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21/02/2007
No Getsêmani


Orações - No Getsêmani
21/02/2007 21:18:50
Orações - No Getsêmani

Getsêmani

Oração de Jesus e sono dos discípulos


Então saímos para o jardim e ele foi vencido pela tristeza.
Diz aos oito que se sentem enquanto vai um pouco mais longe para rezar.


Chama-nos a Pedro, Tiago e a mim (João), à parte e diz-nos:
"Minha alma está numa tristeza mortal: ficai aqui, vigiai." (Mc 14,34)
Por que ele nos chamou, pedindo-nos que vigiássemos com ele?
Será que procurava em nós piedade e conforto?
Se foi assim, como nós o decepcionamos!
Por que ele nos procurou uma e outra vez, durante sua oração? Em parte, porque os pecados do mundo pesavam assustadoramente sobre seu grande coração.
E procurou quem o ajudasse e o confortasse.
E não encontrou um só e voltava sozinho para continuar sua luta. (Cristo, minha Vida)
"Eis aqui o que consegui: buscando consolo, encontrei amargo desconsolo.
Nem sequer eles estão Comigo. Aonde mais irei?...
É verdade, Meu Pai Me dá somente o que Eu soube pedir-Lhe, a fim de que o Juízo de toda a humanidade caísse sobre Mim.
Meu Pai, ajuda-Me! Tu podes tudo, ajuda-Me!"
"Eu havia levado Meus três amigos para que Me ajudassem, compartilhando de Minha angústia.
Para que fizessem oração Comigo.
Para descansar neles, em seu amor...
Como descrever o que senti quando os vi adormecidos?
Ainda hoje, o quanto sofre Meu Coração; e, querendo encontrar alívio em Minhas almas, vou a elas e as encontro adormecidas.
Mais de uma vez, quando quis despertá-las e tirá-las de si mesmas, de suas preocupações, respondem-Me se não com palavras, com obras:
"agora não posso, estou muito cansada, tenho muito o que fazer, isto me prejudica a saúde, preciso de um tempo, quero um pouco de paz.""
"Pobre alma, não pôde velar uma hora Comigo. Dentro em pouco, virei e não Me ouvirás, porque estarás dormindo...
Quisera dar-te a Graça mas, como dormes, não poderás recebê-la e, quem te assegura que terás força para despertar depois?..."
"Almas queridas, desejo ensinar-vos também o quão inútil e vão é querer buscar alívio nas criaturas."
"Voltei a despertar os Discípulos, mas os raios da Divina Justiça haviam deixado em Mim sulcos indeléveis...
Encheram-se de espanto ao ver-Me fora do normal e quem mais sofreu foi João.
Eu, mudo... eles, aturdidos...
Somente Pedro teve coragem de falar."

Agonia de Jesus no Horto


Um anjo do céu vem confortá-lo porque agora ele entrava numa verdadeira agonia e seu sofrimento era tão intenso que seu suor se tornava em sangue e corria em gotas.
"Ninguém crê realmente que suei sangue naquela noite no Getsêmani, e poucos crêem que sofri muito mais nessas horas do que na crucifixão.
Foi mais doloroso porque Me foi manifestado claramente que os pecados de todos eram tornados Meus e Eu devia responder por cada um.
Assim, Eu, inocente, respondi ao Pai como se fosse verdadeiramente culpado de iniqüidade.
Eu, puro, respondi ao Pai como se estivesse manchado de todas as impurezas que vós, Meus irmãos, tendes praticado, desonrando a Deus, que vos criou para que sejais instrumentos da grandeza da criação e não para desviar a natureza que vos foi concedida...
Portanto, fui feito ladrão, assassino, adúltero, mentiroso, sacrílego, blasfemo, caluniador e rebelde ao Pai, a quem sempre amei."
"Não podes encontrar semelhança a este gênero de sofrimento, porque o homem que peca compreende, com Minha luz, a parte que lhe cabe e, muitas vezes, imperfeitamente, não vê como é o pecado diante de Mim.
Por isso, é claro que somente Deus pode conhecer o que é uma ofensa feita a Ele.
No entanto, a Humanidade deveria poder oferecer à Divindade um pleno conhecimento e a verdadeira dor e arrependimento;
E posso fazê-lo todas as vezes que quiser, oferecendo precisamente o Meu conhecimento que operou em Mim, Homem, com a humanização das ofensas contra Deus.
Este foi o Meu desejo: que o pecador arrependido, por Meu intermédio, tivesse com
o apresentar a seu Deus o conhecimento da ofensa cometida e que Eu, em Minha Divindade, pudesse acolher do homem também a compreensão plena do que fez contra Mim."
"Pai, se é possível afasta de Mim este Cálice.
Mas não se faça Minha Vontade e sim a Tua".
Disse assim no cúmulo da amargura, quando o peso que caía sobre Mim era tão sangrento que Minha alma se encontrava na mais inverossímil escuridão."
"Afasta, ó Pai, este amarguíssimo Cálice que Me apresentas e que, ao vir a este mundo, no entanto, aceitei por Teu amor.
Cheguei a um ponto em que não reconheço nem a Mim mesmo.
Tu, ó Pai, fizeste do pecado uma como herança Minha e isto torna insuportável Minha presença diante de Ti, que Me amas.
A ingratidão dos seres huma-nos já Me é conhecida, mas como suportarei ver-Me sozinho?
Deus Meu, tem piedade da grande solidão em que Me encontro!"
"Mas logo prossegui:
É justo, Pai Santo, que Tu faças de Mim tudo o que quiseres. Minha vida não é Minha, pertence-Te toda.
Quero que não se faça Minha vontade mas a Tua.
Aceitei uma morte de Cruz; aceito também a morte aparente de Minha Divindade. É justo.
Tudo isto devo Te dar e, antes de tudo, devo oferecer-Te o holocausto da Divindade que, no entanto, une-Me a Ti.
Sim, Pai, confirmo, com o Sangue que vês, Minha doação; confirmo, com o Sangue, Minha aceitação:
Faça-se Tua vontade, não a Minha..."
Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro!

Traição


Judas é um covarde e por isso beija a Jesus, como tu farias, adiantando-se e estendendo a mão a alguém, num gesto de amizade.
Jesus diz-lhe: "Amigo, a que vieste?" (Mt 26,50). Judas entende o que ele quer dizer: por que fazes isto? "Judas, com um beijo, entregas o Filho do homem" (Lc 22,48).
É esta a tua amizade, tu que eras meu companheiro?
Vês como ele está derramando graças na alma de Judas, como ele procura fortalecê-lo e salvá-lo?
Não é a ocasião de Judas voltar-se contra a multidão, lançar-lhes no rosto o dinheiro e pôr-se ao lado do Mestre?
Pode ser tarde demais para salvar a Cristo mas não é tarde demais para Judas se salvar. (Cristo, minha Vida)
"Quantas almas Me venderam e Me venderão pelo vil preço de um deleite, de um prazer momentâneo e passageiro..."
"Almas a quem amo; vós que vindes a Mim, que Me recebeis em vosso peito, que Me direis muitas vezes que Me amais...
Não Me entregareis quando sairdes depois de Me receber?"

Julgamento


"Por um iníquo julgamento foi arrebatado." (Is 53,8a)
"Levaram-Me diante de Caifás, onde Me receberam com gozações e insultos.
Um de seus soldados Me deu uma bofetada.
Era a primeira que recebia e nela vi o primeiro pecado mortal de muitas almas que, depois de viver em graça, cometeriam esse primeiro pecado..."
"Meus Apóstolos Me abandonaram e Pedro ficou escondido atrás de uma cerca, entre os serviçais, espiando, movido pela curiosidade. Comigo havia somente homens tratando de acumular delitos contra Mim; culpas que puderam acender ainda mais a cólera de juízes tão iníquos.
Ali vi os rostos de todos os demônios, de todos os anjos maus. Acusaram-Me de perturbar a ordem, de ser instigador, falso profeta, blasfemo, de profanar o dia do sábado, e os soldados, exaltados pelas calúnias, proferiam gritos e ameaças.
Então, Meu silêncio bradou, sacudindo todo Meu Corpo:
"Onde estais, Apóstolos e discípulos, que fostes testemunhas de Minha Vida, de Minha doutrina, de Meus milagres?
De todos aqueles de quem esperava alguma prova de amor, não resta nenhum para defender-Me.
Estou só e rodeado de soldados que querem Me devorar como lobos"".
Ferido, com o rosto coberto de escarros, com os olhos vendados, esbofeteado, desafiado a adivinhar quem o tinha batido, em todos estes momentos ele sempre se conservou silencioso.

Na Prisão


"Contemplai-Me na prisão onde passo grande parte da noite. Os soldados vinham insultar-Me com palavras e com ações, empurrando-Me, socando-Me, zombando de Minha condição de
homem.
Quase ao amanhecer, fartos de Mim, deixaram-Me sozinho, preso em um lugar escuro, úmido e hediondo, cheio de ratos.
Estava preso de tal modo que só podia permanecer em pé ou sentado em uma pedra pontiaguda, que foi tudo o que Me deram como assento."
"Vamos agora comparar a prisão com o Sacrário e, sobretudo, com os corações dos homens.
Na prisão passei uma noite...
Quantas noites passo no Sacrário?
Na prisão Me ultrajaram os soldados que eram Meus inimigos; mas no Sacrário Me maltratam e Me insultam almas que Me chamam de Pai.
Na prisão passei frio, sono, fome, vergonha, tristeza, dores, solidão, desamparo.
Via, no transcurso dos séculos, como Me faltaria o abrigo do amor em tantos Sacrários.
Quantos corações gelados seriam para Mim como a pedra da prisão!
Quantas vezes teria sede de amor, sede de almas!
Quantos dias espero que tal alma Me venha visitar, receber-Me em seu coração, porque passei a noite sozinho e pensava nela para matar Minha sede!
Quantas vezes sinto fome de Minhas almas, de sua fidelidade, de sua generosidade!"
"Almas eleitas, contemplai o vosso Esposo na prisão.
Contemplai-Me nesta noite de tanta dor, e considerai que esta dor se prolonga na solidão de tantos Sacrários, na frieza de tantos corações." (A Paixão)

Flagelação


Pela lei, os criminosos recebiam, no máximo, 39 chicotadas.
No Sudário de Turim, as marcas de açoites indicam que Jesus recebeu, em posição recurvada, mais de 120 golpes em todo o corpo - costas, nádegas e pernas , exceto na região do coração.
"É tanta a violência com que Me castigam, que não restou um só lugar que não fosse presa da mais terrível dor...
Caí uma e outra vez pela dor que Me causavam os golpes em Minha virilidade."
"O pensamento de tantas almas, a quem mais tarde iria inspirar o desejo de seguir Meus passos, consumia-Me de amor."
O açoitamento precedia sempre a crucificação.
Para executar esse horrível castigo, despiam o corpo e ver gastavam-no até que a carne pendia em talhadas sangrentas.
Vi quatro homens que se reveza-vam a açoitar o Senhor com azorragues.
O meu coração parava só de olhar para esses suplícios; então, o Senhor me disse estas palavras:
"Sofro uma dor ainda maior do que a que estás vendo."
E Jesus deu-me a conhecer por quais pecados submeteu-se à flagelação: foram os pecados da impureza.
Oh! por que terríveis sofrimentos morais passou Jesus quando se submeteu à flagelação!




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