la, ou a um pobre pecador para convertê-lo.
[31] Põem-se, por esta devoção, os méritos próprios nas mãos da Santa Virgem; mas é para guardá-los, aumentá-los, embelezá-los, pois nós não nos podemos comunicar uns aos outros nem os méritos da graça santificante nem da glória. Damos-lhe, porém, todas as nossas orações e boas obras próprias, tanto satisfatórias como impetratórias, para que Ela as distribua e as aplique a quem e como lhe aprouver; e se depois de nos termos assim consagrado à santa Virgem desejarmos aliviar alguma alma do Purgatório, salvar algum pecador, sustentar algum de nossos amigos com nossas orações, nossas esmolas, nossas mortificações, nossos sacrifícios, será necessário pedir-lhe humildemente e conforma-se com o que Ela determinar, sem o sabermos; ficando bem persuadidos de que o valor das nossas ações, distribuído pela mesma mão de que Deus se serve para nos distribuir suas graças e seus dons, não pode deixar de ser aplicado para a sua maior glória.
 
Três espécies de escravidão a escravidão de amor é a mais perfeita consagração a Deus
 
[32] Disse que esta devoção consiste em dar-se a Maria na qualidade de escravo. É preciso notar que há três espécies de escravidão.
 
A primeira é a escravidão por natureza; os homens bons e os maus são escravos de Deus dessa maneira.
 
A segunda é a escravidão por sujeição; os demônios e os réprobos são escravos de Deus dessa maneira.
A terceira é a escravidão de amor, voluntária; é aquela pela qual nos devemos consagrar a Deus por Maria, a maneira MAIS PERFEITA pela qual uma criatura se pode dar ao seu Criador.
 
Diferença entre um simples servidor e um escravo.
 
[33] Notai ainda que há bastante diferença entre um servidor e um escravo: — Um servidor quer salário pelos seus serviços; o escravo o tem absolutamente. O empregado tem liberdade para deixar quando quiser o seu patrão e só o serve por um certo tempo; o escravo não tem direito de deixar o seu senhor; é dele para sempre. O servidor não dá o seu amo direito de vida e morte sobre sua pessoa; o escravo dá-se inteiramente, de sorte que seu amo poderia até matá-lo sem que fosse inquietado pela justiça.
È fácil ver, porém
, que o escravo por sujeição está na mais estreita das dependências, a qual propriamente não convém senão em se tratando de um homem em relação ao seu Criador. É por isso que os Cristãos não tem tais escravos; só os tem assim os Turcos e os idólatras.
 
Felicidade das almas escravas de amor.
 
[34] Feliz e mil vezes feliz é a alma generosa que se consagra a Jesus por Maria, na qualidade de escrava de amor, depois de sacudida pelo batismo a escravidão do demônio!



Gentileza Abílio e Maria Auxiliadora




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