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19/09/2010
Igreja sem sacrário


Cartas - Igreja sem sacrário
19/9/2010 17:40:08

Cartas - Igreja sem sacrário


Igreja sem Sacrário



Segue o belo texto de uma leitora e divulgadora do Movimento. Como emtantos lugares, infelizmente o padre da paróquia dela resolveu dar ouvidos aos maus teólogos e inimigos da Eucaristia - e inimigos de Jesus - e colocar o sacrário fora da igreja numa destas malditas "reformas". Rapidamente ela agiu, conversando com muitas pessoas e mostrando a realidade, e estas foram levar a ele o texto que segue. Impressionado ele voltou imediatamente com o sacrário para dentro da Igreja e o centro.



É isso que devemos fazer, agir com oração, amor e esperteza. Eis o texto. 
 
Nós que amamos a Igreja Católica Apostólica Romana, fundada por Jesus Cristo e que sempre teve a Eucaristia como ponto máximo de suas celebrações estamos lastimosos, pela retirada do Sacrário da Matriz desta comunidade por ocasião de sua reforma. Santo Inácio de Loiola em seus escritos nos ensina a discernir entre o bem e o mal dizendo que quando estamos caminhando firmes rumo a conversão, em oração devemos ouvir a voz do nosso coração, assim como se não estamos bem aí devemos ouvir a voz da razão.
 
Pessoas de oração, de vida sacramental encontram-se profundamente tristes por não encontrarem Jesus Eucarístico ao adentrar sua Igreja Matriz. Mais ainda, em saber que é pretendido, a retirada também do Sacrário de nossas capelas. A afirmação dos fiéis é de aperto no peito, que a alma e o coração choram por esta atitude.
 
O padre Roberto Lettieri, por ocasião da Quinta – feira de Adoração na Canção Nova no dia 1º de novembro de 2007 ao falar sobre a beata Alexandrina que se alimentou somente do Pão do Céu: a Eucaristia por 13 anos. Afirmou que prefere uma capela de palha com o Santíssimo dentro a uma grande igreja sem Ele. Nosso coração já nos havia dito e também com nossa voz como o Padre Roberto afirmamos: preferimos uma capela de palha com o Santíssimo dentro a uma grande igreja sem ele.
 
Na mesma ocasião de Adoração o Padre Lettieri disse: O papa João Paulo II e o papa Bento XVI já disseram que é muito perigosa essa "moda" de arte sacra, na qual nosso Senhor, Jesus, não tem lugar. E quando há lugar para Ele, é colocado no segundo andar, embaixo da igreja, pois ela, hoje, é um lugar de teatro, não havendo lugar para o sacrário. Já antevendo isso, o papa Paulo VI escreveu que a Igreja Católica é o lugar onde estava e deveria estar o Senhor dos senhores. A Igreja tem as suas sacralidades, ela é a casa de Deus. Onde Deus habita entre os homens, é Igreja. "Dói o nosso coração, pois igrejas "lindas", nas quais se gastam milhões de euros, não há o Santíssimo”.
 
O Catecismo da Igreja Católica (1182) afirma: “O tabernáculo (ou sacrário) deve estar localizado ‘nas igrejas em um dos lugares mais dignos, com o máximo decoro’. A nobreza, a disposição e a segurança do tabernáculo eucarístico devem favorecer a adoração do Senhor realmente presente  no Santíssimo Sacramento do altar.”
 
 
 
 
Disse o papa João Paulo II sobre a reforma litúrgica em Ecclesia de Eucharistia – 17/04/2003,Capítulo V:
Mas é necessário que tão importante trabalho de adaptação seja realizado na consciência constante deste mistério inefável, com que cada geração é chamada a encontrar-se. O « tesouro » é demasiado grande e precioso para se correr o risco de o empobrecer ou prejudicar com experimentações ou práticas introduzidas sem uma cuidadosa verificação pelas competentes autoridades eclesiásticas. Além disso, a centralidade do mistério eucarístico requer que tal verificação seja feita em estreita relação com a Santa Sé. Como escrevia na exortação apostólica pós-sinodal Ecclesia in Asia, « tal colaboração é essencial porque a Liturgia Sagrada exprime e celebra a única fé professada por todos e, sendo herança de toda a Igreja, não pode ser determinada pelas Igrejas locais isoladamente da Igreja universal ».101
52. De quanto fica dito, compreende-se a grande responsabilidade que têm sobretudo os sacerdotes na celebração eucarística, à qual presidem in persona Christi, assegurando um testemunho e um serviço de comunhão não só à comunidade que participa directam
ente na celebração, mas também à Igreja universal, sempre mencionada na Eucaristia. Temos a lamentar, infelizmente, que sobretudo a partir dos anos da reforma litúrgica pós-conciliar, por um ambíguo sentido de criatividade e adaptação, não faltaram abusos, que foram motivo de sofrimento para muitos. Uma certa reação contra o « formalismo » levou alguns, especialmente em determinadas regiões, a considerarem não obrigatórias as « formas » escolhidas pela grande tradição litúrgica da Igreja e do seu magistério e a introduzirem inovações não autorizadas e muitas vezes completamente impróprias.

Por isso, sinto o dever de fazer um veemente apelo para que as normas litúrgicas sejam observadas, com grande fidelidade, na celebração eucarística. Constituem uma expressão concreta da autêntica eclesialidade da Eucaristia; tal é o seu sentido mais profundo. A liturgia nunca é propriedade privada de alguém, nem do celebrante, nem da comunidade onde são celebrados os santos mistérios. O apóstolo Paulo teve de dirigir palavras àsperas à comunidade de Corinto pelas falhas graves na sua celebração eucarística, que tinham dado origem a divisões (skísmata) e à formação de facções ('airéseis) (cf. 1 Cor 11, 17-34). Actualmente também deveria ser redescoberta e valorizada a obediência às normas litúrgicas como reflexo e testemunho da Igreja, una e universal, que se torna presente em cada celebração da Eucaristia. O sacerdote, que celebra fielmente a Missa segundo as normas litúrgicas, e a comunidade, que às mesmas adere, demonstram de modo silencioso mas expressivo o seu amor à Igreja. Precisamente para reforçar este sentido profundo das normas litúrgicas, pedi aos dicastérios competentes da Cúria Romana que preparem, sobre este tema de grande importância, um documento específico, incluindo também referências de caráter jurídico. A ninguém é permitido aviltar este mistério que está confiado às nossas mãos: é demasiado grande para que alguém possa permitir-se de tratá-lo a seu livre arbítrio, não respeitando o seu caráter sagrado nem a sua dimensão universal.
O Papa Bento XVI sobre o mesmo assunto na EXORTAÇÃO APOSTÓLICA
PÓS-SINODAL SACRAMENTUM CARITATIS:
O lugar do sacrário na igreja
69. Ainda relacionado com a importância da reserva eucarística e da adoração e reverência diante do sacramento do sacrifício de Cristo, o Sínodo dos Bispos interrogou-se sobre a devida colocação do sacrário dentro das nossas igrejas.(196) Com efeito, uma correta localização do mesmo ajuda a reconhecer a presença real de Cristo no Santíssimo Sacramento; por isso, é necessário que o lugar onde são conservadas as espécies eucarísticas seja fácil de individuar por qualquer pessoa que entre na igreja, graças nomeadamente à lâmpada do Santíssimo perenemente acesa. Tendo em vista tal objetivo, é preciso considerar a disposição arquitectónica do edifício sagrado: nas igrejas, onde não existe a capela do Santíssimo Sacramento mas perdura o altar-mor com o sacrário, convém continuar a valer-se de tal estrutura para a conservação e adoração da Eucaristia, evitando porém colocar a cadeira do celebrante na sua frente. Nas novas igrejas, bom seria predispor a capela do Santíssimo nas proximidades do presbitério; onde isso não for possível, é preferível colocar o sacrário no presbitério, em lugar suficientemente elevado, no centro do fecho absidal ou então noutro ponto onde fique de igual modo bem visível. Estas precauções concorrem para conferir dignidade ao sacrário que deve ser cuidado sempre também sob o perfil artístico. Obviamente, é necessário ter em conta também o que diz a propósito a Instrução Geral do Missal Romano.(197) Em todo o caso, o juízo último sobre esta matéria compete ao bispo diocesano.
Sobre algumas coisas que se devem observar
e evitar acerca da Santíssima Eucaristia, REDEMPTIONIS SACRAMENTUM:
[11.] O Mistério da Eucaristia é demasiado grande «para que alguém possa permitir tratá-lo ao seu a
rbítrio pessoal, pois não respeitaria nem seu caráter sagrado, nem sua dimensão universal».[27] Quem age contra isto, cedendo às suas próprias inspirações, embora seja sacerdote, atenta contra a unidade substancial do Rito romano, que se deve cuidar com decisão,[28] e realiza ações que, de nenhum modo, correspondem com a fome e a sede do Deus Vivo, que o povo de nossos tempos experimenta, nem a um autêntico zelo pastoral, nem serve à adequada renovação litúrgica, mas sim defrauda o patrimônio e a herança dos fiéis com atos arbitrários que não beneficiam a verdadeira renovação[29] e sim lesionam o verdadeiro direito dos fiéis à ação litúrgica, à expressão da vida da Igreja, de acordo com sua tradição e disciplina. Além disso, introduzem na mesma celebração da Eucaristia elementos de discórdia e de deformação, quando ela tem, por sua própria natureza e de forma eminente, de significar e de realizar admiravelmente a Comunhão com a vida divina e a unidade do povo de Deus[30]. Estes atos arbitrários causam incerteza na doutrina, dúvida e escândalo para o povo de Deus e, quase inevitavelmente, uma violenta repugnância que confunde e aflige com força a muitos fiéis em nossos tempos, em que freqüentemente a vida cristã sofre o ambiente, muito difícil, da «secularização».[31]

CAPÍTULO VI
A CONSERVAÇÃO DA SANTÍSSIMA EUCARISTIA
E SEU CULTO FORA DA MISSA

1. A conservação da Santíssima Eucaristia
[129.] «A celebração da Eucaristia no Sacrifício da Missa é, verdadeiramente a origem e o fim do culto que se lhe tributa fora da Missa. As sagradas espécies se reservam depois da Missa, principalmente com o objeto de que os fiéis que não podem estar presentes à Missa, especialmente os enfermos e os de avançada idade, possam unir-se a Cristo e ao seu Sacrifício, que se imola na Missa, pela Comunhão sacramental».[219] Além disso, esta conservação permite também a prática de tributar adoração a este grande Sacramento, com o culto de latria, que se deve a Deus. Portanto, é necessário que se promovam vivamente aquelas formas de culto e adoração, não só privada mas sim também pública e comunitária, instituídas ou aprovadas pela mesma Igreja.[220]
[130.] «De acordo com a estrutura de cada igreja e os legítimos costumes de cada lugar, o Santíssimo Sacramento será guardado em um sacrário, na parte mais nobre da igreja, mais insigne, mais destacada, mais convenientemente adornada» e também, pela tranqüilidade do lugar, «apropriado para a oração», com espaço diante do sacrário, assim com suficientes bancos ou assentos e genuflexórios.[221] Atenda-se diligentemente, além disso, a todas as prescrições dos livros litúrgicos e às normas do direito, [222] especialmente para evitar o perigo de profanação.[223]
De acordo com o magistério autêntico da Igreja sabemos que houve foi uma permissão para se mudar de local, quer continuando o sacrário no presbitério, mas ao lado, para facilitar a visualização do Senhor sem que os atos desenvolvidos na Santa Missa o "tapem", quer movendo-o para uma capela anexa, para adoração contínua das reservas eucarísticas.
 
No uso atual, nas igrejas construídas após a reforma litúrgica o sacrário fica no presbitério, fora do altar onde se celebra a Missa, mas, junto à parede, ou numa lateral ou em uma capela própria para a adoração, “mas que seja visível aos fiéis e de fácil acesso durante a celebração do Santo Sacrifício”. Não é o que acontece  atualmente na Matriz ................., onde a capela se encontra  “atrás da igreja”, sem acesso pelos fiéis que se encontram dentro da mesma, pois é preciso se retirar e se dirigir para trás da mesma para encontrar a porta de acesso. Não é preciso ser muito entendido para saber que o que se coloca por trás não é o que se considera mais importante.
Tirar detrás do celebrante nós até entendemos, mas tirar da presença dos fiéis é incompreensível.
 
A Igreja sempre ouviu a voz dos seus santos e precisa continuar ouvindo para que seja fiel. É preciso discernir o que é certo.
 
Que o Coração Imaculado de Maria e São Miguel Arcanjo nos proteja e nos defenda de todo mal.




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