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Maria
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05/06/2006
Histórias de Maria (3)


Maria - 13 Histórias de Maria (3)
Maria - 13 Histórias de Maria (3)

 
COMO MARIA SANTÍSSIMA É BOA!
FREI CANCIO BERRI C. F. M.
EDITORA  VOZES – 22/07/1954
 
Parte 3
 
23 – FOI NOSSA SENHORA QUEM ME CUROU
 
Na missão de Manchukuo entrara num hospital, a cargo das irmãs Franciscanas de Maria, uma menina de cinco anos, bem doente das vistas.
O oculista prognosticou extrema gravidade, pois uma vista já estava perdida e as dores eram cruciantes. Pouca esperança tinha o médico, mas a criança não desanimara.
Encaminhada por boa irmã, ajoelhou-se diante de uma imagem da Virgem Celestial e ousou dizer-lhe:
-          Senhora, se ficar completamente boa, prometo-vos varrer diariamente a vossa capela.
Nossa boa Mãe teve dó da filhinha. No mesmo dia sentiu melhoras e em poucos dias recuperou totalmente as duas vistas.
E a pequena costumava exclamar:
“Foi Nossa Senhora quem me curou!”
 
                                        *          *          *
                 
 
Felizes os que aprendem já em pequenos a conhecer a bondade de Maria Santíssima!
 
 
24 – FOI NOSSA SENHORA QUEM O SALVOU
 
Uma criança de seus quatro a cinco anos estava a brincar na praia. De chofre escorregou e as ondas a levaram consigo. A desolada mãe, vendo o filhinho à mercê das águas, lançou-se ao mar. A muito custo conseguiu trazer o corpo à terra. Parecia morto, pois não dava nenhum sinal de vida.
Os pagãos, que a rodeavam, aconselhavam a consultar logo os benzedores e feiticeiros. Mas ela, em seu espírito cristão, repeli-os sem demora, recorrendo, como já o fizera antes, a boa Mãe do Céu. Ela, sim, a podia auxiliar.
E estava ainda a rezar, quando o pequeno se levanta e se põe a andar como se nada acontecera.
-          Mamãe, exclamou o bom menino, olhe aqui a linda medalha que o Padre Missionário me deu e eu pus no pescoço!
-          Sim, filhinho, foi Nossa Senhora quem o salvou!
 
                                        *          *          *
 
Não se pode recomendar suficientemente trazer ao pescoço a medalha da Virgem Celestial. Quem não tiver nenhuma, peça aos queridos pais que providenciem para a aquisição de uma.
 
 
25 – SE NÃO TIVESSE LEVANTADO...
 
Morria, certo dia, uma piedosa mãe. Antes de expirar, chamou o único filho e pediu-lhe que nunca omitisse o belo exercício de rezar todas as manhãs e todas as noites três Ave-Marias em honra a Nossa Senhora.
O bom filho prometeu-lho e com fidelidade cumpria a palavra dada. Uma noite, porém, esqueceu-se da piedosa prática. Acordado, após umas horas de sono, lembrando-se do esquecimento, levantou-se e de joelhos disse devotamente as Ave-Marias. Estava ainda de joelhos, quando se abre, de repente, a porta do quarto e entra um sonâmbulo. Vai direto à cama vazia e ... enterra um punhal até aos copos no colchão.
Não tivesse se levantado, sem dúvida, teria perdido tragicamente a vida.
Nossa Senhora mostrou como protege os que lhe querem bem.
 
                                        *          *          *
 
A devoção de três Ave-Marias diárias muitíssimo aconselhadas pelos Santos e pregadores realiza maravilhas. Que ninguém omita essa importantíssima prática. E é bom acrescentar depois de cada Ave-Maria a jaculatória: “Ó Maria, minha Mãe, preservai-me do pecado mortal!”
 
 
26 – SÓ POR ISSO SALVOU-SE
 
Faleceu em Fevereiro de 1901, em Tolosa, na França, depois de receber os sacramentos da confissão, comunhão e extrema-unção, o célebre jornalista, romancista e poeta francês Armando Silvestre.
Que fizera esse homem em vida? Ficara muito conhecido por sua maldade, por seus ataques contra a Igreja, contra os bons costumes e pelos escritos imorais.
Mas, então, que realizara para alcançar a graça de morrer edificantemente?
Ninguém o podia adivinhar. Contudo, o Padre, que o assistiu nos últimos momentos, revelou o mistério: Desde pequeno rezava diariamente a
ntes de deitar três Ave-Marias a Nossa Senhora para alcançar a graça da boa morte.
E a carinhosa Mãe dos homens recompensou-o belamente. Não permitiu que morresse impenitente.
 
                                        *          *          *
 
Nossa Senhora apareceu e pediu a Santa Matilde que rezássemos as três Ave-Marias, uma para a ajudar a agradecer a Deus Pai o imenso poder, outra para agradecer a Jesus a extraordinária sabedoria e a terceira para agradecer a misericórdia que ela recebeu da Santíssima Trindade. Em troca ela prometeu a graça da boa morte.
 
 
27 –  É A MARIA QUE O SENHOR DEVE A SUA CONVERSÃO
 
Um Padre Missionário foi chamado a visitar um senhor muito idoso, que tivera uma vida perversa.
Ao chegar ao lugar disse-lhe o velho:
-          Aqui está, Padre, um pecador abominável.
O Sacerdote atendeu-o em confissão a qual foi ótima.
Depois de sacramentado, quis o ministro de Deus saber o motivo daquela excelente conversão. Ao que ele respondeu:
-          Não sei; o pensamento de me confessar começou há dias a bulir comigo.
-          Mas esse pensamento, tornou o Padre, deve ter uma causa. Qual será?
-          Não sei, Padre, repetia ele todo feliz.
-          Foram seus amigos que o animaram à confissão?
-          Não tenho amigos, por aqui.
-          O senhor freqüentava a igreja?
-          Nunca!
Neste momento o missionário deu com os olhos num quadro da Santíssima Virgem pendente da parede.
-          Quê, um objeto desses em sua casa? Como se explica isso com sua vida incrédula?
-          Sim, meu Padre, e cada dia recito três vezes Ave-Maria diante dele, para obedecer à última vontade de minha mãe ao morrer.
-          Pois bem; aí está a solução toda. É s Maria Santíssima que o senhor deve a graça da conversão.
 
                                        *          *          *
 
Nunca poderemos aqui na terra suficientemente compreender o grau de bondade de nossa Mãe do Céu.
 
 
28 – POR TÃO POUCO...
 
Vivia em Tournon, em 1610, um herege tão obstinado que, mesmo no leito da morte, não queria ouvir falar em confissão. Durante oito dias consecutivos vários Sacerdotes procuraram induzi-lo à confissão. Mas tudo em vão.
Um Padre pediu-lhe que ao menos dissesse a seguinte jaculatória:
-          Mãe de Jesus, ajudai-me!
O homem, tocado pela bondade e paciência do ministro de Deus, não quis negar-se a atende-lo, e pronunciou a oraçãozinha. E foi o que bastou. A boa Mãe do Céu veio em auxílio, e prontamente. Pois, apenas obedecera, externou o desejo de reconciliar-se com Deus Nosso Senhor.
Fez boa confissão, retratando todo o mal que fizera, recebeu a Santa Comunhão e a extrema unção, e faleceu calmamente, duas horas após.
Por tão pouco recebeu o lindo céu.
 
                                        *          *          *
 
Afirmam Santos que, quem pedir devotamente, ainda que uma vez só, a ajuda da Mãe de Deus, pode contar infalivelmente com Ela. Nossa Senhora não o esquecerá.
 
 
29 – FOI ELA
 
Deu-se isso na França. Uma boa mãe tinha um filho delicado e inteligente. Tirava sempre o primeiro lugar na aula. Com 16 anos dirigiu-se para Marselha, 24 horas de trem de casa. Antes de partir teve de prometer à mãe que nunca abandonaria Nossa Senhora e que diariamente rezaria a Ela. Foi o que logo fez, e partiu.
No primeiro tempo escrevia mensalmente, dando boas noticias. De repente, já não vinham cartas.
A boa mãe ficou desconfiada, e com razão. Se não fosse tão longe, iria lá ver o que sucedera. Estava mesmo disposta a visitá-lo, quando recebe um telegrama nestes termos:
-   Venha depressa, é o filho que chama.
Vinte e quatro horas após, lá estava ela na casa com seu Carlos. Quis entrar no quarto, porém duas sentinelas lho queriam impedir.
-   Sou a mãe, quero ver o filho – exclamou ela empur
rando-os para o lado, e meteu-se aposento adentro.
-   Um Padre, um Padre! Foram as primeiras palavras.
A mãe, após abraçá-lo procurou acalmá-lo. Ele, então, contou-lhe a triste vida. Freqüentara más companhias... e até se fizera maçom, jurando morrer sem Deus.
-   Mas vendo-me tão mal, pensei em Nossa Senhora e pedi-lhe socorro. Não quero morrer assim. Embora eu pedisse um Padre, os maçons não me atenderam, até colocaram sentinelas à porta para não deixarem entrar sacerdote algum. Por intermédio de pessoa caridosa consegui apenas enviar-lhe o telegrama.
A corajosa mãe mandou chamar o ministro de Deus que sacramentou devidamente ao enfermo.
Dois dias após, morreu calmamente com palavras nos lábios:
“Minha mãe, foi Ela (Nossa Senhora) que a envio aqui!”
Na verdade, não fosse o socorro e a bondade de Maria Santíssima, onde estaria o pobre Carlos? No inferno para sempre.
 
 
30-NOSSA SENHORA PAGA BEM
 
Durante uma viagem marítima um jovem fidalgo entretinha-se de preferência com a leitura de certo livro mau.
Em palestra com o moço, pede-lhe um Religioso que faça pequeno obséquio a Nossa Senhora.
-   Com muito gosto, respondeu o fidalgo.
-   Pois atire ao mar esse livro imoral, que está lendo; faça isso por amor á Virgem Maria.       
O jovem apresentou o livro para que o sacerdote o lançasse às águas em seu nome.
-          Não, observou-lhe o Padre, quero que o senhor mesmo ofereça esse sacrifício à Mãe de Deus.
O moço prontamente atirou ao oceano o livro que tanto apreciava.
A recompensa não faltaria, pois Nossa Senhora é generosíssima.
Ao chegar a Gênova, sua terra natal, o fidalgo viu-se atraído à vida melhor e mais santa. Depois de ótima confissão, resolveu consagrar-se a Deus num convento, onde foi feliz.
 
                                        *          *          *
 
As vocações sacerdotais e religiosas nascem aos pés da Mãe dos sacerdotes, e junto dela desenvolver-se. Sem o auxílio maternal de Maria não é possível ser bom Padre e bom religioso.
 
 
31 – SANTA MARIA, SOCORRE-ME!
 
Empresa imensamente difícil foi a construção da estrada de ferro de São Gotardo (túnel de 14.920 m).
Os operários estavam, dia e noite, expostos a caírem nos terríveis abismos que ladeavam a estrada. Amarrados em fortíssimas cordas desciam até à altura da estrada e com extremos de fadiga abriam na dura rocha profundos buracos que, enchidos de dinamite, a faziam explodir. E desta maneira iam aos poucos abrindo caminho para a estrada de ferro.
Certa tarde fizeram, como de costume, um grande buraco e o encheram de explosivos, mas deixaram para o dia seguinte a tarefa principal.
Na hora marcada desceu um operário e acendeu o pavio para, em seguida subir a toda pressa pela corda, como costumava fazer diariamente. A chuva da noite, porém, tornara escorregadia a corda, impossibilitando a subida do pobre operário.
E o pavio a queimar, e aos seus pés o abismo imenso... Estava perdido. Que fazer? Todas as tentativas foram infrutíferas; por maiores esforços que fizesse, não conseguia subir, e a horrível morte a seus pés!
Mas no pavor do desespero recorre a Maria e grita:
“Santa Maria, Socorrei-me!” Um estrondo reboa pelos abismos. Os companheiros, lá do alto contemplam estarrecidos o pobre operário e exclamam:
“Está morto”.
Mas a Virgem Medianeira é também Senhora dos precipícios. Qual não foi a surpresa dos companheiros ao se certificarem que o trabalhador estava ileso. Nenhuma pedra da explosão o atingira.
Maria lhe salvara a vida. A fumaça quente secou a corda e com relativa facilidade subiu até aos companheiros.
 
                                        *          *          *
 
 
Oh! Nós todos que ladeamos o abismo da condenação eterna, nunca, nunca, em nenhuma dificuldade da vida, deixemos de invocar Maria.
 
 
 
32 - CURADO NA IGREJA
 
Quem este prodí
gio é o Padre Ângelo Franzoni.
Pedro Froletti, pai de família, havia tempos achava-se gravemente enfermo: agudas dores no estômago e nas costas não lhe davam alivio de dia nem de noite. Consultou a vários médicos, tomou numerosos medicamentos. Tudo, porém, inutilmente. Por fim declararam os especialistas que o mal não era outro que uma tuberculose maligna e incurável.
O doente, perdida toda a esperança humana, recorreu à Santíssima Virgem. Mandou dizer uma Missa e começou uma novena em honra de Nossa Senhora Auxiliadora, propondo ir confessar-se e comungar no último dia.
Continuaram as dores e no nono dia aumentaram de tal maneira que lhe parecia impossível ir à igreja. Contudo, mais morto que vivo, chegou à igreja. Confessou-se e oh! Prodígio de Jesus, por intercessão de Maria, apenas recebeu a santa Comunhão, todas as dores desapareceram no mesmo instante. Era 16 de Novembro. E desde então não mais sentia aqueles incômodos atrozes.
 
                                        *          *          *
 
Felizes os que recorrem confiadamente à Mãe de Deus!
 
 
33 – GRANDE RECOMPENSA, POR POUCO
 
Quem conta o fato é a célebre carmelita Santa Tereza de Ávila.
Estava ela entretida na construção de conventos para sua ordem, quando se apresentou um senhor muito distinto e lhe ofereceu vasto terreno para levantar um mosteiro, nos arredores de Valadolid. Vendo a Santa a boa vontade do cavalheiro e de sus devoção, pois queria agradar à Nossa Senhora do Carmo, aceitou prontamente o generoso presente.
Dois meses depois, o dito senhor caiu doente. Perdeu a fala, e morreu sem poder confessar-se.
No mesmo dia Nosso Senhor apareceu à Santa e afirmou-lhe que o falecido estivera em sério perigo de condenar-se. Fora, contudo, salvo pela doação que fizera em honra de Maria Santíssima. Disse-lhe que só sairia do purgatório quando lá, no terreno presenteado, se celebrasse a primeira Missa.
A Santa, embora muito empenhada na construção de uma casa em Toledo, largou tudo, a fim de socorrer o benfeitor.
Tendo ido examinar o novo local, não gostou dele por ser muito distante da cidade e insalubre. Mas, lembrando-se dos terríveis sofrimentos que aquela alma padecia, não quis demorar-se.
Mandou vir pedreiros e carpinteiros, para arranjar logo o que fosse mais urgente, para, quanto antes, dizer-se a Santa Missa. Recorreu ao senhor Bispo, para obter as devidas licenças. E já no domingo, o sacerdote celebrou o sacrifício da Missa.
Na hora da Santa Comunhão, de repente, apresentou-se, ao lado da Santa, o tal cavalheiro de rosto resplandecente a transbordar de júbilo.
Agradeceu-lhe profundamente ter sido libertado naquela hora do purgatório.
Foi Maria Santíssima quem o buscou das chamas onde sofria dolorosamente.
 
                                        *          *          *
 
Agradeçamos a Nossa Senhora os muitos benefícios que nos tem prestado. São muito mais que pensamos.
 
 
34 – AÇÃO GENEROSA BEM PREMIADA
 
D. João Mazio, homem ilustre e grande defensor do Papado contra os gibelinos, possuía um filho único de 19 anos. Moço distinto e adornado das mais belas virtudes.
Preparava-se o casamento com uma donzela, digna dele, quando traiçoeiramente foi assassinado. É fácil imaginar a dor que sentia D. João ao receber tão funesta nova.
Sem perda de tempo mandou seus vassalos em seguimento do covarde traidor, com a ordem de traze-lo vivo ou morto.
O perseguido tratou de refugiar-se na primeira casa que pôde. E foi exatamente em um prédio que pertencia a D. João.
Voltou um mensageiro a comunicar a feliz noticia ao irado pai.
-          Senhor, o criminoso acha-se em vossas mãos, ordenai o devemos fazer com ele.
O primeiro pensamento, que lhe passou pela cabeça, foi dar-lhe a morte com as próprias mãos. Mas pediu que esperasse um instante.
Muito devoto de Maria Santíssima, retirou-se a fim de solicitar conselho.
Ajoelhou-se perante belíssima imagem, em seu oratório. Muito após, levantou-se todo calmo, buscou vultuosa soma de dinheiro e falou a
o núncio:
-          Dê este dinheiro e meu melhor cavalo ao assassino, e diga-lhe que fuja prontamente.
O criado não compreendeu tal gesto. Estava a pensar que a dor lhe transtornara a mente.
Mas D. João repetiu:
-          Obedeça, jamais hei de mudar o que Maria me aconselhou.
O doméstico partiu sem replicar.
O réu, admiradíssimo e confuso, pôs-se a salvo prontamente, envergonhado e arrependido de seu crime.
Voltou D. João resignado a seu quarto, e coisa inaudita! (escreveu Appiani na Vida de Santo Emídio) encostou sobre o genuflexorio diante da imagem uma carta escrita de punho próprio por seu filho com os dizeres:
“Amadíssimo pai, tão agradável tem sido a Deus a generosa misericórdia que, por amor de Maria, haveis usado para  com o assassino, que, em prêmio dela, fui logo livre das penas do purgatório que devia sofrer por vários anos. Subo agora para o céu. Dentro de um ano, Deus vos dará outro filho. Continuai a viver cristãmente. Eu rogarei por vós no céu”.
Com efeito, um ano depois, e justamente no aniversário da morte do filho, D. João celebrava o nascimento de outro.
Como poderia gesto tão nobre e generoso não ser premiado por Nossa Senhora!   
 



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