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02/03/2007
Também tu Brutus?


Cartas - Também tu Brutus?
02/03/2007 13:14:54
Cartas - Também tu Brutus?

Carta de um leitor, pasmo diante das atitudes desobedientes de seu pároco.

Meus caros, fui à Santa Missa hoje, quinta-feira, e em chegando já fui estranhando o movimento desusado de carros e pessoas bem vestidas (!). Pensei: Ué, que será! Ao entrar na Igreja, fotógrafos, filmadores, todos "embecados". Já comecei a ficar preocupado.... Pois, resumindo, seria oficiada missa em ação de graças pelos formandos de uma faculdade aqui em nossa cidade.

Participou, no presbitério, um pastor luterano, dando aquele toque ecumênico.... Até aí tudo bem, mas na hora da homilia a palavra foi cedida ao referido pastor que, não deu outra, falou exclusivamente aos formados.

Na hora da comunhão, o sacerdote, depois de entregar os cálices aos "ministros da comunhão", saiu também do altar para a distribuição aos fiéis. Um dos ministros ficou para trás, no altar, assumiu às vezes do sacerdote e tomou o cálice com o sangue de Cristo, esvaziando-o antes de descer para também distribuir.

Outro dia, em missa realizada em uma capela de um bairro, o celebrante, na hora de distribuir a comunhão, permaneceu no altar, enquanto três ministros da comunhão distribuíam aos fiéis, que eram pouquíssimos, julgo menos de 50 pessoas.

Hoje, chegando em casa, fiquei a folhear a instrução Redemptionis Sacramentum e constatei diversas irregularidades, algumas que poderíamos classificar como delitos graves (atos graves).

Neste caso de hoje, está expresso de forma claríssima que a homilia não pode ser feita por leigo, seja ele quem for, só pelo sacerdote, que poderá delegar a um outro (ou diácono) que esteja concelebrando. Imagine só a um "hereje" luterano!!!.... E ela deve necessariamente ter como tema central as leituras do dia.

Quanto à distribuição da Santa Eucaristia, continua valendo que o uso dos "ministros da comunhão" seja somente em casos extraordinários, de força maior. O recebimento da comunhão sob as duas espécies somente poderá ser feita pelo sacerdote, o qual (ele mesmo) fará a intinção da hóstia no sangue de Cristo, e a dará somente na boca. Aqui é uso comum o celebrante dar a hóstia na mão dos ministros e eles próprios entintarem no vinho consagrado.

Ainda sobre a distribuição da comunhão, vejam o que diz a instrução: "93. É preciso que se mantenha o uso da patena para a comunhão dos fiéis, a fim de evitar que a sagrada hóstia ou algum fragmento dela caia." Aqui, isso não existe há muito tempo!!! Já vi acidentes desse tipo, tanto pelo sacerdote, no altar, como pelo ministro da comunhão, no corredor.

Nunca esqueço uma leitura que fiz tempos atrás de uma celebração eucarística ortodoxa, durante a qual, tendo um dos sacerdotes, por acidente, deixado cair a hóstia no chão, o principal celebrante se ajoelhou, recolheu a sagrada espécie entregando-a na patena de um acólito, inclinou-se para o chão e literalmente "lambeu" o local onde havia caído.

Quem assistiu à cena e a descreveu sentiu-se tomado de profunda emoção. Poderia ainda falar mais sobre os desvios, de menor ou maior grau, a respeito da santa comunhão.

Sobre o abraço da paz, está dito que deve ser discreto, somente para quem está ao lado; o sacerdote não deve deixar o presbitério, etc. "72. .... Nem se execute qualquer canto para dar a paz, mas sem demora se recite o "Cordeiro de Deus".

Entre os "Graviora delicta", no item c, está assim expresso: "c) concelebração proibida do sacrifício eucarístico com ministros de comunidades eclesiais que não possuem a sucessão apostólica, nem reconhecem a dignidade sacramental da ordenação sacerdotal;" ali diz que tais abusos serão tratados pela Congregação para a Doutrina da Fé.

No caso de hoje é óbvio que o pastor não concelebrou, mas ele estava presente no presbitério e, pior, a homilia foi-lhe entregue de bandeja. Sinceramente não sei se esse enquadramento é possível, mas não se pode, definitivamente, oficiar a Santa Missa, que é a rememoração do sacrifíci
o cruento de Jesus no Calvário, nosso rito santíssimo de caráter sacrifical e propiciatório, com essa mistura de culto ecumênico com formatura escolar.

Sobre as missas oficiadas pelo Pe. X... e sua turma, ao final destes retiros de casais de primeira, de segunda união e agora também para jovens, não quero nem falar. Ali, a oração eucarística é quase totalmente suprimida/ substituída (o que é um grave delito).

É um auê danado! A homilia, que deveria ser sempre só do sacerdote e sempre de caráter catequético, em cima das leituras, é substituída por testemunhos super emocionais de alguns casais (ou jovens) participantes, sempre entremeadas com muitas palmas e urras.

Ora, nossa fé e devoção não deve estar baseada numa plataforma exclusiva de emoções. Isso é muito frágil, não dura nada. Tem que haver muito mais da razão e da vontade. A impressão que se tem é que as instruções que saem do Vaticano são simplesmente ignoradas, ninguém dá bola, ou são simplesmente desobedecidas.

Agora mesmo saiu uma instrução para se alterar a fórmula da consagração do vinho, mudando o "por todos" para "por muitos". Foi dado um tempo para essa mudança, tudo bem!, mas por aqui nada se alterou. Tudo como dantes...... Pode ser que tenha havido outra instrução contrária, da qual não tenho conhecimento...

Há ainda outras pequenas observações, mas já me estendi demais. Peço-lhes desculpas por este desabafo. Mais uma vez repasso-lhes o moto "Precisamos rezar pelos nossos sacerdotes", e muito!, pois o poder deles é extraordinário, e nós, muito brevemente, iremos precisar demais deles, e, ademais, eles são os filhos prediletos de Maria; e ainda, eles são atacados com uma ferocidade nunca vista pelo inimigo.

Não temos o exemplo do Pai Francisco? que, cruzando com um sacerdote de vida pública e reconhecidamente indigna, não se ajoelhou, beijou sua mão e pediu-lhe a bênção???

Quanto a mim, indigníssimo pecador, recomendo-me, com muita aflição, às orações de todos os amigos e amigas. Que Jesus e Maria os abençoem a todos. N....
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Comentário de um amigo do leitor a esta carta

Meu amigo, até hoje ainda não tinha te comentado nada a esse respeito. Mas parece que estamos sintonizados na mesma opinião e no mesmo argumento.
Há tempo que venho observando estes absurdos e sinceramente não sei o que fazer, nem a quem recorrer.
Parece que a igreja está se desviando do verdadeiro objetivo e proposta, que é a catequese inserida no respeito e reverência ao corpo e sangue de Cristo.
Não me parece ser uma posição individualizada dos padres. Isso tudo parece que está sendo arquitetado pela CNBB ou bispos do Brasil.
Aproveitando, também não estou de acordo com as reformas das igrejas, onde o sacrário foi escondido em uma cripta.
Parece que o sacrário, como centro do templo está atrapalhando tanto aos bispos como as cabeças "pensantes" da igreja.
É lamentável que um fabuloso templo erguido para ser o centro de pregação, oração e reverência e acima de tudo morada de Deus, onde os fiéis possam entrar, se ajoelhar para venerar o santo sacrário, agora não tenha o centro de referência. Agora vou me ajoelhar para um monte de pedra? Porque retiraram o Cristo que antes era o centro do templo!
Pergunto: o que fazer e a quem recorrer?
Acho que estes assuntos têm de ser debatidos e se fazer críticas ditas construtivas, para que a opinião dos fiéis venha mudar a opinião dos ditos "pensantes" da Igreja.
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Arnaldo observa: Como se vê, uma verdadeira sede de mudanças, uma ânsia selvagem de alterar o rito, mudar, não importando se estão ferindo a liturgia ou desobedecendo aos documentos da Santa Igreja, isso com fúria toma conta da maioria dos lugares. Querem saber de inovações, quando a Igreja precisa de orações.

Para nosso horror, as profecias se cumprem, o cisma se instala, a apostasia tem curso. A Igreja é bem c
lara nestas questões ecumênicas: diálogo sim, mas FORA das celebrações, em especial da Eucaristia. Mas temos pastores protestantes distribuindo este sacramento no que se constitui verdadeiro sacrilégio.

E ai de quem se levantar contra estas abominações. É taxado de retardado, de ser anti-católico, ultrapassado, “porque a Igreja precisa se modernizar”. Sim, moderniza-se a falsa igreja de Lúcifer, aquela da desobediência descarada, acintosa e revoltante, jamais aquela Igreja de Jesus, eterna, imutável. Como não percebem isso nossos pastores? Como não vêem que isso é fazer o jogo do inimigo? Quando acordarão nossos líderes, nossos pastores?

Bem, teremos que passar esta fase, é profecia, mas a Igreja verdadeira, obediente ao Papa Bento XVI, está é a única que irá sobrar. Esta aí de pastores proferindo homilias nas Missas, ou distribuindo um sacramento santo que eles renegam... Buuuummmm!

Escutaram o barulho de sua explosão?

O sopro do Espírito Santo os acordará deste sono de morte! Ai dos falsos ecumenistas!




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