02/03/2007 16:08:58
Cartas - Triste relato

Segue triste relato.

Ontem na homília o Pe. Leonardo velhinho e doente da Missa das 5ª-feiras (ele é diabético a faz hemodiálise) começou assim:

"Meus queridos amigos vocês percebem que há algo estranho no ar?
Fiz aniversário em 08 de dezembro (ele ainda brincou que também foi ordenado neste dia e espera que N.Sra. venha vuscá-lo neste dia, pois tem muito carinho pela data) estávamos então no Advento. Veio o Natal, Ano Novo, passou o Carnaval e estamos em Março, ou seja, na metade do 1º semestre do ano.
Vocês já pararam um pouco para pensar que tudo está diferente?
As horas voam!
Os acontecimentos no mundo explodem.
As violências crescem em números alarmentes.
A natureza se manifesta incomodada.
Junte-se a isso os absurdos que pipocam à nossa volta e as pessoas seguem como robôs, indiferentes e nada fazem para mudar absolutamente nada.
Estou bem chateado e vou dividir com vocês o que me sucedeu ontem no Santuário de Nossa Senhora do Carmo, na Vila Hauer, em Curitiba.
Todos sabem que passo lá o dia inteiro para atendimento às confissões, pois a igreja se enche de fiéis para as novenas neste dia.
A certa altura de dentro do confisionário percebi que um garoto corria para baixo e para cima, entrava nos confisionários vazios, fazia barulho, incomodava a todos, até que abriu a cortina do confissionário onde eu estava e ficou parado me olhando.
Chamei baixinho sua atenção explicando que pessoas estavam alí se confessando, além de ser um local de respeito, a casa de Deus.
Ele saiu e minutos depois jogou uma pedra em mim dentro do confissionário.
Atônito chamei novamente sua atenção.
Pasmem: Ele me fitou tranquilamente e disse com todas as letras e acento: "Vá tomar no seu.....!
Minha respiração ficou ofegante, não conseguia acreditar no que havia escutado, pedi ajuda do Céu para ficar calmo, pois vi que muitas pessoas aguardavam na fila.
No final falei com os ajudantes da igreja sobre o menino e eles disseram que sabiam quem era, pois estava correndo e perturbando ao redor do altar.
Fui para a porta na saída das pessoas (ele caminha com dificuldades com o auxílio de uma bengala) e tentava achar o menino (ele enxerga apenas com um olho, o outro é branco vazado).
Finalmente ao ver o garoto e seus pais falou do acontecido e que não poderia passar em branco tal a gravidade dos fatos.
O pai com um bebê recém-nascido nos braços continuou mudo não esboçando nenhuma atitude.
A mãe olhou para o filho e perguntou: Você fez isso mesmo?
O menino calado apenas baixou a cabeça.
E nada mais!
O pobre sacerdote idoso e doente estava bastante triste e perguntava?
O que está havendo com as pessoas? O que está acontecendo com o mundo? Vocês percebem meus amigos que algo de muito grave no ar?
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OBS: Por este menino começam os grandes rebeldes, os bandidos Fernandinho. Já desde pequenos sem freios, numa sociedade sem freios, com sua psicologia de satanás que até proíbe aos pais qualquer atitude. Deve então jogar pedras nos pais, mas não deve ser punido sob pena de cadeia a aqueles. Há algo estranho no ar ou não há? Acaso isso tem a ver com a Bíblia que manda castigar tais crianças com varas se preciso? Que diz que ou o pai faz isso com seus pequenos, ou depois se envergonhará deles. Ainda bem que Jesus vem antes de este menino ficar grande.